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CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO Pós-Graduação em Gestão Econômica, Financeira e Contábil (Lato-Sensu) Plínio Damião Ferreira COMPARATIVO DE GESTÃO FINANCEIRA NACIONAL E INTERNACIONAL São Paulo 2014 2 PLÍNIO DAMIÃO FERREIRA COMPARATIVO DE GESTÃO FINANCEIRA NACIONAL E INTERNACIONAL São Paulo 2014 Monografia apresentada ao Centro Universitário Ítalo Brasileiro de São Paulo (UniÍtalo) como pré-requisito para a obtenção de Certificado de Conclusão de Curso de Pós-graduação (Lato-Sensu), na área de Gestão Econômica, Financeira e Contábil. Orientadora: Profª. Drª. Dirce Encarnacion Tavares. 3 FOLHA DE APROVAÇÃO COMPARATIVO DE GESTÃO FINANCEIRA NACIONAL E INTERNACIONAL Monografia apresentada à banca do Centro Universitário UniÍtalo à Av. João Dias, no. 2046, dia: 01/02/2014. São Paulo, 02 de Fevereiro de 2014 . Banca Examinadora Profª. Drª. Dirce Encarnacion Tavares São Paulo 2014 Orientadora: Profª. Drª. Dirce Encarnacion Tavares. 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho em especial , a minha mãe pelo amor incondicional Modesta Ferreira Leite 5 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar ao nosso Senhor Jesus Cristo, por me dar saúde e entendimentos para buscar os meus objetivos. A minha orientadora Profª Drª Dirce Encarnacion Tavares Aos meus colegas de classe ao corpo docente da faculdade diretamente ou indiretamente por compartilhar comigo dos seus conhecimentos. 6 EPÍGRAFE A gestão financeira , e a arte ou ciência de saber identificar e empregar meios disponíveis para atingir determinados valores, porém há oposições , obstáculos paradigmas para serem quebrados 7 RESUMO Os Estados Unidos da América é um dos países que buscou os primeiros estudos na área da pesquisa científica, sendo o país que mais investe em pesquisas de contabilidade em gestão financeira. Já a Grã-Bretanha, país considerado o berço da contabilidade. É um país com tradição de liderança, profissionalismo, transparência e organização e exportou seu modelo para vários países: Austrália, Nova Zelândia, Hong-Kong, Canadá, Índia, Cingapura, Malásia, Quênia, Nigéria, Nova Guiné, África do Sul. Existem países da América do sul de demandam de um estudo comparativo de gestão. Na Alemanha, importante país da Europa Continental, juntamente com a França, as relações comerciais prestigiam o governo em detrimento aos investidores privados, onde há uma necessidade da contabilidade estar aderente com critérios fiscais. No Comparativo de gestão econômica contábil nacional e internacional diz que a contabilidade e seu ambiente no Brasil até a década de 70, foi marcada pela forte influencia fiscal. O presente trabalho tem por objetivo principal dar uma visão geral sobre o comparativo da gestão financeira nacional e internacional pela análise das situação econômicas e financeiras, com a descrição dos indicadores através de um estudo comparativo. A metodologia da pesquisa utilizada foi comparativa, extraída de pesquisas na internet, livros e artigos científicos sobre contabilidade internacional. No Comparativo de gestão econômica contábil nacional e internacional. Com os dados obtidos, pode-se concluir que o método comparativo entre a economia nacional e as principais economias mundial mostrou-se bastante eficaz para o entendimento do modelo nacional. Palavras-chave: Comparações; Gestão Financeira; nacional e internacional 8 ABSTRACT The United States is one of the countries that sought the first studies in the field of scientific research, being the largest investor in research in financial accounting management. Have Britain, the country considered the birthplace of accounting. It is a country with a tradition of leadership, professionalism, transparency and organization and its model exported to many countries: Australia, New Zealand, Hong Kong, Canada, India, Singapore, Malaysia, Kenya, Nigeria, New Guinea, South Africa There countries of South America require a comparative study of management. In Germany, important country in continental Europe, along with France, trade relations prestige to the government rather than to private investors, where there is a need to be adhered to tax accounting criteria.Comparative national and international economic management accounting view say that following: Accounting and its environment in Brazil until the 70s was marked by strong fiscal influences. This work has as main objective to give an overview of the comparative national and international financial management by the analysis of economic and financial situation, with the description of the indicators through a comparative study. The research methodology used was comparative, drawn from research on the internet, books and scientific articles on international accounting. Comparative national and international economic management accounting. With the data obtained, it can be concluded that the comparative method between the national economy and major global economies proved to be very effective for understanding the national model Keywords: Comparative of Financial Management 9 Sumário 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11 1.1 Justificativa ...................................................................................................................................... 13 1.2 Problema ......................................................................................................................................... 13 1.3 Objetivos ............................................................................................. Erro! Indicador não definido. 1.3.1 Gerais .............................................................................................. Erro! Indicador não definido. 1.3.2 Específicos ...................................................................................... Erro! Indicador não definido. 1.4 Hipótese ............................................................................................. Erro! Indicador não definido. 2 METODOLOGIA ................................................................................................................................. 16 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................................... 17 3.1 Fusões entre empresas no Brasil.................................................................................................... 17 3.2 Comparativo de gestão ................................................................................................................... 18 3.3 A Contabilidade Frente Às Mudanças ............................................................................................. 18 3.4 Demonstrações Contábeis, Especificamente O Balanço Patrimonial ............................................ 193.4.1 Na escrituração contábil ............................................................................................................... 19 3.4.2 Na elaboração e publicação das Demonstrações Contábeis ...................................................... 20 3.5 Balanço Patrimonial ........................................................................................................................ 20 3.6 Primazia da essência sobre a forma ............................................................................................... 22 3.6.1 Aspectos Positivos ....................................................................................................................... 22 3.7 A credibilidade da Contabilidade brasileira .................................................................................... 23 3.8 A educação contábil no Brasil. ........................................................................................................ 24 3.9 Sistema financeiro brasileiro ........................................................................................................... 27 3.10 Dados gerais sobre a economia ................................................................................................... 28 3.10.1 Rateio dos impostos no Brasil .................................................................................................... 32 3.10.2 Créditos e financiamentos .......................................................................................................... 41 3.10.3 Bolsas de mercadoria e futuros ................................................................................................. 45 4 CONCLUSÕES .................................................................................................................................. 48 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 50 10 Lista de Figuras Figura 1 Moedas do Real, retirada do site// www.bcb.gov.br/) ............................................................. 37 Figura 2 Organograma do Sistema Financeiro Nacional ...................................................................... 44 Figura 3 Organograma da Comissão de Valores Mobiliários .............................................................. 46 11 1 INTRODUÇÃO Os Estados Unidos da América é um dos países que buscou os primeiros estudos na área da pesquisa científica, sendo o país que mais investe em pesquisas de contabilidade em gestão financeira. A Grã-Bretanha, país considerado o berço da contabilidade. É um país com tradição de liderança, profissionalismo, transparência e organização e exportou seu modelo para vários países: Austrália, Nova Zelândia, Hong-Kong, Canadá, Índia, Cingapura, Malásia, Quênia, Nigéria, Nova Guiné, África do Sul. Existem países da América do sul de demandam de um estudo comparativo de gestão. Na Alemanha, importante país da Europa Continental, juntamente com a França, as relações comerciais prestigiam o governo em detrimento aos investidores privados, onde há uma necessidade da contabilidade estar aderente com critérios fiscais. Na França há uma dualidade de demonstrações financeiras: Plano contábil fortemente legalista. O plano foi inspirado no modelo alemão durante a ocupação nazista, continua tendo o mesmo modelo de controle. No Japão, até a Segunda Guerra Mundial, o controle da gestão financeira japonesa era feita pelos “Zaibatsu” controlavam a economia japonesa. Após a invasão americana, foi feita uma reforma estrutural na gestão financeira econômica japonesa, houve a criação da lei antimonopólio. Com a retirada americana, entretanto, voltaram os “Keiretsu”, então voltou a prática dos antigos “Zaibatsu”, porém com uma moderna e sofisticada em termos de conglomerados. Já a Holanda é um país pequeno, mas se destacou na economia mundial na história do passado por ter sido notável em desenvolvimentos de atividades marítimas. O principio da contabilidade no Brasil, surgiu da escola italiana ate a década de 70,que no nosso pais teve a tendência do modelo baseado da Europa continental, tinha como França ,Alemanha, Itália, Japão, Bélgica, Espanha, países comunistas (EUROPA ORIENTAL), tendo em vista, que maioria dos países da América do Sul utilizava deste modelo de gestão nas suas contabilidades. Porém, haveria a necessidade de uma regulamentação das demonstração contábil, no nosso país, pois a escola italiana tem uma teoria que diz tudo é permitido, especialmente se é proibido, vale ressaltar que o Japão também utilizar do modelo anglo-saxão, a Holanda, mesmo sendo próxima da Alemanha, tende a utilizar mais o 12 modelo britânico, países escandinavos, tem luz própria não sendo classificáveis num ou noutro grupo segundo afirma Walton (2003). A contabilidade é uma ciência social aplicada, sendo fortemente influenciada no ambiente em que atua. Sendo “linguagem dos negócios”, é utilizada pelos agentes econômicos que buscam informações para avaliação dos riscos e oportunidades. Relatórios contábeis devem ser cada vez mais globalizados, mais a linguagem não é homogênea pois cada pais tem suas praticas contábeis própria a visão de Niyama(2005). Porém após a década de 70 a origem da contabilidade nacional passou a adotar o modelo de influência da escola norte americana isto ocorreu principalmente após a criação da lei nº 6.404/76). Década de 80: Queda do regime militar, nova Constituição Federal e a criação dos bancos múltiplos.Plano Real de 1994- impactos no sistema Financeiro Nacional, havendo a necessidade de uma nova adquadação no mercado financeiro nacional, pais com uma instabilidade monetária, inflação em alta desemprego, um pais sem credibilidade internacional, regulamentação editada por organismos governamentais como CVM, BC, SUSEP, ANATEL, ANEEL, entre outros. A influência dos órgãos de classe ou institutos representativos da profissão é relativamente fraca na definição de normas contábeis no Brasil. Historicamente a contabilidade brasileira mostra forte vinculação com escrituração como consequência da formação da educação constituída por cursos de nível secundário (técnicos) e, a partir de 1946 superior. A expressão “ princípios contábeis”constou originalmente da circular 179/72 do BC e da resolução 321/72 do CFC,mas ninguém definiu o que e quais são tais princípios. O ambiente da gestão financeira no Brasil, desenvolvimento histórico é recente, referente a contabilidade de gestão financeira no Brasil (década de 70): Obrigatoriedade de auditoria independente para as companhias abertas; Padronização do Banco Central do Brasil a estruturação das demonstrações contábeis; Influencia da escola Norte-americana /76. 13 A análise da evolução da história da contabilidade brasileira, norte americana e internacional se fez importante, para se identificar quais os fatos, eventos, pessoas,organizações, entre outros, que tiveram influência na evolução histórica do pensamento contábil e da profissão contábil,chegando ao atual estágio da contabilidade, a fim de verificar os pontos importantes que contribuem para o pensamento contábil atual. 1.1 Justificativa O intuito deste projeto de pesquisa científica, é apresentar um trabalho baseado em pesquisas, já elaboradas por gestores, em outras universidades nacionais e internacionais, as quais desenvolveram conceitos fundamentados em análises financeiras. Uma das preocupações é fazer uma observaçãocriteriosa nestes trabalhos já elaborados por estes gestores, que por sua vez já tem até mesmo artigos publicados acerca de gestão financeira. Buscou-se fazer uma mesclagem entre estas pesquisas já realizadas por outras instituições. 1.2 Problema Os negócios envolvendo fusões e aquisições no Brasil totalizaram R$ 52,6 bilhões no primeiro semestre, volume 36,4% menor do que no mesmo período de 2011, segundo a Anbima (Associação Nacional das Entidades do Mercado de Capitais). A queda é atribuída, em parte, a readaptação do mercado à criação em maio do novo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), além das consequências da crise internacional. A avaliação da Anbima é que na nova lei trouxe a maior segurança jurídica na área de defesa da concorrência, mais a ampliação do seu escopo e a introdução da análise prévia ao anúncio das operações geraram algumas incertezas, especialmente em relação aos prazos para a aprovação das negociações é a efetivação das operações. O problema: Quais os riscos das fusões, cisões e incorporações? Pode-se perceber que: Quando no início da crise do mercado internacional, houve 14 uma grandes formação de fusões, cisões e incorporações principalmente no mercado brasileiro o problema estava, na maneira como estas empresas estavam usando de estratégia para se libertarem dos seus comprometimentos de ordens municipais, estaduais e federais porque ao fazerem estes tipos de negociações, estas empresas, muitas vezes, até mesmo declaravam falências para com isto estarem negativando ou negando de pagarem funcionários, fornecedores, e órgãos de outras competências legais que estas empresas deixavam de honrarem seus compromissos, então ouve uma grande demanda das empresas internacionais em migrarem para o Brasil com este intuito,porque não havia um órgão regulamentado neste segmento de negócio. Com a criação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Pode-se criar uma norma que regulamentasse estes tipos de negócios, inibindo então estas posturas que muitas vezes estes negócios eram realizados somente para as empresas não honrarem com seus compromissos, desta maneira ouve uma contribuição para uma estabilidade econômica e não uma especulação por isto houve uma diminuição nestes tipos de negociações, não havendo mais negociação sem haver uma lei de regulamentação. 1.3 Objetivos O presente trabalho tem por objetivo principal dar uma visão geral sobre o comparativo da gestão financeira nacional e internacional pela análise das situação econômicas e financeiras, com a descrição dos indicadores através de um estudo comparativo. 1.3.1 Gerais Visualizar de uma forma geral a Gestão Financeira Comparativa entre a Gestão Nacional e Internacional; Analisar a estrutura comparativa entre as duas gestões 1.3.2 Especificos 15 Verificar o comparativo da gestão financeira nacional e internacional; Distinguir entre a gestão comparativa; Definir os países escolhidos para o estudo comparativo. 1.4 Hipotese Este trabalho tem por hipótese a viabilidade da comparação entre as gestões financeiras nacional e internacional. 16 2 METODOLOGIA A metodologia da pesquisa utilizada foi comparativa, extraída de pesquisas na internet, livros e artigos científicos sobre contabilidade internacional. No Comparativo de gestão econômica contábil nacional e internacional conforme mostra Niyama (2005), A contabilidade e seu ambiente no Brasil até a década de 70, foi marcada pela forte influencia fiscal. Em 1976, foi criada CVM e editada a lei nº 6.404/76.crescimento econômico x inflação crescente marcaram essa década ao final, a maxi-desvalirizaçao cambial trouxe efeitos danosos para a contabilidade brasileira. Observando partes da contabilidade internacional Niyama (2005), serão citados os itens de suma importância para o aprendizado de pesquisa cientifica comparativa. Sistema financeiro brasileiro Na Década de 80 e 90: a CVM editou a Instrução 84, que determina a elaboração de demonstrações financeiras em moeda constante e o CFC editou a solução 750 estabelecendo os princípios fundamentais de contabilidade. A evolução histórica da contabilidade nos Estados Unidos da América será a primeira a ser discutida, pois apresenta a história mais longa e com fatos marcantes que influenciaram não só a contabilidade naquele pais, mais que tiveram repercussão nos demais países; além de ser o primeiro pais onde surgiu a discussão e emissão de uma Estrutura Conceitual de contabilidade financeira, objeto deste trabalho, comparativo de gestão financeira nacional e internacional. 17 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 Fusões entre empresas no Brasil No Comparativo de gestão econômica contábil nacional e internacional a vista de Niyama (2005), diz o seguinte: A contabilidade e seu ambiente no Brasil até a década de 70, foi marcada pela forte influencia fiscal. Em 1976, foi criada CVM e editada a lei nº 6.404/76.crescimento econômico x inflação crescente marcaram essa década ao final, a maxidesvalorização cambial trouxe efeitos danosos para a contabilidade brasileira. Ainda Niyama (2005), o estudo da contabilidade internacional é de suma importância para o aprendizado de pesquisa cientifica comparativa. Na Década de 80 e 90: a CVM editou a Instrução 84 determinando a elaboração de demonstrações financeiras em moeda constante e o CFC editou a solução 750 estabelecendo os princípios fundamentais de contabilidade. Os negócios envolvendo fusões e aquisições no Brasil totalizaram R$ 52,6 bilhões no primeiro semestre, volume 36,4% menor do que no mesmo período de 2011, segundo a Anbima (Associação Nacional das Entidades do Mercado de Capitais). A queda é atribuída, em parte, a readaptação do mercado à criação em maio do novo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), além das consequências da crise internacional. A avaliação da Anbima é que na nova lei trouxe a maior segurança jurídica na área de defesa da concorrência, mais a ampliação do seu escopo e a introdução da análise prévia ao anúncio das operações geraram algumas incertezas, especialmente em relação aos prazos para a aprovação das negociações é a efetivação das operações. Onde pode-se questionar por exemplo: quais os riscos das fusões,cisões e incorporações? Como exemplo, quando no início da crise do mercado internacional, houveram grandes fusões, cisões e incorporações, principalmente no mercado brasileiro, o problema estava na maneira como estas empresas estavam usando de estratégia para se libertarem dos seus comprometimentos de ordens municipais, 18 estaduais e federais porque ao fazerem estes tipos de negociações, estas empresas, muitas vezes declaravam falências, para com isto estarem negativando ou negando o pagamento dos funcionários, fornecedores, e órgãos de outras competências legais que estas empresas deixavam de honrar seus compromissos. Então ouve uma grande demanda das empresas internacionais no sentido de migrarem para o Brasil com este intuito, porque não havia um órgão regulamentado neste segmento de negócio. Com a criação do CADE(Conselho Administrativo de Defesa Econômica) foi possível criar uma norma que regulamentasse estes tipos de negócios, inibindo então estas posturas que muitas vezes estes negócios eram realizados só para as empresas não honrarem com seus compromissos, desta maneira ouve uma contribuição para uma estabilidade econômica e não uma especulação e comisto houve uma diminuição destes tipos de negociações 3.2 Comparativo de gestão Com a internacionalização da economia e a perspectiva de um único mercado, tem evidenciado a necessidade de desenvolver um sistema de informação que harmonize as práticas contábeis e que seja compatível para seus diversos usuários e interesses. Foi nesse ambiente que os padrões internacionais de contabilidade foram fortalecidos, e a busca pela convergência das praticas contábeis brasileiras pelas praticas contábeis internacionais se fez necessária. 3.3 A Contabilidade Frente Às Mudanças A Contabilidade caminha junto com o mercado econômico, por isso está sempre em constante mudança, em decorrência da mundialização dos mercados. No entanto, sua principal finalidade ainda permanece, conforme Ludícibus (2000, p. 20): “sua finalidade é prover os usuários dos demonstrativos financeiros com informações que os ajudarão a tomar decisões”. No entanto, a Contabilidade já não 19 é só considerada como mero instrumento decisório, mas como informações que possam ser vistas e entendidas internacionalmente. Assim com a aprovação da Lei 11638/07, é que de fato se consagrou a convergência, pois a mesma veio para alinhar as práticas contábeis do Brasil ao cenário internacional, de forma que a divulgação das demonstrações contábeis sejam padronizadas, em linguagem especificas e fácil, dentro de uma estrutura transparente direcionada aos interessados As mudanças que a Lei 11638/07, introduziu no país seguem os padrões do IASB (International Accounting Standards Board), órgão internacional que emite normas e pronunciamentos internacionais de Contabilidade, que são as IFRS (International Financial Reporting Standards), contudo compete aos Órgãos Nacionais a normalizar de forma mais detalhadas de tais regras. Deste modo as principais modificações ocorreram nas: Há Demonstrações Contábeis, especificamente na estrutura do Balanço Patrimonial e no critério de avaliação da contas patrimoniais em relação a “primazia da essência sobre a forma”. 3.4 Demonstrações Contábeis, Especificamente O Balanço Patrimonial 3.4.1 Na escrituração contábil Após a elaboração das demonstrações contábeis, deverão ser feitos alguns ajustes para atender ao fisco, fazendo registros em livros auxiliares. Conforme a CVM, em Comunicado ao mercado2 em janeiro deste ano (2008), “Foi criada uma nova possibilidade, além da originalmente prevista em lei societária, de segregação entre a escrituração mercantil e a escrituração tributária,....”. Conforme o artigo 177, parágrafo 2º inciso II da Lei 11638/07: II – no caso da elaboração das demonstrações para fins tributários, na escrituração mercantil, desde que sejam efetuados em seguida lançamentos contábeis adicionais que assegurem a preparação e a divulgação de demonstrações financeiras com observância do disposto no caput deste artigo, 20 devendo ser essas demonstrações auditadas por auditor independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários. 3.4.2 Na elaboração e publicação das Demonstrações Contábeis A Lei nº11638/07, ampliou a abrangência da Lei nº. 6404, estendendo às sociedades de grande porte, questões relativas à elaboração e divulgação das demonstrações contábeis, bem como da obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na CVM. Deste modo foi incluída no rol das demonstrações obrigatórias para publicação a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) em substituição da Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos (DOAR), e a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), para as Sociedades Anônimas de capital aberto. No entanto, em relação às Sociedades Anônimas de capital fechado não estão obrigadas a elaborar a Demonstração do Valor Adicionado. Destacamos que: “Excepcionalmente, para o exercício de 2008, a Demonstração de Fluxo de Caixa e a Demonstração do valor adicionado, poderão ser divulgadas sem a indicação de valores correspondente ao ano anterior.” 3.5 Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial foi segregado em circulante e não circulante, já regularizado pela instrução da CVM nº 488. E que sofreu alterações em sua estrutura, principalmente no Ativo Permanente e no Patrimônio Líquido. A CVM (Comissão de Valores Mobiliário) criada em 1976 e editada a Lei nº 6.404/76.O objetivo da CVM Comissão de Valores Mobiliário, esse convenio foi criado para estreitar o relacionamento Institucional entre a CVM e o MPF (Ministério Público Federal) e dar maior agilidade e efetividade as ações tanto na prevenção e apuração como na repressão as praticas ao mercado de capitais, antes e reconhecida pelo mercado e seus agentes como um ”xerife”, em razão de seu trabalho de fiscalização e punição de irregularidade no âmbito administrativo . 21 Em relação ao Ativo Permanente, no que se refere à estrutura, sofreu um deslocamento dos bens intangíveis, que antes eram classificados na categoria de Ativo Imobilizado, agora estão em categoria própria, em “Ativo Intangível”, conforme artigo 178, parágrafo 1º, alínea “c”, da Lei 116383 porém já regulada pela deliberação da CVM nº488/2005. O Patrimônio Liquido sofreu maiores mudanças, a conta de “reservas de reavaliação” foi extinta, criou-se a conta de “ajustes de avaliação patrimonial”, que agruparão as contrapartidas referentes a aumentos ou diminuições de valor tanto do Ativo quanto do Passivo em decorrência de avaliações a preço de mercado; já a conta de “lucros e prejuízos acumulados” para “prejuízos acumulados”, não desapareceu totalmente, apenas deixou de permanecer no Balanço Patrimonial, de modo que todo o resultado deverá ser destinado; houve também a inclusão das “ações em tesouraria”. Além dessas alterações a lei 11638/07, criou também a “Reserva de Incentivos Fiscais”, que poderá ser realizada por parcela do lucro líquido que decorrer de doações ou subvenções governamentais para investimentos, 22 conforme o artigo 195-A da referida podendo assim ser excluída da base de cálculo dos dividendos obrigatórios. A nova lei das sociedades por ações em relação aos critérios de avaliação do ativo estão disciplinados no artigo 183 da Lei 11638/07, em relação ao Ativo Financeiro, mas precisamente os títulos e valores mobiliários, devem ser avaliados pelo valor de mercado ou de aquisição. Já o passivo, especificamente as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo deverão ser ajustados a valor presente. 3.6 Primazia da essência sobre a forma Embora já estivesse mencionada nos Princípios Fundamentais de Contabilidade e pela Deliberação nº488/05 da CVM, veio de forma mais atuante frente à nova lei. Assim, para se classificar um item como Ativo, Passivo ou Patrimônio Liquido deverá levar em consideração a essência das transações para que ela se sobreponha à sua forma legal. De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, no Pronunciamento Conceitual (item 51, p.16-17): Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio liquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal. 3.6.1 Aspectos Positivos A alteração legal levará a uma harmonização entre as normas contábeis nacionais com as internacionais, e deste modo o “grau de transparência” nas demonstrações contábeis permitirá uma maior credibilidade entre os mercados, pois refletirá a real situação econômica das empresas. Assim, uma mesma prática contábil, sendo aplicada em vários mercados, possibilitará que a divulgação sobre a situaçãopatrimonial e financeira seja mais compreensível, ou seja, tornará mais fácil o entendimento pelos diversos usuários. Desta forma, a divulgação de demonstrações transparentes, conforme Madeira (2004), “Aumentam o nível de 23 confiança do público em geral, e essa é uma questão essencial no mercado de capitais”, pois assim reduz as incertezas fortalecendo o mercado interno e servira de estímulo para o ingresso de recursos externos no país. A CVM, em comunicado ao mercado, considera que: “... a Lei 11638/07, ao possibilitar essa convergência internacional, irá permitir, no futuro, o beneficio do acesso das empresas brasileiras a capitais externos a um custo e a uma taxa de risco menor”. Com a adoção de normas padronizadas o custo das transações internacionais será reduzido, pois serão confeccionadas uma única demonstração atendendo tanto o mercado interno como o externo. Na educação profissional de Contabilidade tenderá a reestruturação, em face da Lei 11638/07, enquadrando as novas normas contábeis ao processo educacional. Contudo, conforme estudo, acredita-se na valorização do profissional de Contabilidade em face da adoção da lei, tendo em vista às novas tendências e procedimentos que o mesmo terá que adotar e deste modo, conforme, Eliseu Martins, em entrevista feita ao Jornal Valor Econômico 3.7 A credibilidade da Contabilidade brasileira Diante desse novo cenário econômico-social que estamos vivendo, com suas novas exigências, e principalmente com o advento da Lei 11638/07, percebe-se a mudança de foco da Contabilidade brasileira com o abandono da normalização Norte-Americana para o ingresso das normas contábeis internacionais que é de origem Europeia. Em relação ao Balanço Patrimonial, foco do presente estudo, com sua nova estrutura e métodos de avaliação visou a transparência e a essência dos fatos, pois as normas de contabilidade brasileira são muito formais, deste modo não retratando de maneira tão evidente sobre a realidade patrimonial e financeira de uma entidade quanto pela norma internacional, por isso ser internacionalmente aceita. Entendendo desta forma, que a profissão do Contador passa a ser mais respeitada, pois deste modo, reduz a objetividade que estamos acostumados e aumentando a boa formação de julgamentos por parte dos Contadores. 24 Do mesmo modo, com a obrigatoriedade de publicação de novas demonstrações contábeis, como o DVA e o DFC, que também aumenta o nível de transparência e confiabilidade, características essenciais no mercado de capitais Considera-se que as alterações que a Lei 11638/07 trouxe benefícios a esse mercado e a classe contábil, mas que de certa forma, as empresas enfrentarão muitos desafios durante a sua implementação. 3.8 A educação contábil no Brasil. Entendemos que a influência a qualidade da educação da informação e o sistema contábil, como contabilidade forte x países sem essa tradição: contabilidade fraca conforme (KATSUMI, 2005). A principio, pode-se iniciar com uma abordagem de Severino (2007), sobre Educação Superior, buscando entender melhor, como que e feito um trabalho de pesquisa científica, na pós graduação. Observando partes do livro serão mencionando alguns itens de grande importância para os iniciantes em pesquisa de Metodologia Cientifica, em parte da universidade, em se tornar ciência e formação acadêmica. As condições específicas do ensino superior é que constituem o contexto para o desenvolvimento do trabalho científico. O ingresso no curso superior implica uma mudança substantiva na forma como professores e alunos devem conduzir os processos de aprendizagem. Mudança muito mais de grau do que de natureza, pois todo ensino e toda aprendizagem, em qualquer nível e modalidade, depende das mesmas condições. No entanto, embora sendo essas condições comuns a todo ato de ensino/aprendizagem, a sua implementação no ensino superior precisa ser intencionalmente assumida e efetivamente praticada, sob pena de comprometer o processo, fazendo o perder sua consistência e eficácia. O ensino superior, tal qual se consolidou historicamente, na tradição ocidental, visa atingir três objetivos,que são obviamente articulados entre si. O primeiro objetivo é o da formação de profissionais de diferentes área aplicadas, mediante o ensino/aprendizagem de habilidades e competências técnicas. O segundo objetivo é o da formação do cientista mediante a disponibilização dos métodos e conteúdos de conhecimento das diversas especialidades do 25 conhecimentos; O terceiro objetivo é aquele referente a formação do cidadão, pelo estímulo de uma tomada de consciência, por parte do estudante, do sentido de sua existência histórica, pessoal e social. Neste objetivo está em pauta levar o aluno a entender sua inserção não só em sua sociedade concreta mais também no seio da própria humanidade. Trata se de despertar no estudante uma consciência social, o que se busca fazer mediante uma série de meditações pedagógicas presentes nos currículos escolares e na interação educacional que, espera-se, ocorra no espaço/tempo universitário. Ao se propor atingir esses objetivos, a educação superior expressa sua destinação ultima que é contribuir para o aprimoramento da vida humana em sociedade. A universidade, em seu sentido mais profundo, deve ser entendida como uma entidade que, funcionária do conhecimento, destina –se a prestar serviço a sociedade no contexto da qual ela se encontra situada... Esse compromisso da educação, em geral, e da Universidade, em particular, com a construção de uma sociedade na qual a vida individual seja marcada pelos indicadores da cidadania, e a vida coletiva pelos indicadores da democracia, tem sua gênese e seu fundamento na exigência ética-política da sociedade que deve existir entre os homens e a própria dignidade humana que exige que garanta a todos eles o compartilhar dos bens naturais, dos bens sociais e dos bens culturais. O que se espera é que no limite, nenhum ser humano seja degradado no exercício do trabalho, seja oprimido em suas relações sociais ao exercer sua sociabilidade ou seja alienado no usufruto dos bens simbólicos, na vivencia cultural. Para dar conta desse compromisso, a Universidade desenvolve atividades especificas, quais sejam, o ensino, a pesquisa e a extensão. Atividades essas que devem ser efetivamente articuladas entre si, cada uma assumindo uma perspectiva de prioridade nas diversas circunstâncias histórico-sociais em que os desafios humanos são postos. No entanto, no âmbito universitário, dada a natureza especificada de seu processo, a educação superior precisa ter na pesquisa o ponto básico de apoio e de sustentação de suas outras duas tarefas,o ensino e a extensão, De modo geral, a educação pode ser mesmo conceituada como o processo mediante o qual o conhecimento se produz ,se reproduz, se conserva, se sistematiza, se organiza, se transmite e se universaliza, disseminando seus 26 resultados no seio da sociedade. Esse tipo de situação se caracteriza então, de modo radicalizado, no caso da educação universitária. No entanto, a tradição cultural brasileira privilegia a condição da universidade como lugar de ensino, entendido e sobre tudo praticado como transmissão de conteúdos acumulados de produtos do conhecimento. Mas apesar da importância dessa função, em nenhuma circunstância pode –se deixar de entender a Universidade igualmente como lugar priorizado da produção do conhecimento. A distinção entre as funções de ensino, de pesquisa e de extensão, no trabalho universitário, é apenas umaestratégia operacional, não sendo aceitável conceber-se os processos de transmissão da ciência e da socialização de seus produtos, desvinculados de seu processo de geração. É assim que a própria extensão universitária deve ser entendida como o processo que articula o ensino e a pesquisa, enquanto interagem conjuntamente, criando um vinculo fecundante entre a Universidade e a sociedade, no sentido de levar a esta a contribuição do conhecimento para sua transformação. Ao mesmo tempo que a extensão, enquanto ligada ao ensino, enriquece o processo pedagógico, ao envolver docentes, alunos, e comunidade num movimento comum de aprendizagem, enriquece o processo político ao se relacionar com a pesquisa, dando alcance social à produção do conhecimento. Na Universidade, ensino, pesquisa e extensão efetivamente se articulam, mais a partir da pesquisa, ou seja: só se aprende, só se ensina, pesquisando; só se presta serviços à comunidade, se tais serviços nascerem e se nutrirem da pesquisa. Observando parte da nova padronização da contabilidade internacional (gestão financeira), dentro do comparativo de gestão financeira, pude com isto ter um amplo horizonte no que diz respeito a transparência das demonstrações financeiras, assim como fica mais fácil visualizar situações de impairment test, contabilização do GoodWill, Capital Intelectual, Notas Explicativas, Ativos intangíveis entre outros, todas estas maneiras de buscarmos estes conhecimentos ficou mais acessíveis com a padronização internacional, principalmente após a lei 11638/07,Há uma tendência de valorização dos profissionais contadores, gestores, e controleis, pude observar que há um caminho mais fácil para ser percorrido para quem atua nestas área de negócios. 27 3.9 Sistema financeiro brasileiro Formado por mais de 2.300 instituições financeiras em funcionamento, entre as quais, pelo menos, 150 bancos múltiplos e comerciais, com ativos totais superiores a R$ 3 trilhões e 85 milhões de contas movimentadas, o sistema financeiro brasileiro tem a estabilidade entre suas mais relevantes características. Adaptados as normas prudenciais mais rígidas que o padrão mundial, os bancos do País conseguiram atravessar crises financeiras internacionais com indicadores saudáveis. Entre setembro de 2008 e setembro de 2010, por exemplo, o volume total de crédito do sistema cresceu 39,8%. Novas injeções de capital e bons níveis de lucro mantiveram o setor em uma posição confortável de solvência, mesmo com a ampliação dos financiamentos .A solidez do sistema financeiro brasileiro é, em boa parte, resultado de uma gestão macroeconômica comprometida com a estabilidade. O País está empenhado há anos em manter a inflação sob controle e executar políticas econômicas equilibradas. Entre estas políticas podem ser citadas: a consolidação dos sistemas de metas para a inflação e de câmbio flutuante, a acumulação de reservas internacionais, um sistema de supervisão eficiente por parte das autoridades governamentais e a prática de uma política fiscal responsável. Desde 2003, o Banco Central do Brasil (BCB) vem cumprindo as metas de inflação fixadas pelo CMV. No mesmo período, as reservas em moedas fortes do País quadruplicaram e ultrapassam a faixa dos US$ 250 bilhões. No final de 2007, o Brasil passou de devedor a credor líquido internacional e seguiu como um dos principais destinos de investimentos estrangeiros entre as economias emergentes, apesar da instabilidade nos mercados internacionais. A produção sistemática de superávits primários nas contas públicas vem permitindo a manutenção da dívida pública interna em trajetória sustentável e tendência de que dano longo prazo. Seu perfil também melhorou, reduzindo a exposição do País a riscos externos. A estrutura atual é também resultado de um processo de fortalecimento institucional e regulatório. A formação do sistema financeiro brasileiro começou em 1808, através da fundação da primeira instituição financeira nacional, o Banco do Brasil – na época, uma das poucas instituições da espécie no mundo, ao lado do Ricks Banck, da Suécia (1694) e do Banco de França (1800). Nas décadas de 1950, 1960 e 1970, novas instituições e estruturas de regulação foram criadas, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), hoje entre as maiores agências 28 de fomento do mundo, e o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), dedicado a financiamentos imobiliários. Também foram instituídos o Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão federal superior responsável pela fixação das diretrizes da política monetária brasileira, o Banco Central, encarregado de sua execução, além da regulação e supervisão do sistema financeiro, e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), dedicada à regulação e supervisão do mercado de capitais. O presente texto traz informações sobre a estrutura do Sistema Financeiro do Brasil, suas principais normas de funcionamento e seu sistema de supervisão. Também oferece uma breve descrição das políticas públicas recentes que levaram o Brasil a reduzir suas vulnerabilidades externas e fortalecer seu mercado financeiro interno. 3.10 Dados gerais sobre a economia A moeda corrente do nosso país é o real, porém esta mesma moeda já se utilizou de vários nomes no decorrer de sua existência. Tiveram nomes como Reis, Cruzados Cruzeiro, Cruzeiro novos conversões como URVs até chegar no Real, entre outros nomes já utilizados. O Real hoje se encontra como uma moeda forte com grande poder de compra no mercado internacional, devido as providência tomadas pelo governo brasileiro em se empenhar cada vez mais para que o nosso pais possa gozar deste privilegio, da nossa moeda se tornar cada vez mais forte a níveis de padrão internacional. A moeda Real (símbolo R$) coeficiente de gini: 0,55 (2009) principais indústrias: aço, minério de ferro, carvão, máquinas, armamento, têxteis vestuário, petróleo, cimento, produtos químicos, fertilizantes, produtos de consumo, incluindo calçados, brinquedos e eletrônicos; transformação de alimentos, equipamentos de transporte, incluindo automóveis, veículos ferroviários e locomotivas, navios e aeronaves; eletrônica; equipamento de telecomunicações, imóveis, turismo Principais produtos agrícolas produzidos: café, laranja, cana de- açúcar (produção de açúcar e álcool), soja, tabaco, milho, mate. Principais produtos da pecuária: carne bovina, carne de frango, carne suína Principais minérios produzidos: ferro, alumínio, manganês, Magnesita e estanho. Comércio Exterior: Países de quem o Brasil mais importou (2010): China, Argentina e Estados Unidos. Países para onde o Brasil mais exportou (2010): a 29 China, Estados Unidos e Argentina. Principais produtos exportados pelo Brasil (2010): minério de ferro, ferro fundido e aço; óleos brutos de petróleo; soja e derivados; automóveis; açúcar de cana; aviões; carne bovina; café e carne de frango. Principais produtos importados pelo Brasil (2010): petróleo bruto; circuitos eletrônicos; transmissores/receptores; peças para veículos, medicamentos; automóveis, óleos combustíveis, gás natural e motores para aviação. O Ministério da Fazenda é o órgão que formula e executa a política econômica brasileira. Sua área de atuação abrange assuntos diversos, dentre os quais se destacam: moeda, crédito e instituições financeiras; política e administração tributária; administração financeira e contabilidade pública; dívida pública; negociações econômicas internacionais; preços em geral; tarifas públicas e administradas; fiscalização e controle do comércio exterior; e acompanhamento da conjunturaeconômica. Além dos órgãos de assistência direta e imediata, o Ministério da Fazenda do Brasil é composto por cinco secretarias: Tesouro Nacional (STN), Receita Federal do Brasil (SRFB), Política Econômica (SPE), Acompanhamento Econômico (SEAE) e Assuntos Internacionais (SAIN). O Tesouro Nacional é o órgão central do Sistema de Administração Financeira Federal e do Sistema de Contabilidade Federal, tendo como principais missões a gestão eficiente do caixa da União e a transparência do gasto público. Dentre outras funções, cabe ao Tesouro Nacional gerenciar a Conta Única, que acolhe todas as disponibilidades financeiras da União; subsidiar a formulação da política de financiamento da despesa pública; administrar os haveres financeiros e mobiliários; além de administrar a dívida pública federal. No contexto atual de metas fiscais para receitas e despesas da União, a programação financeira busca, entre outros objetivos, compatibilizar o ritmo de execução das despesas aos níveis projetados e realizados de receitas. No âmbito da programação financeira, um dos principais instrumentos de controle das finanças públicas é a Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil. Ela foi criada para substituir mais de cinco mil contas bancárias governamentais, permitindo o controle mais eficaz do fluxo de caixa do Governo. Com isso, é possível acompanhar todas as movimentações financeiras federais, integrando cinco mil unidades gestoras, com cerca de 34.000 usuários, executores de despesas dos orçamentos Fiscal e de Seguridade Social O Tesouro Nacional também é responsável pelo controle e administração da dívida pública federal, seja mobiliária (em títulos) ou contratual, 30 interna ou externa, centralizando em uma única unidade governamental a responsabilidade pelo gerenciamento de todos os compromissos do Governo Federal. Para gerir a dívida pública mobiliária federal e a dívida externa, o Tesouro Nacional possui uma estrutura institucional de gerenciamento de dívida pública em linha com as melhores práticas internacionais. A estrutura é distribuída em três coordenações sob a supervisão da Subsecretaria da Dívida Pública do Tesouro Nacional. As coordenações - CODIV - Coordenação Geral de Controle da Dívida Pública; COGEP – Coordenação Geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública; e CODIP - Coordenação Geral de Operações da Dívida Pública – separam as atribuições do órgão por funções, dados os diferentes objetivos e responsabilidades dos gestores de dívida pública. Dentre os instrumentos divulgados pelo Tesouro Nacional com objetivo de dar transparência e previsibilidade à gestão da dívida pública, destacam-se: Plano Anual de Financiamento da Dívida Pública (PAF), Relatório Anual da Dívida Pública (RAD), Relatório Mensal da Dívida Pública (RMD) e o Cronograma Mensal de Leilões. O PAF estabelece claramente as diretrizes a serem seguidas e as metas a serem alcançadas ao longo do ano, referentes à administração da dívida pública interna e externa. O documento contém os objetivos gerais, a estratégia de gestão e os instrumentos de atuação da dívida pública, permitindo aos agentes econômicos obterem maior grau de informação para que possam tomar suas decisões de investimento. O objetivo estabelecido para a gestão da Dívida Pública Federal é suprir de forma eficiente as necessidades de financiamento do governo federal, ao menor custo de financiamento no longo prazo, respeitando se a manutenção de níveis prudentes de risco. Adicionalmente, busca-se contribuir para o bom funcionamento do mercado de títulos públicos brasileiro. O RAD e o RMD são documentos elaborados com o objetivo de prestar contas à sociedade em geral. O RAD apresenta uma retrospectiva do gerenciamento da dívida pública ocorrido no ano anterior, confrontando os resultados alcançados com as metas estipuladas no PAF. O RMD, por sua vez, é divulgado mensalmente, contendo o balanço do gerenciamento da dívida pública. Por sua vez, o Cronograma Mensal de Leilões, divulgado no último dia útil do mês anterior, define as características gerais dos leilões da dívida interna, tais como a data e o tipo (emissão, troca ou resgate antecipado), além de estipular o montante máximo 31 agregado a ser emitido ao longo do mês. O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em parceria com a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BMF&BOVESPA). O programa tem como objetivo democratizar o acesso a investimentos em títulos federais, incentivar a formação de poupança de longo prazo e facilitar o acesso às informações sobre a administração e a estrutura da dívida pública federal brasileira. Por meio do Tesouro Direto o investidor pode comprar os títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, reduzindo seus custos. Com apenas R$ 100,00, qualquer pessoa pode iniciar uma aplicação, sem precisar sair de casa, pois as transações podem ser feitas pela Internet. Os títulos têm baixo custo, alta rentabilidade e liquidez semanal. Sempre que precisar, o investidor poderá resgatar os títulos antes do vencimento pelo seu valor de mercado, uma vez que o Tesouro Nacional garante a recompra dos títulos todas as quartas-feiras. No Tesouro Direto, o próprio investidor gerencia seus investimentos, que podem ser de curto, médio ou longo prazo. Assim, ele pode adequar as suas necessidades de acordo com as diversas possibilidades de prazos e de tipos de título, obtendo rentabilidades prefixadas, atreladas à inflação ou à taxa de juros Selic. O rendimento da aplicação em títulos públicos é bastante competitivo se comparado com as outras aplicações financeiras de renda fixa existentes no mercado. As taxas de administração e de custódia são baixas e o Imposto de Renda só é cobrado no momento da venda ou vencimento do título. A consolidação do programa pode ser observada pelo número de investidores cadastrados, que já ultrapassou a marca de 190.000, além do crescente volume de vendas, evidenciando o sucesso deste importante instrumento que democratiza a formação da poupança. É a instituição responsável pela arrecadação e fiscalização da maior parte dos tributos de competência da União, incluindo os previdenciários, os que incidem sobre o comércio exterior e uma parte significativa das contribuições sociais. O órgão também auxilia o Governo Federal na formulação da política tributária, além de atuar na prevenção e combate à sonegação fiscal, ao contrabando, descaminho, à pirataria, à fraude comercial, ao tráfico drogas e de animais em extinção e outros atos ilícitos relacionados ao comércio internacional. A Receita Federal do Brasil é composta por unidades distribuídas por todo o território nacional. As informações fiscais dos contribuintes, que no Brasil estão constitucionalmente protegidas por sigilo, ficam armazenadas em sistemas informatizados seguros, que permitem o 32 cruzamento de dados, facilitando não apenas a fiscalização, mas também o desempenho da economia através da arrecadação tributária. Dentro da meta de profissionalização e transparência de sua atuação, a Receita Federal conta com um quadro funcional bastante especializado, selecionado a partir de concursos públicos. Aduana é o nome dado às unidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil que exercem a fiscalização e o controle das mercadorias e viajantes no momento da entrada ou saída do território nacional. A atuação da Aduana visa promover simultaneamente o comércio internacional, bem como garantir a proteção da economia brasileira contra a concorrência desleal, que tenta se utilizar de ilícitoscomo o contrabando e o descaminho para obter vantagem comercial. No Brasil, parte das receitas arrecadadas pela União é repassada aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. 3.10.1 Rateio dos impostos no Brasil O rateio da receita proveniente da arrecadação de impostos entre os entes federados representa um mecanismo fundamental para amenizar as desigualdades regionais, na busca incessante de promover o equilíbrio socioeconômico entre Estados e Municípios. Cabe ao Tesouro Nacional efetuar as transferências desses recursos aos entes federados, nos prazos legalmente estabelecidos. Dentre as principais transferências da União para os Estados, o DF e os Municípios, previstas na Constituição, destacam-se: o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE); o Fundo de Participação dos Municípios (FPM); o Fundo de Compensação pela Exportação de Produtos Industrializados (FPEX) ; o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); e o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR). No Brasil, existem também as transferências voluntárias, que e Municípios em decorrência da celebração de convênios, acordos, ajustes ou outros instrumentos similares cuja finalidade é a realização de obras e/ou serviços de interesse comum e coincidente às três esferas do Governo. Criado em 2006, o Simples Nacional é um regime tributário bastante simplificado que favorece as microempresas e as empresas de pequeno porte. A microempresa (ME) é aquela 33 que, no ano anterior, obteve receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00. Já a empresa de pequeno porte (EPP) é aquela que no ano anterior, teve receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00. Na prática, o regime previsto na Constituição Federal visa incentivar os pequenos empreendedores simplificando e facilitando suas obrigações com os fiscos de todas as esferas de governo. O pequeno empresário faz um recolhimento único que compreende tributos federais estaduais e municipais. A mesma lei que instituiu o regime também estabeleceu que as microempresas e as empresas de pequeno porte fossem privilegiadas nas licitações públicas quando oferecem igualdade de condições comerciais na oferta de bens e serviços. A iniciativa governamental do Simples Nacional tem contribuído de maneira bastante considerável para a redução da economia informal e para a melhoria do ambiente de negócios no país. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece uma série de normas fiscais para os três entes da federação brasileira. Entre várias determinações, a Lei criou restrições para endividamento de estados e municípios, limitou a ação do Banco Central no financiamento do déficit público e impôs o controle dos gastos públicos, condicionando-os à capacidade de arrecadação. Com isso, a LRF provocou uma mudança substancial na maneira como é conduzida a gestão financeira dos três níveis de governo. A lei obriga ainda que as finanças sejam apresentadas detalhadamente ao Tribunal de Contas (da União, do Estado ou do Município). Tais órgãos podem aprovar as contas, ou não. Em caso das contas serem rejeitadas, é instaurada uma investigação em relação ao Poder Executivo em questão, podendo resultar em multas ou mesmo na proibição de tentar disputar novas eleições. Embora seja o Poder Executivo o principal agente responsável pelas finanças públicas e, por isso, o foco da Lei de Responsabilidade Fiscal, os Poderes Legislativo e Judiciário também são submetidos à norma. Compete à Secretaria de Política Econômica (SPE) a assessoria do Ministro da Fazenda na formulação, proposição, acompanhamento e coordenação da política econômica. Dentre outras funções, a SPE também propõe diretrizes de curto, médio e longo prazo para a política fiscal e o acompanhamento de sua evolução. Elabora também propostas de políticas públicas nas áreas agrícola, tributária, cambial, comercial, tarifária e de crédito, previdência complementar, seguros, níveis de emprego e renda. Também é de responsabilidade da SPE o acompanhamento da evolução dos indicadores 34 econômicos nacionais, incluindo a definição dos parâmetros macroeconômicos utilizados na elaboração do Orçamento Geral da União. A SPE dispõe em sua página na internet de um anuário estatístico, periodicamente atualizado contendo os principais dados sobre a economia brasileira. O Orçamento público federal brasileiro é único e anual. Assim como em vários países, ele não é uma peça fixa e obrigatória, e pode ser alterado, mediante autorização do Congresso Nacional, que possui uma Comissão Especial, formada tanto por deputados como senadores, apenas para tratar do assunto. No Brasil, a preparação do orçamento federal começa com a proposição do Plano Plurianual (PPA), um planejamento de longo prazo (quatro anos) dos projetos prioritários para o País. Por ser uma peça de prazo maior, ela ultrapassa mandatos presidenciais, perdendo validade no segundo ano após a posse de cada presidente da República. Após a aprovação do PPA pelo Congresso, o governo tem até o dia 15 de abril de cada ano para enviar aos deputados e senadores a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), peça de validade anual que determinará os projetos prioritários do período e que tem como função balizar o orçamento financeiro como um todo. O parlamento tem até o dia 17 de julho para aprovar a proposta. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) é o orçamento financeiro do Brasil. Pela Constituição Federal, ele tem que ser encaminhado pelo governo federal para o Congresso Nacional até o dia 31 de agosto, ou quatro meses antes do final do ano. O documento estima o volume das receitas federais para o ano e fixa as despesas, podendo os parlamentares incluírem novas despesas desde que comprovem recurso disponível dentro do orçamento. Além dos gastos com o funcionamento da máquina pública, o orçamento federal brasileiro também inclui o orçamento de investimentos e o orçamento da seguridade social. O Congresso tem até o último dia do ano para aprovar a Lei orçamentária. Em seguida, o documento segue para sanção presidencial, onde ainda pode ser alterado antes de ser oficializado. A cada dois meses, o governo federal é obrigado a anunciar o acompanhamento da execução do orçamento para a população. No Brasil, cada ente federativo tem total independência para elaborar seu próprio orçamento local, com base no modelo federal, e seguindo as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal É de responsabilidade da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) propor, coordenar e executar as ações do Ministério relativas à gestão das políticas de regulação de mercados, de concorrência e de defesa da ordem econômica. Nesse sentido, dentre outras funções, ela emite pareceres 35 econômicos relativos a atos de concentração, realiza análises econômicas de práticas ou condutas limitadoras da concorrência, bem como investigações de atos ou condutas limitadores da concorrência. Dentre suas principais atribuições encontra-se o acompanhamento e a implantação dos modelos de regulação e gestão desenvolvidos pelas agências reguladoras, pelos ministérios setoriais e pelos demais órgãos afins. A SEAE tem autoridade para se manifestar, dentre outros aspectos, sobre os reajustes e das revisões de tarifas de serviços públicos e de preços públicos, sobre processos licitatórios que envolvam a privatização de empresas pertencentes à União, e sobre a evolução dos mercados, especialmente no caso de serviços públicos sujeitos aos processos de desestatização e de descentralização administrativa.A SEAE também procura promover o funcionamento adequado do mercado, acompanhando e analisando a evolução de variáveis de mercado relativas a setores e produtos, bem como a execução da política nacional de tarifas de importação e exportação, com autoridade para tomar medidas pertinentes caso considere necessárias. Além disso, propõe, avalia e analisa a implementação das políticas de desenvolvimento setorial e regional, e formula representação, perante o órgão competente, quando identificada norma ilegal ou inconstitucional que tenha caráter não competitivo. A Secretaria de Assuntos Internacionais acompanha o andamento das negociações econômicas e financeiras com governos e entidades estrangeiras ou internacionais. Também é de sua responsabilidade a análise das políticas dos organismos financeiros internacionais e das instituições internacionais. Também participa e avalia as negociações comerciais do país relativas ao MERCOSUL e demais blocos econômicos, como a Organização Mundial do Comércio (OMC). O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, constituindo-se no principal executor das diretrizes do Conselho Monetário Nacional, sendo responsável por assegurar o poder de compra da moeda nacional e a estabilidade do sistema financeiro. Possui autonomia de atuação e seu presidente possui status de autoridade ministerial. O Banco Central funciona como o “banco dos bancos”. Ele é a entidade criada para atuar como órgão executivo central do Sistema Financeiro Nacional (SFN). É responsável pela formulação, a execução e o controle das políticas monetária, cambial, de crédito e de relações financeiras com o exterior. 36 O Bacen também é o responsável pela organização, disciplina e fiscalização do Sistema Financeiro Nacional; pela gestão do Sistema de Pagamentos Brasileiro e dos serviços do meio circulante. Cabe ainda ao Banco Central a administração das reservas internacionais. A Constituição Federal de 1988 estabeleceu dispositivos importantes para a atuação do Banco Central, dentre os quais destacam-se a competência exclusiva da União para emitir moeda e a exigência de aprovação prévia, pelo Senado Federal, dos nomes indicados à instituição. No caso brasileiro, o Banco Central possui funções adicionais, como a administração das reservas internacionais do País e a condução da política cambial. Além dessas, o BACEN é o banco do Tesouro Nacional, que ali mantém a chamada Conta Única. Todavia, o Banco Central é proibido, pela Constituição Federal. A partir de 1999 o Banco Central passou a seguir o regime de Metas para a Inflação. Desde então, as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado composto pelos diretores e pelo presidente do BC, têm como objetivo cumprir as metas estabelecidas pelo taxa básica de juros (taxa Selic). O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é um conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e operações integrados que, por meio eletrônico, dão suporte à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado brasileiro, tanto em moeda local quanto estrangeira, visando a maior proteção contra rombos ou quebra em cadeia de instituições financeiras. No Brasil, são utilizadas as mais avançadas tecnologias para acompanhar o fluxo de pagamentos nacional. O país participa do seleto grupo de países que monitoram, em tempo real, as reservas de seus bancos. Dessa forma, evita turbulências que possam dificultar o funcionamento do sistema financeiro e da economia, reduzindo os riscos das transações para todos aqueles que recebem pagamentos e transferências em geral. Um dos destaques do sistema de pagamentos é denominado Transferência Eletrônica Disponível (TED). Por meio dessa forma de pagamento, o cidadão comum tem a possibilidade de transferir recursos de sua conta corrente para a conta de outra pessoa em banco diferente do seu, em agência de qualquer localidade do país, sendo o recurso imediatamente disponibilizado para o destinatário. A liquidação em tempo real, operação por operação, é utilizada inclusive nas operações com títulos públicos federais. Atualmente, o volume de recursos que circula eletronicamente no SPB é tão grande que, a cada dois meses, é equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) do país. Assim como em vários países, o Banco Central do Brasil tem entre suas atribuições a 37 regulamentação do mercado de câmbio e o monitoramento de suas operações. O Banco Central divulga por meio de sua página na internet, e em publicações, diversas informações referentes ao mercado de câmbio, tais como cotações de moedas, volume de ingressos, volume de saídas, dados dos recursos e investimentos brasileiros no exterior e outras. Para exercer essa função, o Banco Central dispõe de competências estabelecidas em lei e na Constituição Federal. Há também regulamentações do mercado de câmbio que exigem diretrizes estabelecidas e aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Assim como em vários países, o Banco Central do Brasil tem entre suas atribuições a regulamentação do mercado de câmbio e o monitoramento de suas operações. O Banco Central divulga por meio de sua página na internet, e em publicações, diversas informações referentes ao mercado de câmbio, tais como cotações de moedas, volume de ingressos, volume de saídas, dados dos recursos e investimentos brasileiros no exterior e outras. Para exercer essa função, o Banco Central dispõe de competências estabelecidas em lei e na Constituição Federal. Há também regulamentações do mercado de câmbio que exigem diretrizes estabelecidas e aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A Figura 1 mostra as cédulas de moedas do Real. Figura 1 Moedas do Real Visando à transparência da atuação do Banco Central para a sociedade, todos os meses a instituição divulga quatro notas econômico financeiras à imprensa: a Nota de Política Fiscal, a Nota do Setor Externo, a Nota de Política Monetária e 38 Operações de Crédito e a Nota de Mercado Aberto, as três primeiras inclusive por meio de entrevistas coletivas. Na Nota de Política Fiscal, a sociedade tem acesso a dados contábeis do setor público não financeiro (governo central, governos regionais e empresas estatais). Assim, as informações divulgadas informam o grau de endividamento dos entes públicos, a evolução e gerenciamento da dívida pública. Na Nota do Setor Externo são descritas todas as transações financeiras internacionais do País. O documento detalha informações sobre investimentos estrangeiros diretos feitos no País, remessas de recursos para o exterior, saldos da balança comercial, transferências unilaterais, entre outros. O nível das reservas internacionais e a composição da dívida externa também fazem parte do relatório. A Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro agrega os resultados sobre operações de crédito, os quais permitem dimensionar o mercado de crédito no País, apresentando, para as diversas modalidades de empréstimos, dados referentes às taxas médias de juros, spreads, volumes negociados, prazos e inadimplência. Neste documento, também é avaliada a liquidez da economia, por intermédio da avaliação do volume de moeda em circulação na economia e das origens de sua expansão. Adicionalmente, o Banco Central também publica, mensalmente, a Nota de Mercado Aberto, com informações detalhadas sobre as operações de mercado aberto conduzidas por essa Autarquia em sua função de gerenciar a liquidez da economia e sobre a negociação de títulos públicos federais no mercado secundário. Confiabilidade das Estatísticas A qualidade técnica das estatísticasbrasileiras é atualmente reconhecida como uma das mais sofisticadas, transparentes e confiáveis entre o grupo dos países em desenvolvimento. O país está posicionado no topo do ranking criado pelo International Institute of Finance (IIF), que avalia a qualidade das informações oferecidas aos investidores. A lista contém 38 indicadores, e o Brasil está incluído em todos eles. A liderança foi obtida após as áreas de relações com investidores do Tesouro Nacional e do Banco Central atenderem a 100% dos 44 requisitos de transparência do IIF. O ranking consolidou ainda mais a tradição do Brasil em qualidade de estatísticas, o que gerou um crescimento do número de visitas de outros governos ao País para conhecerem os sistemas utilizados e também as metodologias empregadas. Hoje,esses sistemas permitem um elevado grau de planejamento de receitas e despesas nacionais em níveis financeiros, monetários, mobiliários e econômicos. Também propiciam um maior grau de transparência e contato com investidores e com a sociedade em 39 geral, além da mídia, que tem acesso a todos os dados disponibilizados com, no máximo, 30 dias de defasagem e participa de entrevistas coletivas periódicas com analistas responsáveis, habilitados a elucidar todas as solicitações de informações. É comum ouvir de analistas e investidores internacionais que as estatísticas brasileiras constituem um valioso ativo institucional. Além da evolução e dos investimentos nas instituições oficiais para melhorar a qualidade das estatísticas nacionais, os altos padrões que o Brasil tem hoje são também conseqüência de um passado de crises financeiras e econômicas, que funcionaram como um incentivo para o desenvolvimento de sistemas especiais para monitorar e controlar a economia durante os períodos difíceis. Atualmente, estes sistemas permitem ao País um sofisticado planejamento econômico-financeiro. Há três fontes principais de dados institucionais no país: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e o Banco Central do Brasil (Bacen). 99 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (www. ibge.gov.br) - São mais de cem índices calculados pelo Instituto. Entre eles, destacam-se os do Produto Interno Bruto, Inflação, Censo, Pesquisa de Orçamento Familiar, Safra Agrícola, Produção Industrial, Formação Bruta de Capital Fixo, Exportação, Importação e Carga Tributária. O IBGE integra hoje os principais conselhos mundiais e fóruns internacionais nas áreas de geociências e estatísticas, como o Instituto Pan-americano de Geografia e História (vinculado à Organização dos Estados Americanos) e a Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (ONU). A autonomia do trabalho do instituto é comprovada e a independência para a realização das pesquisas e a divulgação dos dados é total. As informações de conjuntura, por exemplo, são comunicadas ao governo federal com apenas duas horas antes de serem comunicadas à imprensa e à sociedade. A Secretaria do Tesouro Nacional é responsável por todos os dados fiscais e relativos à dívida pública federal, divulgados mensalmente. Além disso, disponibiliza online e em tempo real o resultado de cada leilão de títulos do Tesouro. As estatísticas são detalhadas ao público por meio da Coordenadoria de Planejamento Estratégico da Dívida. O Banco Central do Brasil produz mensalmente milhares de estatísticas financeiras, monetárias, cambiais e macroeconômicas, entre dados individuais, séries temporais e informações comparativas. Informações detalhadas sobre o mercado financeiro e de capitais, o balanço de pagamentos, dados de conjuntura, reservas internacionais estão entre 40 elas, que ficam disponíveis à sociedade pela página na internet. O relacionamento constante com investidores propicia o constante aprimoramento do sistema de estatísticas da instituição. Outro produto inovador é a pesquisa Focus, que semanalmente divulga uma média das expectativas do mercado sobre várias indicadores da economia, tais como inflação e crescimento. Feita por meio de um sistema específico de levantamento de informações junto aos investidores e analistas de mercado, teve sua metodologia aplicada em países como Argentina, Colômbia, México, Chile e China. Atualmente, o sistema financeiro brasileiro conta com cinco bancos públicos, que são utilizados pelo governo para auxiliar a implementação financeira das políticas públicas, principalmente as sociais. Fundado em 1808, o Banco do Brasil é uma instituição financeira constituída na forma de sociedade de economia mista, com participação da União em pouco mais de 60% das ações. A empresa possui mais de 15 mil pontos de atendimento distribuídos pelo país, entre agências e postos, sendo que 95% de suas agências possuem salas de autoatendimento (são mais de 40 mil terminais), que funcionam além do expediente bancário. Além das opções de acesso via internet, telefone e telefone celular, o Banco do Brasil também está presente em mais de 21 países estrangeiros. A instituição não atua apenas como banco múltiplo tradicional. É também o principal operador da política oficial de crédito rural do governo federal, e é o responsável pelo pagamento e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da União, pela aquisição e financiamento dos estoques de produção exportável e pelo agenciamento dos pagamentos e recebimentos feitos fora do País. É o principal recebedor dos créditos do Tesouro Nacional e de quaisquer entidades federais. O Banco do Brasil é, atualmente, o maior banco da América Latina. A CEF é o principal instrumento financeiro do governo para políticas públicas sociais. Em paralelo, a instituição também é autorizada a atuar nas áreas de atividades relativas a bancos comerciais, sociedades de crédito imobiliário e de saneamento e infraestrutura urbana, além de prestação de serviços de natureza social, delegada pelo Governo Federal. Suas principais atividades estão relacionadas à captação de recursos em cadernetas de poupança, em depósitos judiciais e a prazo, e a sua aplicação em empréstimos vinculados substancialmente à habitação. A CEF é também a depositária do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), uma poupança mensal obrigatória a todos os trabalhadores brasileiros que serve, principalmente, para ajudar a custear a compra da casa própria. Dentro da CEF, esses recursos são 41 direcionados, quase em sua totalidade, para as áreas de saneamento e infraestrutura urbana. A Caixa é responsável pelas operações dos jogos lotéricos no Brasil desde 1961, através da divisão de Loterias. São 10 modalidades de jogos: Loteca, Mega-Sena, Lotofácil, Loteria Federal, Lotogol, Lotomania, Quina, Loteria Instantânea, Dupla Sena e a Time que, desses, R$ 2,56 bilhões foram repassados para projetos sociais e instituições subordinadas ao Governo Federal atuando na área de esportes, seguridade social, educação, cultura e segurança penitenciária. As loterias, administradas pela Caixa, são patrocinadoras do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) e patrocinadora oficial da Delegação Paraolímpica Brasileira nos Jogos Paraolímpicos de Pequim 2008. Além disso, a Caixa também foi patrocinadora oficial dos Jogos Pan-americanos Rio 2007 e das seleções de Atletismo e de Ginástica Artística, Rítmica e Trampolim O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma empresa pública federal, que funciona como instrumento de financiamento de longo prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental. Desde a sua fundação, em 1952, o BNDES se destaca
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