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Microbiologia - Resumo III - Princípios de doença e epidemiologia

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Princípios de doença e epidemiologia 
Resumo III – Microbiologia
Tortora
Introdução
Os microrganismos causadores de doenças são denominados patógenos.
Os microrganismos patogênicos têm propriedades especiais que permitam que eles invadam o corpo humano ou produzem toxinas.
Quando um microrganismo supera as defesas do corpo, ocorre um estado de doença.
Patologia, infecção e doença
A patologia é o estudo científico da doença.
A patologia está relacionada com a etiologia (causa), a patogênese (desenvolvimento) e os efeitos da doença.
Infecção é a invasão e crescimento de patógenos no corpo.
Um hospedeiro é um organismo que abriga e sustenta o crescimento de patógenos.
Doença é um estado anormal em que parte ou todo o corpo não está adequadamente ajustado ou é incapaz de realizar as funções normais.
Microbiota normal
Os animais, incluindo os seres humanos, geralmente estão livres de germes intra-útero.
Os microrganismos começam a colonização na superfície e no interior do corpo logo após o parto.
Os microrganismos que estabelecem colônias permanentes dentro ou sobre o corpo sem produzir doença compõem a microbiota (flora) normal.
A flora transitória é composta pelos micróbios que estão presentes por períodos variáveis e então desaparecem.
Relações entre a microbiota normal e o hospedeiro
A microbiota normal pode impedir os patógenos de causarem uma infecção; esse fenômeno é conhecido como antagonismo bacteriano.
A microbiota normal e o hospedeiro existem em simbiose (vivem juntos).
Os três tipos de simbiose são o comensalismo (um organismo se beneficia e o outro não é afetado), mutualismo (ambos os organismos se beneficiam) e parasitismo (um organismo se beneficia e um é lesado).
Microrganismos oportunistas
Os patógenos oportunistas não causam doenças em condições normais, mas causam doença em condições especiais.
Cooperação entre microrganismos
Em algumas situações, um microrganismo torna possível a outro causar uma doença ou produzir sintomas mais graves.
Etiologia das doenças infecciosas
 Os Postulados de Koch
Os postulados de Koch são critérios para estabelecer que um micróbio específico causa uma doença específica.
Os postulados de Koch têm as seguintes exigências:
O mesmo patógeno deve estar presente em todos os casos da doença;
O patógeno deve ser isolado em cultura pura;
O patógeno isolado da cultura pura deve causar a mesma doença em um animal de laboratório saudável, susceptível;
O patógeno deve ser isolado novamente do animal de laboratório inoculado.
 Exceções aos postulados de Koch
Os postulados de Koch são modificados para estabelecer etiologias de doenças causadas por vírus e algumas bactérias, que não podem ser cultivadas em meio artificial.
Algumas doenças, como o tétano, têm sinais e sintomas inequívocos.
Algumas doenças, como a pneumonia e a nefrite, podem ser causadas por uma variedade de micróbios.
Alguns patógenos, como o S. Pyogenes, causam várias doenças diferentes.
Certos patógenos, como o HIV, causam doença somente em seres humanos.
 Classificação das doenças infecciosas
Um paciente pode exibir sintomas (alterações subjetivas nas funções corporais) e sinais (alterações mensuráveis), que um médico usa para fazer um diagnóstico (identificação da doença).
Um grupo específico de sintomas ou sinais que sempre acompanha uma doença é denominado uma síndrome.
As doenças comunicáveis são transmitidas direta ou indiretamente de um hospedeiro para outro.
Uma doença contagiosa é aquela que é facilmente disseminada de uma pessoa para outra.
As doenças não-comunicáveis são causadas por microrganismos que crescem normalmente fora do corpo e não são transmitidos de um hospedeiro para outro.
Ocorrência de uma doença
A ocorrência de uma doença é relatada pela incidência (número de pessoas que contraíram a doença) e pela prevalência (número de casos em um período de tempo específico).
As doenças são classificadas pela frequência de ocorrência: esporádicas, endêmicas, epidêmicas e pandêmicas.
Gravidade ou duração de uma doença
O espectro de uma doença pode ser definido como agudo, crônico, sub-agudo ou latente.
A imunidade grupal é a presença de imunidade a uma doença na maioria da população.
Extensão do envolvimento do hospedeiro
Uma infecção local afeta uma pequena área do corpo; uma infecção sistêmica é disseminada através do corpo pelo sistema circulatório.
Uma infecção secundária pode ocorrer após o hospedeiro ser enfraquecido por um infecção primária.
Uma infecção inaparente ou sub-clínica não causa quaisquer sinais de doença no hospedeiro.
Padrões de doença
 Fatores predisponentes
Um fator predisponente é aquele que torna o corpo mais susceptível á doença ou altera o curso de uma doença.
Os exemplos incluem o sexo, o clima, a idade, a fadiga e a nutrição inadequada.
 O desenvolvimento da doença
O período de incubação é o intervalo de tempo entre a infecção inicial e o surgimento dos primeiros sinais e sintomas.
O período prodrômico é caracterizado pelo surgimento dos primeiros sinais e sintomas leves.
Durante o período de doença, ela está em seu máximo, e todos os sinais e sintomas da doença são aparentes.
Durante o período de declínio, os sinais e sintomas cedem.
Durante o período de convalescença, o corpo retorna a seu estado anterior á doença, e a saúde é restaurada.
Disseminação da infecção
 Reservatórios de infecção
Uma fonte contínua de infecção é denominada reservatório de infecção.
Pessoas que apresentam uma doença ou são portadoras de microrganismos patogênicos são reservatórios humanos de infecção.
As zoonoses são doenças que afetam os animais selvagens e domésticos, e podem ser transmitidas aos seres humanos.
Alguns microrganismos patogênicos crescem em reservatórios inanimados, como o solo e a água.
 Transmissão de doenças
A transmissão por contato direto envolve o contato físico íntimo entre a fonte da doença e o hospedeiro suscetível.
A transmissão por fômites (objetos inanimados) constitui um contato indireto.
A transmissão por saliva ou muco na tosse ou espirro é denominada transmissão por gotículas.
A transmissão por um meio como a água, alimentos ou ar é denominada transmissão por veículo.
A transmissão pelo ar refere-se a patógenos transportados em gotículas de água ou pó a uma distância maior que um metro.
Os vetores artrópodes transportam os patógenos de um hospedeiro para outro por transmissão mecânica e biológica.
 Infecções adquiridas em hospital (nosocomiais)
Uma infecção hospitalar é qualquer infecção adquirida durante uma estadia hospitalar, em casa geriátrica ou outra instalação de cuidados de saúde.
Cerca de 5 a 15% de todos os pacientes hospitalizados adquirem infecções hospitalares.
 Microrganismos em hospitais
Certos micróbios normais são frequentemente responsáveis por infecções hospitalares quando são introduzidos no corpo através de procedimentos médicos como cirurgia e cateterização.
As bactérias gram-negativas oportunistas, resistentes a drogas, são a causa mais frequente de infecções hospitalares.
 O hospedeiro comprometido
Pacientes com queimaduras, ferimentos cirúrgicos e sistemas imunológicos suprimidos são os mais susceptíveis a infecções hospitalares.
 A cadeia de transmissão
As infecções hospitalares são transmitidas por contato direto entre os membros da equipe e o paciente e entre pacientes.
Fômites como cateteres, seringas e dispositivos respiratórios podem transmitir infecções hospitalares.
 O controle das infecções hospitalares
Técnicas assépticas podem prevenir as infecções hospitalares
Os membros da equipe de controle da infecção hospitalar são responsáveis pela verificação da limpeza, armazenamento e manuseio correto dos equipamentos e suprimentos.Doenças infecciosas emergentes
Novas doenças e doenças com incidências crescentes são denominadas doenças infecciosas emergentes (DIEs).
As DIEs podem resultar do uso de antibióticos e pesticidas, alterações climáticas, viagens, a falta de vacinação e da notificação de casos.
Os órgãos CPDC, NIH e OMS são responsáveis pela investigação e respostas ás doenças infecciosas emergentes.
Epidemiologia
A ciência da epidemiologia é o estudo da transmissão, da incidência e da frequência das doenças.
A epidemiologia moderna começou na metade do século XIX, com o trabalho de Snow, Semmelweis e Nightingale.
Dados sobre as pessoas infectadas são coletados e analisados na epidemiologia descritiva.
Na epidemiologia analítica, um grupo de pessoas infectadas é comparado com um grupo não-infectado.
Experimentos controlados criados para testar hipóteses são realizados na epidemiologia experimental.
O relatório compulsório de casos fornece dados sobre a incidência e a prevalência de doenças para os oficiais de saúde locais, estaduais e nacionais.
Os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CPCD) são a fonte principal de informações epidemiológicas dos Estados Unidos.
O CPCD publica o Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade, fornecendo informações sobre a morbidade (incidência) e mortalidade (óbitos).

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