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Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos
Questão 1
Para realizar as suas obrigações e competências, a Administração Pública, ordinariamente, 
precisa contratar serviços e adquirir bens de terceiros, e o faz por meio de procedimentos 
próprios regrados por legislação específica, em atendimento a preceito constitucional expresso
no art. 37, inciso XXI, que determina que as obras, serviços, compras e alienações serão 
precedidas de licitação, exceto nos casos em que a lei dispuser expressamente.
Acerca do conceito e finalidades da licitação, marque a alternativa correta
 
a. As modalidades de licitação da Lei 8.666/1993 são: convite, tomada de preços, concorrência e 
pregão.
b. A Lei 8.6661/993, por ser uma lei federal, não se aplica aos Estados, Distrito Federal e 
Municípios, que devem ter legislação própria para regular as aquisições públicas.
c. A diretriz fundamental de um processo licitatório é a obtenção do preço mais baixo do mercado, 
em atendimento ao princípio da economicidade.
d. A finalidade da licitação é a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração, por meio 
de procedimento que garanta a ampla competição de possíveis interessado em contratar com o 
Poder Público. Essa é a resposta correta. Por meio do processo licitatório, o Poder Público busca 
contratar da forma mais vantajosa, que significa obter do particular, após o processo de disputa 
entre os interessados em fornecer ou prestar serviço para a Administração, a melhor condição, 
obedecidas as especificações do objeto licitado.
e. A licitação dispensada, a licitação dispensável, a alienação e a inexigibilidade de licitação, são 
modalidades especiais definidas na Lei 8.666/1993 como exceções à regra da licitação.
Feedback
As licitações são reguladas por duas normas principais: a Lei 8.6661/993, que trata não apenas das 
licitações, mas também dos contratos administrativos dela decorrente; e a Lei 10.520/2002, que 
introduziu uma nova modalidade de licitação chamada Pregão.
A realização de procedimentos licitatórios visa a consecução de vários objetivos, dentre eles a 
obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.
No entanto, esse não é o único objetivo. É por meio da licitação que o Poder Público exercita os 
princípios da Administração, a exemplo do princípio da isonomia, possibilitando aos particulares 
que se interessam em fornecer para o Estado disputarem em igualdade de condições, o que nos 
remete ao princípio da competitividade. Possibilita também dar conhecimento à sociedade da 
intenção de contratar determinado serviço ou bem, que em última análise é uma forma de 
possibilitar a essa sociedade o exercício do controle social.
O art. 3º da Lei 8.666/1993 expressa os objetivos da licitação pública. Uma alteração recente do 
dispositivo, promovida pela Lei 12.349/2010, incluiu dentre esses objetivos a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável, cuja materialização se deu por meio dos decretos 7.746, 
7.840 e 7.842/2012. Nesses normativos são estipulados critérios e práticas sustentáveis nas 
aquisições públicas e margens de preferência, no intuito de concretizar o desenvolvimento 
sustentável pretendido na Lei.
Além disso, a Lei Complementar 123/2006, estabeleceu diversos mecanismos de incentivo e 
fomento à microempresas e empresas de pequeno porte (ME/EPP), inclusive com dispositivos de 
facilitação a acesso privilegiado às contratações públicas (arts. 42 ao 49), por meio da flexibilização
de exigências e tratamento diferenciado por meio de licitações exclusivas às ME/EPP.
Essas alterações que incorporam novos princípios às Licitações formam o que vem sendo 
denominado de "o novo paradigma das aquisições públicas". Esse novo paradigma usa o poder de 
compra do Estado para atingir finalidades outras, que não apenas aquelas econômicas e imediatas 
ao contrato.
Gabarito: A finalidade da licitação é a obtenção da proposta mais vantajosa para a 
Administração, por meio de procedimento que garanta a ampla competição de possíveis 
interessado em contratar com o Poder Público.
Essa é a resposta correta. Por meio do processo licitatório, o Poder Público busca contratar da forma
mais vantajosa, que significa obter do particular, após o processo de disputa entre os interessados 
em fornecer ou prestar serviço para a Administração, a melhor condição, obedecidas as 
especificações do objeto licitado.
Questão 2
Determinada Secretaria de Logística, ao fazer o levantamento dos seus contratos de natureza 
continuada, verificou que dentre os 10 (dez) instrumentos existentes, 7 (sete) já tinham sido 
prorrogados até o limite máximo admitido na legislação e estavam com o prazo final de 
vigência para expirar no mês seguinte, além de se tratarem de serviços imprescindíveis à 
Prefeitura.
Diante da situação, o Secretário determinou a realização de dispensa de licitação para garantir a 
continuidade dos serviços, com base no artigo 24, inciso IV, da Lei de Licitação.
Indique, entre as alternativas abaixo, qual caracteriza a principal falha ocorrida nos procedimentos 
da Secretaria:
 
a. Os contratos de natureza continuada não podem ser prorrogados.
b. Não existe previsão na Lei nº 8.666/93 para dispensa de licitação.
c. A Secretaria deve aguardar até o final do próximo mês, quando expira a vigência dos contratos, 
para realizar a contratação direta.
d. A contratação direta não pode incidir sobre os serviços continuados. Esse item está errado. Não 
existe vedação legal para contratação emergencial que recaia sobre serviços continuados, desde que 
as circunstâncias sejam emergenciais de fato e não caracterizadas pela falta de planejamento do 
gestor.
e. A dispensa de licitação decorrente da falta de planejamento somente pode ser realizada se for 
acompanhada da concomitante apuração de responsabilidade de quem lhe deu causa.
Feedback
Há controvérsia acerca da contratação direta por dispensa de licitação prevista no inciso IV do art. 
24 do Diploma Federal de Licitações e Contratos em razão de situação emergencial, ainda que 
decorrente de falta de planejamento, desídia ou má gestão. Nesse sentido, a doutrina reconhece que 
a emergência provocada não é capaz de afastar a aplicação da regra do inciso IV do art. 24 da Lei nº
8.666, de 1993.
Isso porque o juízo de razoabilidade do instituto da contratação direta por emergência explicita uma 
congruência lógica entre a situação fática e a providência administrativa para saná-la. A situação de 
emergência é apurável no mundo fenomênico. A emergência possui diversas causas: caso fortuito, 
força maior, desídia, falta de planejamento, má gestão, dolo ou culpa de agente público, etc.; porém 
o efeito é apenas um: o risco de dano a bens jurídicos tutelados pelo Estado, como a vida e a 
integridade de pessoas e bens.
Assim, não há diferença entre emergência oriunda de força maior, ou caso fortuito, e aquela 
provocada pela desídia ou falta de planejamento, considerados os resultados danosos que o Poder 
Público tem o dever de evitar. A contratação direta com base no inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666,
de 1993, visa efetivamente a afastar os efeitos das emergências e não suas causas.
Em suma, caracterizada a circunstância emergencial, independentemente de suas causas, verificada 
a adequação da contratação que se pretende levar a efeito como medida saneadora da emergência, 
aplica-se o disposto no inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993, sem prejuízo da apuração da 
responsabilidade do agente público que lhe deu causa, total ou parcialmente.
Questão 3
Para que a Administração Pública possa realizar uma contratação e fiscalização efetiva, eficaz
e eficiente é necessário que na fase de planejamento sejam considerados diversos aspectos da 
contratação.
Marque a alternativa que NÃO necessariamente representa um dos aspectos a serem considerados 
no planejamento de uma contratação.
 
a. O material ou serviço deveser especificado de forma correta e precisa.
b. Deve ser indicado o prazo de entrega do produto ou serviço, bem como o local de entrega ou 
prestação do serviço.
c. Devem ser evitados gastos excessivos para aquisição de bens e serviços.
d. Deve ser analisada a quantidade de produto ou serviço necessária a ser contratada.
e. Deve ser adquirido o bem ou serviço de melhor qualidade. Nem sempre a "melhor qualidade" é 
aquela que cumpre de forma adequada ao interesse público. Além disso, a contratação deverá 
atender ao Princípio da Eficiência e da Economicidade. A Administração deve preocupar-se com a 
qualidade do bem ou serviço a ser contratado, e esse deve ter a qualidade exigida pelo processo. 
Contratações de produtos ou serviços de qualidade superior à necessária podem representar casos de
mau uso dos recursos públicos.
Além disso, o item traz conceitos de economicidade e interesse público, que pressupõe um 
equilíbrio entre preço, qualidade e a correspondente necessidade do ente contratante. Este conceito 
encontra-se alinhado com a jurisprudência do Tribunal de Contas da União, que envolve o estudo da
vantajosidade e da contratação.
Feedback
Para que a Administração Pública possa efetuar uma contratação e fiscalização efetiva, eficaz e 
eficiente é importante realizar adequadamente o planejamento. É importante comprar aquilo que 
realmente se necessita, na quantidade que se necessita, por um preço justo, entregue no local e 
prazo determinados e com os critérios de qualidade mínimos estabelecidos pelo contrato.
Gabarito: Deve ser adquirido o bem ou serviço de melhor qualidade.
Nem sempre a "melhor qualidade" é aquela que cumpre de forma adequada ao interesse público. 
Além disso, a contratação deverá atender ao Princípio da Eficiência e da Economicidade. A 
Administração deve preocupar-se com a qualidade do bem ou serviço a ser contratado, e esse deve 
ter a qualidade exigida pelo processo. Contratações de produtos ou serviços de qualidade superior à 
necessária podem representar casos de mau uso dos recursos públicos.
Além disso, o item traz conceitos de economicidade e interesse público, que pressupõe um 
equilíbrio entre preço, qualidade e a correspondente necessidade do ente contratante. Este conceito 
encontra-se alinhado com a jurisprudência do Tribunal de Contas da União, que envolve o estudo da
vantajosidade e da contratação.
Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos
Módulo 2 - Contrato Administrativo
Questão 1
A Administração pública contratou, mediante prévio procedimento licitatório, o fornecimento 
de 10 (dez) trens para operar em nova linha de metrô, com entrega programada de 8 (oito) 
trens em 24 (vinte e quatro) meses, quando a linha entraria em operação, e os outros 2 (dois) 
em 36 (trinta e seis) meses. Iniciada a operação da linha, o poder público verificou que a 
demanda de passageiros ficou bem abaixo das projeções iniciais, razão pela qual não haveria 
mais necessidade dos 2 (dois) trens adicionais, mas apenas os 8 (oito) já entregues.
Diante da situação verificada, marque a alternativa que melhor descreve a conduta que a 
Administração deverá tomar:
 
a. Pode reduzir unilateralmente o contrato, ficando o contratado obrigado a aceitar a redução do 
objeto. Essa é a alternativa correta. Uma das principais peculiaridades dos contratos administrativos
é permitir a alteração contratual de forma unilateral dentro de certos limites, desde que respeitado o 
objeto deste e o seu equilíbrio financeiro, assim como haver a comprovação da existência de 
motivos de interesse público.
b. Não pode reduzir ou alterar o objeto do contrato, sob pena de afronta ao instrumento 
convocatório.
c. Somente pode reduzir o objeto do contrato, até o montante de 25% do valor inicial atualizado, 
com a anuência do contratado.
d. Somente poderá reduzir o objeto do contrato se o contratado ainda não tiver adquirido os trens e 
sempre limitada a 50% (cinquenta por cento) do valor inicial atualizado do contrato.
e. Não poderá reduzir quantitativamente o contrato, salvo por motivo de força maior, regularmente 
comprovado, assegurada ao contratado a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro.
Feedback
Embora os contratos administrativos possam ser alterados, tanto unilateralmente como por meio de 
acordo entre as partes, resta importante ressaltar que as alterações devem ser realizadas com a 
devida formalização.
Além disso, as alterações devem sempre ser vistas como exceções, uma vez que o planejamento 
eficiente e adequado das licitações, associado a estudos prévios sobre as reais demandas existentes, 
reduzem significantemente as demandas por alterações contratuais.
Gabarito: Pode reduzir unilateralmente o contrato, ficando o contratado obrigado a aceitar a 
redução do objeto.
Essa é a alternativa correta. Uma das principais peculiaridades dos contratos administrativos é 
permitir a alteração contratual de forma unilateral dentro de certos limites, desde que respeitado o 
objeto deste e o seu equilíbrio financeiro, assim como haver a comprovação da existência de 
motivos de interesse público.
Questão 2
Uma das características mais marcantes do contrato administrativo é a presença de cláusulas 
exorbitantes, em que o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é 
explicitado em disposições contratuais como possibilidade de rescisão unilateral, imposição de 
sanções e modificação unilateral.
No entanto, há também disposições que protegem o particular contratado na relação com o Poder 
Público.
Uma empresa que tenha firmado contrato com a administração pública possuirá nesse contrato 
quais das prerrogativas listadas abaixo?
 
a. Extinção unilateral do contrato por descumprimento de cláusulas contratuais.
b. Modificação unilateral do contrato com acréscimo ou redução de quantitativos nos limites 
permitidos.
c. Paralisação dos trabalhos e rescisão do contrato quando houver atrasos de pagamento superiores 
ao prazo estipulado em contrato.
d. Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Essa é a resposta correta. A relação 
estabelecida quando da contratação, expressa na justa remuneração do objeto contratado, deve se 
manter ao longo da vigência do ajuste. Em que pese a possibilidade de alteração unilateral dos 
contratos administrativos pela Administração, a manutenção desse equilíbrio se constituiu em uma 
garantia para o contrato, evitando que a remuneração projetada seja corroída ou pelo tempo ou em 
consequência de possíveis alterações.
e. Fiscalização da execução do contrato.
Feedback
Os contratos administrativos possuem características que privilegiam o atendimento do que a 
doutrina chama de 'pedras de toque' do direito administrativo, quais sejam: o princípio da 
supremacia do interesse público e o princípio da indisponibilidade do interesse público. É por meio 
das cláusulas exorbitantes, ausentes nos contratos regidos exclusivamente pelo direito privado, que 
o Estado exerce essas prerrogativas quando figura no polo de contratante com o particular 
contratado.
Além disso, algumas características identificam o contrato administrativo, a exemplo da indicação 
do ato autorizativo, processo licitatório ou de contratação direta que o precedeu, sujeição às normas 
da Lei 8.666/1993 e publicação na imprensa oficial como forma de eficácia de suas disposições, 
dentre outras.
Gabarito: Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Essa é a resposta correta. A relação estabelecida quando da contratação, expressa na justa 
remuneração do objeto contratado, deve se manter ao longo da vigência do ajuste. Em que pese a 
possibilidade de alteração unilateral dos contratos administrativos pela Administração, a 
manutenção desse equilíbrio se constituiu em uma garantia para o contrato, evitando que a 
remuneração projetada seja corroída ou pelo tempo ou em consequência de possíveis alterações.
Questão3
Para fins de prestação do serviço de transporte de servidores, após regular processo 
licitatório, na modalidade Tomada de Preços, foi feita a contratação de empresa, para o 
período de 12 meses (de janeiro a dezembro), pelo valor mensal de 45 mil reais. O Edital 
previu a possibilidade de prorrogação por até 60 meses.
Foi proposta a prorrogação sumária do contrato, por meio de aditivo que teve fundamento no inciso 
II, do art. 57, da Lei 8.666/93, que afirma o seguinte: a duração dos contratos ficará submetida à 
vigência dos respectivos créditos orçamentários exceto quando relativos à prestação de serviços a 
serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e 
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a 
administração, limitada a 60 meses;
Como gestor do contrato, você foi chamado a opinar sobre a regularidade ou não da proposta de 
prorrogação sumária. Escolha a alternativa que melhor descreve a boa técnica e de modo a não 
cometer irregularidade alguma.
 
a. A prorrogação pode ser feita na forma como foi proposta, pois o serviço é de natureza continuada,
cuja vigência pode se estender até 60 meses.
b. A prorrogação pode ser feita, desde que as condições de execução e de preço se mostrem ainda 
vantajosos para a administração, que deverá verificar a compatibilidade dos preços com os 
praticados no mercado à época da prorrogação. A resposta está errada. Apesar de a condicionante 
informada, acerca da verificação da vantajosidade da contratação estar correta, há que se verificar se
a modalidade escolhida está de acordo com o valor total da contratação após a prorrogação. No 
caso, o limite da modalidade Tomada de Preços é R$ 650.000,00 e os primeiros 12 meses do 
contrato importaram em R$ 540.000,00 (R$ 45.000,00 x 12). Se for prorrogar por mais 12 meses, 
importará em uma contratação de valor total de R$ 1.080.000,00.
c. A prorrogação não pode ser feita, pois o valor final da contratação, após a prorrogação, 
extrapolará o limite de R$ 650.000,00 da modalidade Tomada de Preços adotada na licitação.
d. A prorrogação pode ser feita, desde que seja pelo mesmo período de 12 meses, bastando para isso
o apostilamento da prorrogação.
e. A prorrogação não pode ser feita, pois a vigência dos contratos administrativos deve estar adstrita 
aos correspondentes créditos orçamentários.
Feedback
Observar que quando a licitação for na modalidade pregão não há a restrição apontada, pois a 
escolha da modalidade não está atrelada a valor, mas à contratação de bens e serviços comuns, 
como, via de regra, a prestação de serviço de transporte de servidores é considerada.
Assim, para que a vigência do contrato possa ser prorrogada, é preciso verificar se o limite da 
modalidade da licitação que precedeu à contratação não será extrapolado, e se a contratação ainda é 
vantajosa para a Administração. Observar ainda o limite máximo de prorrogação de 60 meses e a 
formalização por meio de aditivo.
Vale reforçar dois conceitos importantes para a melhor compreensão:
Bens e serviços comuns - a Lei os define como "aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade 
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado" 
(parágrafo único, do art. 1º, da Lei 10.520/2002). Já o TCU, na obra Licitações e Contratos. 
Orientações e Jurisprudência, esclarece que:"Bem ou serviço será comum quando for possível 
estabelecer, para efeito de julgamento das propostas, por intermédio de especificações utilizadas no 
mercado, padrões de qualidade e desempenho peculiares ao objeto. O estabelecimento desses 
padrões permite ao agente público analisar, medir ou comparar os produtos entre si e decidir pelo 
melhor preço."
Serviços de natureza continuada - como vimos em nosso material de estudos, não há uma definição 
na Lei 8.666/1993 do que venham a ser exatamente esses serviços, mas a doutrina os classifica 
como "aqueles imprescindíveis ao funcionamento das atividades institucionais e que se 
interrompidos podem causar a solução de continuidade, a exemplo: limpeza, manutenção elétrica 
predial". A Instrução Normativa MPOG 02/2008, traz a seguinte definição de serviços continuados: 
são aqueles cuja interrupção possa comprometer a continuidade das atividades da Administração e 
cuja necessidade de contratação deva estender-se por mais de um exercício financeiro e 
continuamente.
O TCU, por meio da Portaria 297/2012, que disciplina a fiscalização dos seus contratos de 
prestação de serviços terceirizados de natureza continuada, ao conceituar o contrato de tais serviços 
(inciso I, do art. 2º), define os serviços contínuos como "atividades acessórias, instrumentais e 
complementares".
Gabarito: A prorrogação não pode ser feita, pois o valor final da contratação, após a 
prorrogação, extrapolará o limite de R$ 650.000,00 da modalidade Tomada de Preços adotada
na licitação.
A resposta está certa. A escolha da modalidade licitatória que esteja atrelada a valor da futura 
contratação deve ser de acordo com o valor total do contrato, já incluída possíveis prorrogações 
previstas no edital. No caso em análise, para que a prorrogação sumária pudesse ser feita, além da 
vantajosidade da proposta, a licitação deveria ter sido feita na modalidade Concorrência ou Pregão.
Questão 4
A lei 8.666/1993 prevê duas formas de formalização das alterações contratuais: a lavratura de 
termo aditivo e o apostilamento. Usa-se uma ou outra forma de acordo com a alteração 
contratual havida, de modo que se atenda aos princípios da publicidade, da economicidade e 
da eficiência.
Isto posto, assinale a alternativa em que o instrumento utilizado está de acordo com a alteração 
efetuada no contrato.
 
a. Termo aditivo, no caso de suplementação de dotação orçamentária da despesa havida com o 
contrato até o limite do valor corrigido.
b. Apostilamento, quando da prorrogação de prazo de vigência do contrato de natureza continuada.
c. Termo aditivo, no caso de alteração do razão social da empresa contratada. Essa é a resposta 
correta. A razão social é elemento essencial do contrato, de modo que, se houve alteração admitida, 
há que se adotar as formalidade do aditamento, inclusive com a respectiva publicação.
d. Apostilamento, no caso de alteração do valor do contrato em razão do aumento de quantitativo de
serviços, dentro dos limites legais.
e. Termo aditivo, no caso de alteração do valor do contrato por aplicação da cláusula de reajuste.
Feedback
A escolha dentre as opções de formalização, além do caráter obrigatório, em face de disposições 
legais que regram a matéria, tem que ser vista também sob o ponto de vista do controle social em 
articulação com princípios administrativos como o princípio da economicidade, da eficiência e da 
formalidade moderada.
Simples alterações ou correções de erros materiais, sem impacto na execução do contrato, se fossem
feitas por meio das formalidades exigidas para os termos aditivos, além de ferir a eficiência 
administrativa, imporiam à Administração gastos com publicação de extratos que em nada 
contribuiriam para o controle social que o princípio da publicidade visa privilegiar. No caso de 
apostilamento, basta o registro em adendo ao próprio termo de contrato ou documento que o 
vincule.
De modo diverso, quando a alteração muda as condições iniciais pactuadas, que foram amplamente 
conhecidas na fase da licitação, há que se formalizar por meio de termo aditivo e proceder a 
correspondente publicação.
Segundo a Lei no 8.666/1993, a apostila pode ser utilizada nos seguintes casos:
variação do valor contratual decorrente de reajuste previsto no contrato;
atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de
 pagamento;
empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do valor corrigido.
Gabarito: Termo aditivo, no caso de alteraçãodo razão social da empresa contratada.
Essa é a resposta correta. A razão social é elemento essencial do contrato, de modo que, se houve 
alteração admitida, há que se adotar as formalidade do aditamento, inclusive com a respectiva 
publicação.
Questão 5
Para a contratação do fornecimento de combustível para a frota da prefeitura, seria realizada 
uma licitação na modalidade Pregão. Na fase interna do certame, o setor de licitações estava 
elaborando a minuta do contrato, quando surgiram algumas dúvidas sobre a essencialidade 
de algumas cláusulas.
Considerando que a fiscalização do contrato é impactada pelos atos anteriores à contratação, 
principalmente a adequada consignação de direitos, obrigações e procedimento no edital e na 
minuta do contrato, qual das alternativas apresenta conformidade com as Leis 8.666/1993 e 
10.520/2002?
 
a. Como a licitação será na modalidade Pregão, não é obrigatória a inserção de todas as cláusulas 
que constam do art. 55 da Lei 8.666/1993, pois a aplicação dessa legislação é apenas subsidiária, 
conforme previsto no art. 9º da Lei do Pregão (Lei 10.520/2002)
b. A cláusula de sanção por inadimplemento, somente consta expressamente na Lei do pregão 
(inciso I, do art. 3º da Lei 10.520/2002), sendo, portanto, exclusiva dessa modalidade.
c. As cláusulas obrigatórias consignadas no art. 55 da Lei 8.666/1993 são aplicáveis tanto para as 
modalidades dessa Lei, como também para a modalidade Pregão. Essa é a resposta correta. As 
normas da Lei 10.520/2002 tratam apenas da instituição da nova modalidade, aplicando-se 
subsidiariamente as disposições da Lei Geral de Licitações e Contratos (Lei 8.666/1993), no que 
com ela não conflitar, inclusive, e principalmente por ausência de disposição específica, às normas 
gerais para os contratos.
d. No Pregão é livre a estipulação das cláusulas do contrato, por expressa disposição nesse sentido 
do inciso I, do art. 3º, da Lei 10.520/2002, que remete à autoridade competente a prerrogativa de 
definir as cláusulas do contrato.
e. A data-base dos preços de um contrato não deve constar de suas cláusulas, pois ela tanto pode ser 
a data da apresentação da proposta como a do orçamento a que se referir.
Feedback
As cláusulas necessárias ou essências estão contidas no art. 55 da Lei 8.666/1993, sugerimos que 
leiam a enumeração.
Além das cláusulas essenciais, todo contrato administrativo deve conter as seguintes informações:
 nome do órgão ou entidade da Administração e respectivo representante;
 nome do particular que executará o objeto do contrato e respectivo representante;
 finalidade ou objetivo do contrato;
 ato que autorizou a lavratura do contrato;
 número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade;
 sujeição dos contratantes às normas da Lei 8.666/1993;
 submissão dos contratantes às cláusulas contratuais.
Devem as cláusulas do contrato estar em harmonia com os termos da licitação e da proposta a que 
estiver vinculado.
Outros dados considerados pela Administração, importantes em razão da peculiaridade do objeto, 
devem constar do termo contratual, a fim de garantir perfeita execução do objeto e de resguardar os 
direitos e deveres das partes, evitando problemas durante a execução do contrato.
Quando o termo de contrato for passível de substituição por outros instrumentos, deles deverão 
constar, no que couber, especialmente as cláusulas contratuais referentes à descrição do objeto, às 
obrigações e direitos das partes, às condições de pagamento, ao regime de execução, e outras 
previstas no art. 55 da Lei 8.666/1993 (Licitações e Contratos - Orientações e Jurisprudência do 
TCU).
Gabarito: As cláusulas obrigatórias consignadas no art. 55 da Lei 8.666/1993 são aplicáveis 
tanto para as modalidades dessa Lei, como também para a modalidade Pregão.
Essa é a resposta correta. As normas da Lei 10.520/2002 tratam apenas da instituição da nova 
modalidade, aplicando-se subsidiariamente as disposições da Lei Geral de Licitações e Contratos 
(Lei 8.666/1993), no que com ela não conflitar, inclusive, e principalmente por ausência de 
disposição específica, às normas gerais para os contratos.
Questão 6
Analise a seguinte situação, e assinale a alternativa correta.
Uma empresa de consultoria em engenharia foi contratada pela Prefeitura para fiscalizar 
uma obra, pelo período de 18 meses, coincidindo com o prazo de vigência do contrato da obra 
fiscalizada. Como houve paralisação dos trabalhos do contrato da obra que estava sendo 
fiscalizada no décimo mês, determinada pela Administração, e que durou 5 meses, foi feita 
também a prorrogação do contrato de consultoria pelo mesmo período, perfazendo um total 
de 23 meses de vigência. No período de paralisação da obra, a empresa contratada para 
fiscalizar continuou recebendo o valor mensal acordado.
Marque o item que melhor representa o posicionamento técnico sobre a situação descrita neste 
enunciado.
 
a. O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação, acompanhando o 
contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a diminuição ou supressão de remuneração 
do contrato de consultoria em face da paralisação da obra. Essa é a resposta correta. O contrato de 
fiscalização é acessório e deve acompanhar a vigência do contrato principal. Na hipótese de 
paralisação ou diminuição de ritmo das obras, há que se ajustar o contrato de fiscalização na mesma
medida, inclusive quanto aos pagamentos.
b. O procedimento foi correto, pois o contrato em questão se refere a um serviço de natureza 
continuada, cuja vigência pode se estender até 60 meses.
c. O procedimento foi errado, pois não se admite a alteração do prazo inicialmente pactuado em 
contratos de fiscalização de obra.
d. O procedimento foi correto, pois a empresa contratada para fiscalizar não pode ter prejuízo em 
razão de um fato de terceiro, no caso, a determinação da Administração para paralisação da obra.
e. O procedimento foi errado, pois como o contrato perdurou por 23 meses, implicou em um 
acréscimo contratual de 27,8%, inadmitido na legislação, conforme § 1º do art. 65, da Lei 
8.666/1993.
Feedback
Os processos de fiscalização de obras têm a peculiaridade de o seu objeto estar vinculado ao objeto 
de outro contrato e com ele se relacionar diretamente, mormente a fruição de prazo de vigência. E 
não poderia ser diferente, na medida em que a fiscalização deve ocorrer no mesmo ritmo que as 
obras são executadas.
Dessa forma, os contratos de fiscalização, supervisão e gerenciamento de obras devem conter 
cláusulas com previsão de diminuição, ou até mesmo suspensão, da remuneração nos casos em que 
as obras forem paralisadas, ou caso seu ritmo diminua significativamente.
Essas alterações de prazo e eventuais suspensões de atividades não se configuram alteração do 
objeto do contrato, conquanto este continua o mesmo. Logo, não estão sujeitas às regras de vedação
sobre aumento ou redução quantitativo do objeto.
Gabarito: O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação, 
acompanhando o contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a diminuição ou 
supressão de remuneração do contrato de consultoria em face da paralisação da obra.
Essa é a resposta correta. O contrato de fiscalização é acessório e deve acompanhar a vigência do 
contrato principal. Na hipótese de paralisação ou diminuição de ritmo das obras, há que se ajustar o 
contrato de fiscalização na mesma medida, inclusive quanto aos pagamentos.
Questão 7
Uma licitação para a contratação de serviço de vigilância armada previa que a data-base da 
proposta deveria ser a da última convenção ou acordo coletivo da categoria profissional de 
vigilantes, que fora em 1º/1/2011. A data da sessão de abertura da licitação foi em 1º/3/2011. A 
data do contrato e do início da execução dos serviços foi em 1º/5/2011.
A finalidade da repactuaçãoé ajustar os preços dos contratos aos praticados no mercado, por meio 
da correção dos valores dos custos dos insumos incidentes sobre o serviço prestado.
Com base nessas informações, escolha a alternativa correta, acerca da possibilidade de repactuação 
dos preços do contrato.
 
a. Desde que prevista no edital, a repactuação pode dar-se a partir de 1º/1/2012. A alternativa está 
correta. A previsão no edital da possibilidade de repactuação é condição primeira para sua 
concessão. Quanto à data da repactuação, deve contar o prazo de 12 meses da data da apresentação 
da proposta ou da data a que esta se referir. No caso do exemplo acima, o próprio edital fixou a 
data-base em 1º/1/2011, data da convenção coletiva da categoria profissional dos vigilantes. Assim, 
após o prazo de 12 meses dessa data, pode-se pleitear a repactuação de preços.
b. A repactuação poderá ser feita a partir de 1º/1/2012, mas os efeitos financeiros só ocorrerão a 
partir de 1º/3/2012, quando a proposta completará 12 meses, que é o prazo mínimo para a 
ocorrência de reajuste de preços dos contratos administrativos.
c. A repactuação só poderá ser feita a partir de 1/5/2012, pois a partir de então o contrato terá 12 
meses, prazo mínimo para repactuações.
d. A repactuação só poderá ser feita a partir de 1º/3/2012, mas os efeitos financeiros só ocorrerão a 
partir de 1º/5/2012, quando o contrato completar 12 meses de vigência.
e. A repactuação só pode ser feita a partir de 1º/3/2012, pois completará um ano da data das 
propostas.
Feedback
A data-base das propostas deve ser o marco temporal para as repactuações, pois os valores 
colocados nas composições dos preços dos serviços tiveram como referencial essa data. Em regra, 
ela pode ser a data da apresentação da proposta ou uma outra data. Na contratação de serviços de 
natureza continuada, pode-se adotar a data da última convenção ou acordo coletivo conhecida da 
categoria profissional contratada em razão de ser o principal custo dentre os insumos que compõem 
o preço ofertado.
Com a fixação da data-base das propostas a data da última convenção coletiva da categoria, evita-
se, por exemplo, que na formulação das propostas sejam inseridos custos ainda não conhecidos, 
onerando-as e tornando a contratação mais cara para a Administração Pública.
Explica-se: se não fosse permitida a fixação da data da última convenção coletiva da categoria 
profissional como a data-base do contrato, as empresas participantes da licitação teriam que estimar 
de quanto seria o próximo aumento do salário normativo e inseri-lo no preço a ser ofertado, de 
modo que, quando da sua entrada em vigor, pudessem suportar a variação de custos decorrente do 
aumento salarial. Como essa estimativa é feita com base em informações passadas e em indicadores
econômicos, e levando em consideração princípios da atividade privada como otimização dos lucros
e prudência contábil, naturalmente, essas estimativas seriam feitas a maior, onerando as propostas. 
Com a possibilidade de apropriar os custos de uma aumento salarial na planilha de preços 
contratados em valores de fato havidos e quando de sua efetiva ocorrência (na data de entrada em 
vigor dos novos salários normativos), as propostas refletem de forma mais precisas os custos da 
contratação, evitando prejuízos para a Administração e para as empresas eventualmente contratadas.
Atenção: não há impedimento legal, nem na jurisprudência do TCU, de que o edital determine que a
data da apresentação da proposta seja a data-base do contrato (vide, por exemplo., o Acórdão 
1563/2004-TCU-Plenário), mas a adoção da data da convenção coletiva da categoria profissional se 
mostra mais vantajosa para a Administração e para a gestão do contrato.
Por fim, lembrar que o prazo de 12 meses da data-base da categoria profissional vale como marco 
para a primeira repactuação. Para as eventuais repactuações posteriores, conta-se 12 meses a partir 
da data da última repactuação.
Gabarito: Desde que prevista no edital, a repactuação pode dar-se a partir de 1º/1/2012.
A alternativa está correta. A previsão no edital da possibilidade de repactuação é condição primeira 
para sua concessão. Quanto à data da repactuação, deve contar o prazo de 12 meses da data da 
apresentação da proposta ou da data a que esta se referir. No caso do exemplo acima, o próprio 
edital fixou a data-base em 1º/1/2011, data da convenção coletiva da categoria profissional dos 
vigilantes. Assim, após o prazo de 12 meses dessa data, pode-se pleitear a repactuação de preços.
Questão 8
Em um contrato de obras, foi apontada a necessidade de alterações quantitativas nos serviços 
contratados, de modo que haveria acréscimos e supressões de serviços, conforme a seguir 
detalhado:Valor original do contrato: R$ 800.000,00
 Serviços Contrato Aditivo Contrato com aditivo
 Fundações 300.000,00 120.000,00 420.000,00
 Alvenaria 160.000,00 - 40.000,00 120.000,00
 Cobertura 100.000,00 40.000,00 140.000,00
 Pintura 80.000,00 - 20.000,00 60.000,00
 Instalações elétricas 30.000,00 10.000,00 40.000,00
 Instalações hidráulicas 20.000,00 5.000,00 25.000,00
 Pavimentação 90.000,00 60.000,00 150.000,00
 Urbanização 20.000,00 10.000,00 30.000,00
 Valor Total 800.000,00 185.000,00 985.000,00
Verificar a pertinência e conformidade legal da alteração, que se dará por meio de aditivos, com 
fundamento no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993.
 
a. A alteração pode ser feita, pois está dentro do limite de 25% do valor do contrato, pois o aditivo 
com as alterações importa em R$ 185.000,00 de um contrato com valor inicial de R$ 800.000,00, 
que representa cerca de 23%.
b. A alteração não pode ser feita, pois alguns serviços tiveram acréscimos ou supressões superiores 
ao limite legal de 25%, a exemplo dos serviços Fundações e Cobertura (+ 40% cada), Pavimentação
(+ 66%) e Urbanização (+ 50%).
c. A alteração somente pode ser feita para os itens Alvenaria, Pintura e Instalações Hidráulicas, pois 
somente eles respeitaram o patamar de 25% previsto no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993.
d. A alteração pode ser feita porque nenhum acréscimo de serviço ultrapassou, individualmente, o 
limite legal de 25% do valor total do contrato.
e. A alteração não pode ser feita, pois o conjunto de acréscimos totalizou R$ 245.000, o que 
representa cerca de 31% do valor do contrato, estando acima, portanto do limite de 25% imposto 
pela Lei 8.666/1993. A alternativa está correta. O motivo de a alteração pretendida estar em 
desacordo com o previsto na Lei 8.666/1993 é que a verificação deve ser feita comparando-se o 
conjunto de acréscimos e de supressões separadamente, sem nenhum tipo de compensação entre 
eles. Assim, no exemplo, as supressões importaram em R$ 60.000,00 (- 7,5%) e os acréscimos, em 
R$ 245.000,00 (+ 31%).
Feedback
Gabarito: A alteração não pode ser feita, pois o conjunto de acréscimos totalizou R$ 245.000, o
que representa cerca de 31% do valor do contrato, estando acima, portanto do limite de 25% 
imposto pela Lei 8.666/1993.
A alternativa está correta. O motivo de a alteração pretendida estar em desacordo com o previsto na 
Lei 8.666/1993 é que a verificação deve ser feita comparando-se o conjunto de acréscimos e de 
supressões separadamente, sem nenhum tipo de compensaçãoentre eles. Assim, no exemplo, as 
supressões importaram em R$ 60.000,00 (- 7,5%) e os acréscimos, em R$ 245.000,00 (+ 31%).
Apesar de ser comum a existência de alterações contratuais, especialmente em contratos de obras, 
pelas peculiaridades, especificidades e complexidades de tais contratos, devem ser tratadas como 
exceções, redobrando-se os cuidados com vistas a evitar o ganho indevido pelo particular em 
detrimento da Administração.
Na esteira desse cuidado, e com o objetivo de evitar que as alterações desnaturassem 
completamente o processo seletivo prévio de escolha da proposta mais vantajosa para a 
Administração é que o TCU firmou o entendimento acerca da forma de verificação desse limite, 
pois, do contrário, estar-se-ia desnaturando a proposta que passou pelo crivo da licitação, alterando 
de tal forma o objeto que restaria frustrada a pretensão do processo licitatório de buscar no mercado
a proposta mais vantajosa, conforme expresso no voto condutor do Acórdão 2819/2011-TCU-
Plenário .
Quanto aos limites estabelecidos na Lei 8.666/1991 e a sua forma de apuração, o Acórdão 
591/2011-TCU-Plenário assim dispôs:
 " ... para efeito de observância dos limites de alterações contratuais previstos no art. 65 da Lei nº 
8.666/1993, passe a considerar as reduções ou supressões de quantitativos de forma isolada, ou seja,
o conjunto de reduções e o conjunto de acréscimos devem ser sempre calculados sobre o valor 
original do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente e sem nenhum tipo 
de compensação entre eles, os limites de alteração estabelecidos no dispositivo legal".
Questão 9
A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de um contrato administrativo conta com a 
proteção constitucional de que as avenças firmadas com a Administração manterão ao longo 
da sua vigência as condições da proposta ofertada.
Um dos instrumentos utilizados é o reajustamento do valor do contrato que se prolongue por mais 
de 12 meses, como forma de preservar as condições iniciais que poderiam (caso não houvesse o 
instrumento) ter seu valor corroído, ao longo do tempo, pelos efeitos da variação dos preços dos 
insumos dos produtos e serviços que constituem o contrato.
Nesse sentido, a sequência de fatos abaixo apresenta uma situação hipotética de uma licitação para 
contratação de uma obra.
Assinale a alternativa correta, acerca da data em que o contratado poderá ter seus preços 
reajustados. Considere que foi devidamente consignada tal possibilidade, tanto no edital como no 
contrato.
 
a. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/04/2017, pois completa um ano da assinatura 
do contrato, que, por determinação legal, só pode ser reajustado após 12 meses.
b. O contrato só poderá ser reajustado do dia 02/05/2017 em diante, pois completará um ano do 
efetivo início das obras, a partir de quando a empresa efetivamente incorrerá em dispêndios.
c. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/01/2017, pois completará um ano da data da 
proposta, sobre a qual foram calculados os custos dos serviços.
d. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 30/03/2017, pois completará um ano da 
homologação da licitação, que é o ato de controle da autoridade competente atestando a 
conformidade legal do procedimento.
e. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano da data limite
para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços contratados. Essa é a 
resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser utilizado na formação da
proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, que fixe valores para os salários
de empregados terceirizados, a anualidade será contada da data limite para a apresentação das 
propostas.
Feedback
As propostas de uma licitação para a contratação de obras envolvem uma série de procedimentos 
que as tornam diferentes de uma contratação de fornecimento de bens comuns, por exemplo. 
Enquanto estes têm um centro de custos de fácil apuração, pois envolvem, basicamente, os custos 
de aquisição e entrega do produto, os serviços de engenharia exigem orçamentos complexos com 
apuração de custos de insumos e serviços na elaboração de preços dos serviços unitários que 
compõem a planilha com o preço final da obra. Esses custos são referenciados em tabelas com 
variações mensais de preços, de modo que se adota uma data-base anterior à da sessão de abertura 
das propostas para a possibilitar aos interessados a sua elaboração uniforme. Essa data-base deve 
estar prevista no edital e no anexo em que constar o orçamento estimativo e/ou projeto básico.
Dessa forma, a data-base a partir da qual, após transcorrido o prazo legal, tem-se o direito de 
reajustamento do contrato deve ser estabelecida previamente, devendo ser adotada por todos os 
licitantes como sendo a data da proposta ou do orçamento a que ela se referir.
Há uma dúvida, infundada, acerca da possibilidade de a data para o reajustamento do contrato ser 
após um ano da sua assinatura. É preciso diferenciar o direito do contratado ao reajustamento dos 
preços (aspecto monetário) da vigência do contrato (aspecto temporal). Este último tem disciplina 
no art. 57 da Lei nº 8.666/1993, que, no caso de obras, ampara-se na possibilidade de prorrogações 
e se vincula ao cumprimento do objeto (a obra), enquanto aquele é uma prerrogativa constitucional 
de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do ajuste.
Gabarito: O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano
da data limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços 
contratados.
Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser utilizado na 
formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, que fixe valores 
para os salários de empregados terceirizados, a anualidade será contada da data limite para a 
apresentação das propostas.
Questão 10
Uma das características dos contratos administrativos é a possibilidade de ser alterado, 
unilateralmente pela Administração Pública. Uma dessas alterações unilaterais permitidas é a
de quantitativos do objeto contratado.
No entanto, essas alterações encontram limites quantitativos e qualitativos, além de decorrências 
para as partes contratantes como consequência dessas alterações.
Acerca do tema, indique a alternativa correta.
 
a. Os acréscimos e supressões, quando resultante de acordo entre as partes poderão ser firmados 
livremente, desde que essa possibilidade tenha sido prevista anteriormente no edital.
b. Em nenhuma hipótese pode haver acréscimos acima do limite de 25% inicialmente contratado, 
ainda que por acordo entre as partes.
c. Nos contratos de reforma de edifício, o contratado está obrigado a aceitar supressões até o limite 
de 50%.
d. Os acréscimos e supressões de até 25% são alterações unilaterais, das quais o contratado não 
pode se esquivar de cumprir, sob pena de caracterizar descumprimento de obrigação previamente 
assumida. Essa é a resposta correta. Ainda que impactem a execução do contrato, implicando muitas
vezes na necessidade de alocação de mais material e/ou mão de obra, ou sua redução, o contratado 
não pode recusar o seu cumprimento. Cabe lembrar que os ajustes quantitativos nos contratos 
também refletirão nos valores a serem pagos ao contratado.
e. Nos casos de acréscimos dento dos limites autorizados pela Lei, a Administração deverá 
indenizar o contratado pelos prejuízos porventura causados, desde que devidamente comprovados.
Feedback
As alterações quantitativas dos contratos administrativos, de natureza unilateral e de cumprimento 
obrigatório pelo contratado, inserem-se no âmbito das cláusulas exorbitantes desses contratos, pois 
impõem ao particular contratado a execução do que fora pactuado em condições diversas da que 
avençainicial previa, aumentando ou diminuindo as quantidades de bens e serviços do contrato. 
Cabe lembrar que os ajustes quantitativos nos contratos também refletirão nos valores a serem 
pagos ao contratado, na mesma proporção dos aumentos e das supressões.
O legislador, no entanto, impôs algumas limitações, de modo a proteger o interesse público, 
evitando assim que se desvirtuasse o objeto licitado. Ou seja, se não houvesse essa limitação, um 
determinado bem ou serviço poderia ser licitado em certo quantitativo e majorado posteriormente à 
assinatura do contrato, indefinidamente, desvirtuando e contornando a obrigação constitucional de 
licitar. Por outro lado, poderia inviabilizar a execução do contrato caso as quantidades suprimidas 
ou acrescidas fossem de tal monta que impedisse a contratada de cumprir as novas exigências.
Importa mencionar também que a cláusula exorbitante de alteração unilateral encontra proteção 
para o particular contratado na previsão de ressarcimento para os casos de aquisição de materiais 
necessários à execução do contrato prévia à supressão. Ou seja, a Administração ao suprimir 
quantitativos não pode impor ao particular o ônus de arcar com o prejuízo causado por essa 
supressão, devendo pagar pelo materiais adquirido e indenizar por eventuais prejuízos comprovados
pelo particular.
Gabarito: Os acréscimos e supressões de até 25% são alterações unilaterais, das quais o 
contratado não pode se esquivar de cumprir, sob pena de caracterizar descumprimento de 
obrigação previamente assumida.
Essa é a resposta correta. Ainda que impactem a execução do contrato, implicando muitas vezes na 
necessidade de alocação de mais material e/ou mão de obra, ou sua redução, o contratado não pode 
recusar o seu cumprimento. Cabe lembrar que os ajustes quantitativos nos contratos também 
refletirão nos valores a serem pagos ao contratado.
Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos
Módulo 3 - Fiscalização de Contrato
Questão 1
O fiscal de um contrato de fornecimento de alimentos para as escolas municipais observou 
que a empresa contratada tem cometido as seguintes falhas: atraso na data da entrega, 
quantitativos divergentes entre o que é entregue e o que consta das notas fiscais e entrega de 
alimentos com prazos de validade vencidos. Essas ocorrências têm sido anotadas em um 
arquivo eletrônico mantido no computador utilizado pelo fiscal da seguinte forma:
Atraso na entrega: em 15/02/X1, as mercadorias da nota fiscal nº 145 foram entregues com de 
atraso.
Quantitativos divergentes: os itens da nota fiscal nº 145, entregue em 15/02/X1, apresentaram as 
divergências a seguir - achocolatado (10 unidades na nota fiscal e 8 unidades entregues), óleo de 
soja (12 unidades na nota fiscal e 10 unidades entregues).
Prazos de validade vencidos: os seguintes itens da nota fiscal nº 145, entregue em 15/02/X1, 
apresentaram prazos de validade vencidos - macarrão e farinha de trigo.
Analisando a qualidade dos registros acima, escolha a alternativa correta.
 
a. Os registros sobre o atraso na entrega, os quantitativos divergentes e os prazos de validade 
vencidos são adequados.
b. Os registros sobre o atraso na entrega e os prazos de validade vencidos são adequados.
c. Os registros sobre o atraso na entrega e os quantitativos divergentes são adequados.
d. Os registros sobre os quantitativos divergentes e os prazos de validade vencidos são adequados.
e. O registro sobre os quantitativos divergentes é adequado. A alternativa está correta. O registro 
indica quais as mercadorias que apresentaram os quantitativos divergentes e também quais as 
quantidades registradas na nota fiscal e quais foram realmente entregues.
Feedback
Para serem adequados os registros deveriam indicar:
Atraso na entrega: a data em que as mercadorias foram entregues e a data prevista de entrega.
Quantitativos divergentes: as mercadorias que apresentaram os quantitativos divergentes e também 
quais as quantidades registradas na nota fiscal e quais foram realmente entregues.
Prazos de validade vencidos: as mercadorias com data de validade vencida e quais suas respectivas 
datas de validade.
Gabarito: O registro sobre os quantitativos divergentes é adequado.
A alternativa está correta. O registro indica quais as mercadorias que apresentaram os quantitativos 
divergentes e também quais as quantidades registradas na nota fiscal e quais foram realmente 
entregues.
Questão 2
A Instrução Normativa SLTI nº 02/2008 orienta em vários de seus dispositivos a forma como 
se deve proceder quando do acompanhamento e da fiscalização da execução dos contratos, em
especial quando nele está envolvida a prestação de serviços com dedicação exclusiva de mão-
de-obra.
Quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas e sociais, cabe ao fiscal realizar as seguintes 
verificações, EXCETO:
 
a. Fornecimento de vale transporte e auxílio alimentação quando cabível.
b. Cumprimento das demais obrigações dispostas na CLT em relação aos empregados vinculados ao
contrato.
c. Recolhimento da contribuição previdenciária estabelecida para o empregador e de seus 
empregados, conforme dispõe o artigo 195, § 3o da Constituição federal, sob pena de rescisão 
contratual.
d. Cumprimento das obrigações contidas na convenção coletiva, no acordo coletivo ou na sentença 
normativa em dissídio coletivo de trabalho.
e. Recolhimento do FGTS referente ao mês atual. Na verdade, o recolhimento do FGTS deve ser 
feito em relação ao mês anterior, e não no mês atual, como afirmado na alternativa.
Feedback
Para que o fiscal tenha condições de efetuar seu trabalho de modo a resguardar todos os interesses 
da Administração Pública, é muito importante que ele, além de lançar mão dos instrumentos de 
praxe, procure buscar mais informações e conhecimento por meio da leitura dos manuais 
disponibilizados pelos diversos órgãos públicos, além da Lei, da doutrina e da jurisprudência, 
lembrando sempre de observar as especificidades de cada contrato nos casos concretos.
Gabarito: Recolhimento do FGTS referente ao mês atual.
Na verdade, o recolhimento do FGTS deve ser feito em relação ao mês anterior, e não no mês atual, 
como afirmado na alternativa.
Questão 3
Apesar de o § 1º art. 71 da Lei 8.666/1993 dispor que a inadimplência do contratado com suas 
obrigações trabalhistas não transfere para a Administração contratante a responsabilidade 
pelo seu pagamento, a Justiça do Trabalho, em reiterados julgamentos, desconsidera a norma 
expressa na Lei de Licitações e atribui a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços
quanto aos encargos trabalhistas não adimplidos, amparada na Súmula TST 331.
Acerca da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, indique a alternativa correta.
 
a. Se uma empresa de terceirização de mão de obra de vigilante é contratada por um órgão da 
Administração Pública e não paga as verbas trabalhistas dos vigilantes alocados nesse contrato, esse
órgão público que firmou contrato com a empresa será responsabilizado pelo pagamento dessas 
verbas trabalhistas, desde que tenha participado da relação processual e não tenha exercido 
corretamente sua obrigação de fiscalizar o contrato, conforme previsto no art. 67, da Lei 
8.666/1993. Essa é a resposta correta. Conforme itens IV e V da Súmula TST 331, há duas 
condições para que órgãos da Administração Pública sejam responsabilizados subsidiariamente por 
inadimplência trabalhista resultante de contratos de natureza continuada: tenha sido incluída no polo
passivo da relação processual trabalhista e não tenha fiscalizado corretamente o referido contrato de
modo a evitar a referida inadimplência.
b. Os empregados que prestam serviços de limpeza e conservação, por meio de empresa 
terceirizada, não formam vínculo trabalhista com o tomador dos serviços, ainda que haja 
pessoalidade e subordinação desses empregados com o tomador dos serviços.
c. A contratação deempregados por meio de empresa interposta gera vínculo empregatício qualquer
que seja o empregador contratante, desde que não seja para atividade-meio, a exemplo de serviços 
de vigilância e conservação.
d. Se a empresa de terceirização de mão de obra (de vigilância, por exemplo) não pagar as 
obrigações trabalhistas de seus funcionários alocados em um contrato de vigilância patrimonial 
firmado com um terceiro, esse terceiro que contratou a empresa pode ser compelido a pagar tais 
obrigações, independentemente de cobraça anterior ao empregador, em face do instituto da 
solidariedade de ambos pelas obrigações trabalhistas.
e. Para a caracterização da responsabilidade subsidiária da Administração Pública por débitos 
trabalhistas decorrentes de obrigações do empregador não adimplidas em relação aos seus 
empregados, postos para a execução de serviços terceirizados contratados pela Administração, basta
a simples ocorrência do inadimplemento, ou seja, do não pagamento.
Feedback
Como vimos, o art. 71 da Lei 8.666/1993 estabelece as responsabilidades por diversos encargos 
decorrentes da execução de um contrato administrativo.
Destaco, por mais relevantes, e que demandam maiores considerações, os débitos trabalhistas e 
previdenciários.
Vamos observar que o teor da Lei traz a responsabilidade solidária da Administração contratante em
relação a débitos previdenciários, mas em relação aos débitos trabalhistas sequer atribui 
responsabilidade do tomador dos serviços, igualando-o aos débitos fiscais e comerciais decorrentes 
do contrato.
No entanto, a Justiça do Trabalho, considerando o princípio da hiposuficiência do empregado nas 
relações de trabalho, deu interpretação diversa de modo que passou a condenar a Administração, de 
forma subsidiária, quando da ocorrência de débitos trabalhistas decorrentes da execução de 
contratos administrativos, enunciando esse entendimento na Súmula 331. Posterior, modificou o 
teor da súmula condicionando essa responsabilidade a ocorrência de inação da Administração 
quanto à sua obrigação de fiscalizar o contrato de terceirização de mão de obra.
Nesse sentido, a atividade de fiscalização de contratos assume, ainda mais, uma importância capital,
de modo a prevenir que eventuais demandas trabalhistas decorrentes da relação de emprego entre o 
empregado e a empresa de terceirização de mão de obra venham a alcançar órgãos da 
Administração Pública tomadores desses serviços.
Com vistas a minimizar ocorrências que levem à responsabilidade subsidiária, diversos órgãos da 
Administração têm editado normas disciplinando as atividades de fiscalização de contratos, 
especificamente os contratos de terceirização de mão de obra, a exemplo da IN SLTI/MPOG 
02/2008 (alterada pela IN SLTI/MPOG 6/2013) e da Portaria TCU 297/2012.
Gabarito: Se uma empresa de terceirização de mão de obra de vigilante é contratada por um 
órgão da Administração Pública e não paga as verbas trabalhistas dos vigilantes alocados 
nesse contrato, esse órgão público que firmou contrato com a empresa será responsabilizado 
pelo pagamento dessas verbas trabalhistas, desde que tenha participado da relação processual
e não tenha exercido corretamente sua obrigação de fiscalizar o contrato, conforme previsto 
no art. 67, da Lei 8.666/1993.
Essa é a resposta correta. Conforme itens IV e V da Súmula TST 331, há duas condições para que 
órgãos da Administração Pública sejam responsabilizados subsidiariamente por inadimplência 
trabalhista resultante de contratos de natureza continuada: tenha sido incluída no polo passivo da 
relação processual trabalhista e não tenha fiscalizado corretamente o referido contrato de modo a 
evitar a referida inadimplência.
Questão 4
De acordo com o que ensina o administrativista Hely Lopes Meirelles, existem algumas fases 
que integram o acompanhamento da execução do contrato pelo representante da 
Administração, as quais são compreendidas pela fiscalização, orientação, interdição, 
intervenção e aplicação de penalidades contratuais. Do seu ensinamento é possível extrair os 
entendimentos abaixo transcritos para cada uma das citadas ações.
Marque a alternativa em que o conceito apresentado NÃO representa o entendimento do ilustre 
doutrinador, ou seja, em que o termo não coincide com descrição da fase dada na alternativa.
 
a. Termo: interdição
Descrição da fase: deter a execução do contrato por estar em desacordo com o pactuado.
b. Termo: aplicação de penalidade
Descrição da fase: é dever da Administração quando é verificada a inadimplência do contratado em 
qualquer obrigação.
c. Termo: intervenção
Descrição da fase: interceder na execução do contrato. Nesta alternativa, o termo não coincide com 
a descrição da fase. Na lição de Hely Lopes Meirelles, o verbo intervir não tem conotação de 
interferir ou interceder, mas significa o ato de suceder, no sentido de ocupar o lugar de outro, 
assumir.
d. Termo: fiscalização
Descrição da fase: verificar o material utilizado e a forma de execução do objeto do contrato, 
confirmar o cumprimento das obrigações tanto no aspecto técnico, quanto nos prazos de realização.
e. Termo: orientação
Descrição da fase: dar e receber informações sobre a execução do contrato; estabelecer normas e 
diretrizes.
Feedback
É importante lembrar que o acompanhamento de um contrato não se resume a uma atividade 
formal, sendo, além disso, uma garantia de que o serviço ou produto será prestado ou entregue de 
acordo com o previsto no contrato.
Para que um contrato seja bem gerenciado, a informalidade não poderá se fazer presente, ou seja, há
que se ter atuação dentro dos limites estabelecidos, registrando e exigindo o cumprimento do que 
está contratado. Para tanto, é fundamental atentar para os conceitos apresentados pela doutrina de 
modo a assegurar a qualidade técnica da fiscalização do contrato.
Gabarito: Termo: intervenção
Descrição da fase: interceder na execução do contrato.
Nesta alternativa, o termo não coincide com a descrição da fase. Na lição de Hely Lopes Meirelles, 
o verbo intervir não tem conotação de interferir ou interceder, mas significa o ato de suceder, no 
sentido de ocupar o lugar de outro, assumir.
Questão 5
As sanções aplicadas pela Administração em face de um contrato administrativo estão 
reguladas na Seção II, do Capítulo IV (arts. 87 a 88) da Lei 8.666/1993 e no art. 7º da Lei 
10.520/2002 (Lei do Pregão).
Com base nesses dispositivos e no que foi estudado no curso, assinale a alternativa correta.
 
a. O impedimento de licitar e contratar com a Administração por prazo não superior a 2 anos, em 
razão de falha na execução, independe da modalidade de licitação que precedeu o contrato.
b. A multa aplicada em face de um contrato administrativo independe de previsão no edital da 
licitação que o precedeu, considerando que já há previsão na Lei 8.666/1993 para a sanção, estando,
assim, na seara da discricionariedade do contratante a sua gradação.
c. Por ser a sanção mais leve e não haver consequência pecuniária para o contratado, a pena de 
Advertência prescinde do contraditório do interessado.
d. A sanção de Advertência pode ser aplicada conjuntamente com a com multa somente quando 
decorrente de inexecução total do contrato.
e. A declaração de inidoneidade para contratar com a Administração Pública pode ser aplicada como
sanção às empresas que tenham cometido ilícitos visando frustrar os objetivos da licitação. Essa é a 
resposta correta. Além do inciso IV do art. 87 da Lei 8.666/1993, autorizador da aplicação de 
declaração de inidoneidade por inexecução de contrato administrativo, o inciso II, do art. 88 do 
mesmo diploma autoriza a aplicação da sanção sempre que haja a prática dos atos ilícitos ali 
mencionados.
Feedback
A Lei do Pregão (Lei 10.520/2002) incorporou diversos dispositivos da Lei 8.666/1993, 
notadamente quanto à parte que disciplina os contratos administrativos decorrentesda nova 
modalidade de licitação introduzida no ordenamento jurídico por essa Lei.
No entanto, a sanção por inadimplemento contratual - que na referida Lei foi consignada com a 
expressão "falhar ou fraudar" na execução do contrato - tem disciplina própria, mais gravosa para os
contratantes inadimplentes, faltosos com as obrigações assumidas.
Enquanto nos contratos decorrentes de licitações regidas pela Lei 8.666/1993 há a suspensão 
temporária por até dois anos e a declaração de inidoneidade enquanto perdurarem os motivos, nos 
contratos precedidos por Pregão a pena pode ir até 5 anos.
Nesse sentido, observa-se que houve uma mudança de 'filosofia' na nova modalidade, pois enquanto
nas modalidades tradicionais predominava o controle prévio, com as exigências focadas nas 
formalidades; na modalidade Pregão houve a inversão dessa 'filosofia', flexibilizando as 
formalidades, mas impondo maior responsabilidade aos licitantes quanto ao cumprimento delas. 
Como contrapartida, no caso de descumprimento, a penalidade é mais gravosa.
Por fim, lembro, ainda, a possibilidade de o TCU aplicar a sanção de declaração de inidoneidade, 
por até 5 anos, em face de fraude à licitação, conforme art. 46 da Lei 8.443/1992 (Lei Orgânica do 
TCU). Nesse caso, independe da modalidade que precedeu à contratação.
Gabarito: A declaração de inidoneidade para contratar com a Administração Pública pode ser
aplicada como sanção às empresas que tenham cometido ilícitos visando frustrar os objetivos 
da licitação.
Essa é a resposta correta. Além do inciso IV do art. 87 da Lei 8.666/1993, autorizador da aplicação 
de declaração de inidoneidade por inexecução de contrato administrativo, o inciso II, do art. 88 do 
mesmo diploma autoriza a aplicação da sanção sempre que haja a prática dos atos ilícitos ali 
mencionados.
Questão 6
No intuito de se certificar que o contrato fosse executado exatamente da forma consignada na 
proposta da empresa vencedora da licitação, a Administração fez constar no edital da licitação
a obrigatoriedade de contratação de um fiscal, às custas da empresa contratada. Como o 
contrato se referia a serviços de informática com especificidades e nível de detalhamento 
aprofundado, exigia-se que a empresa comprovasse a qualificação técnica da pessoa indicada, 
caso contrário a Administração poderia determinar a substituição do fiscal.
Acerca do procedimento acima, indique a opção certa, de acordo com as disposições da Lei 
8.666/1993.
 
a. O procedimento está correto, pois a Lei 8.666/1993 obriga que todo contrato administrativo deve 
ser acompanhado e fiscalizado, podendo inclusive ser contrato terceiro estranho à Administração.
b. O procedimento está errado, pois a competência para fiscalizar a execução de um contrato 
administrativo é da própria administração, não sendo admitida a presença de terceiros nessa função.
c. O procedimento está errado, pois como o fiscal foi contratado pela empresa, cabe a ela a escolha 
do fiscal e a definição das exigências de qualificação dele.
d. O procedimento está correto caso a Administração declare formalmente que não possui em seus 
quadros pessoal especializado no objeto da contratação capaz de fiscalizar o fiel cumprimento das 
obrigações por envolver conhecimento especializado.
e. O procedimento está errado, pois a designação de um fiscal para acompanhar a execução dos 
contratos é obrigação da Administração, que deverá escolher dentre os servidores do quadro o que 
tenha melhores condições para executar a tarefa. Essa é a resposta correta. A obrigação da 
Administração de fiscalizar os contratos firmados é irrenunciável e indelegável, podendo, quando o 
objeto assim o exigir, contratar terceiros para auxiliá-la.
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O fiscal do contrato é figura importante para que a Administração seja capaz de cobrar do 
contratado a correta execução da avença nos termos que foram acordados. Deste fato decorre de a 
fiscalização dos contratos ser irrenunciável e indelegável, podendo, quando o objeto assim o exigir, 
haver a contratação de terceiros para auxiliar a Administração em tal função.
Em algumas ocasiões, o objeto do contrato possui tal especificidade e complexidade que o órgão 
contratante poderá não ter pessoal suficiente ou qualificado para a tarefa, razão pela qual a Lei 
autoriza a contratação de terceiros. A publicação "Licitações e Contratos: orientações e 
jurisprudência do TCU", indica que a "contratação de profissional ou empresa para auxiliar a 
fiscalização do contrato é procedimento admitido e recomendável, especialmente em contratos 
complexos ou de valor elevado". Essa mesma publicação recomenda que "deve ser mantida pela 
Administração, desde o início até o final da execução do contrato, equipe de fiscalização ou 
profissional habilitados, com experiência".
Ainda assim, a responsabilidade pela fiscalização continua sendo do servidor designado, cabendo a 
ele a responsabilidade pela comunicação à autoridade superior de qualquer irregularidade na 
execução do contrato.
Daí a importância de a Administração designar para a atividade um servidor que tenha condições 
técnicas e com perfil adequado para fiscalização. No caso de não haver, ou de o objeto da 
contratação ser muito específico, pode-se contratar terceiros para auxiliá-lo na fiscalização.
Em todo caso, a responsabilidade por erros e omissões da fiscalização pode ser atribuída ao fiscal e 
à autoridade que o designou. Em sendo designado para a atividade e constatado que não tem 
condições técnicas para o exercício da atividade, deve o servidor incumbido da fiscalizar informar à
autoridade que o designou de suas limitações.
Por fim, cabe diferenciar o fiscal do contrato da figura do preposto da empresa, designado para 
representar a empresa na execução do contrato. A função do preposto é servir como o contato da 
empresa com a Administração, nunca a de fiscalizar a execução do contrato. Qualquer questão 
envolvendo a execução do contrato deverá ser encaminhada ao preposto da empresa para as 
providências devidas, nunca diretamente aos empregados terceirizados.
Gabarito: O procedimento está errado, pois a designação de um fiscal para acompanhar a 
execução dos contratos é obrigação da Administração, que deverá escolher dentre os 
servidores do quadro o que tenha melhores condições para executar a tarefa.
Essa é a resposta correta. A obrigação da Administração de fiscalizar os contratos firmados é 
irrenunciável e indelegável, podendo, quando o objeto assim o exigir, contratar terceiros para 
auxiliá-la.
Questão 7
Em determinado município, o transporte escolar de alunos residentes na área rural é 
realizado por meio de uma empresa que disponibiliza ônibus para atender as rotas 
estabelecidas pela secretaria de educação. Essa empresa é remunerada mensalmente pelo total
de quilômetros rodados pelos ônibus.
Você, como fiscal desse contrato, ao verificar o cumprimento das cláusulas contratuais, observou 
que em certo mês, em mais da metade daquelas rotas, as quantidades de quilômetros rodados 
superaram em 20% os quantitativos previstos inicialmente no contrato.
Qual das providências a seguir contribui mais para o esclarecimento do ocorrido?
 
a. Aguardar mais um mês para ver se a situação se repete.
b. Solicitar a seu superior hierárquico que encaminhe ao secretário de educação ofício descrevendo 
a situação.
c. Solicitar ao superior hierárquico que encaminhe ao secretário de controle interno ofício 
descrevendo a situação.
d. Encaminhar expediente ao preposto da empresa contratada solicitando justificativas para a 
situação.
e. Encaminhar expediente ao preposto da empresa contratada solicitando justificativas para a 
situação e obter informações sobre o assunto junto à secretaria municipal de educação. A alternativa
está correta. Dentre as descritas, esta providência é a mais indicada, pois possibilitará uma 
justificativa da contratada e o confronto com asinformações disponíveis na secretaria municipal de 
educação.
Feedback
O fiscal do contrato deve conhecer detalhadamente o contrato e as cláusulas nele estabelecidas. 
Também deverá acompanhar a execução dos serviços, neste caso, verificando atentamente as 
distâncias percorridas pelos ônibus.
Na situação descrita no enunciado desta questão, a melhor providência é verificar tanto junto à 
contratada quanto à secretaria de educação os motivos que levaram ao acréscimo de 20% nas 
distâncias percorridas em mais da metade das rotas.
Gabarito: Encaminhar expediente ao preposto da empresa contratada solicitando 
justificativas para a situação e obter informações sobre o assunto junto à secretaria municipal
de educação.
A alternativa está correta. Dentre as descritas, esta providência é a mais indicada, pois possibilitará 
uma justificativa da contratada e o confronto com as informações disponíveis na secretaria 
municipal de educação.
Questão 8
Após a realização do processo licitatório, foi firmado um contrato para a execução de obras de
construção de uma quadra de esportes dentro de uma escola. Contudo, antes do início da 
execução da obra ocorreu um enorme deslizamento de pedras no local ocasionado por fortes 
chuvas, fato esse que tornou inviável a execução contratual.
Uma vez que a empresa contratada não teve culpa no fato ocorrido, qual procedimento você 
recomendaria que fosse adotado pelo gestor:
 
a. Efetuar a rescisão unilateral do contrato, sendo que não haverá a possibilidade de ampla defesa 
e/ou contraditório por parte da contratada e nem a necessidade de uma motivação formal por parte 
da administração, visto ser um fato público e notório.
b. Efetuar a rescisão unilateral do contrato, caso em que a empresa contratada deverá ser indenizada
apenas pelas despesas de desmobilização.
c. Rescindir unilateralmente o contrato e efetuar o ressarcimento dos prejuízos comprovados, 
incluindo danos emergentes, assim como providenciar a devolução da garantia e o pagamento do 
que tiver sido executado até a data da rescisão e do custo da desmobilização. Essa é a alternativa 
correta. Conforme o § 2º do artigo 78, da Lei de Licitações e Contratos, sempre que houver uma 
rescisão unilateral de um contrato administrativo por parte a administração publica, o Contratado 
fará jus a indenização, desde que não tenha dado razão à rescisão e que tenha agido de boa fé. Essa 
indenização poderá consistir no pagamento do valor corresponde à execução do contrato até a data 
de rescisão, em danos emergentes e lucros cessantes, e em custo desmobilização.
d. Tentar um acordo amigável com a empresa contratada para a dissolução do contrato, por meio da 
oferta de uma indenização a contento.
e. Tentar efetuar a rescisão do contrato na esfera judicial, de modo a não precisar pagar qualquer 
tipo de indenização, visto não ter sido a Administração a responsável pelo evento gerador da 
inviabilidade de execução do contrato.
Feedback
Com base no ensinamento de Diógenes Gasparini, é interessante salientar que a rescisão unilateral 
trata-se de um dever-poder conferido à Administração Pública, logo quando esta estiver diante dos 
pressupostos que ensejam a rescisão, não cabe nesse momento juízo discricionário, a Administração
deve assim proceder (rescindir o contrato)
Leia mais: http://jus.com.br/artigos/21479/limites-das-alteracoes-unilaterais-qualitativas-dos-
contratos-administrativos#ixzz2qgJZjUJD
Gabarito: Rescindir unilateralmente o contrato e efetuar o ressarcimento dos prejuízos 
comprovados, incluindo danos emergentes, assim como providenciar a devolução da garantia 
e o pagamento do que tiver sido executado até a data da rescisão e do custo da desmobilização.
Essa é a alternativa correta. Conforme o § 2º do artigo 78, da Lei de Licitações e Contratos, sempre 
que houver uma rescisão unilateral de um contrato administrativo por parte a administração publica,
o Contratado fará jus a indenização, desde que não tenha dado razão à rescisão e que tenha agido de
boa fé. Essa indenização poderá consistir no pagamento do valor corresponde à execução do 
contrato até a data de rescisão, em danos emergentes e lucros cessantes, e em custo desmobilização.
Questão 9
A importância da presença do Fiscal do Contrato está em acompanhar de perto a execução do
objeto da avença pela empresa contratada, de modo que as eventuais ocorrências tenham o 
tratamento correto e tempestivo, não vindo a constituírem em um problema para a 
Administração. Para isso, o Fiscal usa seus conhecimentos técnicos e habilidades para bem 
conduzir a relação entre a Administração e a empresa.
Das situações a seguir, escolha a alternativa que melhor expressa o procedimento correto aplicado 
na fiscalização de um contrato.
 
a. Os bens contratados são entregues regularmente, o responsável pelo almoxarifado atesta a entrega
na nota fiscal. As especificações são conferidas quando é feita requisição do produto para uso. 
Quando há discordâncias em relação ao que fora especificado, o fiscal do contrato se encarrega de 
devolver o produto para o almoxarifado para reclamação posterior junto ao fornecedor.
b. A execução dos serviços de conservação e limpeza da sede do órgão contratante é atestada pelo 
presidente da CPL responsável pela licitação que precedeu a contratação, já que foi ele quem 
elaborou o Termo de Referência com as especificações do serviço. Quando há uma reclamação 
acerca da qualidade do serviço, o chefe do setor onde houve a ocorrência liga para a empresa para 
relatar o fato.
c. A execução do contrato de serviços de copeiragem transcorria sem ocorrências dignas de registro,
até que um dos empregados da empresa terceirizada passou a faltar sem a devida substituição, o que
motivou a comunicação à empresa, feita pelo fiscal por meio de ofício. Foi pedida explicação ao 
preposto da empresa. Como a explicação não foi aceita, encaminhou ao ordenador de despesa um 
relatório com a ocorrência e a propositura de desconto das faltas havidas na próxima fatura. Essa é a
resposta correta. O procedimento do fiscal em comunicar a empresa por meio de ofício, amparou o 
seu relatório de ocorrências encaminhado ao ordenador de despesas do órgão com a proposta de 
desconto dos valores correspondentes na fatura da empresa. Procedendo assim, além de dar a 
oportunidade da empresa se manifestar antes de uma medida com impacto financeiro na execução, 
cria um histórico documental das ocorrências que pode vir a ser utilizado em outras situações.
d. A empresa contratada para a execução das obras de construção do novo edifício anexo 
encaminhava regularmente os boletins de medição com os serviços realizados, que eram conferidos 
pelo Fiscal do Contrato, tomando como referência o orçamento da licitação.
e. Para relatar ocorrências de descumprimento de cláusulas do contrato, o representante da 
Administração conversava com o preposto da empresa contratada sobre os problemas ocorridos no 
mês anterior, procedimento que se mostrava proveitoso, pois nos dias seguintes à reunião as 
ocorrências diminuíam bastante. Certo dia o Fiscal informou que iria aplicar multa à empresa em 
face dos reiterados descumprimentos de cláusulas contratuais. Não se conformando, a empresa 
apresentou recurso administrativo ao ordenador de despesa contra a medida adotada pelo Fiscal.
Feedback
A atuação do fiscal deve ser baseada em regras e procedimentos, pois é uma atividade que depende 
de sistematização para que tenha efetividade. No entanto, o fiscal de contrato não deve limitar sua 
ação às formalidades prescritas nos procedimentos, mas agir de modo a contribuir para que o 
contrato cumpra a sua finalidade, seja exigindo estrita observância de normas e procedimentos, seja 
adotando procedimentos de acordo com as circunstâncias, sempre tendo em mente o interesse 
público.
Devemos lembrar que a boa aplicação dos recursos públicos que custeiam os contratos

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