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ANÁLISE DE IMPACTO AMBIENTAL RONALDO LUIZ MINCATO RISCOS RISCOS NATURAISNATURAISNATURAISNATURAIS RISCOS NATURAISRISCOS NATURAIS OsOs desastresdesastres naturaisnaturais sãosão responsáveisresponsáveis pelapela mortemorte dede cercacerca dede 44 milhõesmilhões dede pessoaspessoas nono mundomundo aoao longolongo dodo séculoséculo XXXX (Committee(Committee forfor DisasterDisaster ResearchResearch ofof thethe ScienceScience CouncilCouncil ofof Japan,Japan, emem 19891989)) DadosDados dede danosdanos causadoscausados pelospelos desastresdesastres naturaisnaturais concentramconcentram--sese nasnas últimasúltimasDadosDados dede danosdanos causadoscausados pelospelos desastresdesastres naturaisnaturais concentramconcentram--sese nasnas últimasúltimas duasduas décadas,décadas, quandoquando cercacerca dede 33 milhõesmilhões dede pessoaspessoas morrerammorreram ee outrasoutras 800800 milhõesmilhões foramforam afetadasafetadas negativamente,negativamente, ocasionandoocasionando gastosgastos acimaacima dede 2323 bilhõesbilhões dede dólaresdólares.. UmaUma dasdas causascausas dessedesse aumentoaumento dede mortesmortes relacionadasrelacionadas àà acidentesacidentes naturaisnaturais nasnas últimasúltimas décadas,décadas, éé oo crescimentocrescimento dosdos centroscentros urbanosurbanos ee aa consequenteconsequente concentraçãoconcentração populacionalpopulacional.. AA ONUONU estabeleceuestabeleceu osos anosanos 9090 comocomo aa DécadaDécada InternacionalInternacional parapara aa ReduçãoRedução dede DesastresDesastres Naturais,Naturais, incentivandoincentivando oo desenvolvimentodesenvolvimento dede estudosestudos sobresobre riscosriscos geológicosgeológicos nono mundomundo inteirointeiro.. Informações consulte o site: http://www.unisdr.org Site oficial da International Strategy for Disaster Reduction (ISDR/ONU) No Brasil, os estudos relacionados à prevenção de acidentes geológicos éNo Brasil, os estudos relacionados à prevenção de acidentes geológicos é recente, sendo o INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS do Estado de São Paulo (IPT) um dos pioneiros nesse tema. OsOs desastresdesastres naturaisnaturais sãosão quasequase queque exclusivamenteexclusivamente associadosassociados aosaos processosprocessos geológicosgeológicos dada dinâmicadinâmica externaexterna dodo planetaplaneta.. dentredentre eleseles:: escorregamentosescorregamentos ee processosprocessos correlatos,correlatos, enchentesenchentes // inundações,inundações, erosão,erosão, assoreamento,assoreamento, subsidênciasubsidência // colapsoscolapsos.. CONCEITOS: Acidente x Evento x RiscoAcidente x Evento x Risco EVENTOEVENTO: Fato já ocorrido, no qual NÃO FORAM registradas consequências sociais e/ou econômicas relacionadas diretamente ao fato. Rahn (1986) afirma que "umum eventoevento éé simplesmentesimplesmente umauma ocorrênciaocorrência naturalnatural". As fotos a seguir, obtidas em http://geohazards.cr.usgs.gov, mostram eventos naturais que ocorreram em áreas desabitadas e sem consequências sócio-econômicas. À esquerda mostra um escorregamento induzido por terremoto numa praia na Califórnia (1994). À direita a formação de depósito de tálus pelo movimento de massa, nas Montanhas Rochosas do Canadá. ACIDENTEACIDENTE: Fato já ocorrido, no qual foram registradas consequências sociais e/ou econômicas relacionadas diretamente ao fato. Rahn (1986) destaca que "umum acidenteacidente ocorreocorre quandoquando oo acontecimentoacontecimento sese efetiva,efetiva, gerandogerando danosdanos.." As fotos ilustram acidentes causados por processos naturais (www.uol.com.br). Enchentes na Itália em outubro de 2000, causaram a evacuação de 12.000 pessoas e a paralização de diversas fábricas no norte do país, atingindo as cidades de Parma e Piacenza. As fotos mostram a cidade de Turim após as águas do rio Dora Baltea invadirem a cidade (esquerda) e a corrida de lama envolvendo as casas na área entre as vilas de Fenis e Nus, na região do Valle d’Aosta (direita). RISCORISCO: Condição potencial de ocorrência de um acidente. Ranh (1986) sintetiza o conceito de risco com as seguintes frases: "Os"Os fenômenosfenômenos naturaisnaturais nãonão sãosão riscosriscos...... ElesEles tornamtornam--sese riscosriscos porpor causacausa dodo homem,homem, dede suasua ignorânciaignorância ouou suasua negligêncianegligência.."" "Risco"Risco (geológico(geológico ouou dede outraoutra natureza)natureza) éé oo perigoperigo potencialpotencial parapara aa vidavida dodo homemhomem ee parapara suassuas propriedadespropriedades.."" Fotos mostram residências em áreas sujeitas à escorregamento (esquerda) e à enchentes e inundações (direita) (UNESP/IGCE, 1999). CONCEITO DE RISCO GEOLÓGICOCONCEITO DE RISCO GEOLÓGICO RiscoRisco GeológicoGeológico podepode serser definidodefinido comocomo ““situaçãosituação dede perigo,perigo, perdaperda ouou dano,dano, aoao HomemHomem ee suassuas propriedades,propriedades, emem razãorazão dada possibilidadepossibilidade dede ocorrênciaocorrência dede processosprocessos geológicos,geológicos, induzidosinduzidos ouou não”não” ((CerriCerri,, 19931993)).. Ayala Carcedo (1987) apud Ortega (1995), define risco geológico como ""todotodo processo,processo, situaçãosituação ouou eventoevento nono meiomeio geológico,geológico, dede origemorigem natural,natural, induzidainduzida ouou mista,mista, queque podepode gerargerar umum danodano econômicoeconômico ouou socialsocial parapara algumaalguma comunidade,comunidade, ee emem cujacuja previsão,previsão, prevençãoprevenção ouou correçãocorreção háhá dede sese empregarempregarcomunidade,comunidade, ee emem cujacuja previsão,previsão, prevençãoprevenção ouou correçãocorreção háhá dede sese empregarempregar critérioscritérios geológicosgeológicos"". ANÁLISEANÁLISE DEDE RISCORISCO (ou avaliação de risco)) temtem aa finalidadefinalidade dede quantificarquantificar aa possibilidadepossibilidade dede ocorrênciaocorrência dede umum eventoevento naturalnatural perigosoperigoso ee asas consequênciasconsequências sóciosócio--econômicaseconômicas adversasadversas causadascausadas pelopelo mesmomesmo.. Algumas equações básicas para a avaliação de riscoAlgumas equações básicas para a avaliação de risco. R = P x CR = P x C RISCO = Possibilidade de ocorrência x Consequências S = P Suscetibilidade = Possibilidade de ocorrência EquaçõesEquações esquemáticasesquemáticas pois,pois, aa quantificaçãoquantificação dada possibilidadepossibilidade dede ocorrênciaocorrência dede umum processoprocesso natural,natural, devedeve considerarconsiderar diversosdiversos parâmetros,parâmetros, muitasmuitas vezesvezes dede difícildifícil definiçãodefinição.. Já,Já, asas consequênciasconsequências sóciosócio--econômicaseconômicas queque podempodem serser causadascausadas porpor umum processoprocesso naturalnatural tambémtambém sãosão dede difícildifícil determinaçãodeterminação.. CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS ATUAL E POTENCIALCLASSIFICAÇÃO DE RISCOS ATUAL E POTENCIAL RISCORISCO ATUALATUAL: em áreas já ocupadas, nas quais existe o risco de consequências sócio-econômicas. RISCORISCO POTENCIALPOTENCIAL: em áreas ainda não ocupadas, nas quais há a possibilidade de ocorrência de processos geológicos que possam causar danos sócio-econômicos. CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE RISCO A tabela ilustra características dos processos geológicos e hidrológicos que A tabela ilustra características dos processos geológicos e hidrológicos que ocorrem no Brasil ocorrem no Brasil Consequências dos Acidentes Geológicos e Hidrológicos no Brasil Processos Dimensão da área afetada Frequência de ocorrência Tempo entre a manifestação do processo e o dano provocado Consequências Análise relativa (P x C) Escorregamentos e processos correlatos média, eventualmente restrita média baixoeconômicas, frequentemente sociais alto Erosão/ ampla alta alto eventualmente econômicas baixo a Erosão/ Assoreamento ampla alta eventualmente médio econômicas baixo a médio Subsidências/ colapsos de solo em áreas cársticas restrita muito baixa médio econômicas baixo a médio Solos colapsíveis e expansivos restrita baixa médio econômicas baixo Sismos restrita baixa médio econômicas baixo Enchentes e Inundações média eventualmente ampla alta baixo econômicas, eventualmente sociais médio a alto ILUSTRAÇÃO DAS FORMAS FLUVIAISILUSTRAÇÃO DAS FORMAS FLUVIAIS GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS OBJETIVOSOBJETIVOS PREVISÃO: Possibilidade de identificar áreas de risco com a indicação dos locais onde poderão ocorrer acidentes (definição espacial = ONDE), estabelecimento das condições e circunstâncias para a ocorrência dos processos (definição temporal = QUANDO). O instrumento básico da previsão espacial é a cartografia de riscos. PREVENÇÃO: Possibilidade de serem adotadas medidas preventivas visando: ou inibir a ocorrência dos processos, ou reduzir suas magnitudes ou, ainda, minimizar seusocorrência dos processos, ou reduzir suas magnitudes ou, ainda, minimizar seus impactos, agindo diretamente sobre edificações e/ou a própria população. PRINCÍPIOS DE ATUAÇÃOPRINCÍPIOS DE ATUAÇÃO ENTENDIMENTO DOS PROCESSOS GEOLÓGICOS E HIDROLÓGICOS: Destaca-se que o entendimento da dinâmica dos processos naturais é de fundamental importância para o gerenciamento de riscos, sejam geológicos, hidrológicos ou associados ENDÓGENOSENDÓGENOS EXÓGENOSEXÓGENOS •Terremotos • Vulcões •Escorregamentos; •Erosão/Assoreamento; •Enchentes/inundações •Subsidências/colapsos de solo em áreas cársticas; •Solos expansivos e colapsáveis PROCESSOS GEOLÓGICOS E HIDROLÓGICOS A partir do conhecimento parte-se para a aplicação dos modelos de gerenciamento, sendo apresentado a seguir um dos mais aplicados atualmente, que é o modelo do UNDRO. O modelo de abordagem do Office of United Nations Disaster Relief Coordinator (UNDRO) foi proposto em 1991, como um método para enfrentar acidentes naturais baseado em duas atividades principais, ou seja, a prevenção (prevention) e a preparação (preparedness). No método UNDROUNDRO são previstas e definidas 5 etapas básicas: as 3 primeiras referem- se à atividades de prevenção e as 2 últimas de preparação. OBJETIVOS DA CARACTERIZAÇÃO DOS PROCESSOS OBJETIVOS DA CARACTERIZAÇÃO DOS PROCESSOS GEOLÓGICOS E HIDROLÓGICOSGEOLÓGICOS E HIDROLÓGICOS IdentificaçãoIdentificação dosdos CondicionantesCondicionantes NaturaisNaturais ee AntrópicosAntrópicos: a finalidade é determinar quais aspectos podem induzir à ocorrência do processo, tais como: cobertura vegetal, tipo de solo e rocha, dinâmica da água superficial e sub-superficial, qualidade de obras e construções, alterações provocadas pelo uso e ocupação do solo, entre outros; FrequênciaFrequência dede OcorrênciaOcorrência:: levantamento de casos históricos, das conseqüências sócio- econômicas e dos locais de ocorrência; DimensãoDimensão dada ÁreaÁrea AfetadaAfetada:: determinar a área que se encontra em risco e que pode ser afetada pela ocorrência do processo; VelocidadeVelocidade ee TempoTempo dede DuraçãoDuração dodo FenômenoFenômeno:: imprescindível para orientar o procedimento a ser adotado pela população instalada em áreas de risco especialmente durante a ocorrência de um processo. Os critérios técnicos para a definição desses procedimentos são de difícil determinação nos casos em que os processos são súbitos; TempoTempo entreentre aa IdentificaçãoIdentificação dede EvidênciasEvidências ee aa OcorrênciaOcorrência dodo ProcessoProcesso:: por meio da análise dos aspectos característicos do processo, tentar identificar a possibilidade iminente ou não de sua ocorrência. Essa informação é de importância fundamental para estabelecer os procedimentos e o momento de remoção da população instalada nas áreas de risco. 1ª ETAPA 1ª ETAPA IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOSIDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS A 1ª etapa do Modelo do UNDRO tem como objetivo a identificação dos riscos, por meio da avaliação dos seguintes aspectos: • possibilidade de ocorrência do processo geológico, com base na análise de seus condicionantes naturais e antrópicos. • consequências sociais e econômicas potenciais, caso o processo ocorra. • consequências sociais e econômicas potenciais, caso o processo ocorra. R = P x C RISCO = Possibilidade de ocorrência X Consequências A equação básica de risco é representativa dessa etapa, pois considera a relação entre a A equação básica de risco é representativa dessa etapa, pois considera a relação entre a possibilidade de ocorrência do processo e as consequências que podem ocorrer.possibilidade de ocorrência do processo e as consequências que podem ocorrer. ParaPara identificaçãoidentificação dosdos riscosriscos podepode--sese utilizarutilizar osos doisdois níveisníveis dede detalhamento,detalhamento, oo zoneamentozoneamento dede riscorisco ee oo cadastramentocadastramento dede riscorisco apresentadosapresentados aa seguirseguir:: NÍVEL DE DETALHE DO LEVANTAMENTO ZONEAMENTO DE RISCO Identificação de áreas de risco envolvendo várias edificações ESCALAS PEQUENAS (1:2.000, 1:10.000, 1:50.000 etc.) CADASTRAMENTO DE RISCO Identificação de riscos em cada edificação ESCALAS GRANDES (1:1.000, 1:500, 1:250 etc.) � levantamento bibliográfico da área de estudo, casos históricos, estudos já realizados � levantamento bibliográfico da área de estudo, casos históricos, estudos já realizados e os processos freqüentes na área; � levantamento de campo preliminar para avaliar a situação da área de estudo; � escolha do nível de detalhe a ser adotado no trabalho, de acordo com os objetivos, cronograma, orçamento e pela situação da área de estudo; � levantamento de campo para mapeamento e caracterização das áreas de risco; � análise dos dados a partir da organização de banco de dados digital com os dados obtidos pela identificação. 2ª ETAPA 2ª ETAPA ANÁLISE DE RISCOANÁLISE DE RISCO A análise de risco "possibilita localizar, diagnosticar, hierarquizar e mapear as situações de risco, além de ser subsídio básico para a definição das medidas de prevenção de acidentes". Na 2ª etapa do Modelo do UNDRO, os riscos identificados são hierarquizados, atribuindo diferentes graus de risco. Visa determinar as áreas prioritárias para intervenção HIERARQUIZAÇÃOHIERARQUIZAÇÃO DOS RISCOSDOS RISCOS == QUANTIFICAÇÃOQUANTIFICAÇÃO DOS RISCOSDOS RISCOS ParaPara hierarquizarhierarquizar osos riscosriscos éé necessárionecessário estabelecerestabelecer parâmetrosparâmetros dede comparaçãocomparação entreentre asas áreasáreas identificadasidentificadas nana 11ªª etapaetapa.. AssimAssim:: ParaPara quantificarquantificar riscosriscos podepode--sese adotaradotar duasduas abordagens,abordagens, diferenciadasdiferenciadas pelapela subjetividade,subjetividade, ouou seja,seja, aa quantificaçãoquantificação absolutaabsoluta (probabilística)(probabilística) ouou aa relativarelativa (qualificação)(qualificação).. Q U A N T I F I C A Ç Ã O DE RISCO ABSOLUTA (PROBABILÍSTICA) Cálculo da probabilidade de ocorrência do acidente e quantificação das consequências potenciais RELATIVA (QUALIFICAÇÃO) Comparação entre as situações de risco identificadas, relativizando-as As etapas de identificação dos riscos (As etapas de identificação dos riscos (1ª etapa1ª etapa) e análise dos riscos () e análise dos riscos (2ª etapa2ª etapa) são ) são bastante dependentes uma da outra, bastante dependentes uma da outra, SENDO REALIZADAS AO MESMO TEMPOSENDO REALIZADAS AO MESMO TEMPO.. Isso ocorre devido ao fato de que os dados da 1ª etapa(identificação dos riscos) Isso ocorre devido ao fato de que os dados da 1ª etapa (identificação dos riscos) subsidiam a análise dos riscos (hierarquização).subsidiam a análise dos riscos (hierarquização). QUANTIFICAÇÃO RELATIVA (OU QUALIFICAÇÃO)QUANTIFICAÇÃO RELATIVA (OU QUALIFICAÇÃO) Apresenta um grau maior de subjetividade, pois classifica a área de estudo com base na interpretação dos dados e das informações coletadas; Realizada pelo grupo de profissionais responsáveis pelo projeto; Áreas são classificadas pelo grau de risco, com a identificação das seguintes situações: . GRAUS DE RISCO . GRAUS DE RISCO RISCO IMINENTE SITUAÇÕES INTERMEDIÁRIAS SEM RISCO Condição mais crítica possível; determinada pela elevada possibilidade de ocorrência do processo geológico; impossibilidade de monitoramento da evolução do processo em razão de seu estágio avançado e iminente deflagração Para reduzir a subjetividade, deve-se restringir ao máximo os graus de risco intermediários Não observação de evidências que indiquem a possibilidade de ocorrência do processo geológico CARTAS DE RISCO GEOLÓGICOCARTAS DE RISCO GEOLÓGICO Cartas de Risco Geológico são um tipo particular de Carta Geotécnica, com as seguintes características: � representação simples: linguagem e forma de fácil compreensão por pessoas ou profissionais que não são da área, ou seja, são voltadas aos usuários; � apoio aos planejadores: para o planejamento da ocupação e do desenvolvimento de uma cidade ou região, por meio da indicação das áreas sujeitas à risco; � baixo custo e simplicidade de produção: os métodos de preparação são baseados� baixo custo e simplicidade de produção: os métodos de preparação são baseados nos conceitos básicos da Geologia, facilitando a incorporação de critérios e conceitos e permitindo atingir rapidamente os objetivos; � rapidez de execução: cartas produzidas em curto período de tempo e representam o risco do momento da elaboração (dinâmica do ambiente e da ocupação) alteram as cartas; � textos explicativos descrevendo as situações de risco e apresentam alternativas de prevenção de acidentes. As Cartas de Risco podem representar a situação atual ou potencial (suscetibilidade) de risco, mostrando zonas de risco já instalado ou de risco potencial (áreas ainda não ocupadas) para a ocorrência do processo. Zoneamento de risco realizado na cidade de Cajamar, interior do Estado de São Paulo. Essa carta foi elaborada por uma equipe do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, com a finalidade de identificar áreas em risco, devido à ocorrência de processos de subsidência e colapso. O acidente causou a destruição de várias casas e a condenação de muitas outras FEIÇÕES TÍPICAS DE TERRENOS FEIÇÕES TÍPICAS DE TERRENOS CÁRSTICOSCÁRSTICOS Caso Cajamar (SP), em 1986.Caso Cajamar (SP), em 1986. Afundamento do solo formando cavidade de 32 m de diâmetro e 13 m de profundidade. Inicialmente associados à processos de carstificação. Foto do buraco do Foto do buraco do caso conhecido caso conhecido como o “Buraco como o “Buraco Estudos mostraram que os processos foram intensificados pelo bombeamento de água subterrânea através de poços profundos de grande vazão, que provocaram a migração do solo para ocupar o espaço deixado pela retirada da água, ocasionando, por conseqüência, a subsidência do terreno. como o “Buraco como o “Buraco de Cajamar”. de Cajamar”. ESQUEMA DO MODELO INTERPRETATIVO DOS FENÔMENOS ESQUEMA DO MODELO INTERPRETATIVO DOS FENÔMENOS OCORRIDOS EM CAJAMAR OCORRIDOS EM CAJAMAR -- SP.SP. FotosFotos ilustramilustram consequênciasconsequências sóciosócio-- econômicaseconômicas dodo casocaso dede CajamarCajamar.. ParqueParque Winter, Winter, FlóridaFlórida (EUA)(EUA) DolinaDolina resultante de colapso de caverna subterrânea rasaresultante de colapso de caverna subterrânea rasa Fonte: Fonte: PressPress etet al. (2006). Para Entender a Terra. 4a Ed. al. (2006). Para Entender a Terra. 4a Ed. BookmanBookman, Porto Alegre. 656p., Porto Alegre. 656p. 3ª ETAPA 3ª ETAPA MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTESMEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES Medidas de prevenção de acidentes devem ser estabelecidas logo após à elaboração das Cartas de Risco e são dirigidas para evitar a ocorrência ou reduzir a magnitude do(s) processo(s) geológico(s), e também para eliminar ou diminuir as conseqüências sócio-econômicas decorrentes. OBJETIVO ESPECÍFICO MEDIDA DE PREVENÇÃO AÇÃO TÉCNICA Perenização da ocupação (quando possível), por Eliminar e/ou reduzir riscos já instalados Recuperação das áreas de risco Perenização da ocupação (quando possível), por meio de projetos de reurbanização e da implantação de obras de engenharia Evitar a instalação de novas áreas de risco Controle da expansão e do adensamento da ocupação Estabelecimento de diretrizes técnicas que permitam adequada ocupação do solo, por meio da elaboração de cartas geotécnicas Conviver com riscos atuais Remoção temporária da população das áreas de risco iminente Elaboração e operação de planos preventivos de Defesa Civil, visando reduzir a possibilidade de perda de vidas humanas Eliminar e/ou reduzir riscos já instalados Evitar a instalação de novas áreas de risco Conviver com riscos atuais 4ª ETAPA PLANEJAMENTO PARA SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA FundamentaFundamenta--sese nosnos seguintesseguintes aspectosaspectos:: DefiniçãoDefinição dede açõesações ee procedimentosprocedimentos aa seremserem adotadosadotados nosnos casoscasos dede emergência,emergência, decorrentesdecorrentes dodo registroregistro dede acidentesacidentes emem determinadodeterminado local,local, ondeonde asas medidasmedidas dede prevençãoprevenção nãonão foramforam suficientessuficientes parapara evitáevitá--loslos ouou nãonão foramforam implantadasimplantadas;; AtendimentosAtendimentos dede emergênciaemergência parapara evitarevitar aa ampliaçãoampliação dasdas conseqüênciasconseqüências dodo acidente,acidente, casocaso hajahaja evoluçãoevolução e/oue/ou novasnovas ocorrênciasocorrências dodo processoprocesso.. As principais atividades dessa etapa são:As principais atividades dessa etapa são: �� Diagnóstico do ocorridoDiagnóstico do ocorrido �� Identificação de situações de risco iminenteIdentificação de situações de risco iminente �� Proposição de medidas emergenciais e/ou de remoção da população em risco Proposição de medidas emergenciais e/ou de remoção da população em risco iminenteiminente �� Estruturação das equipes de trabalho (remoção e abrigo da população, resgate de Estruturação das equipes de trabalho (remoção e abrigo da população, resgate de vítimas, guarda de bens e isolamento da área, assistência médica, etc.)vítimas, guarda de bens e isolamento da área, assistência médica, etc.) �� Orientação nos trabalhos de resgate de vítimasOrientação nos trabalhos de resgate de vítimas 5ª ETAPA 5ª ETAPA INFORMAÇÕES PÚBLICAS E TREINAMENTOINFORMAÇÕES PÚBLICAS E TREINAMENTO VisaVisa aa realizaçãorealização dasdas seguintesseguintes atividadesatividades:: �� DDisseminaçãoisseminação dasdas informaçõesinformações parapara administradoresadministradores públicospúblicos ee populaçãopopulação;; �� OOfertaferta dede cursoscursos dede treinamentotreinamento parapara equipesequipes dede DefesaDefesa�� OOfertaferta dede cursoscursos dede treinamentotreinamento parapara equipesequipes dede DefesaDefesa Civil,Civil, CorposCorpos dede BombeirosBombeiros ee dede PrefeiturasPrefeituras Municipais,Municipais, tantotanto parapara aa prevençãoprevenção dede acidentesacidentes geológicos,geológicos, quantoquanto parapara atendimentosatendimentos dede emergênciaemergência;; �� EElaboraçãolaboraçãodede manuaismanuais técnicostécnicos (destinados(destinados àsàs equipesequipes executivas)executivas) ee dede cartilhascartilhas dede orientaçãoorientação (destinadas(destinadas àà população)população)..
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