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Pulsões e seus Destinos resumo do prefácio

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Pulsões e seus Destinos; Resumo do Prefácio- Psicanálise
         Instinto “Trieb” passa por 3 definições conforme sua obra:
1.   “Conceito situado na fronteira entre o material e o somático, o representante psíquico dos estímulos que se originam de dentro do organismo e alcançam a mente.”
2.   “Conceito na fronteira entre o somático e o mental, o representante das forças orgânicas.”
3.   “Representante psíquico de uma fonte de estímulo endossomática, continuamente a fluir, conceito que se acha na fronteira entre o mental e o físico.”
Freud não estabelecia nenhuma diferença entre instinto e aparelho psíquico segundo essas definições, onde considerava o próprio instinto como representante psíquico das forças somáticas. 
Porém, em novos artigos, Freud passa a fazer uma diferenciação mais precisa entre instinto “Trieb” e seu representante psíquico.
Segundo um trecho da obra “O Inconsciente” (p.182): “Um instinto jamais pode se tornar um objeto da consciência- somente a ideia que pode fazê-lo. Além disso, no inconsciente, um ‘instinto” [Trieb] de outra forma s/e não for por uma ideia; impulso instintual cujo representante ideacional é o inconsciente.
Após algumas considerações, passa a identificar que o instinto [Trieb] não é mais considerado representante de impulsos somáticos, mas sendo ele próprio algo não-psíquico.
Aparelho psíquico possui vários representantes psíquicos como a fantasia
Freud expressou insatisfação sobre o conhecimento psicológico dos instintos [Trieb]; em seu artigo sobre Narcisismo, queixava-se sobre a “ausência total de qualquer teoria dos instintos”. Também após “Além dos Princípios do Prazer” descreveu-os como “elemento ao mesmo tempo mais importante e mais obscuro da pesquisa psicológica
O termo instinto, em suas obras anteriores, quase não é encontrado, porém, os instintos já existiam antes, com outros nomes como “excitações”, “ideias afetivas”, “impulsos anclantes”, “estímulos endógenos”, etc.
Distinção entre estímulo e instinto (p. 146). Estímulo atua como força geradora de um impacto isolado e Instinto atua como constante. Essas distinções foram traçadas 20 anos antes com termos quase idênticos classificados como excitações endógenas e exógenas.
“O organismo não pode atuar de forma evasiva contra a necessidade instintual como o faz contra estímulos externos.”
Na sessão I da Parte I do “Projeto”, prossegue que os estímulos endógenos ‘têm origem nas células do corpo e dão lugar às necessidades principais: fome, respiração, e sexualidade.” MAS em nenhum momento aparece o termo “instinto”[Trieb]
Conflito das psiconeuroses; situado entre o “Eu” e a “sexualidade”; empregava-se com frequência o termo “libido”; o conceito era de uma manifestação de “tensão do instinto sexual” por sua vez considerada um processo químico.
Três Ensaios: a libido foi firmemente estabelecida como uma expressão do instinto sexual.
O conflito do “Eu” permaneceu indefinido por muito tempo; foram examinadas, sobretudo em relação as suas funções “recalque”, a “resistência” e o “teste de realidade”. Mas pouco se disse a respeito de sua estrutura ou dinâmica, quase não se fez referência aos “instintos de autopreservação”
Libido se ligara a eles nas fases iniciais do seu desenvolvimento; não parecia haver razões para estabelecer conexão entre o papel desempenhado pelo Eu enquanto agente repressivo em conflitos neuróticos.
Instintos do eu por um lado como instintos de autopreservação e por outra função do recalque.
Conflito foi representado pela competição entre os dois conjuntos de instintos [Trieb] do eu e instintos da libido.
Libido narcisista era uma manifestação da força dos instintos sexuais no sentido anaclítico (fusão das pulsões sexuais de autopreservação), que identificados desde o início com os instintos de autopreservação permitidos.
Existem outros instintos do Eu e instintos objetais; ainda vinculado a uma visão dualista, introduziu a hipótese de instinto de morte.
Instintos agressivos e destrutivos (sadismo e masoquismo) achavam que estava ligado aos instintos libidinais, porém passou a analisá-los de sua forma pura e passou a considerá-los como instinto de morte.
Comentários do Editor Brasileiro
Trieb é um termo de origem alemã que possibilita diversas interpretações em sua língua nativa e resulta de uma fusão de duas palavras
Algumas definições consideradas:
Polo impelente ou atrator, externo ou interno, aquilo que quer se externalizar ou internalizar, agradável, atraente ou desagradável e podem permanecer na esfera da necessidade fisiológica, ou necessidade psíquica (desejo.)
Buscar quando do uso do termo Trieb antes de Freud no texto página 134
Este termo já era muito utilizado nas concepções biológicas, filosóficas e psicológicas.
Freud inovou em tê-lo inserido na estrutura que sustenta base de uma teoria de conflitos psíquicos, logo, psicodinâmico.
Desde o conflito psíquico era entendido por Freud como conflito de idéias/representação incompatíveis.
Agora, conflito era conceituado em suas raízes mais profundas e compreendido como um conflito entre pulsões.
Também buscou utilizá-lo devido sua ligação com a história da espécie (pulsão como evolução filogenética, leis da natureza (pulsão como expressão de princípios e leis) e noção de “vontade” (“herdeira da pulsão” no âmbito psíquico)
Em sua origem, a pulsão possui o mesmo valor que uma tensão. Tendência a se tensionar/brotar e a contratendência a distensionar/descarregar; tendências opostas e potencialmente conflitantes, mesmo ambas possuindo um fluxo de brotamento/escoamento.
Freud abandona pressupostos físico-químicos e uma visão teleológica que engloba princípios como o da inércia e de constância que deram origem as noções de pulsão de morte e vida.
Moção pulsional (meta, pressão, objetivo) rodeia toda a teoria das pulsões e se expressa de formas diferenciadas, combinadas e complexas, conforme o nível/grau de manifestação da pulsão. Logo essa energia/força se manifesta no âmbito psíquico de modo particular, por ser marcado por afetos, imagens e, sobretudo linguagens.
Nossas pulsões são vinculadas as leis da natureza e espécie e as leis dos ciclos químicos e físicos do corpo.
Representam-se psiquicamente as pulsões por meio de representações primitivas e disposições para certas fantasias e neuroses que são depósitos de experiências arcaicas de nossos ancestrais que se fixaram na filogênese.
Freud destaca uma especificidade humana e cultural que altera profundamente o percurso, interfere na síntese e fusão entre pulsões retroage (age sobre o passado) sobre todo o arco pulsional.
Pulsão liga-se a representações e afetos organizados como linguagem, de maneira que o conflito pulsional se expressa como desejos opostos que engloba camadas anteriores e estão ancorados na história biológica sendo determinado também não só por elas, mas também por significações.
Neste artigo, Freud sugere que abordemos os destinos das pulsões relacionando-os com as forças motivacionais que se confrontam ao avanço das pulsões.
O que o conceito Trieb permite?
Permite a Freud englobar todas essas camadas e vetores em um sistema complexo e abrangente e, que pulsos se fusionam (e se desfusionam), se enlaçam (e se liberam), progridem (e regridem). Deslocam-se (e se distorcem), se condensam, mudam de direção e sofrem transformações da natureza, transitando entre o corpo, a psique, o consciente e o inconsciente, assumindo diferentes roupagens nos processos psicodinâmicos.
Sistema dividido entre Regulierung (regulação), todas precárias, pois se trata sempre de lidar, bewältigen (lidar, enfrentar) pulsões que não se deixam dominar, estando sempre em processo de Drang (ânsia por se manifestar e extinguir). A pressão é a força constante da pulsão, sempre ativa, descrita como um “pedaço da atividade”; sua satisfação nunca é total, pois se fosse se extinguiria. Toda pulsão é ativa e a pressão é a própria atividade da pulsão.
Freud chama de libido essa força da pulsãosexual, atribuindo o modelo da necessidade. Exemplo: no caso da fome, emprega-se a libido como nome da força (neste caso a força da pulsão sexual assim como a fome, a força da pulsão de nutrição) pela qual a pulsão se manifesta.
A libido está para a pulsão oral como a fome está para a necessidade fisiológica de comer.
A libido constitui a própria atividade da pulsão, é o que faz o bebê sugar para além da fome (o mamilo, uma parte do seu corpo (dedo), ou ainda uma chupeta) pouco importa o objeto e sim a satisfação da atividade.
Os textos de Freud tornam-se incoerentes entre si e desconectados do idioma alemão se utilizar Trieb como referido somente ao psíquico, à demanda e ao humano. Essa conexão refere-se apenas ao momento de circulação psicodinâmica entre o consciente e o inconsciente. (ler p. 141)
Os obstáculos à leitura da teoria das pulsões decorrem também de como os diversos sinônimos de Trieb são utilizados por Freud
Termos como pressão (drang), vontade (Wille, compulsão (Zwang) entre outros, constavam como ocasionais sinônimos de Trieb, onde ora empregados por Freud como equivalentes a Trieb, de modo mais frouxo e pouco rigoroso, ora de forma mais sistemática diferenciando-se entre si.
“Conceito entre o somático e o psíquico”. Freud diferencia Zwerck “finalidade” (sempre vinculada à evolução da biologia) e Ziel “meta” (vinculada ao princípio do prazer ou a metas derivadas destes e ligadas ao princípio da realidade.) É o princípio de realidade que coloca fora de pauta o impulso prejudicial e permite que você se comporte de uma maneira que é adequada para determinada hora e lugar; esforça para satisfazer os desejos do id de forma realista e socialmente adequada).
Freud enfatiza esse papel do Trieb no campo da interligação entre o somático e o psíquico, evidenciando a ligação da psique ao corpo cobra ao sistema nervoso um preço, na forma psíquica de Drang (ânsia) e na forma energética de um trabalho de busca de objetos.

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