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AIA 08

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ANÁLISE DE IMPACTO AMBIENTAL 
RONALDO LUIZ MINCATO
RISCOS RISCOS 
NATURAISNATURAISNATURAISNATURAIS
RISCOS NATURAISRISCOS NATURAIS
OsOs desastresdesastres naturaisnaturais sãosão responsáveisresponsáveis pelapela mortemorte dede cercacerca dede 44 milhõesmilhões dede
pessoaspessoas nono mundomundo aoao longolongo dodo séculoséculo XXXX (Committee(Committee forfor DisasterDisaster ResearchResearch ofof
thethe ScienceScience CouncilCouncil ofof Japan,Japan, emem 19891989))
DadosDados dede danosdanos causadoscausados pelospelos desastresdesastres naturaisnaturais concentramconcentram--sese nasnas últimasúltimasDadosDados dede danosdanos causadoscausados pelospelos desastresdesastres naturaisnaturais concentramconcentram--sese nasnas últimasúltimas
duasduas décadas,décadas, quandoquando cercacerca dede 33 milhõesmilhões dede pessoaspessoas morrerammorreram ee outrasoutras 800800
milhõesmilhões foramforam afetadasafetadas negativamente,negativamente, ocasionandoocasionando gastosgastos acimaacima dede 2323 bilhõesbilhões
dede dólaresdólares..
UmaUma dasdas causascausas dessedesse aumentoaumento dede mortesmortes relacionadasrelacionadas àà acidentesacidentes naturaisnaturais nasnas
últimasúltimas décadas,décadas, éé oo crescimentocrescimento dosdos centroscentros urbanosurbanos ee aa consequenteconsequente
concentraçãoconcentração populacionalpopulacional..
AA ONUONU estabeleceuestabeleceu osos anosanos 9090 comocomo aa DécadaDécada InternacionalInternacional parapara aa ReduçãoRedução dede
DesastresDesastres Naturais,Naturais, incentivandoincentivando oo desenvolvimentodesenvolvimento dede estudosestudos sobresobre riscosriscos
geológicosgeológicos nono mundomundo inteirointeiro..
Informações consulte o site: http://www.unisdr.org
Site oficial da International Strategy for Disaster Reduction (ISDR/ONU)
No Brasil, os estudos relacionados à prevenção de acidentes geológicos éNo Brasil, os estudos relacionados à prevenção de acidentes geológicos é
recente, sendo o INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS do Estado de São
Paulo (IPT) um dos pioneiros nesse tema.
OsOs desastresdesastres naturaisnaturais sãosão quasequase queque exclusivamenteexclusivamente associadosassociados aosaos processosprocessos
geológicosgeológicos dada dinâmicadinâmica externaexterna dodo planetaplaneta.. dentredentre eleseles:: escorregamentosescorregamentos ee
processosprocessos correlatos,correlatos, enchentesenchentes // inundações,inundações, erosão,erosão, assoreamento,assoreamento,
subsidênciasubsidência // colapsoscolapsos..
CONCEITOS: Acidente x Evento x RiscoAcidente x Evento x Risco
EVENTOEVENTO: Fato já ocorrido, no qual NÃO FORAM registradas consequências sociais
e/ou econômicas relacionadas diretamente ao fato.
Rahn (1986) afirma que "umum eventoevento éé simplesmentesimplesmente umauma ocorrênciaocorrência naturalnatural". As
fotos a seguir, obtidas em http://geohazards.cr.usgs.gov, mostram eventos naturais que
ocorreram em áreas desabitadas e sem consequências sócio-econômicas.
À esquerda mostra um escorregamento induzido por terremoto numa praia na Califórnia
(1994). À direita a formação de depósito de tálus pelo movimento de massa, nas
Montanhas Rochosas do Canadá.
ACIDENTEACIDENTE: Fato já ocorrido, no qual foram registradas consequências sociais e/ou
econômicas relacionadas diretamente ao fato.
Rahn (1986) destaca que "umum acidenteacidente ocorreocorre quandoquando oo acontecimentoacontecimento sese efetiva,efetiva,
gerandogerando danosdanos.."
As fotos ilustram acidentes causados por processos naturais (www.uol.com.br).
Enchentes na Itália em outubro de 2000, causaram a evacuação de 12.000 pessoas e
a paralização de diversas fábricas no norte do país, atingindo as cidades de Parma e
Piacenza. As fotos mostram a cidade de Turim após as águas do rio Dora Baltea
invadirem a cidade (esquerda) e a corrida de lama envolvendo as casas na área entre
as vilas de Fenis e Nus, na região do Valle d’Aosta (direita).
RISCORISCO: Condição potencial de ocorrência de um acidente. Ranh (1986) sintetiza o
conceito de risco com as seguintes frases:
"Os"Os fenômenosfenômenos naturaisnaturais nãonão sãosão riscosriscos...... ElesEles tornamtornam--sese riscosriscos porpor causacausa dodo
homem,homem, dede suasua ignorânciaignorância ouou suasua negligêncianegligência..""
"Risco"Risco (geológico(geológico ouou dede outraoutra natureza)natureza) éé oo perigoperigo potencialpotencial parapara aa vidavida dodo
homemhomem ee parapara suassuas propriedadespropriedades..""
Fotos mostram residências em áreas sujeitas à escorregamento (esquerda) e à
enchentes e inundações (direita) (UNESP/IGCE, 1999).
CONCEITO DE RISCO GEOLÓGICOCONCEITO DE RISCO GEOLÓGICO
RiscoRisco GeológicoGeológico podepode serser definidodefinido comocomo ““situaçãosituação dede perigo,perigo, perdaperda ouou dano,dano, aoao
HomemHomem ee suassuas propriedades,propriedades, emem razãorazão dada possibilidadepossibilidade dede ocorrênciaocorrência dede
processosprocessos geológicos,geológicos, induzidosinduzidos ouou não”não” ((CerriCerri,, 19931993))..
Ayala Carcedo (1987) apud Ortega (1995), define risco geológico como ""todotodo
processo,processo, situaçãosituação ouou eventoevento nono meiomeio geológico,geológico, dede origemorigem natural,natural, induzidainduzida
ouou mista,mista, queque podepode gerargerar umum danodano econômicoeconômico ouou socialsocial parapara algumaalguma
comunidade,comunidade, ee emem cujacuja previsão,previsão, prevençãoprevenção ouou correçãocorreção háhá dede sese empregarempregarcomunidade,comunidade, ee emem cujacuja previsão,previsão, prevençãoprevenção ouou correçãocorreção háhá dede sese empregarempregar
critérioscritérios geológicosgeológicos"".
ANÁLISEANÁLISE DEDE RISCORISCO (ou avaliação de risco)) temtem aa finalidadefinalidade dede quantificarquantificar aa
possibilidadepossibilidade dede ocorrênciaocorrência dede umum eventoevento naturalnatural perigosoperigoso ee asas
consequênciasconsequências sóciosócio--econômicaseconômicas adversasadversas causadascausadas pelopelo mesmomesmo..
Algumas equações básicas para a avaliação de riscoAlgumas equações básicas para a avaliação de risco.
R = P x CR = P x C
RISCO = Possibilidade de ocorrência x Consequências
S = P
Suscetibilidade = Possibilidade de ocorrência
EquaçõesEquações esquemáticasesquemáticas pois,pois, aa quantificaçãoquantificação
dada possibilidadepossibilidade dede ocorrênciaocorrência dede umum
processoprocesso natural,natural, devedeve considerarconsiderar diversosdiversos
parâmetros,parâmetros, muitasmuitas vezesvezes dede difícildifícil definiçãodefinição..
Já,Já, asas consequênciasconsequências sóciosócio--econômicaseconômicas queque
podempodem serser causadascausadas porpor umum processoprocesso naturalnatural
tambémtambém sãosão dede difícildifícil determinaçãodeterminação..
CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS ATUAL E POTENCIALCLASSIFICAÇÃO DE RISCOS ATUAL E POTENCIAL
RISCORISCO ATUALATUAL: em áreas já ocupadas, nas quais existe o risco de consequências
sócio-econômicas.
RISCORISCO POTENCIALPOTENCIAL: em áreas ainda não ocupadas, nas quais há a possibilidade de
ocorrência de processos geológicos que possam causar danos sócio-econômicos.
CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO
DE RISCO DE RISCO 
A tabela ilustra características dos processos geológicos e hidrológicos que A tabela ilustra características dos processos geológicos e hidrológicos que 
ocorrem no Brasil ocorrem no Brasil 
Consequências dos Acidentes Geológicos e Hidrológicos no Brasil
Processos
Dimensão da 
área afetada
Frequência 
de ocorrência
Tempo entre a 
manifestação do 
processo e o 
dano provocado
Consequências Análise 
relativa 
(P x C)
Escorregamentos e 
processos 
correlatos
média, 
eventualmente 
restrita
média baixoeconômicas, 
frequentemente 
sociais
alto
Erosão/
ampla alta
alto 
eventualmente econômicas
baixo a Erosão/
Assoreamento
ampla alta eventualmente 
médio
econômicas
baixo a 
médio
Subsidências/
colapsos de solo 
em áreas cársticas
restrita muito baixa médio econômicas
baixo a 
médio
Solos colapsíveis e 
expansivos
restrita baixa médio econômicas baixo
Sismos restrita baixa médio econômicas baixo
Enchentes e 
Inundações
média 
eventualmente 
ampla
alta baixo
econômicas, 
eventualmente 
sociais
médio a 
alto
ILUSTRAÇÃO DAS FORMAS FLUVIAISILUSTRAÇÃO DAS FORMAS FLUVIAIS
GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS
OBJETIVOSOBJETIVOS
PREVISÃO: Possibilidade de identificar áreas de risco com a indicação dos locais onde
poderão ocorrer acidentes (definição espacial = ONDE), estabelecimento das condições e
circunstâncias para a ocorrência dos processos (definição temporal = QUANDO). O
instrumento básico da previsão espacial é a cartografia de riscos.
PREVENÇÃO: Possibilidade de serem adotadas medidas preventivas visando: ou inibir a
ocorrência dos processos, ou reduzir suas magnitudes ou, ainda, minimizar seusocorrência dos processos, ou reduzir suas magnitudes ou, ainda, minimizar seus
impactos, agindo diretamente sobre edificações e/ou a própria população.
PRINCÍPIOS DE ATUAÇÃOPRINCÍPIOS DE ATUAÇÃO
ENTENDIMENTO DOS PROCESSOS GEOLÓGICOS E HIDROLÓGICOS: Destaca-se
que o entendimento da dinâmica dos processos naturais é de fundamental importância
para o gerenciamento de riscos, sejam geológicos, hidrológicos ou associados
ENDÓGENOSENDÓGENOS EXÓGENOSEXÓGENOS
•Terremotos 
• Vulcões
•Escorregamentos; 
•Erosão/Assoreamento; 
•Enchentes/inundações 
•Subsidências/colapsos de solo em áreas cársticas; 
•Solos expansivos e colapsáveis
PROCESSOS GEOLÓGICOS E HIDROLÓGICOS
A partir do conhecimento parte-se para a aplicação dos modelos de gerenciamento,
sendo apresentado a seguir um dos mais aplicados atualmente, que é o modelo do
UNDRO.
O modelo de abordagem do Office of United Nations Disaster Relief Coordinator
(UNDRO) foi proposto em 1991, como um método para enfrentar acidentes naturais
baseado em duas atividades principais, ou seja, a prevenção (prevention) e a
preparação (preparedness).
No método UNDROUNDRO são previstas e definidas 5 etapas básicas: as 3 primeiras referem-
se à atividades de prevenção e as 2 últimas de preparação.
OBJETIVOS DA CARACTERIZAÇÃO DOS PROCESSOS OBJETIVOS DA CARACTERIZAÇÃO DOS PROCESSOS 
GEOLÓGICOS E HIDROLÓGICOSGEOLÓGICOS E HIDROLÓGICOS
IdentificaçãoIdentificação dosdos CondicionantesCondicionantes NaturaisNaturais ee AntrópicosAntrópicos: a finalidade é determinar quais
aspectos podem induzir à ocorrência do processo, tais como: cobertura vegetal, tipo de solo e
rocha, dinâmica da água superficial e sub-superficial, qualidade de obras e construções,
alterações provocadas pelo uso e ocupação do solo, entre outros;
FrequênciaFrequência dede OcorrênciaOcorrência:: levantamento de casos históricos, das conseqüências sócio-
econômicas e dos locais de ocorrência;
DimensãoDimensão dada ÁreaÁrea AfetadaAfetada:: determinar a área que se encontra em risco e que pode ser
afetada pela ocorrência do processo;
VelocidadeVelocidade ee TempoTempo dede DuraçãoDuração dodo FenômenoFenômeno:: imprescindível para orientar o procedimento a
ser adotado pela população instalada em áreas de risco especialmente durante a ocorrência de
um processo. Os critérios técnicos para a definição desses procedimentos são de difícil
determinação nos casos em que os processos são súbitos;
TempoTempo entreentre aa IdentificaçãoIdentificação dede EvidênciasEvidências ee aa OcorrênciaOcorrência dodo ProcessoProcesso:: por meio da análise
dos aspectos característicos do processo, tentar identificar a possibilidade iminente ou não de
sua ocorrência. Essa informação é de importância fundamental para estabelecer os
procedimentos e o momento de remoção da população instalada nas áreas de risco.
1ª ETAPA 1ª ETAPA 
IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOSIDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS
A 1ª etapa do Modelo do UNDRO tem como objetivo a identificação dos riscos, 
por meio da avaliação dos seguintes aspectos: 
• possibilidade de ocorrência do processo geológico, com base na análise de 
seus condicionantes naturais e antrópicos. 
• consequências sociais e econômicas potenciais, caso o processo ocorra. • consequências sociais e econômicas potenciais, caso o processo ocorra. 
R = P x C
RISCO = Possibilidade de ocorrência X Consequências
A equação básica de risco é representativa dessa etapa, pois considera a relação entre a A equação básica de risco é representativa dessa etapa, pois considera a relação entre a 
possibilidade de ocorrência do processo e as consequências que podem ocorrer.possibilidade de ocorrência do processo e as consequências que podem ocorrer.
ParaPara identificaçãoidentificação dosdos riscosriscos podepode--sese utilizarutilizar osos doisdois níveisníveis dede detalhamento,detalhamento, oo
zoneamentozoneamento dede riscorisco ee oo cadastramentocadastramento dede riscorisco apresentadosapresentados aa seguirseguir::
NÍVEL DE DETALHE DO LEVANTAMENTO
ZONEAMENTO DE RISCO
Identificação de áreas de 
risco envolvendo várias 
edificações 
ESCALAS PEQUENAS
(1:2.000, 1:10.000, 1:50.000 
etc.)
CADASTRAMENTO DE 
RISCO
Identificação de riscos 
em cada edificação
ESCALAS GRANDES
(1:1.000, 1:500, 1:250 etc.)
� levantamento bibliográfico da área de estudo, casos históricos, estudos já realizados � levantamento bibliográfico da área de estudo, casos históricos, estudos já realizados 
e os processos freqüentes na área;
� levantamento de campo preliminar para avaliar a situação da área de estudo; 
� escolha do nível de detalhe a ser adotado no trabalho, de acordo com os objetivos, 
cronograma, orçamento e pela situação da área de estudo; 
� levantamento de campo para mapeamento e caracterização das áreas de risco; 
� análise dos dados a partir da organização de banco de dados digital com os dados 
obtidos pela identificação. 
2ª ETAPA 2ª ETAPA 
ANÁLISE DE RISCOANÁLISE DE RISCO
A análise de risco "possibilita localizar, diagnosticar, hierarquizar e mapear as
situações de risco, além de ser subsídio básico para a definição das medidas de
prevenção de acidentes".
Na 2ª etapa do Modelo do UNDRO, os riscos identificados são hierarquizados,
atribuindo diferentes graus de risco.
Visa determinar as áreas prioritárias para intervenção
HIERARQUIZAÇÃOHIERARQUIZAÇÃO
DOS RISCOSDOS RISCOS
==
QUANTIFICAÇÃOQUANTIFICAÇÃO
DOS RISCOSDOS RISCOS
ParaPara hierarquizarhierarquizar osos riscosriscos éé necessárionecessário estabelecerestabelecer parâmetrosparâmetros dede comparaçãocomparação entreentre
asas áreasáreas identificadasidentificadas nana 11ªª etapaetapa.. AssimAssim::
ParaPara quantificarquantificar riscosriscos podepode--sese adotaradotar duasduas abordagens,abordagens, diferenciadasdiferenciadas pelapela subjetividade,subjetividade,
ouou seja,seja, aa quantificaçãoquantificação absolutaabsoluta (probabilística)(probabilística) ouou aa relativarelativa (qualificação)(qualificação)..
Q U A N T I F I C A Ç Ã O DE RISCO
ABSOLUTA (PROBABILÍSTICA)
Cálculo da probabilidade de 
ocorrência do acidente e 
quantificação das consequências 
potenciais
RELATIVA (QUALIFICAÇÃO)
Comparação entre as situações de 
risco identificadas, relativizando-as
As etapas de identificação dos riscos (As etapas de identificação dos riscos (1ª etapa1ª etapa) e análise dos riscos () e análise dos riscos (2ª etapa2ª etapa) são ) são 
bastante dependentes uma da outra, bastante dependentes uma da outra, SENDO REALIZADAS AO MESMO TEMPOSENDO REALIZADAS AO MESMO TEMPO..
Isso ocorre devido ao fato de que os dados da 1ª etapa(identificação dos riscos) Isso ocorre devido ao fato de que os dados da 1ª etapa (identificação dos riscos) 
subsidiam a análise dos riscos (hierarquização).subsidiam a análise dos riscos (hierarquização).
QUANTIFICAÇÃO RELATIVA (OU QUALIFICAÇÃO)QUANTIFICAÇÃO RELATIVA (OU QUALIFICAÇÃO)
Apresenta um grau maior de subjetividade, pois classifica a área de estudo com base
na interpretação dos dados e das informações coletadas;
Realizada pelo grupo de profissionais responsáveis pelo projeto;
Áreas são classificadas pelo grau de risco, com a identificação das seguintes situações:
.
GRAUS DE RISCO
.
GRAUS DE RISCO
RISCO IMINENTE
SITUAÇÕES 
INTERMEDIÁRIAS
SEM RISCO 
Condição mais crítica possível; 
determinada pela elevada possibilidade de 
ocorrência do processo geológico; 
impossibilidade de monitoramento da 
evolução do processo em razão de seu 
estágio avançado e iminente deflagração
Para reduzir a 
subjetividade, deve-se 
restringir ao máximo os 
graus de risco 
intermediários
Não observação de 
evidências que indiquem 
a possibilidade de 
ocorrência do processo 
geológico
CARTAS DE RISCO GEOLÓGICOCARTAS DE RISCO GEOLÓGICO
Cartas de Risco Geológico são um tipo particular de Carta Geotécnica, com as
seguintes características:
� representação simples: linguagem e forma de fácil compreensão por pessoas ou
profissionais que não são da área, ou seja, são voltadas aos usuários;
� apoio aos planejadores: para o planejamento da ocupação e do desenvolvimento de
uma cidade ou região, por meio da indicação das áreas sujeitas à risco;
� baixo custo e simplicidade de produção: os métodos de preparação são baseados� baixo custo e simplicidade de produção: os métodos de preparação são baseados
nos conceitos básicos da Geologia, facilitando a incorporação de critérios e conceitos e
permitindo atingir rapidamente os objetivos;
� rapidez de execução: cartas produzidas em curto período de tempo e representam o
risco do momento da elaboração (dinâmica do ambiente e da ocupação) alteram as
cartas;
� textos explicativos descrevendo as situações de risco e apresentam alternativas de 
prevenção de acidentes.
As Cartas de Risco podem representar a situação atual ou potencial
(suscetibilidade) de risco, mostrando zonas de risco já instalado ou de risco
potencial (áreas ainda não ocupadas) para a ocorrência do processo.
Zoneamento de risco realizado na cidade de Cajamar, interior do
Estado de São Paulo. Essa carta foi elaborada por uma equipe do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, com a
finalidade de identificar áreas em risco, devido à ocorrência de
processos de subsidência e colapso. O acidente causou a destruição
de várias casas e a condenação de muitas outras
FEIÇÕES TÍPICAS DE TERRENOS FEIÇÕES TÍPICAS DE TERRENOS 
CÁRSTICOSCÁRSTICOS
Caso Cajamar (SP), em 1986.Caso Cajamar (SP), em 1986.
Afundamento do solo formando cavidade de 32 m de diâmetro e 13 m
de profundidade. Inicialmente associados à processos de carstificação.
Foto do buraco do Foto do buraco do 
caso conhecido caso conhecido 
como o “Buraco como o “Buraco 
Estudos mostraram que os processos foram intensificados pelo bombeamento
de água subterrânea através de poços profundos de grande vazão, que
provocaram a migração do solo para ocupar o espaço deixado pela retirada da
água, ocasionando, por conseqüência, a subsidência do terreno.
como o “Buraco como o “Buraco 
de Cajamar”. de Cajamar”. 
ESQUEMA DO MODELO INTERPRETATIVO DOS FENÔMENOS ESQUEMA DO MODELO INTERPRETATIVO DOS FENÔMENOS 
OCORRIDOS EM CAJAMAR OCORRIDOS EM CAJAMAR -- SP.SP.
FotosFotos ilustramilustram consequênciasconsequências sóciosócio--
econômicaseconômicas dodo casocaso dede CajamarCajamar..
ParqueParque Winter, Winter, FlóridaFlórida (EUA)(EUA)
DolinaDolina resultante de colapso de caverna subterrânea rasaresultante de colapso de caverna subterrânea rasa
Fonte: Fonte: PressPress etet al. (2006). Para Entender a Terra. 4a Ed. al. (2006). Para Entender a Terra. 4a Ed. BookmanBookman, Porto Alegre. 656p., Porto Alegre. 656p.
3ª ETAPA 3ª ETAPA 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTESMEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Medidas de prevenção de acidentes devem ser estabelecidas logo após à
elaboração das Cartas de Risco e são dirigidas para evitar a ocorrência ou reduzir
a magnitude do(s) processo(s) geológico(s), e também para eliminar ou diminuir
as conseqüências sócio-econômicas decorrentes.
OBJETIVO ESPECÍFICO MEDIDA DE PREVENÇÃO AÇÃO TÉCNICA
Perenização da ocupação (quando possível), por 
Eliminar e/ou reduzir riscos 
já instalados
Recuperação das áreas de risco
Perenização da ocupação (quando possível), por 
meio de projetos de reurbanização e da implantação 
de obras de engenharia
Evitar a instalação de novas 
áreas de risco
Controle da expansão e do 
adensamento da ocupação
Estabelecimento de diretrizes técnicas que permitam 
adequada ocupação do solo, por meio da elaboração 
de cartas geotécnicas
Conviver com riscos atuais
Remoção temporária da 
população das áreas de risco 
iminente
Elaboração e operação de planos preventivos de 
Defesa Civil, visando reduzir a possibilidade de perda 
de vidas humanas
Eliminar e/ou reduzir 
riscos já instalados
Evitar a instalação de novas áreas de risco
Conviver com riscos atuais
4ª ETAPA 
PLANEJAMENTO PARA SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
FundamentaFundamenta--sese nosnos seguintesseguintes aspectosaspectos::
DefiniçãoDefinição dede açõesações ee procedimentosprocedimentos aa seremserem adotadosadotados nosnos casoscasos dede emergência,emergência,
decorrentesdecorrentes dodo registroregistro dede acidentesacidentes emem determinadodeterminado local,local, ondeonde asas medidasmedidas dede
prevençãoprevenção nãonão foramforam suficientessuficientes parapara evitáevitá--loslos ouou nãonão foramforam implantadasimplantadas;;
AtendimentosAtendimentos dede emergênciaemergência parapara evitarevitar aa ampliaçãoampliação dasdas conseqüênciasconseqüências dodo
acidente,acidente, casocaso hajahaja evoluçãoevolução e/oue/ou novasnovas ocorrênciasocorrências dodo processoprocesso..
As principais atividades dessa etapa são:As principais atividades dessa etapa são:
�� Diagnóstico do ocorridoDiagnóstico do ocorrido
�� Identificação de situações de risco iminenteIdentificação de situações de risco iminente
�� Proposição de medidas emergenciais e/ou de remoção da população em risco Proposição de medidas emergenciais e/ou de remoção da população em risco 
iminenteiminente
�� Estruturação das equipes de trabalho (remoção e abrigo da população, resgate de Estruturação das equipes de trabalho (remoção e abrigo da população, resgate de 
vítimas, guarda de bens e isolamento da área, assistência médica, etc.)vítimas, guarda de bens e isolamento da área, assistência médica, etc.)
�� Orientação nos trabalhos de resgate de vítimasOrientação nos trabalhos de resgate de vítimas
5ª ETAPA 5ª ETAPA 
INFORMAÇÕES PÚBLICAS E TREINAMENTOINFORMAÇÕES PÚBLICAS E TREINAMENTO
VisaVisa aa realizaçãorealização dasdas seguintesseguintes atividadesatividades::
�� DDisseminaçãoisseminação dasdas informaçõesinformações parapara administradoresadministradores
públicospúblicos ee populaçãopopulação;;
�� OOfertaferta dede cursoscursos dede treinamentotreinamento parapara equipesequipes dede DefesaDefesa�� OOfertaferta dede cursoscursos dede treinamentotreinamento parapara equipesequipes dede DefesaDefesa
Civil,Civil, CorposCorpos dede BombeirosBombeiros ee dede PrefeiturasPrefeituras Municipais,Municipais, tantotanto
parapara aa prevençãoprevenção dede acidentesacidentes geológicos,geológicos, quantoquanto parapara
atendimentosatendimentos dede emergênciaemergência;;
�� EElaboraçãolaboraçãodede manuaismanuais técnicostécnicos (destinados(destinados àsàs equipesequipes
executivas)executivas) ee dede cartilhascartilhas dede orientaçãoorientação (destinadas(destinadas àà
população)população)..

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