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Delineadores Definição: São aparelhos de uso protético que visam determinar paralelismo relativo entre duas ou mais superfícies dentais e/ou anatômicas de um mesmo arco dental. DELINEADORES # Marcas comerciais Ney Company, Bio-Art, DFL, Degussa, Jelenko, Williams, Kruppmodel K3, Nesor model D, Dentaurum Paratherm, Dentaurum Paraline, Paralelômetro Intra-Oral, etc. Todescan, 1996; Kliemann & Oliveira, 1999 DELINEADORES Bio-Art Ney Funções dos delineadores Análise preliminar do modelo de estudo; Determinar um eixo de inserção para a Prótese Parcial Removível; Preparo do modelo para diagnóstico; Preparo de Planos Guia e adequação dos contornos axiais das coroas unitárias ou Próteses Fixas; Construção de partes fêmeas dos encaixes individuais; Frezagem de superfícies metálicas ou cerâmicas; Confecção de guias cirúrgicos para a instalação de implantes. Componentes do delineador Componentes de um delineador: 1.) CORPO (Parte fixa) 2.) PLATINA (Parte móvel) 3.) PONTAS ACESSÓRIAS 1.) CORPO 1.3. Mandril é onde se fixam as pontas acessórias 1.2. Conjunto de hastes: a. Haste horizontal móvel b. Haste vertical fixa c. Haste vertical móvel 1.1. Base horizontal fixa 2.) PLATINA É onde o modelo é fixado. 2.1. Sistema de fixação de modelos 2.2. Junta Universal Parafuso da junta Universal 2.3. Base Plana 3.) PONTAS ACESSÓRIAS 3.1. Analisadora 3.2. Porta-grafite 3.3. Calibradoras de retenção 3.4. Facas para recorte 3.) PONTAS ACESSÓRIAS 3.1. PONTA ANALISADORA Cilíndrica Continuidade ao paralelismo da haste vertical móvel Analisa o paralelismo das estruturas dentais e/ou anatômicas 3.) PONTAS ACESSÓRIAS 3.2. PONTA PORTA-GRAFITE Permite que o equador protético seja traçado nos elementos dentais . 3.) PONTAS ACESSÓRIAS 3.3. PONTAS CALIBRADORAS DE RETENÇÃO 3 diâmetros distintos da extremidade Determinam o grau de retenção Determinam o posicionamento correto do terminal retentivo do braço de retenção 0,25mm 0,5mm 0,75mm 3.) PONTAS ACESSÓRIAS 3.3. FACAS PARA RECORTE Desgastam superfícies mantendo o paralelismo Utilizadas na confecção e planejamento dos planos guia Princípio matemático de funcionamento dos delineadores “ As linhas perpendiculares a um plano são paralelas entre si ” Lei da física haste vertical móvel perpendicular à base horizontal fixa paralela a trajetória de inserção TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO é o caminho que a PPR executa desde o primeiro contato de suas partes rígidas com os dentes de suporte até a sua posição de assentamento final. Trajetória de inserção Superfícies de contato planas e paralelas até o assentamento final da PPR Para se determinar a melhor trajetória de inserção deve-se observar os seguintes fatores: 1.) Retenção retenção equilibrada em todos os dentes pilares 2.) Interferência Ausência de áreas de interferências (osso / mucosa / dentes remanescentes inclinados) 3.) Planos Guia Menos desgaste possível da estrutura dental. 4.) Estética Áreas retentivas onde apareça o mínimo possível de metal (grampos) PLANOS GUIA PLANOS GUIA Superfícies lisas que guiam a prótese ao seu assentamento e retirada; Confeccionados através das facas recortadoras, no modelo, caso haja necessidade (excesso de área retentiva). Superfície de contato friccional estabilidade à protese e ao dente; PLANOS GUIA GUIA DE TRANFERÊNCIA DO PLANO GUIA Auxilia na transferência dos desgastes realizados no modelo para a boca do paciente. PLANOS GUIA PLANOS GUIA PLANOS GUIA PLANOS GUIA PLANOS GUIA Funções Proporcionar um único sentido de direção para inserção e retirada da prótese; Eliminar forças tangenciais nocivas; Proporcionar o princípio biomecânico de reciprocidade; Impedir retenção ou impactação alimentar (ângulo morto). PLANOS GUIA Desgaste até nivelar o guia de resina e o dente Para se determinar a melhor trajetória de inserção deve-se observar os seguintes fatores: 1.) Retenção retenção equilibrada em todos os dentes pilares 2.) Interferência Ausência de áreas de interferências (osso / mucosa / dentes remanescentes inclinados) 3.) Planos Guia Menos desgaste possível da estrutura dental. 4.) Estética Áreas retentivas onde apareça o mínimo possível de metal (grampos) Determinação da trajetória de inserção Métodos para se determinar a trajetória de inserção 1.) Método de Roach ou dos “Três Pontos” 2.) Método das bissetrizes 3.) Método Seletivo de Applegate ou das Tentativas 1.) Método de Roach ou dos “Três Pontos” Baseado no princípio de que 3 pontos formam um plano. Objetivo: Tornar o plano oclusal perpendicular à trajetória de inserção 1.) Método de Roach ou dos “Três Pontos” Considera-se 3 pontos: Maxila Fosseta mesial do 1 o. Molar Superior Direito Fosseta mesial do 1 o. Molar Superior Esquerdo Entre os incisivos centrais, na região palatina, onde os incisivos inferiores fazem contato. 1.) Método de Roach ou dos “Três Pontos” Considera-se 3 pontos: Mandíbula Fosseta mesial do 1 o. Molar Inferior Direito Fosseta mesial do 1 o. Molar Inferior Esquerdo Superfície incisal entre os incisivos centrais 1.) Método de Roach ou dos “Três Pontos” 1.) Método de Roach ou dos “Três Pontos” No caso de ausência de alguma dessas referências, a substituição deve ser feita com um pequeno rolete de cera. 1.) Método de Roach ou dos “Três Pontos” 1.) Método de Roach ou dos “Três Pontos” Método fácil Criticado: Muitas vezes a trajetória de inserção obtida exige um preparo de boca extenso e prejudicial. Muito usado (Infelizmente, na maioria dos casos clínicos não há preparo de boca por omissão dos cirurgiões dentistas) 2.) Método das Bissetrizes. Obtenção da trajetória de inserção através da inclinação dos longo eixos dos dentes de suporte. 2.) Método das Bissetrizes. Obtenção da inclinação antero-posterior: longo eixo dos dentes de suporte 2.) Método das Bissetrizes. Obtenção da inclinação antero-posterior: linhas paralelas ao longo eixo dos dentes de suporte 2.) Método das Bissetrizes. Obtenção da inclinação antero-posterior: Obtém-se as bissetrizes dessas linhas 2.) Método das Bissetrizes. Obtenção da inclinação antero-posterior: longo eixo dos dentes de suporte 2.) Método das Bissetrizes. Obtenção da inclinação antero-posterior: linhas paralelas ao longo eixo dos dentes de suporte 2.) Método das Bissetrizes.Obtenção da inclinação antero-posterior: Obtém-se as bissetrizes dessas linhas 2.) Método das Bissetrizes. Obtenção da inclinação antero-posterior: Transfere-se a bissetriz de um dos lados para o outro lado; Encontra-se a bissetriz dessas bissetrizes B2 = inclinação antero-posterior do modelo 2.) Método das Bissetrizes. Para se obter a inclinação latero-lateral do modelo: longo eixo dos dentes 2.) Método das Bissetrizes. Para se obter a inclinação latero-lateral do modelo: bissetriz dessas bissetrizes inclinação latero-lateral do modelo. 2.) Método das Bissetrizes. Muito trabalhoso; Considera a inclinação de cada dente, mas não considera o contorno da coroa de cada dente; Não considera outras regiões anatômicas de interesse protético. 3.) Método Seletivo de Applegate ou das Tentativas. “Baseia-se no equilíbrio das retenções, planos guia, interferências e estética” O melhor posicionamento será aquele que proporciona maiores vantagens de paralelismo (menor desgaste de planos guia), maior retenção, melhor estética e menos interferências com o rebordo. É um método versátil e adapta-se a qualquer situação clínica. Fixação da trajetória de inserção Fixação da trajetória de inserção Permite que o técnico e/ou o dentista possam rapidamente e precisamente reposicionar o modelo delineado na platina. Há 4 métodos: 1.) Cimentação de uma haste no modelo; 2.) Traços verticais realizados no modelo; 3.) Seleção de 3 pontos; 4.)Traços horizontais no modelo. Fixação da trajetória de inserção 1.) Cimentação de uma haste no modelo Seleção do local a ser perfurado não interfira com o futuro desenho da armação; Cavidade (com broca esférica grande); Haste metálica fixa mandril do delineador; (broca velha sem a ponta ativa) Posiciona-se esta haste na cavidade realizada; Fixa-se a mesma com cimento de fosfato de zinco ou gesso. Fixação da trajetória de inserção 1.) Cimentação de uma haste no modelo É um método muito preciso; A base do modelo deve ser resistente, para permitir a perfuração sem fraturar. Fixação da trajetória de inserção 2.) Traços verticais realizados no modelo; Fixação da trajetória de inserção 2.) Traços verticais realizados no modelo; Fixação da trajetória de inserção 3.) Seleção de 3 pontos. Selecionam-se 3 pontos (um anterior e dois posteriores), que se encontrem na mesma altura no modelo (mesmo plano); Estes pontos formam um plano paralelo no plano horizontal; Demarcar com uma lapiseira o posicionamento preciso dos pontos; Quando reposicionarmos novamente este plano, paralelo ao plano horizontal, haverá sido reestabelecida a mesma posição do modelo. Fixação da trajetória de inserção 3.) Seleção de 3 pontos. selecionar áreas que não serão modificadas pelo preparo da boca. 3 pontos // plano horizontal (base da platina) Fixação da trajetória de inserção 4.) Traços horizontais no modelo. Fixação da trajetória de inserção 4.) Traços horizontais no modelo. Guia de Transferência do Modelo de Estudo para o Modelo de Trabalho Guia de Transferência do Modelo de Estudo para o Modelo de Trabalho É feita para se obter a mesma trajetória de inserção no modelo de estudo e no modelo de trabalho. Guia de Transferência do Modelo de Estudo para o Modelo de Trabalho Técnica desenvolvida pelo Prof. De Fiori Utilizam-se três superfícies oclusais e/ou anatômicas não modificadas durante o preparo de boca; Utiliza-se uma placa acrílica de tamanho suficiente que englobe os três pontos pré-selecionados; Isola-se os três pontos com isolante para resina acrílica; Guia de Transferência do Modelo de Estudo para o Modelo de Trabalho Com um pincel aplica-se resina ativada quimicamente nesses pontos; Adapta-se a placa acrílica sobre esses pontos; Após a polimerização da resina, fixa-se uma haste metálica (presa no mandril do delineador) à placa; O conjunto é removido do modelo de estudo e cuidadosamente posicionado no modelo de trabalho. Guia de Transferência do Modelo de Estudo para o Modelo de Trabalho Guia de Transferência do Modelo de Estudo para o Modelo de Trabalho Linhas Equatoriais Linhas Equatoriais Equador dental: maior diâmetro dental. Divide a superfície dental em duas partes: uma para oclusal, expulsiva outra para gengival retentiva expulsiva retentiva Linhas Equatoriais Equador protético: maior diâmetro dental traçado em função de uma direção de inserção individualizada e pré-estabelecida. Divide as superfícies dentais em duas partes: uma para oclusal, expulsiva; outra para gengival, retentiva. Linhas Equatoriais expulsivo retentivo Equador dental Equador protético X Calibração da Retenção Dependendo da trajetória de inserção escolhida teremos áreas retentivas e expulsivas, que devem ser analisadas dente a dente. Calibração da Retenção Deve-se determinar a localização do braço de ação dos grampo segundo sua capacidade de flexão que vária em função do desenho e da liga utilizada. Braço de oposição não flexível contrapõem e estabilizam a ação do grampo de ação localização : área expulsiva Braço de ação flexível localização: área retentiva Calibração da Retenção Ligas nobres Maior flexibilidade Co-Cr Metais não nobres Pouca flexibilidade Em função das ligas 0,25mm 0,5mm 0,75mm Calibração de áreas menos retentivas Ex. Co-Cr Calibração de áreas mais retentivas Ex. Au Calibração da Retenção > Diametro da secção transversal < flexibilidade Em função do desenho dos braços < Diametro da secção transversal > flexibilidade > Extensão do braço de ação > flexibilidade < Extensão do braço de ação < flexibilidade Calibração da Retenção 0,25mm 0,5mm 0,75mm Calibração de áreas menos retentivas Calibração de áreas mais retentivas Calibração da Retenção 0,75mm 0,5mm 0,25mm Calibração da Retenção “O excesso de retenção, com a entrada e saída forçada do aparelho acaba por provocar mobilidade dos dentes , e a falta de retenção traz como conseqüência a falta de estabilidade” TODESCAN & ROMANELLI (1971) Resumo da aula Definição Tipos de delineadores Função dos delineadores Componentes dos delineadores Princípio de funcionamento dos delineadores Trajetória de inserção Determinação Fixação Guia de transferência (modelo de estudo Modelo de trabalho) Planos Guias Linhas equatoriais Calibração da retenção “Se partirmos de um bom diagnóstico, de um orientado planejamento (...) se nos ocuparmos pessoalmente do desenho do aparelho (...) se prepararmos devidamentea boca do paciente (...) a possibilidade de fracassos se reduzirá notavelmente.” TODESCAN & ROMANELLI (1967) Segundo Mc CRACKEN (1960), na reabilitação de uma boca parcialmente desdentada, a filosofia deveria ser a de prestar serviços visando à saúde bucal, e não meramente a de preencher espaços. Obrigada !
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