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ATPS de FHTMSS I.


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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
Atividade Prática Supervisionada
Disciplina: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social I
Profª. Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes
Tutor a Presencial: Profª. Adriana da Silva 
Benaia Paula Santos Aguiar RA: 7700650902 
 Joyce Pinheiro de Oliveira RA: 444778
Marilene Maurilio Dantas RA: 415257 
Paulo Faustino do Nascimento RA: 442414
Cuiabá / MT
	2013
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP	
 Benaia Paula Santos Aguiar RA: 7700650902
 Joyce Pinheiro de Oliveira RA: 444778
 Marilene Maurilio Dantas RA: 415257
Paulo Faustino do Nascimento RA: 442414
Atividade Prática Supervisionada
Disciplina: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social I
Profª. Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes
Atividade Prática Supervisionada (ATPS) apresentada pelos (as) alunos (os) do Serviço Social 2° semestre, à Universidade Anhanguera-Uniderp, para a obtenção parcial de nota da disciplina Fundamentos Históricos Teóricos Metodológicos do Serviço Social I, com a Profª. Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes.
Cuiabá / MT
2013
INTRODUÇÃO
	A Profissão, Assistente do Serviço Social, deve ser sempre um elemento de discussão para os profissionais da área, já que as práticas do cotidiano estão relacionadas à leitura que o mesmo faz da realidade onde está inserido, e ao mesmo tempo, tais práticas, atualmente contidas no trabalho dos Assistentes Sociais são muito mais abrangentes, principalmente em relação às medidas socioeducativas.
 O surgimento da profissão no Brasil esteve ligado ao sistema capitalista visto que, é a partir da diferença entre capital e trabalho que surge às questões sociais conflitantes. A partir dessas reflexões iniciais da profissão, entende-se que as mudanças que aconteceram podem beneficiar a própria população, pois antes, o Serviço Social era visto como uma profissão de paternalismo, benemerência, ação voluntária, com conceito de filantropia de caridade. 
Atualmente, tornou-se mais completa dotada de profissionais melhor capacitados, e que tem em suas mãos recursos que antes não existiam, recursos que até então, eram insuficientes para ajudar na promoção de soluções viáveis aos enfretamentos dos problemas presentes na sociedade, evidenciando as necessidades básicas do individuo como cidadão de estado de direito. 
SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
Filme: Tempos Modernos (Charles Chaplin)
 Produzido em 1936, o filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin, se constitui até hoje uma das mais expressivas críticas que o cinema promoveu sobre a sociedade industrial capitalista. 
 A perspectiva da origem do Serviço Social, a forma como foi gestado e sua importância na estrutura e organização social, requerem correlacionar o seu contexto histórico com a própria historia da sociedade; entendendo o modo de produção capitalista e como a partir desse modo se efetiva a questão social.
Com a falência do sistema feudal e desestruturação da agricultura, muitas pessoas abandonam o campo rumo à cidade (êxodo rural) em razão da acelerada industrialização urbana e sua crescente oferta de empregos. Logo, as formas e relações econômicas se modificam, surgindo uma força de trabalho assalariada e destituída dos meios de produção. 
 O grande relógio mostrado no inicio do filme nos lembra um dos principais lemas do capitalismo – Time is Money! “O pêndulo do relógio tornou-se a medida exata da atividade relativa de dois operários, como o é da velocidade de duas locomotivas... O tempo é tudo; o homem já não é nada; é, quando muito a carcaça do tempo.” Marx, 1976 
 Esse ritmo acelerado imprime ao proletariado um jugo desigual (a velocidade da maquina não pode ser a velocidade do ser humano); subjugado tal qual um animal de carga, numa visão industrial capitalista em que o operário conhece somente a parte que executa (apertar parafusos) e não todo o processo de trabalho. Nota-se que tal repetição mecânica, contínua e cronometrada levava o operário a enfrentar sérios problemas físicos e psíquicos. 
 Nesse contexto, a sociedade estrutura-se em classes divididas a partir da posse privada dos meios de produção, concentrados nas mãos de uma minoria (burguesia) e outra constituída por aqueles que nada tinham, a não ser a sua própria força de trabalho (proletariado). Essa relação antagônica contribuía com a degradação da qualidade de vida dos trabalhadores (baixos salários, extensas jornadas de trabalho), e embora ainda com pequena consciência política, passam a organizar-se em movimentos grevistas duramente reprimidos e marginalizados.
Surge então a necessidade de controlar a massa operária, vista como ameaça, levando burguesia e Estado a aliarem-se com o objetivo de manterem o controle social e político, criando assim estratégias tanto institucionais, quanto ideológicas.
O Serviço Social surge enquanto profissão situando-se no processo de reprodução das relações sociais, como atividade auxiliar e subsidiária no exercício do controle social e na difusão da ideologia da classe dominante entre a classe trabalhadora. 
 
 “Essa atitude visava principalmente o interesse do Estado e das classes dominantes de atrelar as classes subalternas ao Estado, facilitando sua manipulação e dominação.” Iamamoto-1998. 
 
A questão social e suas várias expressões (desemprego, violência urbana, pobreza) agravavam-se e, a criação de instituições sociais e assistenciais absorvia em parte as demandas reivindicadas, já que eram de caráter assistencialista, excludente e com ações fragmentadas. 
 Apesar do contexto de crescimento econômico a classe trabalhadora seguia em um processo de empobrecimento crescente, iludida pelo consumismo amplamente divulgado pelo sistema capitalista. Em determinada cena do filme, vê-se “Carlito” sendo tragado pela grande maquina, uma alusão às engrenagens do sistema capitalista que, segundo MARTINELLI (2011), significava a exploração da vida dos trabalhadores e o dilaceramento de sua historia.
Para compreender o movimento do Serviço Social, se faz necessário refletir sobre o próprio movimento da humanidade, suas relações sociais e econômicas, em toda sua dinâmica no processo histórico.
A gênese do capitalismo foi se construindo através de varias transformações políticas, sociais e econômicas que penetraram na estrutura da sociedade. Segundo Martinelli (2011), nas sociedades medievais havia uma economia natural cujas relações de troca eram simples e não compulsivas. O sistema feudal passou a descaracterizar-se progressivamente, os proprietários de terra “transformavam-se” num processo de acumulo de poder e riqueza; enquanto camponeses perdiam suas terras, empobrecendo-se e coercitivamente sendo recrutados e transformados em trabalhadores assalariados. O capitalismo muda as relações sociais entre os homens, marcadas então pela desigualdade e contradição que levaram ao agravamento da questão social em suas diversas expressões. 
“a concentração da propriedade dos meios de produção nas mãos de uma classe que representava apenas uma minoria da sociedade determinava o aparecimento de outra classe, constituída por aqueles que nada tinham, a não ser sua própria força de trabalho.” Martinelli, 2011
Uma reserva de mão de obra foi ampliada em virtude do incremento do uso das maquinas e das sucessivas crises econômicas que enfraqueciam o mercado. A classe trabalhadora cresceu a tal ponto, que grande parte não conseguia ser absorvida pelo mercado de trabalho; destaca-se então um fenômeno que passou a assolar o proletariado: o desemprego, cujas implicações e consequências podem ser paralelamente traçadascom os dias atuais.
No sistema capitalista, nota-se que nas mesmas condições que se produz a riqueza, produz-se a miséria também. E com o acumulo da pobreza, vários são os elementos que contribuem para a degradação da qualidade de vida dos trabalhadores; 
“sua concentração em vilas operarias desprovidas da mais elementar infraestrutura urbana, o que as transformava em verdadeiros pólos irradiadores de epidemias e doenças”. (Martinelli 2011) 
 O chamado setor informal cresce abarcando os diferentes regimes de trabalho caracterizados pelos assalariados sem carteira e trabalhadores por conta própria, que embora possa não se enquadrar na questão da ilegalidade, mas se colocam numa condição de total ausência de direitos trabalhistas, sujeitando-se e fragilizando-se enquanto classe historicamente construída. O indivíduo que se encontra na situação de desempregado, viverá sempre o desemprego como uma perda de status e reconhecimento social. Terá sentimentos como a frustração, a humilhação e a decadência social, uma vez que não cumpre o seu papel de trabalhador na sociedade. Frente ao exposto tem-se que a sociedade capitalista engendra uma dinâmica de transformações sociais que incidem diretamente sobre o mundo do trabalho, mais especificamente sobre as formas de contratação, de organização da produção. A falta de emprego é o sintoma mais evidente do desajuste social.
Na era da globalização, dominada pelos avanços tecnológicos e cuja sociedade é denominada como “sociedade do conhecimento”, o saber especializado tornou-se fundamental, pois os mercados operam em uma escala de enorme complexidade. Isto exige uma nova postura, uma visão sempre atualizada e a busca constante de novos conhecimentos e competências. Agora são os trabalhadores do conhecimento que possuem e controlam o principal fator produtivo - o seu próprio conhecimento - o que os torna muito mais independentes e com muito maior grau de mobilidade, diferenciando-os e aumentando suas chances de reingresso num mercado cada dia mais exigente e competitivo. 
 Para assistir esta parcela da população, que devido ao desemprego se torna vulnerável, a sociedade muitas vezes desenvolve ações imediatistas e de curto prazo (distribuição de cestas básicas, roupas e remédios, por exemplo) ou insere-se tais pessoas em programas sociais desenvolvidos pelo governo (bolsa família, vale gás, etc). Uma ou outra forma de “ajuda” não modifica a condição de quem recebe e tão pouco ameniza as expressões da questão social. Na trajetória histórica do Serviço Social, a questão da ajuda é bem latente e bem presente. Cabe ressaltar, que não se tem o intuito de intervir na realidade “ajudando” o próximo; a ajuda não faz parte do Serviço Social, o seu propósito é propiciar transformação social, obrigação, porque Assistência Social é direito, garantida na Constituição Federal Brasileira e não favor. 
 Nessa perspectiva, como se introduziu o Serviço Social no Brasil? O Serviço Social surgiu no Brasil a partir dos anos 30, quando se iniciou o processo de industrialização e urbanização no país, com a influencia direta da Igreja Católica através de suas ações caritativas e cristianizadoras, fundamentadas teoricamente nos pilares da fé crista. Embora, tenha tido como referencial o Serviço Social europeu, o complexo quadro histórico conjuntural que caracterizava o país permitiu seu surgimento não como se fosse apenas uma “importação”, mas de forma a imprimir-lhe características próprias.
O crescimento do proletariado e de suas insatisfações obrigou o Estado a promover algumas concessões que, na verdade, tinham como objetivo o controle social das massas. ”Agentes sociais” eram recrutados pela Igreja Católica, dentre os membros da classe dominante e “capacitados” para atuar com o propósito da caridade e também da repressão. 
 Ocorre a partir dai um processo de institucionalização e profissionalização do Serviço Social que culmina no decorrer das décadas de 50 e 60, em que o assistente social é preparado como mão-de-obra capaz de colocar em prática os programas sociais, com grande importância na realização do modelo desenvolvimentista assumido pelo país.
Em meados da década de 60, na América Latina nota-se a ineficácia da proposta desenvolvimentista e nasce então a proposta de transformação da sociedade, onde são questionados a metodologia, os objetivos e os conteúdos necessários para a formação profissional e como resultado, muitas escolas entraram em crise ideológica. 
Surge assim, o Movimento de Reconceituação, cujo objetivo constituía-se numa expressão de ruptura com o Serviço Social tradicional e conservador; e na possibilidade de uma nova identidade profissional com ações voltadas às verdadeiras demandas da classe trabalhadora.
Com a Constituição Federal de 1988, inicia-se um novo tempo em que a sociedade civil avança em busca da legitimação dos seus direitos e o assistente social deixa de ser um agente da caridade e caminha em direção à execução das políticas públicas, atuando no aos seus dê mandatários de direitos e deveres. 
Serviço Social e Assistência Social no Brasil
 O texto trata das origens do Serviço Social no Brasil. Sobre o contexto histórico brasileiro entre as décadas de 1920 a 1960, para melhor compreender a trajetória do Serviço Social, desde a sua institucionalização. 
 Tem por objetivo examinar a trajetória do Serviço Social no Brasil, analisando teoricamente sua formação e institucionalização. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, em livros que retratam a temática, verifica-se que o Serviço Social acompanha as transformações societárias induzidas pelo modo de produção capitalista, e que a profissão se tornou socialmente necessária devido o agravamento da questão-social, presente em cada momento histórico. O período da República Velha, no Brasil, marca nas décadas de 1920 e 1930 do século passado, as principais características: a política do café-com-leite; a presença do coronelismo, o modelo econômico agroexportador e a formação da classe operária. Esse período é marcado também por dois momentos importantes tanto para o contexto brasileiro, como para a formação do Serviço Social no país, a saber, a Crise da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, e a Revolução de 1930, que resultou no progresso da industrialização e o crescimento da classe operária no Brasil. O presente artigo aborda a questão social, tomando como base a exorbitante exploração dos operários e sua família, como também de sua luta por melhores condições de vida, e a ação do Estado, Igreja e Empresariado em resposta a questão social.
 O Serviço Social recebe forte influencia norte-americana no seu fazer profissional, trabalhando através dos métodos de atuação do Serviço Social de Casos Individuais, Grupos e Comunidade. Também é analisado o período que compreende o Estado Novo (1937-1945), período considerado ditatorial e de caráter populista, mas que trouxe avanços econômicos e benefícios aos trabalhadores. Após os anos de 1945, o país ingressa no cenário político-democrático através de uma política nacionalista, na qual, aos poucos, o governo cria instituições que vão assumir a assistência social e institucionalizar o Serviço Social no Brasil. Por fim, se faz uma analise sobre a década de 1960 do século passado, na qual o Serviço Social se expande ao assumir as propostas do desenvolvimentismo, como também da crise do governo de João Goulart (1961-1964), que gerou a Ditadura Militar.
 O surgimento do Serviço Social no Brasil se deu por volta das décadas de 1920 e 1930 do século passado, em meio ao processo de industrialização e concentração urbana, nos quais o proletariado começou a lutar pelo seu lugar na vida política e por seus direitos, por meio da articulação de grandes movimentos sociais. 
 Esse período é marcado pela República Velha no país, que teve como principais características: a política do café-com-leite, que era o domínio da oligarquia cafeeira e pecuarista no cenário políticonacional dos estados de São Paulo e Minas Gerais, pois eram os estados com maior número de deputados no Congresso e maiores produtores de café e gado do país; o coronelismo, que foi um fenômeno social típico do meio rural, tendo na figura dos coronéis, que eram os fazendeiros ou comerciantes mais ricos, as pessoas que dominavam o cenário político. O coronelismo marcou a cultura política do Nordeste, perpetuando suas características até a atualidade, baseadas no clientelismo, assistencialismo, entre outros.
 O modelo econômico era o agroexportador, que tinha como objetivo abastecer o mercado europeu com produtos agrícolas de origem tropical, sendo os principais produtos brasileiros de exportação o café, a borracha, o açúcar e algodão. Porém, no período da Primeira Guerra Mundial houve um crescimento na indústria nacional devido às dificuldades criadas pela disputa do mercado internacional, tanto para as exportações dos produtos agrícolas, como para as importações dos manufaturados. 
 Esses fatores favoreceram a produção interna de bens industrializados, como também o crescimento dos centros urbanos em torno das indústrias, gerando a formação da classe operaria no país, acompanhada por um processo de marginalização. A população pobre passou a ocupar as periferias das cidades, sem as mínimas condições de vida; faltando-lhes todas as políticas estruturantes e sociais (moradia, saneamento, educação, saúde, etc.). Essa acentuada pobreza contribuiu para o aparecimento dos movimentos sociais que passaram a contestar a ordem estabelecida.
 Devido esse desenvolvimento da industrialização, a classe operaria tem um crescimento exorbitante. Eles se aglutinaram nos centro urbanos vivendo em condições insalubres, precárias e desumanas, próximos das indústrias, o qual eram sujeitos a excessivas horas de trabalho. Um momento de crescente miséria e exploração de homens, mulheres e crianças.
 A implantação do Serviço Social no Brasil ocorre nessa conjuntura de acirramento do capitalismo e da questão social, o qual ocorreu através da iniciativa particular de vários grupos da classe dominante. Nesse método as assistentes sociais estudavam e investigavam o meio social da pessoa, a fim de descobrir qual a possibilidade de ela se enquadrar a esse meio ou, caso contrário, mudaria de meio social. O objetivo era trabalhar a personalidade das pessoas e sua adaptação ao seu meio social.
 A questão social inicia - se, segundo Iamamoto (2009), com a generalização do trabalho livre, tornando mercadoria à força de trabalho. O operário e sua família vendem sua força de trabalho à classe dominante, estando sujeitos a grande exploração do capital. Exploração esta que impulsionou a luta do proletariado por melhores condições de vida, pois eram péssimas as condições de trabalho, cuja jornada diária era sempre calculada de acordo com as necessidades das empresas e o operário e sua família trabalhavam somente para comer. Além do mais, não tinham férias, nem auxilio doença, e seu lazer e cultura ficava a cargo da filantropia e caridade.
 As práticas dos Assistentes Sociais eram absorvidas em grande intensidade pelas características das instituições, tais como o CNSS – Conselho Nacional de Serviço Social (1938), a LBA – Legião Brasileira de Assistência (1942), o SENAI – Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (1942), o SESI – Serviço Social da Indústria (1946) e a Fundação Leão XIII (1946), que tinham dentre seus objetivos comuns proporcionar benefícios assistenciais indiretos aos trabalhadores urbanos e a aqueles totalmente esgotados pelo sistema. Podem-se destacar as principais características dessas instituições, segundo Iamamoto (2009): o CNSS era um órgão com funções consultivas do governo e de entidades privadas, e de estudar os problemas do Serviço Social. Não chegou a ser um organismo atuante, já que ouve grande manipulação de verbas e subvenções, agindo de forma clientelista. Sua importância se dá, devido ser a primeira instituição do Estado que revela a preocupação do mesmo em centralizar e organizar as obras assistenciais públicas e privadas. Na pratica as funções do CNSS serão exercidas pela LBA.
 A LBA foi organizada devida o engajamento do país na Segunda Guerra Mundial, o qual seu objetivo era “prover as necessidades das famílias cujos chefes hajam sido mobilizados, e, ainda, prestar decidido concurso ao governo em tudo que se relaciona ao esforço de guerra” Ela dava assistência às famílias dos convocados a guerra, como também, atuava em praticamente todas as áreas da assistência social. O SENAI surge, com o dever de organizar e administra as escolas de aprendizagem para industriários. Sendo um grande empreendimento de qualificação da força de trabalho, em especial a jovem, para o mercado de trabalho e ajustar psicossocialmente ao estagio de desenvolvimento capitalista.
 As funções profissionais também se expandem, pois os Assistentes Sociais se propõem a aceitar o desafio de sua participação nesse novo projeto de desenvolvimento, onde através do método de Desenvolvimento de Comunidade é colocada em prática a sua contribuição para o processo de mudança exigido por esta nova perspectiva. A atuação torna-se mais técnica, fundamenta-se na busca da neutralidade, frieza, distanciamento dos problemas tratados e no aprimoramento dos métodos.
 O seu maior empregador era o Estado e a iniciativa privada, mas havia uma precarização no mercado de trabalho, pois não se falava em piso salarial, e também ocorreu a inserção em programas sociais, nos quais os profissionais do serviço social passaram a ser planejadores e executores de políticas sociais.
 No período ditatorial Serviço Social passa por transformações significativas no seu fazer profissional. Nesse período houve uma expansão quantitativa, com a abertura no mercado de trabalho, e qualitativa, devido o amplo debate no interior da categoria profissional sobre a teoria e o método do Serviço Social, porém com uma visão modernizadora, cientificista e tecnicista.
 Mas em cada país esse movimento atuou de forma diferenciada. Nos países onde o processo social eram mais forte, o Movimento de Conceituação também o foi; já nos países onde esse processo era de forma lenta, também o era a dinâmica da Reconceituação. Esse foi o caso do Brasil que vivia a Ditadura Militar, e ocasionou uma adequação do Serviço Social as necessidades do Estado e da grande empresa monopolista, devido existir um ambiente favorável, um contexto pelo qual a profissão se tornou socialmente necessária, tendo em vista que em cada década apresentada, diante do exposto, percebe-se que a trajetória do Serviço Social caminha junto com as mudanças na sociedade capitalista. Que com a formação e institucionalização da profissão ocorre o crescimento urbano e industrial, ocasionando o acirramento da questão social. 
Serviço Social Frente ao Fortalecimento do Capitalismo.
Compreender as ações do Serviço Social frente ao crescimento do Capitalismo requer um retrocesso ao processo histórico desse sistema, devido à complexidade de definição de seu surgimento, o que levou historiadores a o definirem de várias formas. Em seu livro, a autora Martinelli evidencia três vertentes asseguradas por Dobb, que definem o capitalismo de acordo com a historiografia.
A primeira vertente assegurada por Dobb é a do sociólogo e economista alemão Werner Sombart, onde o capitalismo é embasado em conformidade com a situação econômica e as necessidades da época. Nela Sombart sustentava a teoria de que o capitalismo foi produto do protestantismo, porém, Max Weber e seus seguidores não partilhavam da mesma teoria, pois sustentavam-se em suas opiniões e em registros históricos de que o capitalismo antecedeu a Reforma, princípio do protestantismo. 
Defendida pela Escola Clássica Alemã, a segunda vertente entende o capitalismo como uma forma imprescindível de organização da produção, dando dinamicidade ao mercado e ao lucro. Tal tese enfatizava apenaso aspecto econômico do capitalismo em sua condição de produção para o mercado, ficando o processo histórico em segundo plano.
A terceira originou-se do pensamento de Karl Marx, onde o foco do capitalismo não centrava apenas na troca monetária, o capital é entendido como uma relação social e o Capitalismo um determinado modo de produção onde há a dominação do processo de produção pelo capital. Existe então, a hegemonia da compra e da venda da força de trabalho, tornando-se mercadoria como outra qualquer. Na historiografia, esta concepção é a que mais prevalece.
Então, para entender o surgimento do Serviço Social e suas ações, é preciso assimilar o labiríntico sistema de formação do capitalismo, e de modo conseqüente o das classes sociais. A história em si, não obteve uma elucidação para o Capitalismo, mas é notório que existe um colateral entre os dois e que todas as mudanças que vão sucedendo pouco a pouco na esfera social, levam enfim a ruptura entre as classes e gera a divisão social do trabalho. As classes sociais foram fruto da divisão social do trabalho e da busca pelo acúmulo de ganhos. 
O capitalismo mudava a face, a estrutura e a dinâmica da sociedade, tendo como meio de expansão do capital a exploração dos trabalhadores. A Revolução Industrial no século XIX possibilitou a ascensão do capitalismo industrial o que significou para os operários a exploração de suas próprias vidas, sendo aí então, que o proletariado começou a se reconhecer como classe e a lutar por seus direitos. Diante da crescente exploração surgiu uma onda crescente de manifestações operárias, que mostraram ao mundo um exemplo claro de indignação e de luta, porém ainda não obtinham força organizativa, nem objetivos específicos, então se descobriu a importância das alianças, ou seja, das associações. No entanto, apenas por meio da união em massa dos trabalhadores, em 1824 na Inglaterra eles ganharam o direito de se reunirem em associações. O movimento dos trabalhadores tornara-se cada vez mais organizado politicamente e o proletário era uma presença marcadamente significativa no cenário social. Isso e os enormes problemas sociais como o desemprego, a miséria, a fome dentro outros produzidos pela expansão do capitalismo provocaram uma inquietação na burguesia, no sentido de desequilibrar sua ordem social. A burguesia usou como táticas as práticas de assistencialismo como forma de ratificar tais sujeições e apareceu com um falso discurso humanitário baseado na igualdade e na harmonia entre as classes, na verdade ela queria se apropriar da prática social para submetê-la as sua finalidades. O Serviço Social surge, portanto como criação típica do capitalismo, articulada com um projeto de hegemonia do poder burguês.
Os efeitos da questão social ultrapassavam os limites das vilas operárias, tornando-se uma pesada nuvem sobre o horizonte burguês e denunciava a falência da ordem social burguesa. As formas de assistência vigentes eram repudiadas pelo proletário, que lutava por medidas mais amplas de política social. Temerosa e assustada, a classe dominante procurava pensar em estratégias que contivessem as ameaças que colocavam em risco as suas propriedades. Assim, diante de tamanha expansão da pobreza, já não se podia mais restringir a assistência aos pobres às iniciativas de particulares ou da Igreja; era preciso mobilizar o próprio Estado. Foram conferidas às práticas assistenciais novos padrões de eficácia e racionalidade. A expansão do número de agentes foi notável no último terço do século XIX.
	Então, tendo em vista todas essas transformações sofridas pela sociedade antes e até mesmo ao longo do processo de industrialização, que fora motivado principalmente pela ganância sobre o poder e a detenção do capital, surgem algumas questões como: o que significa mudar? Quais as conseqüências do desemprego enquanto questão social? Por que o conhecimento especializado é importante? Ao reportar-nos a palavra Mudar, o dicionário online de Português, traz uma definição de: verbo transitivo regular que significa remover, pôr em outro lugar, deslocar, alterar, modificar, transformar, converter, trocar, substituir. Porém, o Serviço Social, tem se encorajado na busca da fundamentação teórico-metodológica, como também ético-político e técnico-operativo que dê novas estratégias de ação, que por muitas vezes eram desenvolvidas de forma acrítica. Nesse âmbito, o fortalecimento do capitalismo como uma estratégia de organização da sociedade, conduziu muitas transformações na política, na economia e consequentemente nas questões sociais. Estas mudanças reajustaram o modo como o sistema se organizava em diferentes períodos da nossa história.
O fim do sistema feudal onde o senhor de terras, detinha o poder de decisão, o inicio do trabalho remunerado pago em dinheiro e não mais em forma de trocas, o crescimento das cidades também contribui, para que uma nova organização econômica se consolidasse. A evolução do sistema industrial demandou cada vez mais de mão-de-obra de trabalhadores em grande escala. Assim, os movimentos de trabalhadores foram criados, partidos políticos surgiram, grupos de mulheres se organizavam, pessoas que ficavam a margem desta nova sociedade se organizavam para uma luta de classes, pois, a demanda por bens de consumo e de desenvolvimento das cidades não trouxe somente crescimento econômico do ponto de vista de dinheiro, surgiram problemas como, exploração da mão de obra infantil, cargas horária excedentes não tinham a menor dignidade, péssimas condições de trabalho, O desemprego como expressão da questão social no Brasil aponta para a mais grave crise social da historia do país. Essa crise social é que alimenta a violência, a marginalidade social e outras expressões da questão social, o desemprego traz também como conseqüência a fome, a miséria, a falta de recursos básicos como vestuário, educação, lazer entre outros contribuindo para o empobrecimento nas cidades e de novas necessidades, ao mesmo tempo em que põe os mais carentes em condições mínimas para sua sobrevivência.
Hoje, ainda vemos a exploração, em menor escala, mas também notamos que o desenvolvimento nos trouxe a consciência de coletivo e uma mudança de pensamento por parte do trabalhador. As lutas dos movimentos sociais, suas reivindicações, hoje não estão tão ligadas à carga horária e condições de trabalho. Vemos hoje, o trabalhador preocupado em procurar mais conhecimento, sempre em busca de um melhor aprimoramento e especialização. Como foi demonstrado no filme “Tempos Modernos”, executar trabalhos mecanizados como apertar parafusos, já não faz parte da alma do trabalhador. As mudanças aconteceram, o conhecimento especializado se faz necessário, tanto na busca de um emprego, como na luta para mantê-lo, e para um crescimento pessoal.
Como se Introduziu o Serviço Social no Brasil.
O serviço social foi introduzido no Brasil a partir dos anos 1930, quando se iniciou o processo de industrialização e urbanização no país, assim ocorreram às construções de algumas indústrias que demandava de mão de obra, para abertura de estradas, suprimento de energia e etc. A emergência da profissão encontrava-se relacionada á articulação dos poderes dominantes (burguesia industrial, senhores do café, igreja católica e o Estado) com objetivo de controlar as insatisfações populares, com isso o Estado atende parte das reivindicações, por melhoria na alimentação, moradia, saúde, ampliando a base do reconhecimento da cidadania social, e atrelando as classes subalternas ao Estado, facilitando a sua manipulação e dominação. Nessa ocasião um grupo de lideres católico resolveu programar um curso de iniciação a ação social motivado por um interesse nos meios sociais, com a finalidade de solucionar os problemas no período atual, baseado nisto foi fundado a primeira escola de Serviço Social em 1936 em São Paulo e a segunda escola foi fundada no Rio de janeiro um ano depois.
O ensino de Serviço Social foi reconhecido em 1953 e a profissão foi regulamentada em 1957 com a lei 3252. A profissãomanteve um viés conservador, de controle da classe trabalhadora, desde seu surgimento até a década 70, com lutas contra a ditadura e pelo acesso a melhores condições de vida da classe trabalhadora. Atuando junto aos movimentos organizados da sociedade, que busca meios aos seus usuários para o exercício de suas cidadanias, elaborando políticas publicas de acesso aos direitos sociais garantidos constitucionalmente, atuando como mediador de conflitos entre as classes sociais, buscando igualdade e oportunidade, alterando, portanto as formas de organização da reprodução social dos trabalhadores e suas famílias, promovendo o bem estarem familiar e conseguinte a felicidade na família e no trabalho.
Questão de ajuda, Ações desenvolvidas hoje.
São diversas as instituições e empresas que desenvolvem esses tipos de ações: Igreja Católica, Evangélica, Empresas Multinacionais, voluntários e etc. Todos defendem a cidadania e a inclusão social, milhões de pessoas participam de alguma atividade em prol do social. Campanhas de Ações Sociais como.
- Ação Social Jovens contra as drogas
- Ação Social contra a dengue
- Ação Social dos idosos
- Ação de Natal
- Ação de saúde Bucal
- Campanha SOS
- Campanha da cultura
- Campanha de Dia das Crianças
- Campanha de arrecadação
- Contadores de História
- Doação de sangue
- Dia da cidadania
O que é ajuda?
È criar Continuamente oportunidades para que as pessoas possam exercer sua cidadania, com objetivo de contribuir com novas idéias, sugestões e proposta, além de incentivar a participação das pessoas em suas regiões em ações sociais desenvolvidas.
Porque ajudar?
Para contribuir com as transformações socioambientais, mobilizando a sociedade, e promovendo significativo impacto no desenvolvimento, melhorando a qualidade de vida da comunidade.
Como ajudar?
A ajuda deve ser feita através de projetos sociais, com campanhas de divulgação, buscando parceria com recurso necessário, fazer um levantamento da necessidade da comunidade através de entrevistas. 
Reconceituação do Serviço Social.
O movimento de reconceituação foi uma tentativa de ruptura com o conservadorismo para um método critico, uma renovação teórica pratica social, com proposta de intervenção da realidade social, questionador da ordem dominante.
Esse movimento de renovação do serviço social surge nas sociedades latino-americanas, a partir da década 1960. Devido à intensa repressão das ditaduras o movimento de reconceituação se viu paralisado, mas não se findou definitivamente. Na década 70 ocorreram manifestações das classes subalternas, estudantes e trabalhadores, dando subsídios para um começo de renovação na profissão. 
O profissional do Serviço Social busca no final da década de 70 e início da década de 80, novas práticas para atender camadas populares. Iniciam-se novas discussões em relação à formação profissional, currículo e a questão metodológica (Iamamoto, 2004).
Cuiabá, uma capital carente de mais urbanização 
-Progresso (riquezas) capitalismo.
-Inércia Administrativa (periferias) abandono.
 Capital de Mato Grosso é uma das cidades-sede da Copa de 2014 no Brasil, Cuiabá ainda deixa muito a desejar, principalmente pela falta de infraestrutura adequada à importância que exerce no estado e em toda a região, mas é claro que nem tudo está perdido. Ao longo dos últimos anos, a capital mato-grossense se transformou em um canteiro de obras, a construção civil disparou e o crescimento econômico impressiona, mas se sabe que a “Cidade Verde” ainda é carente de muitos fatores essenciais para bons índices sociais e desenvolvimento.  
 Todos já têm conhecimento de que em nosso país saneamento básico, educação, saúde e qualidade de vida nunca foram prioridade e, pelo contrário, sempre são deixados de lado pelo governo, como se não fossem prioridade. Em Cuiabá, a situação não é diferente, mas isso não é motivo para todos – principalmente as autoridades políticas - cruzarem os braços e deixarem tudo como está, simplesmente porque no restante do Brasil é assim e “aqui não há como mudar”. 
 O estado de Mato Grosso é um dos que mais crescem no país e a arrecadação de impostos é alta, caso contrário, sua capital nem seria escolhida para sediar jogos de Copa do Mundo, mas juntamente com este fato se dá a incoerência: como uma cidade, prestes a sediar um evento de grande porte, pode vivenciar um caos na saúde pública, educação de má qualidade, urbanização em baixa, ruas sujas, pistas com deformações, trânsito mal organizado e esgoto a céu aberto em grande parte dos bairros? Só em um país atrasado mesmo!
Infelizmente, a cidade que tem um povo muito caloroso e acolhedor sofre com a desorganização, ausência de planejamento, estrutura precária e problemas de todos os tipos, principalmente na saúde. A única saída é nos conscientizarmos de que mudar é preciso, votar é uma missão, escolher candidatos qualificados é a melhor opção e priorizar a educação é uma questão de sobrevivência. Com essa fórmula, todos nós podemos promover a evolução, pois o que muda um lugar não são as críticas negativas e reclamações, mas sim as atitudes da própria população. 
Fonte:
*napolitanobr.blogspot\2012
Cuiabá MT. 27 dez 2012
1)-SAÚDE: A vilã de uma população carente.
 O projeto das Organizações Sociais de Saúde, as chamadas OSS, em Mato Grosso fracassaram. Relatório divulgado nesta quarta-feira, 31, pela Auditoria Geral do Estado confirma que o Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (IPAS) ‘jogou fora’ em apenas cinco meses um total de R$ 1.328.774,74. Medicamentos de alto custo que deveriam estar atendendo a população, entre eles, o Enfuvertida 90MG/ML, usado no tratamento de doenças sexualmente transmissíveis como a AIDS não foram utilizados. De posse do relatório, o governador Silval Barbosa decretou intervenção total na Farmácia de Alto Custo.
 
 As perdas verificadas pela Auditoria na Central Estadual de Abastecimento de Insumos (CEADIS) revelam graves danos ao erário, mas, acima de tudo, é uma demonstração efetiva de má gestão, quase uma baderna institucionalizada. O que ajuda a explicar um pouco do caos que é a saúde pública em Mato Grosso. Fora isso, levanta uma forte suspeita sobre a existência de procedimentos inadequados que podem estar alimentando uma rede de corrupção no setor – muitos já denunciados. 
 A auditoria especial da AGE foi realizada na Secretaria de Estado de Saúde e na CEADIS, gerenciada pela OSS sobre medicamentos e insumos de saúde, vencidos no período de novembro de 2012 a abril de 2013. Dos R$ 1,3 milhão de perdas apenas nesse período, R$ 446.447,71, ou seja, quase meio milhão, foram perdas no mês de março, e representam 45,81% das perdas, também estão na lista dos medicamentos perdidos o Teicoplamina 400 mg e Sirolimos 1mg. Junto com os medicamentos destinados a cura da AIDS, os três totalizam 67,62% do total das perdas. Ao todo, foram perdidas pela OSS um total de 13.920 unidades de Enfuvertida 90MG/ML, que custaram R$ 421.219,20. 
 
 Em relação aos materiais laboratoriais foram baixados por vencimento mais R$ 223.444,14, representando 16,8% dos medicamentos e materiais vencidos no período. Já os materiais médico-hospitalares tiveram baixa por vencimento no montante de R$ 116.821,41 o que representa 8,79% do total das perdas e, por último, com representação de 1,05% das perdas encontram-se os nutrientes.
 
 Mas as perdas vão além.  Segundo o relatório da Auditoria Geral desde que assumiu a Central Estadual de Abastecimento de Insumos (CEADIS), em junho de 2011, o instituto ‘baixou’ – termo usado para ‘perdeu’ ou ‘deixou vencer’ sem distribuir – um total de R$ 2.823.179,04 em medicamentos e insumos de saúde, sendo o valor de R$ 1.328.774, no período de novembro de 2012 a abril de 2013.
 Em inspeção “in loco”, por amostragem, os auditores detectaram na Central Estadual de Abastecimento de Insumos (CEADIS), que 47% dos medicamentos deram entrada nos estoques com prazo inferiora 75% de vida útil.  Esses medicamentos, avaliados por amostragem foram adquiridos em período posterior à entrada em vigor do contrato com o IPAS/CEADIS. 
 
 O relatório destaca, nesse sentido, que o medicamento para tratamento de AIDS, “Enfuvertida90MG/ML frasco ampola DST/AIDS/MS” foi enviado pelo Ministério da Saúde com data de fabricação de 30/03/2010, entrada em estoque no dia 26/11/2012 e validade para 28/02/2013. “Dessa forma, verificou-se que esse medicamento deu entrada nos estoques com apenas 11% do tempo de vida útil” – frisa o documento. 
 
Fonte:
Site:*24 Horas News, 
Cuiabá MT. 05 de Setembro 2013
2)-HABITAÇÃO: A inércia de uma política eficaz (Assistencial)
*Demanda habitacional em MT:
A urbanização acelerada e desordenada das cidades em todo o Brasil, resultando na impactante mudança da sociedade, teve três fatores causadores da concentração urbana e do aumento de domicílios: a emigração da área rural para as cidades, o envelhecimento da população e as modificações da estrutura familiar. 
 O fenômeno do aumento da população urbana, ultrapassando a rural, ocorreu na metade da década de 60. No ano de 2000, passou a representar mais de 80% do total da população do país. Pelos dados do IBGE, no período entre 1970 e 2010, como reflexos dessas mudanças sociais, a população brasileira cresceu 104,78%, enquanto os domicílios particulares permanentes ocupados cresceram 220,68%. Atualmente, no Brasil há um déficit habitacional básico de 5,8 milhões de moradias, estimado pelo PNAD de 1999. Houve uma revisão dos cálculos, utilizando-se dados mais precisos pelo Censo Demográfico do IBGE de 2000, esse déficit passou para um total de 7,2 milhões de moradias em todo o território nacional. 
 No Plano Estadual de Habitação de Interesse Social, elaborado pela Secretaria das Cidades, segundo o IBGE (2010), levantou-se que Mato Grosso possui 1.093.774 domicílios. O déficit quantitativo no estado está estimado em 153.484 moradias, para a população de faixa média anual de renda familiar de zero a 6 salários mínimos. Esse déficit, ou falta de moradias representa 14,03% do total de domicílios mato-grossenses. 
 Conforme dados de 2010 do Cadastro Único do governo federal (CadÚnico), o déficit habitacional urbano, por faixa de renda média familiar mensal, em Mato Grosso, está em quase 137 mil moradias para faixa de até 3 salários mínimos. Isso representa 89,2% do total do déficit habitacional urbano para a população de baixa renda. Esse percentual de déficit habitacional é semelhante ao estimado na região do Centro-Oeste (88,4%) e do Brasil (89,4%). 
 Ainda, pelo CadÚnico de 2010, nas outras faixas de renda média mensal das famílias mato-grossense foram estimados: de 3 a 5 salários mínimos o déficit é de 9 mil moradias (6%) e de 5 a 10 chega a mais de 5 mil moradias (4%) . Com renda de mais de dez salários mínimos, o déficit vai para quase 2 mil moradias(1%). Assim do número do déficit habitacional quantitativo, em Mato Grosso, estimado em 153.484 moradias, se consideramos as condições habitacionais inadequadas e situações das famílias, pelo déficit habitacional qualitativo passa para 788.581 moradias.
Representando um aspecto fundamental das políticas públicas de combate à pobreza, o governador Silval Barbosa tem nas suas metas de governo a provisão de habitação, principalmente, para a população de baixa renda. Com parcerias junto ao governo federal, em convênios com diversos programas, o governo do estado, por meio da Secretaria de Cidades, vem articulando e investindo nos programas que permitam o acesso não somente à moradia, mas também ao acesso a serviços sociais mínimos, como de infraestrutura adequada, saneamento básico, acessibilidade, iluminação, entre outros.
Para o direcionamento da oferta qualitativa, entre 2000 e 2010, os investimentos distribuídos em todo o estado chegaram a mais de 500 milhões de reais. No período entre 2011 e 2012, o governador Silval Barbosa já entregou um total de 11.313 moradias, em todo o estado. A meta do governo estadual é entregar 44 mil casas até 2014, com expectativas de superar essa meta e entregar 50 mil moradias nesse período.
O Plano Estadual de Habitação de Interesse Social está sendo discutido junto à sociedade, e em contínuo levantamento das demandas, com audiências públicas e sendo analisado na Assembléia Legislativa. No planejamento para a construção de moradias e obras de infraestrutura nos municípios, dentre os critérios diagnosticados como prioridade estão atender a demanda habitacional nas regiões metropolitanas, nas áreas de fronteira e nas cidades em expansão econômica. 
Fonte:
*JOSÉ LACERDA é secretário-chefe da Casa Civil do Governo de Mato Grosso (2012)
*Site: SoNoticias, 05 set 2013
 Diante das situações expostas, relacionadas à (Saúde Pública e Habitação), é público e notório o caos instalado na esfera na Gestão Pública (GOVERNO), quem detém o poder e a autonomia de adotar políticas assistenciais eficientes e voltadas de fato para a “Questão Social” da população do estado de Mato Grosso, um dos celeiros produtivo e gerador de riquezas deste país. No entanto o que vemos são as mazelas sociais crescentes dias após dias, não sendo priorizada a qualidade de vida da população, fincando-a refém das dificuldades que assola o cotidiano das classes menos abastarda de recursos, (trabalhadores que submetem a imposição de serem remunerados com um salário mínimo, quando não desempregados), o que podemos classificá-los como os excluídos do sistema, prevalecendo a prática da mais valia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
 
 	Buscando entender as trajetórias e transformações que a profissão e o profissional do serviço social vêm passando ao longo da trajetória do campo especifico. Podemos concluir que, no inicio se criou o serviço social não como profissão, mas para tentar resolver uma grande quantidade de problemas sociais que vinham crescendo em consequência do sistema capitalista.
As desigualdades surgiram e muitos se revoltaram assim sendo criou-se uma forma de apaziguar a situação dos conflitos sociais. Mas com o decorrer do tempo demonstrou não sendo suficiente.
 Buscou-se legitimar a profissão criando assim um profissional com especialidade na área para atuar com responsabilidade de encontrar respostas para problemas de uma população em situação de vulnerabilidade.
Com o crescimento das desigualdades o governo se apoia neste profissional para fazer a conexão Capital e classe trabalhadora. No entanto precisa ser feito algo relacionado à profissão e o profissional, A. S. para sua valorização, diante do seu trabalho, por exemplo: o reconhecimento e a regularização da CLASSE e BASE, melhorando as condições de trabalho. Dando a estrutura para que este profissional possa desenvolver sua teoria, metodologia e aplicabilidade da mesma no campo de trabalho como profissional Assistente Social, com capacidade de criar projetos, pesquisar e apresentar soluções as mazelas provocadas pela desigualdade social
REFERÊNCIAS
ESTEVÃO, Ana Maria Ramos. O que é Serviço Social. São Paulo: Brasiliense, 1999 
(Coleção Primeiros Passos).
GOHN, Maria da Gloria. História dos Movimentos Sociais – a construção da 
cidadania dos brasileiros. 3º ed. – São Paulo, Loyola, 2003.
IAMAMOTO, Marilda Villela e CARVALHO, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no 
Brasil: esboço de uma interpretação histórica – metodológica– 17. ed. – São Paulo, Cortez; [Lima, Peru]: CELARS, 2005.
*JOSÉ LACERDA é secretário-chefe da Casa Civil do Governo de Mato Grosso (2012)
*Site: SoNoticias, 05 set 2013
*napolitanobr.blogspot\2012
NETTO, José Paulo. Ditadura Militar e Serviço Social: uma analise do Serviço Social 
no Brasil pós 64– 11. ed. – São Paulo: Cortez, 2007.
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: a ilusão de servir. In: Serviço Social:
identidade e alienação. 11. ed. São Paulo: Cortez, 1989.
MORAES, José Geraldo Vinci de. Caminhos das Civilizações – historiaIntegrada: 
Geral e Brasil.- São Paulo: Atual, 1998.
SILVA, Maria Ozanira da Silva. O Serviço Social e o Popular: resgate teórico metodológico do projeto profissional de ruptura. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.
Site:*24 Horas News, 
http://www.dicio.com.br/mudar/

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