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IC CG VUNESP A 003

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72. ( 
 
► Teoria + Questões 
TCE-SP 
Agente da Fiscalização 
 
► Aula 03 
 
www.igorcintra.com.br 
TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 2 
E aí manada, tudo tranquilo? Antes de iniciar a aula desta semana eu lembro que é 
absolutamente necessário que você realize um rígido controle de desempenho! Você deve 
massacrar seus pontos fracos! 
A aula de hoje é talvez a mais curta do nosso curso. Trataremos basicamente de aspectos do 
Ativo Não Circulante – Investimentos. É muito importante que você domine os aspectos do 
cálculo do Método de Equivalência Patrimonial, assunto provável em sua prova! Além disso, 
fique atento à figura dos Lucros Não Realizados, de acordo com o item 1.4 desta aula. 
Qualquer dúvida estou à disposição no fórum do site. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 3 
Sumário 
1. Ativo Não Circulante ................................................................................................... 4 
2. Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo ..................................................... 5 
3. Ativo Não Circulante – Investimentos ....................................................................... 7 
3.1 Métodos de Avaliação de Investimentos em Participações Societárias .................. 8 
3.1.1 Participações Temporárias.......................................................................................... 8 
3.1.2 Participações Permanentes ........................................................................................ 9 
3.1.2.1 Método do Custo ......................................................................................................... 9 
3.1.2.2 Método da Equivalência Patrimonial ........................................................................ 10 
3.1.2.2.1 Coligadas.............................................................................................................. 18 
3.1.2.2.2 Controladas ......................................................................................................... 19 
3.1.2.2.3 Ações Preferenciais x Ações Ordinárias............................................................. 22 
3.2 Contabilização no Recebimento de Dividendos ...................................................... 26 
3.2.1 Investimentos Avaliados pelo Custo de Aquisição .................................................. 26 
3.2.1.1 Dividendos Recebidos até seis meses da data de aquisição dos investimentos .... 27 
3.2.1.2 Dividendos Recebidos após seis meses da data de aquisição dos investimentos . 27 
3.2.2 Investimentos Avaliados pelo MEP .......................................................................... 28 
3.3 Ágio na Aquisição de Investimentos Avaliados pelo MEP ...................................... 33 
3.4 Resultado Não Realizado ........................................................................................... 41 
3.4.1 Operações com Coligadas ......................................................................................... 42 
3.4.2 Operações com Controladas .................................................................................... 45 
4. Aplicações em Instrumentos Financeiros ................................................................ 61 
MEMÓRIA DE ELEFANTE ..................................................................................................... 64 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................. 67 
GABARITO ............................................................................................................................. 86 
 
 
 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 4 
1. Ativo Não Circulante 
Inicialmente vamos analisar as disposições do artigo 179, incisos II a VI, da Lei n° 6.404/76, 
que trata do Ativo Não Circulante: 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
( ...) 
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do 
exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou 
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou 
participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais 
na exploração do objeto da companhia; 
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e 
os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que 
não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; 
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive o fundo de comércio adquirido. 
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver 
duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo 
prazo terá por base o prazo desse ciclo. 
 
Assim, o Ativo Não Circulante é composto por: 
 
 
 
 
 
 
ATIVO NÃO 
CIRCULANTE 
Realizável a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado 
Intangível 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 5 
Dentro dos critérios de avaliação do ativo, no artigo 183 da Lei n° 6.404/76, encontramos 
que os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor 
presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
2. Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo 
Vimos no inciso II do art. 179, acima reproduzido, que o Realizável a Longo Prazo 
compreende os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os 
direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou 
controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não 
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia. 
Resumindo, teremos que: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ATIVIDADE NÃO USUAL 
 
O primeiro subgrupo, direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, não tem erro, 
não é? Vimos exercícios na aula passada sobre seguros a vencer, aluguéis a vencer, onde 
uma parte dos direitos, representados por pagamentos de despesas antecipadas, era 
classificada no Ativo Circulante e o restante era classificado no Ativo Não Circulante – 
Realizável a Longo Prazo. 
O segundo subgrupo é novidade para vocês! Observe que são classificados no Realizável a 
Longo Prazo (RLP) as vendas, adiantamentos ou empréstimos realizados com pessoas 
ligadas à empresa. Tais operações serão assim classificadas independentemente do prazo 
Direitos realizáveis após o 
término do exercício seguinte 
REALIZÁVEL A 
LONGO PRAZO 
Adiantamentos 
 
Vendas 
 
Empréstimos 
Sociedades Coligadas 
 
Sociedades Controladas 
 
Diretores 
 
Acionistas 
 
Participantes nos Lucros 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 6 
de realização do negócio. Ou seja, não importa o prazo de realização! Se a empresa realizou 
negócios não usuais com pessoas ligadas à empresa, serão classificadas no RLP. 
Zé Curioso: “Professor, quer dizer que se uma loja de tênis vender mercadoria a prazo, compagamento em 60 dias, para seus sócios ou diretores tais operações serão classificadas no 
Realizável a Longo Prazo?” 
Não Zé! Não é isso. A venda de tênis é um negócio usual desta empresa. Assim, tais vendas 
a prazo serão classificadas normalmente, no caso, no Ativo Circulante. 
Zé Curioso: “Ahhh, agora saquei! E se o diretor da empresa conseguir um empréstimo 
diretamente com a loja de tênis. Será classificado onde?” 
Zé, o empréstimo é uma operação não usual para a loja de tênis, não é? Então, independente 
do prazo, tal empréstimo será contabilizado pela empresa no seu Realizável a Longo Prazo. 
Zé Curioso: “Beleza! Só restou uma dúvida, o que é sociedade coligada e sociedade 
controlada?” 
Zé, iremos estudar isso melhor quando tratarmos de Ativo Não Circulante – Investimentos, 
mas saiba resumidamente que: 
São Coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. 
São Controladas as sociedades nas quais a controladora, diretamente ou através de outras 
controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, 
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos 
administradores. 
Vejamos algumas questões sobre o Realizável a Longo Prazo? 
 
01. (CESPE – Auditor – CGE-PI – 2015) Os adiantamentos concedidos a sociedades 
controladas e não ligados à exploração do objeto social da empresa controladora devem 
ser registrados no ativo não circulante da controladora. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
São classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo os direitos realizáveis após o término do 
exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a 
sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no 
lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da 
companhia. 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 7 
Perceba, portanto, que independentemente do prazo tais fatos serão classificados no Ativo 
Não Circulante, o que torna a afirmativa correta. 
Gabarito: C 
 
02. (FCC – AFR – SEPAZ-SP – 2009) A empresa Solidária S.A. emprestou para os quatro 
diretores do grupo R$ 1.000.000,00. O evento foi formalizado por meio de contrato de 
mútuo, com juros de mercado, para pagamento em doze meses. Em conformidade com a 
lei societária vigente, esse fato deve ser registrado como 
a) adiantamento a diretores - passivo circulante. 
b) adiantamento a diretores - ativo não-circulante. 
c) empréstimos a diretores - ativo circulante. 
d) empréstimos a diretores - ativo não-circulante. 
e) empréstimos a diretores - passivo circulante. 
Resolução: 
A questão tenta iludir o candidato fornecendo o prazo de pagamento do empréstimo: 12 
meses. Vimos que não importa o prazo, quando a empresa empresta dinheiro para 
diretores, acionistas, participantes no lucro, sociedades coligadas e controladas, tal valor é 
contabilizado no Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo. 
É evidente que nesta questão tivemos que considerar que a atividade usual da empresa 
Solidária S.A. não é emprestar dinheiro. Muitas vezes temos que tentar adivinhar o que o 
examinador deseja! 
Gabarito: D 
Vamos analisar o subgrupo investimentos, importantíssimo para sua prova. Fique atento! 
3. Ativo Não Circulante – Investimentos 
Vimos no inciso III do artigo 179 da Lei 6.404/76 que são classificados no Ativo Não Circulante 
– Investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de 
qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à 
manutenção da atividade da companhia ou da empresa. 
Os investimentos permanentes são divididos em “Participações Permanentes em outras 
Sociedades” e “Outros Investimentos Permanentes”. 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 8 
As “Participações Permanentes em outras Sociedades”, como o próprio nome diz, engloba 
os investimentos em outras entidades na forma de ações ou quotas. 
Os “Outros Investimentos Permanentes” são os direitos de qualquer natureza, não 
classificados no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da 
companhia ou da empresa. 
Organizando de forma didática temos que: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos: 
 
 Participações Permanentes em outras Sociedades: Sociedade Coligada, Sociedade 
Controlada. 
 Bens não destinados à manutenção da atividade da empresa: obras de arte, imóveis 
alugados, terrenos etc. 
3.1 Métodos de Avaliação de Investimentos em Participações Societárias 
As participações societárias são classificadas como temporárias ou permanentes, de acordo 
com a intenção da investidora. Enquanto as participações temporárias são adquiridas com 
intuito especulativo (para venda futura), as participações permanentes são adquiridas com 
a intenção de permanência. 
3.1.1 Participações Temporárias 
As participações temporárias são consideradas instrumentos financeiros e podem ser 
classificadas como disponíveis para venda, destinadas à negociação ou mantidas até o 
vencimento. 
Estudaremos algumas disposições da Lei n° 6.404/76 sobre os instrumentos financeiros no 
item 4 desta aula. 
 
INVESTIMENTOS 
Participações Permanentes 
em outras Sociedades 
Bens não destinados à 
manutenção da atividade da 
empresa 
 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 9 
3.1.2 Participações Permanentes 
São adquiridas com a intenção de permanência, sendo avaliadas pelo Custo de Aquisição ou 
pelo Método da Equivalência Patrimonial. 
3.1.2.1 Método do Custo 
Os investimentos em participação no capital social de outras sociedades serão avaliados 
pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu 
valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado 
em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas. 
As outras sociedades, destacadas acima, representam aquelas que não são: 
 Coligadas ou controladas; 
 Sociedades que façam parte de um mesmo grupo; 
 Estejam sob controle comum. 
Agora resolvam os próximos exercícios! 
 
03. (FCC – AFR – SEFAZ-SP – 2013) A Cia. Futurista adquiriu 3% das ações da Cia. Atual, em 
20/02/2013, por R$ 4.560,00. As sociedades não são do mesmo grupo nem estão sob 
controle comum. O investimento adquirido não caracteriza controle nem influência 
significativa sobre a investida, mas a Cia. Futurista possui a intenção de permanecer com 
este investimento por vários exercícios, ou seja, não há intenção de venda. Neste caso, o 
investimento, classificado no ativo não circulante da Cia. Futurista, será avaliado pelo 
a) custo corrente corrigido. 
b) método da equivalência patrimonial. 
c) método de custo. 
d) método da conciliação. 
e) método de crédito unitário projetado. 
Resolução: 
Olha lá! Foram respeitadas as condições (não são controladas nem coligadas, não são do 
mesmo grupo e nem estão sob controle comum). O investimento é caracterizado como 
permanente, visto que há a intenção de permanência, ou seja, sem intenção de venda. 
Assim, o investimento será avaliado pelo método de custo! 
Gabarito: C 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 10 
 
04. (FGV – Analista – DPE-RO – 2015) Um investimento avaliado pelo método de custo 
deve: 
(A) ter periodicamente seu valor justo mensurado e os ganhos ou perdas reconhecidos no 
resultado; 
(B) com base na Lei nº 6.404/76, e suas alterações, ser baixado para resultado ou avaliadoao valor justo; 
(C) ser avaliado por equivalência patrimonial; 
(D) ter seu valor recuperável testado quando houver evidência de perda; 
(E) ser ajustado pela deliberação sobre a distribuição de dividendos. 
Resolução: 
De acordo com a Lei n° 6.404/76, os investimentos avaliados pelo custo devem são 
mensurados pelo seu custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na 
realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que 
não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou 
quotas bonificadas. 
Importante lembrar que estes investimentos só serão avaliados pelo custo se tais títulos 
patrimoniais não tiverem preço de cotação em mercado ativo e seu valor justo não puder 
ser mensurado com confiabilidade. Se houve valor justo confinável e disponível, tais 
instrumentos deverão ser avaliados pelo valor justo. 
Com isso, conclui-se peça correção da alternativa D. Realmente os investimentos avaliados 
pelo custo devem passar pelo teste de recuperabilidade, ou seja, seu valor contábil deve 
refletir o valor recuperável deste ativo. 
Gabarito: D 
A partir de agora vamos analisar o Método da Equivalência Patrimonial, que é assunto 
praticamente certo em sua prova! 
3.1.2.2 Método da Equivalência Patrimonial 
Os investimentos permanentes em coligadas ou em controladas e em outras sociedades 
que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo 
método da equivalência patrimonial. 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 11 
O investimento é reconhecido, inicialmente, pelo custo. Posteriormente será ajustado pela 
aplicação da percentagem que a investidora possui no capital social da investida sobre o 
lucro ou prejuízo apurado pela investida. 
Quando a investida apura lucro líquido a investidora reconhecerá um Ganho de Equivalência 
Patrimonial. Quando a investida apura prejuízo líquido a investidora reconhecerá uma Perda 
de Equivalência Patrimonial. A participação do investidor no lucro ou prejuízo do período da 
investida deve ser reconhecida no resultado do período do investidor. 
 
 
 
Ajustes no valor contábil do investimento também são necessários pelo reconhecimento da 
participação proporcional do investidor nas variações de saldo dos componentes dos outros 
resultados abrangentes da investida, reconhecidos diretamente em seu patrimônio líquido. 
Tais variações incluem aquelas decorrentes da reavaliação de ativos imobilizados, quando 
permitida legalmente, e das diferenças de conversão em moeda estrangeira, quando 
aplicável. A participação do investidor nessas mudanças deve ser reconhecida de forma 
reflexa, ou seja, em outros resultados abrangentes diretamente no patrimônio líquido do 
investidor, e não no seu resultado. 
Vamos analisar algumas questões da VUNESP a respeito do Método de Equivalência 
Patrimonial. 
 
05. (VUNESP – Contador – Itatiba-SP – 2015) O método de contabilização por meio do qual 
o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, posteriormente, ajustado pelo 
reconhecimento da participação atribuída ao investidor nas alterações de ativos líquidos 
da investida é o método de 
(A) equivalência patrimonial. 
(B) custo atribuído. 
(C) valor justo. 
(D) equidade de patrimônios. 
(E) ajuste patrimonial. 
Resolução: 
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL = LUCROINVESTIDA x % de Participação 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 12 
Questão sem maiores problemas, não é? Sabe-se que os investimentos permanentes em 
coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo 
ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial. 
O investimento é reconhecido, inicialmente, pelo custo. Posteriormente será ajustado pela 
aplicação da percentagem que a investidora possui no capital social da investida sobre o 
lucro ou prejuízo apurado pela investida. 
Quando a investida apura lucro líquido a investidora reconhecerá um Ganho de Equivalência 
Patrimonial. Quando a investida apura prejuízo líquido a investidora reconhecerá uma Perda 
de Equivalência Patrimonial. A participação do investidor no lucro ou prejuízo do período da 
investida deve ser reconhecida no resultado do período do investidor. 
 
 
 
Com isso, correta a alternativa A. 
Gabarito: A 
 
06. (VUNESP – Auditor – CGM-SP – 2015) A empresa Investimentos Ativos S.A. 
apresentava, em 31.12.2014, uma participação societária em uma determinada empresa, 
denominada Empresa B. Sua participação equivalia a 85% do capital Empresa B, cujo valor 
do patrimônio líquido era de R$ 315.500,00. Distribuído da seguinte forma na mesma data: 
Capital R$ 100.000,00 
Reservas capital R$ 150.000,00 
Reservas de lucro R$ 65.500,00 
PL R$ 315.500,00 
Ademais, trata-se de uma participação relevante para a Investimentos Ativos S.A., 
principalmente porque ela tem influência na administração e na tomada de decisões. 
Em 30 de junho de 2015, a Empresa B apresentou um lucro líquido, após todas as 
participações, de R$ 120.000,00. Com base nesse resultado, a Empresa B pagou 
antecipadamente dividendos, que foram na ordem de 25% do lucro líquido apresentado. 
Com base nessas informações, assinale a alternativa que demonstra corretamente o valor, 
em reais, do investimento da Investimentos Ativos S.A. na Empresa B em 30 de junho de 
2015. 
a) 315.500,00. 
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL = LUCROINVESTIDA x % de Participação 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 13 
b) 335.575,00. 
c) 370.175,00. 
d) 344.675,00. 
e) 268.175,00. 
Resolução: 
Segundo o enunciado a investida possuía, antes de apurar o lucro de R$ 120 mil, um 
Patrimônio Líquido de R$ 315.500. Como a investidora possui 85% do capital da investida, 
conclui-se que este investimento está avaliado em seu ANC – Investimentos em Controlada 
por R$ 268.175 (85% x R$ 315.500). 
Posteriormente a investidora deve reconhecer o resultado de equivalência patrimonial, de 
acordo com o percentual de participação que possui na investida e o lucro apurado por esta. 
𝑴é𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝑬𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎𝒐𝒏𝒊𝒂𝒍 = 85% × 𝑅$ 120.000 = 𝑹$ 𝟏𝟎𝟐. 𝟎𝟎𝟎 
Assim, o seguinte lançamento contábil é realizado pela investidora. 
 D – Investimentos em Controladas R$ 102.000 (ANC – Investimentos) 
 C – Resultado de Equiv. Patrimonial R$ 102.000 (Resultado) 
No entanto, segundo o enunciado houve a distribuição (e o pagamento) de dividendos na 
ordem de 25% do lucro líquido apurado pela investida. Conclui-se, portanto, que a investida 
distribuiu e pagou R$ 30.000 de dividendos (25% de R$ 120 mil). 
Com isso, a investidora terá direito a receber dividendos no valor de R$ 25.500 (85% de R$ 30 
mil). Assim: 
 D – Caixa R$ 25.500 (Ativo Circulante) 
 C – Investimentos em Controladas R$ 25.500 (ANC – Investimentos) 
Desta maneira, após a contabilização de todos estes fatos contábeis o saldo da conta 
“Investimentos em Controladas” será de R$ 344.675 (268.175 + 102.000 – 25.500), o que torna 
a alternativa D correta. 
Gabarito: D 
 
Considere as seguintes informações para responder às questões de número 07 e 08. 
A Cia. Investidora Corimea adquiriu, em 31/10/20X2, 60% do Cia. Investida Laenuma por 
$ 200.000. Em 31/12/20X2, a Cia. Investida Laenuma apurou um resultado de $ 50.000. 
Notação: (D) = Débito; (C) = Crédito 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 1407. (VUNESP – Contador – TJ-SP – 2013) Assinale o lançamento que o Contador da Corimea 
terá que fazer. 
(A) (D) Disponível (C) Resultado de Equivalência Patrimonial $ 50.000. 
(B) (D) Investimentos (C) Resultado de Equivalência Patrimonial $ 50.000. 
(C) (D) Imobilizado (C) Resultado de Equivalência Patrimonial $ 50.000. 
(D) (D) Investimentos (C) Resultado de Equivalência Patrimonial $ 30.000. 
(E) (D) Disponível (C) Resultado de Equivalência Patrimonial $ 30.000. 
Resolução: 
Verifica-se que a Investidora possui 60% das ações da Investida. Como não há maiores 
informações consideramos que todas ações da Investida possuem direito a voto, 
concluindo-se, portanto, pela relação de controle. 
Se há controle, a Investidora irá aplicar o Método de Equivalência Patrimonial neste 
investimento. 
Assim, por ocasião da apuração, na Investida, de um lucro de $ 50.000,00, a Investidora 
efetuará o seguinte lançamento: 
𝑀𝐸𝑃 = % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 × 𝐿𝐿𝐸 
𝑴𝑬𝑷 = $50.000 × 60% = $ 𝟑𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 
D – Investimentos em Controladas $30.000,00 (ANC – Investimentos) 
 C – Resultado de Equiv. Patrimonial $ 30.000,00 (Resultado) 
Com isso, correta a alternativa D. 
Gabarito: D 
 
08. (VUNESP – Contador – TJ-SP – 2013) Em 28/04/20X3, a Cia. Investida Laenuma 
distribuiu $ 30.000 em dividendos. Qual é o lançamento que o Contador da Corimea terá 
que fazer? 
(A) (D) Disponível (C) Investimentos $ 18.000. 
(B) (D) Disponível (C) Investimentos $ 30.000. 
(C) (D) Disponível (C) Receita de Dividendos $ 18.000. 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 15 
(D) (D) Dividendos a Receber (C) Investimentos $ 30.000. 
(E) (D) Disponível (C) Receita de Dividendos $ 30.000. 
Resolução: 
O registro, pela Investidora, do recebimento de dividendos de uma investida avaliada pelo 
Método de Equivalência Patrimonial se dá mediante lançamento na própria conta 
representativa do investimento, de forma proporcional a sua participação. 
Assim, na distribuição dos dividendos o lançamento na Investidora será: 
 D – Dividendos a Receber $ 18.000,00 (AC) 
 C – Investimentos em Controladas $ 18.000,00 (ANC – Investimentos) 
Já no pagamento dos dividendos ora distribuídos, o contador registrará: 
 D – Disponibilidades $ 18.000,00 (AC) 
 C – Dividendos a Receber $ 18.000,00 (AC) 
Assim, a alternativa que mais atende ao enunciado é a alternativa A. No entanto, o mais 
correto seria o enunciado mencionar que “a Cia, Investida Laenuma distribuiu e pagou $ 
30.000 em dividendos”. 
Gabarito: A 
 
09. (VUNESP – ISS-São José dos Campos – 2015) A Cia. Alvorada possui 60% das ações da 
Cia. Gardênia. O investimento está registrado na contabilidade da investidora, avaliado 
pela equivalência patrimonial, pelo valor de R$ 1.200.000,00 em 31.12.2013. No exercício 
findo em 31.12.2014, a investida apresentou um lucro líquido do exercício correspondente 
a R$ 780.000,00. A investidora deverá, em consequência, registrar um resultado positivo 
da equivalência patrimonial (em R$) de 
(A) 720.000,00. 
(B) 780.000,00. 
(C) 468.000,00. 
(D) 432.000,00. 
(E) 525.000,00. 
Resolução: 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 16 
O Resultado de Equivalência Patrimonial será calculado de acordo com o percentual de 
participação da Investidora na Investida. Assim: 
𝑀𝐸𝑃 = 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 × 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑛𝑎 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 
𝑴𝑬𝑷 = 60% × 𝑅$ 780.000,00 = 𝑹$ 𝟒𝟔𝟖. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 
Com isso, correta a alternativa C. 
Gabarito: C 
 
10. (VUNESP – Contador – Câmara de Marília/SP – 2016) Considerando os conceitos 
contábeis de ativos e passivos, diante das normas de contabilidade brasileiras, assinale a 
alternativa que apresenta uma conceituação correta. 
(A) No caso de reavaliação de bens de ativo fixo de investida adquirida com ágio, a reserva 
de reavaliação deve ser registrada em contrapartida ao resultado. 
(B) A indenização de terceiros por itens do ativo imobilizado que tenham sido 
desvalorizados, perdidos ou abandonados deve ser reconhecida no patrimônio líquido 
quando a indenização se tornar recebível. 
(C) Ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser 
reconhecidos no resultado quando o item é baixado (a menos que a NBC TG 06 – Operações 
de Arrendamento Mercantil exija de outra forma em operação de venda e leaseback). Os 
ganhos devem ser classificados como receita de venda. 
(D) A mensuração dos estoques de produtos industrializados (produto acabado) deve ser 
pelo valor de custo ou de realização, dos dois o maior. 
(E) Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em 
empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no balanço 
individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo, e o seu valor contábil será 
aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou 
prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição. 
Resolução: 
Inseri esta questão neste curso com intuito de comentar a alternativa E. Não se preocupe 
com as demais alternativas, que cobram conceitos de Contabilidade Avançada que não serão 
cobrados em sua prova. 
Vamos analisar as alternativas apresentadas. 
 
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a) Incorreta. A Reavaliação de Ativos foi extinta a partir de 01/01/2008 pela Lei n° 11.638/07. 
No entanto, segundo tal dispositivo os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão 
ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final de 2008. 
É importante verificar que a reavaliação ode ativos continua sendo permitida pelas normas 
internacionais, que preveem que o valor da reserva de reavaliação, decorrente da avaliação 
de bens a que procedeu uma sociedade controlada ou coligada, deverá ser deduzido do 
saldo do ágio que houver sido pago na aquisição do investimento, correspondente somente 
à mais-valia dos bens do ativo imobilizado que foram reavaliados e que deram origem àquele 
ágio. Na hipótese de reavaliação negativa, deve-se baixar os saldos de deságios originados 
dos mesmos bens. 
Enfim, não é usual a cobrança destes tópicos por bancas organizadoras. 
b) Incorreta. Segundo o item 65 do CPC 27 “a indenização de terceiros por itens do ativo 
imobilizado que tenham sido desvalorizados, perdidos ou abandonados deve ser reconhecida 
no resultado quando a indenização se tornar recebível.”. 
c) Incorreta. Segundo o item 68 do CPC 27 “ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um 
item do ativo imobilizado devem ser reconhecidos no resultado quando o item é baixado (a 
menos que o Pronunciamento Técnico CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil exija 
de outra forma em operação de venda e leaseback). Os ganhos não devem ser classificados 
como receita de venda.”. 
d) Incorreta. Segundo o CPC 16 – Estoques, o valor de custo do estoque deve incluir todos 
os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer 
os estoques à sua condição e localização atuais. 
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de 
importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos 
de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos 
acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens 
semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. 
Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados com 
as unidades produzidas ou com as linhas de produção, comopode ser o caso da mão-de-
obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos 
e variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os 
custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes 
independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de 
edifícios e instalações fabris, máquinas e equipamentos e os custos de administração da 
fábrica. Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou 
quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos 
de mão-de-obra indireta. 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 18 
e) Correta. Segundo o CPC 18 Método da Equivalência Patrimonial é o método de 
contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a 
partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor 
sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua 
participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do 
investidor incluem a sua participação em outros resultados abrangentes da investida. 
Gabarito: E 
Zé Curioso: “Professor, você comentou várias vezes sobre coligadas e controladas, mas 
explicar o que são elas até agora nada...” 
Zé, eu sabia que você estava curioso!!! Vamos, enfim, ver o conceito de coligada e 
controlada. 
3.1.2.2.1 Coligadas 
São sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. Considera-se que há 
influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas 
decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. 
É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% ou mais do 
capital votante da investida, sem controlá-la. 
A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou 
mais das seguintes formas: 
(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; 
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões 
sobre dividendos e outras distribuições; 
(c) operações materiais entre o investidor e a investida; 
(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; 
(e) fornecimento de informação técnica essencial. 
Portanto, se existentes as condições acima, a investida será considerada uma coligada 
(desde que não seja uma controlada). 
Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), 
vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência 
significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. 
Por outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente, menos de vinte por cento 
do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência significativa, a 
menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A propriedade substancial 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 19 
ou majoritária da investida por outro investidor não necessariamente impede que um 
investidor tenha influência significativa sobre ela. 
3.1.2.2.2 Controladas 
Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de 
outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, 
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos 
administradores. 
O controle é adquirido se a investidora tem, direta ou indiretamente, mais de 50% das ações 
com direito a voto da investida. 
Para vocês entenderem o conceito de controle indireto vamos analisar suas questões! 
 
11. (FGV – ISS-Niterói-RJ – 2015) A Alfa S.A. é uma holding que detém participações 
societárias em diversas outras sociedades. O diagrama abaixo indica, através de setas, os 
percentuais de participação de cada uma dessas sociedades no capital votante das outras. 
 
Em cada uma das companhias, o restante das participações societárias, não indicadas no 
diagrama, é detido por um único acionista, que não é parte relacionada da Alfa S.A. e não 
mantém nenhum tipo de acordo de acionistas com ela. As demonstrações contábeis 
consolidadas da Alfa S.A. deverão incluir, como se fossem uma única entidade econômica, 
os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa: 
(A) da Cia. B; 
(B) das Cias. B e E; 
(C) das Cias. A, B, D e E; 
(D) das Cias. B, C, E e F; 
 
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(E) de todas as companhias. 
Resolução: 
Ainda não vimos nada sobre consolidação das demonstrações contábeis. O objetivo aqui não 
é explicar o processo de consolidação propriamente dito, mas sim verificar quais das 
entidades são controladas pela Alfa (controle direto ou indireto). 
O objetivo da consolidação das demonstrações contábeis é apresentar aos usuários da 
informação contábil a posição da entidade controladora e suas controladas como se fossem 
uma única entidade. 
Presume-se o controle quando a investidora possui mais de 50% das ações com direito a 
voto da investida. O controle pode ocorrer diretamente (Cia. B) ou indiretamente, por meio 
de outras controladas (Cia. E). 
Perceba que a Cia. Alfa também possui o controle indireto sobre a entidade C, pois possui o 
controle de 51% das ações (das quais 46% de forma direta e 5% pela Cia. B, sua controlada.) 
Da mesma forma há controle da Cia. Alfa sobre a Cia. F no mesmo valor de 51% (5% pela Cia. 
B, 45% pela Cia. C e 1% pela Cia. E) 
Assim, correta a alterativa D. 
Perceba que a análise de controle é distinta da análise da propriedade. Por exemplo, a Alfa 
S.A. é proprietária de 30,25% da Cia. E (55% de 55%). No entanto, trata-se de sua controlada 
indireta, pela própria relação de controle que a Cia. B possui sobre a Cia. E. 
Gabarito: D 
 
12. (ESAF – AFRFB – 2012) Observado o exposto no gráfico de Participações Societárias da 
Cia. Firmamento, a seguir, pode-se afirmar que 
 
 
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a) a participação dos acionistas não controladores na Cia. Netuno corresponde a 16,5% do 
capital total. 
b) os dividendos distribuídos pela Cia. Vênus devem ser reconhecidos pela investidora como 
Receitas. 
c) os juros sobre o capital próprio, quando calculados e pagos pela Cia. Éris, são registrados 
pela investidora a débito de Participações Societárias. 
d) a Cia. Júpiter é controlada indireta da Cia. Firmamento, mesmo que não se verifique 
influência significativa da investidora. 
e) a investidora, ao registrar a remuneração distribuída aos acionistas pela Cia. Sol, efetua 
um crédito na conta Resultado de Equivalência Patrimonial. 
Resolução: 
Apesar de não precisar realizar a análise que farei agora para a resolução da questão, quero 
apenas que você entenda o significado de controle direto e indireto, ok? Antes de analisar 
as alternativas eu gostaria de verificar a relação que a investidora, Cia. Firmamento, possui 
com suas investidas Cia. Marte, Cia. Lua e Cia Netuno: 
Cia. Firmamento x Cia. Marte: não há controle, já que a Cia. Firmamento possui apenas 10% 
das ações da Cia. Marte; 
Cia. Firmamento x Cia. Lua: há controle direto, pois a Cia. Firmamento possui 70%das ações 
da Cia. Lua; 
Cia. Firmamento x Cia. Netuno: há controle indireto! Veja que a Cia. Firmamento possui 
20% das ações da Cia. Netuno. Mas também tem 90% das ações da Cia. Sol, que por sua vez 
possui 70% das ações da Cia. Netuno. ACia. Firmamento também possui 30% das ações da 
Cia. Ceres, que possui 5% das ações da Cia. Netuno. Assim, a participação total da Cia. 
Firmamento na Cia. Netuno é data por: 
𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 = 20% + (90% 𝑥 70%) + (30% 𝑥 5%) = 20% + 63% + 1,5% 
𝑷𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒊𝒑𝒂çã𝒐 = 𝟖𝟒, 𝟓% 
Perceba que apesar da participação da Cia. Firmamento na Cia. Netuno equivaler a 84,5% 
das ações, na verdade o controle é medido pelo poder que ela possui de controlar esta 
entidade através de outra controlada (ou seja, a Cia. Firmamento controla a Cia. Sol, que por 
sua vez controla a Cia. Netuno). Neste aspecto, perceba que a Cia. Firmamento consegue 
90% dos votos da Cia. Netuno. 
Zé Curioso: “Professor, agora boiei! Por que 90% e não 84,5%?” 
Ora Zé, vamos fazer um exemplo para que tudo fique claro, ok? 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 22 
Vamos imaginar que a Cia. Netuno queira realizar uma reestruturação administrativa e que 
tal processo deve ser aprovado em assembleia pelos acionistas. 
Suponha que a Cia. Firmamento, que possui 20% das ações da cia. Netuno, seja totalmente 
contrária à reestruturação. Portanto, certamente ela votará NÃO! 
Zé Curioso: “Professor, já saquei o controle indireto! Nem precisa continuar! Como a Cia. 
Firmamento controla a Cia. Sol, esta vai votar de acordo com a vontade daquela. Ou seja, a 
Cia. Sol, que possui 70% das ações da Cia. Netuno, vai votar NÂO!” 
É exatamente isso Zé! Veja que a Cia. Firmamento exerceu seu controle direto sobre a Cia. 
Sol para estabelecer sua vontade na assembleia de acionistas da Cia. Netuno. É por isso que 
o controle é dito indireto. 
Agora que você já entendeu o conceito de controle direto e indireto vejamos as alternativas! 
a) Incorreta. Sabemos que a participação dos acionistas controladores (Cia. Firmamento) é 
de 84,5%. Assim, a participação dos não controladores, ou minoritários, será de 15,5% (100% 
- 84,5%). 
b) Correta. A Cia. Firmamento possui 3% das ações da Cia. Vênus. Este investimento deverá, 
portanto, ser avaliado pelo Método do Custo, onde os dividendos recebidos são lançados 
como Receitas. 
c) Incorreta. Ainda falarei sobre Juros sobre Capital Próprio. Não se preocupe, ainda, com 
isso. 
d) Incorreta. Não há controle indireto sobre a Cia. Júpiter. Isso poderia ocorrer, por exemplo, 
se a Cia. Lua tivesse 51% das ações da Cia. Júpiter. 
e) Incorreta. Perceba que a Cia. Sol é controlada pela Cia. Firmamento. Desta forma, o 
investimento será avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial. Veremos logo mais a 
contabilização de dividendos de empresas avaliadas pelo MEP, mas saiba de antemão que 
são contabilizados como redução do investimento. 
Gabarito: B 
Tranquilo, não é pessoal? Vamos analisar a diferença entre as ações preferenciais e ações 
ordinárias! 
3.1.2.2.3 Ações Preferenciais x Ações Ordinárias 
Zé Curioso: “Professor, você disse que o controle é obtido quando a investidora possui, direta 
ou indiretamente, mais de 50% das ações com direito a voto da investida. Eu acredito em 
tudo isso, mas o que são ações com direito a voto?” 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 23 
Zé, as ações ordinárias proporcionam participação nos resultados da empresa e dão direito 
ao voto em assembleias da empresa. 
As ações preferenciais conferem prioridade no recebimento de dividendos, bem como no 
reembolso de capital (no caso de dissolução da sociedade). No entanto, poderão ou não ter 
direito ao voto (normalmente não possuem este direito). 
 
 
 
 
 
O número de ações preferenciais sem direito a voto é limitado, pois não pode ultrapassar 
50% do total de ações emitidas (ações preferenciais + ações ordinárias). 
Vamos fazer algumas questões para fixar os conceitos! 
 
13. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 2014) A Cia. Acionária S.A. realizou as seguintes 
transações: 
I. Aquisição de 15% do total das ações da Cia. Votante, adquirindo somente ações 
ordinárias, com o objetivo de assegurar fornecimento de matéria-prima (o acionista 
controlador possui 60% do poder de voto). 
II. Aquisição de 30% de ações preferenciais da Cia. Preferencial, com o objetivo de 
diversificar suas operações e não possuindo influência significativa na administração da 
mesma. 
III. Aquisição de 30% do total das ações da Cia. Aberta, adquirindo apenas ações ordinárias. 
Sabe-se que o controle é exercido pelo acionista com maior quantidade de ações com 
direito a voto. 
Sabendo que as Cias. Votante, Preferencial e Aberta possuem o Capital Social formado por 
50% de ações preferenciais e 50% de ações ordinárias, é correto afirmar que a participação 
na Cia. 
(A) Votante é avaliada pelo custo por ser considerada coligada. 
(B) Preferencial é avaliada por equivalência patrimonial por ser considerada coligada. 
(C) Aberta é avaliada por equivalência patrimonial por ser considerada controlada. 
AÇÃO ORDINÁRIA DIREITO AO VOTO 
AÇÃO PREFERENCIAL 
PRIORIDADE NO RECEBIMENTO 
DE DIVIDENDOS 
 
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(D) Votante é avaliada pelo custo por não ser considerada coligada ou controlada. 
(E) Aberta é avaliada por equivalência patrimonial por ser considerada coligada. 
Resolução: 
Vimos que os investimentos permanentes em coligadas ou em controladas e em outras 
sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão 
avaliados pelo método da equivalência patrimonial. 
Vamos analisar as afirmativas, lembrando que as Cias. Votante, Preferencial e Aberta 
possuem o Capital Social formado por 50% de ações preferenciais e 50% de ações ordinárias! 
I. Aquisição de 15% do total das ações da Cia. Votante, adquirindo somente ações ordinárias, com 
o objetivo de assegurar fornecimento de matéria-prima (o acionista controlador possui 60% do 
poder de voto). 
Trata-se de uma coligada, pois a aquisição de 15% do total das ações, sendo todas elas com 
direito a voto (ordinárias) representa 30% do total das ações com direito a voto. Se não 
entendeu este raciocínio imagine que existem 100 ações. O enunciado disse que o Capital 
Social das empresas é formado por 50% de ações preferenciais e 50% de ações ordinárias. 
Assim, no exemplo dado teríamos: 
 50 ações ordinárias (direito a voto); 
 50 ações preferenciais. 
Como a Cia. Acionária S.A. adquiriu 15 ações (15% do total de ações), sendo que todas são 
ordinárias, conclui-se que tais ações representam 30% das ações com direito a voto (15/50). 
Assim, trata-se de uma coligada, pois a influência significativa é presumida quando a 
investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la. 
 
II. Aquisição de 30% de ações preferenciais da Cia. Preferencial, com o objetivo de diversificar suas 
operações e não possuindo influência significativa na administração da mesma. 
Como a ação preferencial não dá direito a voto, tal investimento será avaliado pelo custo. 
 
III. Aquisição de 30% do total das ações da Cia. Aberta, adquirindo apenas ações ordinárias. Sabe-
se que o controle é exercido pelo acionista com maior quantidade de ações com direito a voto. 
Perceba que agora se trata de uma controlada, pois a Cia. Acionária S.A. comprou 30% do 
total de ações, sendo todas com direito a voto. Isso representa 60% das ações com direito a 
voto. O controle é adquirido se a investidora tem, direta ou indiretamente, mais de 50% das 
ações com direito a voto da investida. 
 
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Então resumidamente temos que: 
Sociedade Relação Método de Avaliação 
Cia. Votante ColigadaEquiv. Patrimonial 
Cia. Preferencial - Custo 
Cia. Aberta Controlada Equiv. Patrimonial 
 
Gabarito: C 
 
14. (FCC – Analista Judiciário – TRF – 2012) A Cia. Mirassol é detentora de 60% das ações 
com direito a voto da Cia. Hortolândia. Essas ações correspondem a 30% do capital total 
da controlada. No exercício de 2011, a controlada auferiu um lucro de R$ 150.000,00. Na 
contabilidade da controladora, esse fato acarreta um lançamento, em R$, de 
a) 45.000,00 como receitas financeiras. 
b) 45.000,00 como resultado positivo da equivalência patrimonial. 
c) 60.000,00 como receitas não operacionais. 
d) 90.000,00 como outras receitas operacionais. 
e) 90.000,00 como receitas de dividendos. 
Resolução: 
Se a Cia. Mirassol possui 60% das ações com direito a voto da Cia. Hortolândia, conclui-se 
que se trata de uma empresa controlada. 
A questão fornece, ainda, que a controladora possui 30% do capital social (capital total) da 
controlada. Este será o percentual que devemos aplicar sobre o Lucro da Cia. Hortolândia 
para achar o Ganho de Equivalência Patrimonial (GEP) da Cia. Mirassol. Assim: 
𝑀𝐸𝑃 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑎𝑑𝑎 × 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑆𝑜𝑐𝑖𝑎𝑙 
𝑴𝑬𝑷 = 𝑅$ 150.000,00 × 30% = 𝑹$ 𝟒𝟓. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 
Com isso, correta a alternativa B. 
Gabarito: B 
 
15. (FCC – AFR – SEFAZ-SP – 2009) A Cia. Eclipse Supermercados, dando continuidade à sua 
estratégia de expansão, no início de 2008, participa da constituição da Cia. de Varejo Luna, 
cujo capital social totalmente subscrito e integralizado, na ocasião, será formado por um 
 
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total de 2.000.000 de ações, distribuídas de acordo com limites legais, em ações ordinárias 
e preferenciais, todas com valor nominal unitário de R$ 30,00. É política da empresa 
manter o controle direto de todas as suas investidas, desembolsando sempre o valor 
mínimo necessário. Neste caso, de acordo com a legislação societária, para manter o 
controle da Cia. de Varejo Luna, no mínimo, a empresa deverá integralizar o capital social 
da investida no valor de 
a) R$ 66.000.000,00 
b) R$ 60.000.000,00 
c) R$ 30.000.030,00 
d) R$ 20.000.300,00 
e) R$ 15.000.030,00 
Resolução: 
Aprendemos que o limite legal é de que as ações preferenciais sem direito a voto 
representem no máximo a 50% do total de ações da empresa. Assim, conclui-se que, no 
máximo, a Cia. Varejo Luna terá 1.000.000 ações preferenciais (e consequentemente, 
número mínimo de 1.000.000 ações ordinárias, com direito a voto). 
Como é política da empresa manter o controle direto de todas suas investidas ela deverá 
comprar, no mínimo, 50% + uma ação com direito a voto. Ou seja, irá comprar 500.001 ações 
com direito a voto (ordinárias). 
Assim, o valor do investimento é de R$ 30,00 x 500.001 ações = R$ 15.000.030,00. 
Gabarito: E 
3.2 Contabilização no Recebimento de Dividendos 
Estudaremos os dividendos em aula futura, mas saiba que em linhas gerais os dividendos 
são distribuídos aos acionistas por ocasião do encerramento do exercício social em 
consequência de um eventual lucro apurado pela empresa. 
3.2.1 Investimentos Avaliados pelo Custo de Aquisição 
Existem duas regras de contabilização de dividendos recebidos de investimentos 
permanentes em sociedades que não sejam coligadas, controladas, controladas em 
conjunto ou que estejam sob controle comum: 
 
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3.2.1.1 Dividendos Recebidos até seis meses da data de aquisição dos investimentos 
Devem ser registrados como diminuição do valor do custo de aquisição, não influenciando 
as contas de resultado da investidora. Desta forma, o lançamento será o seguinte: 
D – Disponível ou Dividendos a Receber 
 C – Investimentos 
Isso é totalmente lógico, pois no preço pago pelas ações estavam embutidos os dividendos 
que seriam recebidos em até seis meses da data da compra. 
3.2.1.2 Dividendos Recebidos após seis meses da data de aquisição dos investimentos 
Devem ser registrados como receitas operacionais. Sua contabilização será a seguinte: 
D – Disponível ou Dividendos a Receber 
 C – Receita de Dividendos 
Observação: Se o enunciado não falar nada sobre o prazo da aquisição, presume-se que os 
dividendos foram recebidos após seis meses da data de aquisição. 
Vejam estas duas questões sobre o tema! 
 
16. (FCC – APOFP – SEFAZ-SP – 2010) Ao contabilizar os dividendos distribuídos por 
investidas avaliadas pelo método do custo, a investidora debita a conta Disponível e 
credita a conta 
a) Investimentos. 
b) Receita Eventual. 
c) Receita de Investimentos. 
d) Receita de Dividendos. 
e) Receita de Equivalência Patrimonial. 
Resolução: 
Existem duas hipóteses de contabilização de dividendos distribuídos por investidas avaliadas 
pelo método do custo. Um para dividendos recebidos antes de seis meses da aquisição e 
outro para dividendos recebidos após seis meses. 
Como a questão não falou nada sobre isso consideramos que a aquisição se deu antes dos 
seis meses da distribuição dos dividendos. Assim, a contabilização será: 
 
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D – Disponibilidades (Ativo) 
 C – Receita de Dividendos (Resultado) 
Com isso, correta a alternativa D. 
Gabarito: D 
3.2.2 Investimentos Avaliados pelo MEP 
Na distribuição de dividendos a investidora efetuará um lançamento a crédito em 
“Investimentos” tendo como contrapartida um débito em “Disponível” ou “Dividendos a 
Receber”. Assim: 
D – Disponível ou Dividendos a Receber 
 C – Investimentos Avaliados pelo MEP 
Zé Curioso: “Eita! Agora me lascou! Se lançar um crédito em “Investimentos”, conta do Ativo, 
estaremos diminuindo o valor do nosso investimento. Como pode isso?” 
Zé, vimos que quando ocorre lucro numa investida, em que o investimento é avaliado pelo 
Método da Equivalência Patrimonial, a empresa investidora irá contabilizar um Ganho de 
Equivalência Patrimonial (GEP) da seguinte forma: 
𝑴𝑬𝑷 = % 𝒅𝒆 𝑷𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒊𝒑𝒂çã𝒐 × 𝑳𝑼𝑪𝑹𝑶𝑰𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒅𝒂 
O lucro da investida está contabilizado no seu próprio patrimônio líquido, não é? Desta 
forma, o MEP, que faz parte da contabilidade da investidora, contém um percentual deste 
lucro obtido pela investida. Tudo bem até aqui? 
Quando ocorre a distribuição dos lucros em forma de dividendos, pela investida, a 
investidora apenas troca este valor de lugar. Estava contabilizado como GEP e será 
contabilizado como dividendo a receber. 
Não sei se ficou claro então irei fazer um exemplo bem prático. Imaginem que a empresa 
“Pukelin” é controladora da empresa “Bartolomeu’s”, e possui 70% de seu capital social, 
apurando tal investimento pelo MEP. 
Sabendo que a “Bartolomeu’s” apurou um lucro de R$ 100.000,00, e que deste lucro 
destinou posteriormente 50% para o pagamento de dividendos, a empresa “Pukelin” 
efetuou o seguinte lançamento: 
D – Investimentos Avaliados pelo MEP R$ 70.000,00 (Ativo) 
C – GEP R$ 70.000,00 (Receita) 
Perceba que esses R$ 70.000,00 reconhecidos incluem R$ 35.000,00, ou 50%, que lhe 
cabem no posterior pagamento de dividendos. 
 
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Desta forma quando ocorrer a distribuição dos dividendos a empresa “Pukelin” efetuará o 
seguinte lançamento: 
D – Caixa ou Dividendos a Receber R$ 35.000,00 (Ativo) 
C – Investimentos Avaliados pelo MEP R$ 35.000,00 (Ativo) 
Zé Curioso: “Ahhhh, agora ficou claro! Se não fosse assim estaríamos contabilizando a 
mesma coisa(dividendos) duas vezes!” 
Agora que aprendemos tais conceitos vamos resolver alguns exercícios? 
 
17. (ESAF – Analista de Finanças e Controle – STN – 2013) A Cia. Iluminada participa com 
4% do capital ordinário da Cia. Hércules. Nessa participação societária permanente, a 
investidora não possuía influência significativa. Na ocasião da aprovação das contas e 
distribuição do resultado da Cia. Hércules, também foi aprovada a distribuição de R$ 
500.000 a título de dividendos aos seus acionistas. A empresa investidora, ante esse fato, 
deve registrar um débito: 
a) em Resultado com Investimentos a crédito de Ganhos com Participações Societárias 
Permanentes. 
b) em Participações Societárias Permanentes a crédito de Receitas não Correntes – 
Investimentos. 
c) de Dividendos a Receber a crédito de Outras Receitas Operacionais – Dividendos e 
Rendimentos de Outros Investimentos. 
d) de Disponibilidades a crédito de Ganhos e Perdas com Participações Permanentes em 
Outras Sociedades. 
e) de Conta de Resultado a crédito de Resultados com Investimentos Permanentes em 
outras Sociedades Coligadas. 
Resolução: 
Percebe-se que o investimento é avaliado pelo custo, pois a investidora não possui influência 
significativa na investida. Assim, os dividendos recebidos pela investidora serão 
contabilizados como Receita Operacional! Veja o lançamento: 
D – Dividendos a Receber R$ 20.000,00 (Ativo) 
 C – Receita de Dividendos R$ 20.000,00 (Receita Operacional) 
Gabarito: C 
 
 
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18. (FCC – Analista – SEFAZ-PI – 2015) A empresa Italiana S.A. apresentava em seu Balanço 
Patrimonial de 31/12/2012 os seguintes saldos em contas específicas de investimentos em 
outras empresas: 
− Investimento na Empresa Roma = R$ 300.000,00 
− Investimento na Empresa Milão = R$ 40.000,00 
O investimento na Empresa Roma é avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial e 
o investimento na Empresa Milão é avaliado pelo Método de Custo. Durante o ano de 
2013, a empresa Italiana S.A. recebeu os seguintes valores de dividendos: 
− Da Empresa Roma = R$ 20.000,00 
− Da Empresa Milão = R$ 5.000,00 
A empresa Italiana S.A. detém uma participação de 60% na Empresa Roma e de 5% na 
Empresa Milão e os resultados líquidos apurados pelas duas empresas, em 2013, foram os 
seguintes: 
Empresa Lucro Líquido em 2013 
Roma R$ 50.000,00 
Milão R$ 20.000,00 
 
Os valores correspondentes ao Investimento na Empresa Roma e ao Investimento na 
Empresa Milão que devem ser evidenciados no Balanço Patrimonial individual da empresa 
Italiana S.A. de 31/12/2013 são, respectivamente, em reais: 
(A) 310.000,00 e 40.000,00 
(B) 330.000,00 e 35.000,00 
(C) 310.000,00 e 41.000,00 
(D) 330.000,00 e 36.000,00 
(E) 310.000,00 e 36.000,00 
Resolução: 
Os investimentos avaliados pelo custo não sofrem alteração em função dos lucros apurados 
pela investida. Assim, o investimento na Empresa Milão continuará a ser evidenciado pelo 
seu valor de custo, de R$ 40.000,00. 
Lembre-se, ainda, que os dividendos recebidos das empresas investidas que são avaliadas 
pelo custo são contabilizados como Receita Operacional. 
 
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Apenas com este raciocínio poderíamos marcar a alternativa A. 
Por outro lado, os lucros apurados pelas investidas que são avaliadas pelo método da 
equivalência patrimonial (Empresa Milão) afetam o valor evidenciado no Balanço 
Patrimonial da seguinte forma: 
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡. 𝑑𝑒 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣. 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐. 
𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕. 𝒅𝒆 𝑬𝒒𝒖𝒊𝒗. 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎𝒐𝒏𝒊𝒂𝒍 = 𝑅$ 50.000,00 × 60% = 𝑹$ 𝟑𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 
O lançamento contábil será: 
 D – Investimentos em Controladas R$ 30.000,00 (ANC – Investimentos) 
 C – Result. de Equiv. Patrimonial R$ 30.000,00 (Resultado) 
Mas veja que o enunciado informa que houve o recebimento de R$ 20.000,00 de dividendos 
da Empresa Roma. Tais dividendos são contabilizados da seguinte forma: 
 D – Dividendos a Receber R$ 20.000,00 (AC) 
 C – Investimentos em Controladas R$ 20.000,00 (ANC – Investimentos) 
Com isso, perceba que após estes dois lançamentos o valor da conta “Investimentos em 
Controladas” teve uma variação positiva de R$ 10.000,00. Como o saldo inicial desta conta 
é de R$ 300.000,00, conclui-se que em 31/12/2013 seu saldo será de R$ 310.000,00. 
Assim, confirmamos a alternativa A como gabarito da questão. 
Gabarito: A 
 
19. (FCC – ACE – TCM-GO – 2015) A empresa Participa em Tudo S.A. adquiriu, em 
02/01/2013, uma participação societária de 60% na Cia. Vendida S.A., passando a deter o 
seu controle. O Patrimônio Líquido contábil da Cia. Vendida S.A. era R$ 50.000.000,00 na 
data da aquisição e a Participa em Tudo S.A. pagou R$ 36.000.000,00 pela participação 
adquirida. O valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Cia. Vendida S.A., 
em 02/01/2013, era R$ 60.000.000,00 e a diferença para o seu Patrimônio Líquido contábil 
se referia ao valor justo de um terreno que estava registrado pelo valor de custo. No ano 
de 2013, a Cia. Vendida S.A. apurou um lucro líquido de R$ 8.000.000,00 e sabe-se que o 
terreno não foi vendido. Nas demonstrações contábeis individuais da empresa Participa 
em Tudo S.A., o valor do Resultado de Participação apresentado na Demonstração do 
Resultado do ano de 2013 e o valor do investimento apresentado no Balanço Patrimonial 
de 31/12/2013 foram, respectivamente, em reais, 
(A) 8.000.000,00 e 38.000.000,00. 
(B) 4.800.000,00 e 40.800.000,00. 
 
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(C) 4.800.000,00 e 34.800.000,00. 
(D) 8.000.000,00 e 44.000.000,00. 
(E) 0,00 e 30.000.000,00. 
Resolução: 
Inicialmente cabe observar que se há o controle sobre a investida, tal investimento será 
avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial (MEP). Com isso, o valor do Resultado 
de Participação apresentado na Demonstração do Resultado do ano de 2013 será de: 
𝑀𝐸𝑃 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑛𝑎 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 
𝑴𝑬𝑷 = 𝑅$ 8 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 × 60% = 𝑹$ 𝟒. 𝟖𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 
O lançamento contábil será: 
 D – Investimentos em Controladas R$ 4,8 milhões (ANV Investimentos) 
 C – Resultado de Equiv. Patrimonial R$ 4,8 milhões (Resultado) 
Com isso, o valor do investimento apresentado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 será 
de R$ 40,8 milhões (custo de aquisição + resultado de equivalência patrimonial). 
Assim, correta a alternativa B! 
Gabarito: B 
 
20. (FCC – Técnico Judiciário – TRF – 2014) A empresa Investidora S.A. adquiriu, em 
02/01/2010, uma participação societária na empresa Samambaia S.A.. Foram adquiridas 
80% das ações da Samambaia S.A. pelo valor de R$ 10.000.000,00. No final de 2010, a 
empresa Samambaia S.A. apurou um lucro líquido de R$ 3.000.000,00. Nas demonstrações 
contábeis da empresa Investidora S.A. deverão ser apresentados os seguintes valores na 
Demonstração do Resultado, do ano de 2010 e no Balanço Patrimonial de 31/12/2010, 
respectivamente, em R$: 
a) Resultado de Participação Societária = 2.400.000,00 ; Dividendos a Receber = 
2.400.000,00. 
b) Resultado de Participação Societária = 3.000.000,00 ; Dividendos a Receber = 
3.000.000,00. 
c) Resultado de Participação Societária = 2.400.000,00 ; Investimentos = 12.400.000,00. 
d) Resultado de Participação Societária = 3.000.000,00 ; Investimentos = 13.000.000,00. 
 
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e) Resultado de ParticipaçãoSocietária = 0,00 ; Investimentos = 10.000.000,00. 
Resolução: 
Verifica-se que a Investidora S.A. comprou 80% das ações da Samambaia S.A.. Assim, 
conclui-se que tal investimento será avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial, 
onde o registro do investimento na investidora é ajustado pelo resultado da equivalência 
patrimonial em função da percentagem de participação na investida. Assim, o registro do 
Lucro da investida, de R$ 3.000.000,00, provocará um registro na apuração do resultado da 
investidora de R$ 2.400.000,00 (80 % do Lucro): 
D – Investimentos em Controladas R$ 2.400.000,00 ( Ativo) 
 C – Ganho de Equivalência Patrimonial R$ 2.400.000,00 ( Resultado) 
Desta forma, no balanço patrimonial o saldo da conta “Investimento em Controladas” será 
de R$ 12.400.000,00 (saldo inicial + ganho de equivalência patrimonial). 
Gabarito: C 
Zé Curioso: “Professor, todos os exercícios que resolvemos envolveram lucro na investida. E 
se houver prejuízo, a investidora irá contabilizar uma Perda por Equivalência Patrimonial?” 
Isso Zé! Perfeito. No exercício anterior, por exemplo, se a investida tivesse um Prejuízo de 
R$ 100,00, a investidora iria contabilizar uma redução no seu Ativo – Investimentos com o 
registro: 
 D – Perda de Equivalência Patrimonial R$ 90,00 (Despesa) 
 C – Investimentos em Controladas R$ 90,00 (Ativo) 
Pessoal, reforço a necessidade de você dominar a maneira de calcular o Resultado de 
Equivalência Patrimonial, bem como a distribuição de dividendos de investimentos avaliados 
pelo MEP. Não deixe de fazer todos os exercícios, especialmente aqueles que você teve mais 
dificuldade, ok? 
Com estes exercícios que analisamos vocês matam boa parte das questões envolvendo os 
investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial. 
3.3 Ágio na Aquisição de Investimentos Avaliados pelo MEP 
O ágio (ou deságio, se for o caso) é a diferença entre o valor pago e o valor patrimonial do 
investimento. Existem duas razões para que isso ocorra: “ágio por mais-valia de ativos 
líquidos” e “ágio por expectativa de rentabilidade futura”. O ágio é reconhecido: 
 “ágio por expectativa de rentabilidade futura” (Goodwill): representa a diferença, 
positiva, entre o valor pago pelo investimento e seu valor justo; 
 
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 “ágio mais-valia”: representa a diferença entre o PL calculado a valor justo e o PL pelo 
seu valor contábil. 
Assim: 
 
 
 
 
Caso o valor pago seja inferior ao valor patrimonial do investimento haverá a figura do 
“ganho por compra mais vantajosa” (antigo deságio ou goodwill negativo) que será 
contabilizada como receita do resultado do exercício do investidor. 
O goodwill negativo (ou deságio por expectativa de rentabilidade negativa) é obtido pela 
diferença entre o valor pago pelo investimento e o valor justo dos ativos líquidos (ativos – 
passivos) da investida. É importante saber que ao contrário do ágio, o deságio deve ser 
reconhecido imediatamente como Receita no Resultado do Exercício. 
Com apenas estes conceitos podemos acertar um monte de questões! 
 
21. (CESPE – Analista Contábil – MEC – 2014) Goodwill é a diferença positiva entre o valor 
justo dos ativos líquidos da investida e o valor patrimonial desses mesmos ativos líquidos. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
O goodwill (ou ágio por expectativa de rentabilidade futura) é dado pela diferença entre o 
valor pago pelo investimento e seu valor justo dos ativos líquidos da investida. 
O ágio mais-valia é dado pela diferença positiva entre o valor justo dos ativos líquidos da 
investida e o valor patrimonial desses mesmos ativos líquidos. 
Com isso, incorreta a afirmativa. 
Gabarito: E 
 
Instruções: Para responder às questões de números 22 e 23, considere as informações 
abaixo. 
GOODWILL VALOR PAGO – VALOR JUSTO 
ÁGIO MAIS-VALIA VALOR JUSTO – VALOR CONTÁBIL 
 
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TCE-SP 2017 – Contabilidade Geral – Teoria e Questões 35 
Em 01/01/2015 a Cia. Olímpica adquiriu, à vista, 80% das ações da Cia. Atlética pelo valor 
de R$ 10.000.000,00. Na data da aquisição, o valor do Patrimônio Líquido constante do 
Balanço Patrimonial da Cia. Atlética era R$ 5.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos 
e passivos identificáveis da Cia. Atlética que foram adquiridos, de acordo com o laudo de 
avaliação, era R$ 9.000.000,00. A Participação dos Não Controladores foi avaliada pela 
parte que lhes cabe no valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da adquirida. 
Sabe-se que a diferença entre o patrimônio líquido contábil e o valor justo líquido dos 
ativos e passivos identificáveis era decorrente de um ativo intangível com vida útil 
indefinida. 
Durante o ano de 2015, a Cia. Atlética reconheceu em seu Patrimônio Líquido as seguintes 
mutações: 
− Lucro líquido de 2015: R$ 400.000,00 
− Dividendos distribuídos: R$ 150.000,00 
− Ajustes de avaliação patrimonial: R$ 50.000,00 (saldo credor). 
 
22. (FCC – ISS Teresina – 2016) O valor apresentado pela Cia. Olímpica na conta 
Investimento, no Balanço Patrimonial individual de 31/12/2015, e o valor reconhecido na 
Demonstração do Resultado individual de 2015 referente a este investimento foram, 
respectivamente, em reais, 
(A) 10.240.000,00 e 320.000,00. 
(B) 10.320.000,00 e 320.000,00. 
(C) 10.200.000,00 e 200.000,00. 
(D) 7.440.000,00 e 320.000,00. 
(E) 10.240.000,00 e 360.000,00. 
Resolução: 
O enunciado diz que a empresa Cia. Olímpica adquiriu 80% das ações da Cia. Cia. Atlética 
por R$ 10 milhões. Vamos comparar, com o auxílio da tabela abaixo, este valor de compra 
com o valor contábil e o valor justo da Cia. Bom Sabor. 
Cia. Atlética PL100% PL80% 
Valor Contábil R$ 5 milhões R$ 4 milhões 
Valor Justo R$ 9 milhões R$ 7,2 milhões 
 
Através do PLCONTÁBIL e do PLVALOR JUSTO conseguimos calcular o “ágio mais-valia”: 
Ágio Mais-Valia = PLVALOR JUSTO – PLCONTÁBIL 
 
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Ágio Mais-Valia = R$ 7,2 milhões – R$ 4,0 milhões = R$ 3,2 milhões 
Goodwill = Valor Pago – PLVALOR JUSTO 
Goodwill = R$ 10 milhões – R$ 7,2 milhões = R$ 2,8 milhões 
Assim, o lançamento na aquisição será: 
D – Investimentos R$ 10 milhões (Ativo – Investimentos) 
C – Caixa R$ 40 milhões (Ativo) 
Segundo o enunciado a Cia. Atlética reconheceu em seu Patrimônio Líquido um lucro líquido 
de R$ 400.000,00. A Cia. Olímpica deve aplicar o MEP sobre tal lucro! Assim: 
𝑀𝐸𝑃 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 
𝑴𝑬𝑷 = 𝑅$ 400.000,00 × 80% = 𝑹$ 𝟑𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 
D – Investimentos R$ 320.000,00 (Ativo – Investimentos) 
C – Res. de Equiv. Patrimonial R$ 320.000,00 (Resultado) 
A distribuição dos dividendos de R$ 150 mil pela Cia. Atlética gera um ajuste de R$ 120 mil 
(80% do valor distribuído) no valor do investimento reconhecido pela Cia. Olímpica, já que 
parte do valor que foi reconhecido pelo MEP está sendo realizado. Assim: 
D – Dividendos a Receber R$ 120.000,00 (Ativo Circulante) 
C – Investimentos R$ 120.000,00 (Ativo – Investimentos) 
Por fim, o enunciado ainda diz que a Cia. Atlética reconheceu em seu Patrimônio Líquido um 
Ajuste de Avaliação Patrimonial (credor) de R$ 50.000,00. A investidora reconhecerá tal 
valor de forma reflexa de acordo com o seu percentual de participação: 
D – Investimentos R$ 80.000,00 (Ativo – Investimentos) 
C – Ajuste de Avaliação Patrim. R$ 80.000,00 (PL) 
Assim, o valor final apresentado pela Cia. Olímpica na conta Investimento será de R$ 
10.240.000,00, ao passo que o valor reconhecido na Demonstração do Resultadoindividual 
de 2015 será de R$ 320.000,00, resultante do método de equivalência patrimonial. 
 Com isso, correta a alternativa A. 
Gabarito: A 
 
23. (FCC – Analista – TRT-MG – 2015) A Cia. Horizonte adquiriu, em 31/12/2013, 80% das 
ações da Cia. Verdejante por R$ 16.000.000,00 à vista, passando a deter o controle da 
empresa adquirida. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Verdejante era R$ 
 
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18.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis desta empresa era 
R$ 19.000.000,00. A diferença entre estes dois últimos valores foi decorrente da 
atualização do valor de um terreno que a Cia. Verdejante havia adquirido em 2012. 
No exercício de 2014, a Cia. Verdejante reconheceu as seguintes mutações em seu 
Patrimônio Líquido: 
Lucro líquido: R$ 1.000.000,00 
Distribuição de dividendos: R$ 200.000,00 
Com base nestas informações e sabendo que não ocorreram resultados não realizados 
entre a controladora e a controlada, o valor evidenciado como Investimentos em 
Controladas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Horizonte de 31/12/2014, foi, em 
reais, 
(A) 17.000.000,00 
(B) 19.960.000,00 
(C) 15.840.000,00 
(D) 15.040.000,00 
(E) 16.640.000,00 
Resolução: 
O enunciado diz que a empresa Cia. Horizonte adquiriu 80% das ações da Cia. Verdejante. 
Com isso, tal investimento será avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP). 
Antes de calcular o MEP vamos analisar o lançamento no momento da aquisição do 
investimento. 
O enunciado diz que tal investimento foi adquirido pelo valor de R$ 16 milhões. Vamos 
comparar, com o auxílio da tabela abaixo, o valor de compra com o valor contábil e o valor 
justo da Cia. Verdejante. 
Cia. Verdejante PL100% PL80% 
Valor Contábil R$ 18 milhões R$ 14,4 milhões 
Valor Justo R$ 19 milhões R$ 15,2 milhões 
 
Através do PLCONTÁBIL e do PLVALOR JUSTO conseguimos calcular o “ágio mais-valia”: 
Ágio Mais-Valia = PLVALOR JUSTO – PLCONTÁBIL 
Ágio Mais-Valia = R$ 18 milhões – R$ 14,4 milhões = R$ 3,6 milhões 
Goodwill = Valor Pago – PLVALOR JUSTO 
 
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Goodwill = R$ 16 milhões – R$ 15,2 milhões = R$ 0,8 milhões 
Assim, o lançamento na aquisição será: 
D – Investimentos R$ 16 milhões (Ativo – Investimentos) 
C – Caixa R$ 16 milhões (Ativo) 
Perceba que dentro deste valor de R$ 16 milhões estão embutidos o Ágio Mais-Valia e o 
Goodwill! 
O Resultado de Equivalência Patrimonial será reconhecido pela investidora de acordo com 
seu percentual de participação: 
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣. 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 = 80% × 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 
𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝑬𝒒𝒖𝒊𝒗. 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎𝒐𝒏𝒊𝒂𝒍 = 80% × 𝑅$ 1 𝑚𝑖𝑙ℎã𝑜 = 𝑹$ 𝟖𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 
O lançamento será realizado pela investidora da seguinte forma: 
 D – Investimentos em Controladas R$ 800.000,00 (ANC – Investimentos) 
 C – Resultado de Equiv. Patrimonial R$ 800.000,00 (Resultado) 
O lançamento dos dividendos também deve ser realizado pela investidora de acordo com 
seu percentual de participação na investida. Assim: 
 D – Dividendos a Receber R$ 160.000,00 (AC) 
 C – Investimentos em Controladas R$ 160.000,00 (ANC – Investimentos) 
Com isso, o valor do investimento a ser evidenciado nas demonstrações contábeis 
individuais da empresa Cia. Horizonte será de R$ 16.640.000,00 (custo de R$ 16 milhões + 
Ganho de Equivalência Patrimonial de R$ 800 mil – reconhecimento dos dividendos de R$ 
160 mil). 
Gabarito: E 
 
24. (FGV – Analista Judiciário – Contador – TJ-GO – 2014) A Cia Goiás comprou 100% da Cia 
São Paulo e pagou à vista $30.000. O acervo líquido da Cia São Paulo a valor contábil era 
de $50.000, representado por ativos de $60.000 e passivos de $10.000. O acervo líquido 
da Cia São Paulo a valor justo era de $55.000, representado por ativos de $65.000 e 
passivos de $10.000. Em decorrência dessa operação, a Cia Goiás contabilizou: 
(A) $25.000 de deságio, evidenciados no seu resultado; 
(B) $5.000 de deságio, evidenciados no ativo intangível do seu Balanço Patrimonial; 
(C) $20.000 de deságio, evidenciados no seu resultado; 
 
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(D) $5.000 de ágio, evidenciados no ativo intangível do seu Balanço Patrimonial; 
(E) $25.000 de ágio, evidenciados no ativo intangível do seu Balanço Patrimonial individual. 
Resolução: 
Perceba que o enunciado traz uma situação onde o valor pago pela aquisição ($ 30 mil) é 
menor que o valor justo líquido dos ativos da Cia. São Paulo ($ 55 mil). 
A diferença, de $ 25 mil deve ser tratada como ganho por compra mais vantajosa ou deságio, 
sendo evidenciado no resultado do exercício da Cia. Goiás como receita. 
Assim, correta a alternativa A. 
Gabarito: A 
 
25. (ESAF – AFC – STN – 2013) Em 31/12/x10, a Cia. LUA adquire 60% do Patrimônio Líquido 
da Cia. SOL assumindo o controle da mesma, pagando a vista na operação R$ 1,8 milhões. 
Na mesma data, o Balanço Patrimonial da empresa adquirida era composto pelos 
seguintes elementos patrimoniais: 
BALANÇO PATRIMONIAL – CIA. SOL ENCERRADO EM 31/12/X10 
ATIVO R$ PASSIVO + PL R$ 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
 Disponibilidades 600.000 Contas a Pagar 500.000 
 Estoques 100.000 
Ativo Não Circulante Patrimônio Líquido 
 Veículos 600.000 Capital Social 2.500.000 
 Terrenos 1.700.000 
TOTAL DO ATIVO 3.000.000 TOTAL PASSIVO + PL 3.000.000 
 
Na mesma data, a avaliação a valor justo dos itens patrimoniais apontava os valores a 
seguir: 
Itens Valor Justo em 31/12/X10 Outras informações 
Estoques R$ 150.000 Os demais itens de ativo e passivo 
já estavam registrados a valor 
justo. 
Veículos R$ 800.000 
Terrenos R$ 2.050.000 
 
Com base nas informações fornecidas, pode-se afirmar que a realização da operação 
gerou: 
a) compra vantajosa para a investidora de R$ 60.000. 
 
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b) apuração de ativo líquido no valor de R$ 3.600.000. 
c) deságio no valor de R$ 600.000. 
d) ágio por rentabilidade futura de R$ 360.000. 
e) perda de capital no valor de R$ 360.000. 
Resolução: 
A Cia. Lua adquiriu 60% do Patrimônio Líquido da Cia. Sol, pagando R$ 1,8 milhão. 
No Balando Patrimonial da Cia. Sol verifica-se que o PL tem o valor contábil de R$ 2,5 
milhões. Assim, 60% deste valor equivalem a R$ 1,5 milhão. 
O enunciado diz ainda que os valores justos, em 31/12/X10, dos estoques, veículos e 
terrenos são R$ 600.000,00 superiores aos valores contábeis do balanço patrimonial. 
Consequentemente, o PL calculado a valor justo terá o valor de R$ 3.100.000,00 (R$ 
600.000,00 a mais que o valor contábil do PL, de R$ 2.500.000,00). Assim, 60% do valor justo 
do PL representam R$ 1.860.000,00. 
Através do PLCONTÁBIL e do PLVALOR JUSTO conseguimos calcular o “ágio mais-valia”: 
Ágio Mais-Valia = PLVALOR JUSTO – PLCONTÁBIL 
Ágio Mais-Valia = R$ 1.860.00,00 – R$ 1.500.000,00 = R$ 360.000,00 
Como o enunciado diz que a aquisição foi pelo valor de R$1,8 milhão, temos que calcular o 
Goodwill (Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura): 
Goodwill = Valor Pago – PLVALOR JUSTO 
Goodwill = R$ 1.800.000,00 – R$ 1.860.000,00 = - R$ 60.000,00 
Aprendemos que Goodwill Negativo = “Ganho por Compra mais Vantajosa”. 
O goodwill negativo (ou deságio por expectativa de rentabilidade negativa) deve ser 
reconhecido imediatamente como Receita no Resultado do Exercício. 
Assim, os lançamentos a serem contabilizados serão:

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