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Medidas de Biossegurança, Precauções Padrão e Medidas de Isolamentos Profa. Ms. Suzyane Cortês Barcelos 1 Biossegurança Hospitalar È um conjunto de ações que os trabalhadores da área de saúde podem realizar para prevenir, diminuir ou eliminar os riscos a que ele possa estar exposto na realização de seu trabalho. Riscos Físicos – São diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som; Riscos Químicos – São as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão; Riscos Biológicos – São as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros; Riscos Biológicos – São riscos oferecidos por diversos tipos de micro-organismos que possam infectar o indivíduo por vias respiratórias, contato com a pele ou ingestão. Riscos Acidentes – Arranjo físico inadequado, Máquinas e equipamentos sem proteção, Ferramentas inadequadas ou defeituosas, Iluminação inadequada, Eletricidade, Probabilidade de incêndio ou explosão, Armazenamento inadequado, Animais peçonhentos, Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes; Riscos Ergonômicos – Esforço físico intenso, Levantamento e transporte manual de peso, Exigência de postura inadequada, Controle rígido de produtividade, Imposição de ritmos excessivos, Trabalho em turno e noturno, Jornadas de trabalho prolongadas, Monotonia e repetitividade, Outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico. Riscos ambientais Risco Profissional x Estabelecimento de saúde Deve-se levar em consideração: Complexidade do estabelecimento Tipo de paciente atendido Função do profissional de saúde Estrutura física do estabelecimento Estrutura tecnológica Risco Biológico x Agentes infecciosos Virais Bacterianos Protozoários Fungos Ectoparasitas Perspectiva Histórica.... Breve Retrospectiva XVII – Peste Negra Idade Média, pandemia que assolou a Europa e dizimou cerca de 25 milhões de pessoas, um terço da população da época. A doença é causada pela Yersinia pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas dos ratos-pretos ou outros roedores. Paramentação médica usada na epidemias de peste na Idade Média Vestimenta de couro - Charles Delome, médico do rei Luiz XIV ASPECTOS HISTÓRICOS 10 Epidemia de cólera em Londres (1984) Ao falar com os residentes locais, com a ajuda do reverendo Henry Whitehead, identificou a fonte do surto como sendo a bomba de água pública na Broad Street, atual Broadwick Street. Cólera SÉCULO XIX – Semmelweis, Pasteur, Lister , Koch e Nightingale 1890 a 1900 – separação de pacientes com patologias distintas. SÉCULO XX – Sistema de cubículos, abertos hospitais de isolamento ( baseava-se em conhecimentos racionais de higiene) Breve Retrospectiva Breve Retrospectiva 1970 – CDC – PRIMEIRO SISTEMA DE ISOLAMENTO (revisado 1975) 7 categorias! Isolamento: Estrito Protetor Ferida e pele Precauções entéricas sangue secreções Centers for Disease Control and Prevention (CDC) agrupamento das doenças em relação ao modo de transmissão 1983 – CDC – GUIA PARA PRECAUÇÕES DE ISOLAMENTOS EM HOSPITAIS (grandes mudanças) Abolido Isolamento PROTETOR Criado Isolamento para Tuberculose Encorajamento à tomada de decisão Individualização/ assistência centrada no paciente não na técnica Nova filosofia: “isolar” doença não o paciente precauções universais (PU): Essas visavam reduzir o risco de transmissão do agente infeccioso aos profissionais de saúde, principalmente os transmitidos pelo sangue 15 1996 – CDC - DESCRIÇÃO DO NOVO SISTEMA Precauções Padrão Precauções por rotas de transmissão Precauções Empíricas 16 17 CADEIA EPIDEMIOLÓGICA O que é necessário para ocorrer uma infecção? Agente infeccioso (fonte de infecção) Transmissão Hospedeiro susceptível Como ocorre a transmissão? Através das mãos dos profissionais; Através do contato com o ambiente; equipamentos, móveis e objetos contaminados; Através do ar; Através do contato com o paciente suas secreções e/ou excreções Precauções padrão..... Instituída para determinados procedimentos e devem ser aplicados a todos os pacientes que recebem cuidados, independente de seu diagnóstico, referem-se a sangue, todos os fluídos corporais, secreções e excreções (exceto suor), pele não integra, membrana e mucosas. PRECAUÇÕES PADRÃO 25 Higiene das mãos Saúde Ocupacional Cuidado com roupas Uso máscara, óculos, protetor ocular Uso de luvas Acomodação do paciente Uso de avental Cuidado com artigos e equipamentos Controle Ambiental Precauções Padrão 26 PRECAUÇÕES PADRÃO 1. HIGIENE DAS MÃOS Antes e após contato com o paciente. Após retirar as luvas. Entre pacientes. Entre procedimentos com o mesmo paciente. Após o contato com sangue, líquidos corporais, e artigos ou equipamentos contaminados. 27 PVPI 28 Antes de contato com o paciente Antes da realização de procedimento asséptico Após contato com o paciente Após risco de exposição a fluidos corporais Após contato com áreas próximas ao paciente 5 momentos para Higienização das Mãos 29 PRECAUÇÕES PADRÃO 2. LUVAS Usar luvas limpas, não estéreis quando existir possibilidade de contato com sangue, líquidos corporais, mucosas, pele não integra e itens contaminados. Retirar as luvas imediatamente após uso. Trocar a luvas entre um paciente e outro, e entre um procedimento e outro no mesmo paciente. 30 PRECAUÇÕES PADRÃO 3. MÁSCARA, PROTETOR OCULAR Usá-los para proteção de mucosa dos olhos, nariz e boca durante a realização de procedimentos e atividades que ofereçam risco de respingos de sangue ou líquidos corporais. 31 PRECAUÇÕES PADRÃO 4. AVENTAL Usar avental limpo, não estéril, para proteger roupas pessoais e superfície corporal. Retirar o avental após o procedimento realizado e lavar as mãos. 32 PRECAUÇÕES PADRÃO 5. CUIDADOS COM OS ARTIGOS E EQUIPAMENTOS DE ASSISTENCIA AO PACIENTE Devem ser manuseados com cuidado, se sujos de sangue ou líquidos corporais, e sua reutilização em outros pacientes deve ser precedida de limpeza e desinfecção ou esterilização. 33 34 PRECAUÇÕES PADRÃO 6. CONTROLE AMBIENTAL Estabelecer e garantir procedimentos de rotina adequada para limpeza e descontaminação das superfícies ambientais na presença de sangue e líquidos corporais. 35 36 ALCOOL GEL 37 38 PRECAUÇÕES PADRÃO 7. CUIDADOS COM ROUPAS Manipular, transportar e processar as roupas sujas, de forma a prevenir a exposição da pele e mucosas, e a contaminação de roupas pessoais. Utilizar sacos impermeáveis para evitar extravasamento e contaminação de superfícies ambientais. 39 PRECAUÇÕES PADRÃO 8. SÁUDE OCUPACIONAL Prevenir acidente pérfuro-cortante. Não retirar agulhas usadas das seringas, não dobrá-las e nunca reencapá-las. O descarte desses materiais deve ser feito em recipientes apropriados e resistentes. 40 41 42 43 Lavagem exaustiva com água e sabão em caso de exposição percutânea; Uso de solução antisséptica degermante (PVP-I e clorexidina) pode também ser recomendado; Após exposição de mucosa, recomenda-se lavagem exaustiva água ou solução fisiológica; Procedimentosque aumentam a área exposta: cortes, injeções locais e a utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito, glutaraldeído, são contra-indicados. Em casos de acidentes: O que fazer? 44 45 AVALIAR: Volume de sangue; Profundidade da lesão; Quantidade de vírus circulante. Critérios de gravidade nos casos de acidente 46 Ideal 1-2h após o acidente; Não é eficaz quando iniciada 24-36h após o acidente. Duração de 4 semanas Quimioprofilaxia 47 Avaliação de quimioprofilaxia para HIV 48 PRECAUÇÕES PADRÃO 9- ACOMODAÇÃO ADEQUADA DO PACIENTE Usar quarto privativo quando o paciente não for capaz de manter sua higiene pessoal e do ambiente. Nas situações em que não for possível o quarto privativo, a UVE/CCIH deve ser consultada para avaliação dos riscos e definir alternativas. 49 50 52 Medidas de Isolamento Quando e como usá-las? 53 PRECAUÇÕES POR MODO DE TRANSMISSÃO Estas precauções são destinadas para pacientes conhecidos ou suspeitos de estarem infectados com microorganismos de alta transmissibilidade ou epidemiologicamente importantes. 55 PRECAUÇÃO AÉREA Reduzir o risco de transmissão de agentes infecciosos por via aérea, a qual ocorre através de disseminação de partículas (menores do que 5 micras) evaporadas de gotículas, que podem permanecer suspensas no ar por longos períodos de tempo ou por partículas de poeira que contêm agentes infecciosos. Sarampo, Varicela (herpes zoster) e Tuberculose Localização do Paciente (Categoria IB) Colocar o paciente em quarto privativo que possua: pressão negativa do ar em relação às outras áreas vizinhas; que permita 6 a 12 trocas de ar por hora; descarte do ar adequado para fora do hospital ou filtração adequada do ar antes que o mesmo retorne às outras áreas. A porta deve ser mantida fechada. Caso seja inviável o quarto privativo, o paciente deve ser colocado junto a outro paciente com infecção ativa pelo mesmo agente. 57 Recommendations of CDC and the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC) U.S. Department of Health and Human Services Centers for Disease Control and Prevention (CDC/2003 PRECAUÇÃO AÉREA Proteção Respiratória (Categoria IB) Usar proteção respiratória adequada ao entrar no quarto do paciente. Indivíduos suscetíveis a sarampo e varicela não devem entrar em quarto de pacientes com suspeita destas infecções. Transporte do Paciente (Categoria IB) O paciente deve permanecer no quarto. Caso haja necessidade de sair, o mesmo deve usar apenas a máscara cirúrgica 59 Precaução por Aerossóis 60 PRECAUÇÕES POR GOTÍCULAS Reduzir o risco de transmissão de agentes infecciosos através de gotículas de secreção respiratória. Envolve contato com conjuntiva, mucosa oral ou nasal de pessoas suscetíveis com gotículas grandes , maior do que 5 micras. Localização do Paciente (Categoria IB) Colocar o paciente em quarto privativo. Se não for possível, colocar pacientes com mesmo microorganismo em um mesmo quarto. Caso ainda não seja possível, manter um espaço mínimo de 1,5m entre o paciente infectado e os outros pacientes e visitantes. Não será necessário controle de pressão do ar. A porta pode permanecer aberta. PRECAUÇÕES POR GOTÍCULAS Uso de Máscaras (Categoria IB) Usar máscara quando a distância do paciente for menor que 1,5m. Transporte do Paciente (Categoria IB) Se houver necessidade, o paciente ao sair do quarto ou enfermaria deverá usar máscara cirúrgica, para evitar a dispersão de gotículas de secreção respiratória. 62 PRECAUÇÕES POR CONTATO SÃO DESTINADAS A REDUZIR O RISCO DE TRANSMISSÃO DE PATÓGENOS QUE SE TRANSMITEM POR CONTATO DIRETO OU INDIRETO. Colocação do Paciente (Categoria IB) colocar o paciente em quarto privativo. Se não for possível, colocar pacientes com mesmo microorganismo em um mesmo quarto. Caso ainda não seja possível, manter contato com profissional da CCIH para alternativas adequadas. 66 Luvas e Lavagem das Mãos (Categoria IB) Usar luvas sempre que entrar no quarto Usar luvas ao manusear o paciente, trocá-las ao contato com material infectado que contenha altas quantidades de microorganismos (fezes, drenagem de pele). Retirar as luvas antes de sair do quarto e lavar as mãos com sabão antimicrobiano. Após a lavagem das mãos não tocar em mais nada no quarto. PRECAUÇÕES POR CONTATO 67 PRECAUÇÕES POR CONTATO Avental (Categoria IB) Usar avental toda vez que for exercer atividades com possibilidade em que suas roupas terão contato com o paciente, superfícies, ou itens no quarto do paciente. Retirar o avental antes de sair do quarto. 68 PRECAUÇÕES POR CONTATO Transporte do Paciente (Categoria IB) Se for necessário a saída do paciente, verifique se as medidas de precaução estão mantidas, para minimizar o risco de infecção. Equipamentos e Instrumentos (Categoria IB) Preferencialmente, equipamentos de uso individual 69 PRECAUÇÕES POR CONTATO 72 73 75 LEMBRE-SE: É IMPORTANTE USAR CORRETAMENTE OS EPI Obrigada!!!! PRECAUCÕES PADRÃO – PARA TODOS OS PACIENTES
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