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Pessoa Jurídica - Sociedades Privadas e Fundações Privadas - Resumo_ Carlos Roberto Gonçalves

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Este resumo é baseado no livro Direito Civil Brasileiro – Parte Geral do 
autor Carlos Roberto Gonçalves. 
 
Mais resumos como este em: http://www.endireitandoamente.wordpress.com/ 
 
TEMA: SOCIEDADES 
 
Sociedade simples é constituída por profissionais que atuam em uma mesma área ou por 
prestadores de serviços técnicos (clínicas médicas, escritórios de advocacia, instituição de 
ensino) e que possui fim econômico ou lucrativo. 
 
Sociedades empresariais, também visam lucro, mas tem por objeto o exercício de atividade 
própria de empresário sujeito ao registro previsto no art. 967 do CC, conforme in verbis: 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o 
exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da 
respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
Nas sociedades, ao contrário das associações, existem direitos e obrigações recíprocas, 
definidas em um contrato plurilateral, aonde são especificadas as relações dos sócios entre 
si, assim como dos sócios com a sociedade, da sociedade com terceiros e dos sócios com 
terceiros. 
 
TEMA: FUNDAÇÕES PRIVADAS 
 
As fundações constituem um acervo de bens, que recebe personalidade jurídica para a 
realização de fins determinados, de interesse público, de modo permanente e estável. 
 
As fundações decorrem da vontade de uma pessoa, o instituidor e, seus fins são imutáveis. 
 
As fundações públicas são regidas pelo direito administrativo. Já as fundações particulares 
são regidas pelo Código Civil, em seus artigos 62 a 69. 
 
As fundações são compostas de dois elementos fundamentais: patrimônio e fim específico. 
O instituidor irá estabelecer ambos e este fim não poderá ter almejar lucro mas sim algo de 
interesse público e social. Dentre essas possíveis finalidades, podemos destacar: religiosas, 
morais, culturais ou de assistência. Esses são meros fins exemplificativos, pois, é admitida 
a constituição também de fundações para fins científicos, educacionais ou de promoção do 
meio ambiente. 
 
A constituição da fundação se delimita em 04 fases, conforme abaixo: 
 
1) Ato de dotação ou instituição ( Art. 62) : 
É a destinação de bens com indicação dos fins a que se destinam e a maneira de 
administrá-los. Esse ato poderá ser feito via escritura pública, quando ato inter vivos, ou 
via testamento, quando ato causa mortis. Vale lembrar que o patrimônio deverá ser apto a 
produzir renda que possibilite a fundação o alcance de sua finalidade pretendida. 
 
É interessante lembrar que, os herdeiros do instituidor não poderão neutralizar a sua 
vontade, a não ser no ponto que lhe ofendeu a legítima. 
Dispõe o art. 63 que, quando os bens forem insuficientes para constituir a fundação, estes 
serão incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ao semelhante. 
 
Ficará o bem no patrimônio do instituidor, até o momento em que se operar a constituição 
da pessoa jurídica da fundação. 
 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, 
dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, 
a maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, 
culturais ou de assistência. 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de 
outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim 
igual ou semelhante. 
 
2) Elaboração do Estatuto 
 
O estatuto poderá ser elaborado de duas formas: via direta, quando o próprio instituidor o 
elabora ou via fiduciária, quando ele delega a outra pessoa a sua elaboração. 
 
Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou caso não haja prazo 
delimitado, em 180 dias a incumbência de elaboração será do Ministério Público. 
 
O instituidor pode, assim, elaborar o estatuto por inteiro, como pode formular-lhe somente 
as bases, ou seja, as cláusulas gerais, que deverão ser desenvolvidas pelo administrador que 
aceitou a incumbência. 
 
Se o instituidor não elabora o estatuto, nem indica quem deva fazê-lo, o Ministério Público 
poderá tomar a iniciativa. O mesmo acontecerá se a pessoa designada não cumprir o 
referido encargo, no prazo que lhe foi assinalado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, 
dentro em cento oitenta dias. 
 
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a 
transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, 
serão registrados, em nome dela, por mandado judicial. 
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do 
encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação 
projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso 
ao juiz. 
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não 
havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público. 
 
3) Aprovação do estatuto. 
 
O estatuto é encaminhado ao Ministério Público Estadual da localidade, que é a autoridade 
competente para aprovação. 
 
O Ministério Público, em 15 dias, aprovará o estatuto, indicará modificações que entender 
necessárias ou lhe denegará a aprovação. Nos dois últimos casos, pode o interessado 
requerer ao juiz o suprimento da aprovação. O juiz, antes de suprir a aprovação, poderá 
também fazer modificações no estatuto, com a finalidade de adaptá-lo aos fins pretendidos 
pelo instituidor. 
 
Da decisão do juiz, também cabe recurso, que é o de apelação à instância superior. 
Igualmente compete ao juiz aprovar o estatuto quando este é elaborado pelo órgão do 
Ministério Público, suprindo a omissão do instituidor ou da pessoa por ele encarregada de 
cumprir o encargo. 
 
Não se pode alienar os bens da fundação, porque estes são inalienáveis. Possuem essa 
característica pois são os bens que asseguram a concretização dos fins visados pelo 
instituidor, salvo determinação em sentido diferente do instituidor. 
 
O Ministério Público, encarregado de velar pelas fundações, poderá propor medidas 
judiciais para remover o ímprobo administrador da fundação, ou lhe pedir contas, que está 
obrigado a prestar. Até mesmo para extingui-la, caso se desvirtue de suas finalidades ou 
torne-se nociva ao Estado. Todavia, não poderá o Ministério Público intervir na 
administração da entidade. 
 
4) Registro 
 
O registro de uma fundação se faz no cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Este 
registro é indispensável, pois só com ele começa a fundação a ter existência leal. 
 
O registro exige que, dentre outros dados, seja fornecido o nome e a individualização dos 
fundadores ou instituidores, assim como dos diretores e as respectivas condições de 
extinção da pessoa jurídica e o destino de seu patrimônio. 
 
As fundações podem ser extintas em apenas dois casos: 
 
a) Se a sua finalidade torna-se ilícita, impossível ou inútil. 
b) Se vencer o prazo de sua existência. 
 
A lei não estabelece prazo para a duração de uma fundação, mas o instituidor pode fixá-lo. 
Apenas neste caso é que se aplica a hipótese da extinção em conseqüência do vencimento 
do prazo de sua existência. 
 
CAPÍTULO III 
DAS FUNDAÇÕES 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento,dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, 
morais, culturais ou de assistência. 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados 
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se 
proponha a fim igual ou semelhante. 
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é 
obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se 
não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial. 
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo 
ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da 
fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com 
recurso ao juiz. 
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, 
ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público. 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
§ 1o Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá o encargo ao 
Ministério Público Federal. (Vide ADIN nº 2.794-8) 
§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um 
deles, ao respectivo Ministério Público. 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a 
fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III - seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o 
juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os 
administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, 
requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias. 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou 
vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, 
lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário 
no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a 
fim igual ou semelhante. 
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