Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Por meio da biometria, o mesário identifica o eleitor após comparar as impressões digitais deste com as digitais previamente cadastradas no banco de dados da Justiça Eleitoral e inseridas na urna eletrônica. Além de praticamente eliminar a intervenção humana nessa etapa, outra grande vantagem da tecnologia biométrica é impedir que uma pessoa tente se passar por outra no momento da identificação, já que cada ser humano possui impressões digitais únicas. A biometria garante ainda mais segurança aos eleitores brasileiros na hora de votar, segundo o Tribunal Superior Eleitoral - TSE. Nas Eleições 2014, mais de 22 milhões foram identificados pelas digitais. No primeiro turno das eleições o sistema de identificação dos eleitores pelo registro das impressões digitais provocou atrasos e filas em parte das 762 cidades onde foi usado, mas o TSE não descartou sua utilização para as próximas eleições. O voto biométrico foi alvo de muitas críticas na cidade de Itapeva (MG), no segundo turno das eleições. A dificuldade para conseguir o reconhecimento das digitais fez com que muitos eleitores locais perdessem a paciência com o sistema, que ainda está em fase de testes. No segundo turno das eleições em 2014, o sistema biométrico registrou menos problemas em comparação ao primeiro turno. Nas eleições de 2014 cerca de 21,6 milhões de eleitores de 762 municípios (15,18% do total no país), incluindo 15 capitais, vão utilizar a identificação biométrica, segundo informações do TSE. Qual o principal problema verificado nas seções que já utilizam, desde 2008, a biometria para autenticação do voto? Segundo o TSE, a principal dificuldade tem sido verificada nas seções com mais idosos, uma vez que o processo de identificação passou a ser mais demorado. Conforme o tribunal, os mais velhos têm mais dificuldades em posicionar adequadamente os dedos na leitora. As digitais de quais dedos são cadastradas? Qual dedo é usado para autenticação na hora da votação? O eleitor cadastra os dez dedos, tira uma fotografia e cadastra a assinatura digitalizada. Somente serão usados para autenticação na hora de votar quatro dedos: os polegares e indicadores. É possível começar com qualquer dedo. Resolução do TSE aprovada para a eleição deste ano estabelece até oito tentativas (considerando os quatro dedos). Quem vota após identificação biométrica não precisa assinar a folha de votação. Se não é possível a autenticação, por erro de leitura da digital ou outra dificuldade, qual o procedimento? Se não houver identificação do eleitor pela biometria mas for comprovada a identidade por outro documento, como o RG, o mesário da seção terá de liberar o voto com a própria digital. O eleitor terá que assinar a folha de votação. O mesário registrará o episódio na ata da seção e deverá orientar o eleitor a ir a algum cartório eleitoral para nova coleta da digital. Na eleição de 2012, segundo o TSE, menos de 1% dos eleitores com biometria registrada não foram reconhecidos. Os dados biométricos ficam na seção ou são comparados com algum banco de dados remoto? A urna não tem nenhuma conexão com rede de computadores. Antes da eleição, existe um procedimento de geração de mídias. Nos cartões de memória, estão as informações dos candidatos e os dados dos eleitores daquela seção. Cada urna só tem dentro dela as biometrias daquela seção específica. A urna é lacrada com lacre especial e, caso haja rompimento, a urna fica inutilizada. Caso uma máquina tenha defeito, a votação da seção seguirá sem a proteção biométrica? Se a máquina tiver defeito, é substituída por outra. O cartão de memória é substituído para o novo equipamento. Arranca-se o lacre, tira o cartão de memória e coloca na substituta, tudo na presença dos fiscais de partidos e mesário. O TSE afirma que o percentual de defeito é baixo (menos de 1% do total) porque as urnas passam por muitos testes. Há um nível de tolerância de leitura para aceitar ou não uma digital? O nível de tolerância para aceitação da digital é superior a 95%, conforme o TSE, e os testes que estão sendo feitos não reduzem o nível, mas influenciam na mudança do processo de coleta. Os eleitores cuja digital for rejeitada serão orientados a procurar os cartórios eleitorais. E os servidores passam por cursos e treinamentos com papiloscopistas da Polícia Federal. Após a última eleição, cartórios que tiveram registros de eleitores com digitais rejeitadas foram orientados novamente para a melhoria do processo de coleta. A biometria em todo o país permitirá que o eleitor vote em qualquer lugar do Brasil e acabará com as seções eleitorais? Já existe o voto em trânsito, mas apenas para presidente. Para os outros cargos eletivos, não é possível porque existe o conceito de domicílio eleitoral, segundo o qual se vota em candidatos a governador ou prefeito de seu domicílio, por exemplo. Outra questão é que não se acabará com o conceito de seção eleitoral, uma vez que foi criado para distribuir os eleitores e evitar a concentração de eleitores em uma única seção, o que poderia prejudicar a votação. No futuro, as pessoas poderão votar pela internet ou pelo celular? Segundo o TSE, isso é improvável, não por uma questão de tecnologia, mas sim porque é impossível saber se uma pessoa está ou não sendo coagida a votar em determinado candidato sem a votação presencial em local público. A biometria permite a criação de novas fraudes no processo eleitoral, como votar com dedo de silicone para se passar por outra pessoa? O TSE acredita que isso não acontecerá em razão da fiscalização dentro das seções, pelos fiscais dos partidos. Para o TSE, o mesário ou os fiscais perceberão caso o eleitor tente autenticar a votação com um dedo de silicone. (Fonte: G1)
Compartilhar