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AULA 07 DA ORGANIZAÇÃO E DA FISCALIZAÇÃO DAS FUNDAÇÕES

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AULA 07 – DA ORGANIZAÇÃO E DA FISCALIZAÇÕES DAS FUNDAÇÕES
CPC - Art. 764. O juiz decidirá sobre a aprovação do estatuto das fundações e de suas alterações sempre que o requeira o interessado, quando:
I - ela for negada previamente pelo Ministério Público ou por este forem exigidas modificações com as quais o interessado não concorde;
II - o interessado discordar do estatuto elaborado pelo Ministério Público
§ 1º O estatuto das fundações deve observar o disposto na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) .
§ 2º Antes de suprir a aprovação, o juiz poderá mandar fazer no estatuto modificações a fim de adaptá-lo ao objetivo do instituidor.
As fundações são pessoas jurídicas de direito privado (CC44 III) instituídas formalmente por escritura pública ou testamento, mediante a dotação especial de bens livres, visando atingir determinado fim (CC 62). Enquanto nas sociedades civis e mercantis há associação de pessoas (universitas personarum), nas fundações há ajuntamento de bens (universitas bonorum), personalização e finalidade. A fundação é patrimônio personalizado dirigido a um fim.
CC Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
III – educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
V – segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
IX – atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
INSTITUIÇÃO POR TESTAMENTO
Quando a Fundação for instituída por Testamento o MP por meio do curador das fundações, oficiará obrigatoriamente no processo de inventário (CC 66). Como se trata de processo que trata de disposição de ultima vontade, oficiará também outro órgão do MP o curador de resíduos. Caso não haja incompatibilidade entre as funções de curador de resíduos e do curador das fundações ambas as atividades podem ser exercidas por um único membro do MP.
Curador de resíduos é um órgão do MP que atua no cumprimento da disposição de ultima vontade das pessoa que faz um testamento, assegurando que sua vontade seja cumprida.
CC Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
CC Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
CC Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
§ 1 º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
§ 2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público.
Para que a Fundação tenha existência jurídica é necessário que preencha os seguintes requisitos: a) instituição por meio de escritura pública ou testamento, de dotação especial de bens livres de ônus, da qual conste a finalidade específica da fundação que deve ser as previstas no art. 62 parág único CC; b) estatutos que a regerão; c) aprovação dos estatutos pelo órgão do Ministério Público ou pelo juiz; d) registro da escritura de instituição (CC 45). A criação da Fundação se dá pelo denominado negócio jurídico fundacional e o registro que a personifica, fazendo com que tenha capacidade, patrimônio, sede e administração.
No ato da instituição da fundação, pode o instituidor declarar a maneira como a fundação será administrada (CC 62).
Os estatutos da fundação podem ser elaborados pelo próprio instituidor ou por terceiro por ele indicado (CC 65), quando não houver quem o elabore o encargo caberá ao MP (CC 65 par único)
A autoridade competente para aprovação dos estatutos da fundação por nascer é o MP (CC arts 65 e 66), caso o MP tenha elaborado o estatuto suprido a omissão do instituidor (art. 65 par único CC) não é mais necessário que este estatuto seja submetido a chancela do juiz, a qual somente será exigida se algum interessado assim o requerer (CPC 764 II). 
Atitude do interessado: Diante da postura do MP de exigir reparos nos estatutos ou de denegar-lhe aprovação (CPC 764 caput), ou da elaboração de um estatuto com o qual não concorda (65 CC par único) pode o interessado se conformar em fazer os reparos exigidos ou desistir da pretensão de instituir a fundação. Não se conformando com a exigência feita o interessado pode socorrer-se do judiciário (CPC 764 I).
Modificação ou instituição – Indeferimento pelo MP. O MP pode indeferir por decisão administrativa pedido de instituição de fundação ou requerimento de modificação dos estatutos de fundação já instituída. Em qualquer caso o interessado pode poderá requerer suprimento judicial da modificação de estatutos ou de instituição da fundação, ação da qual participará o MP como custos legis obrigatoriamente ( CPC 1781)
CC Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
CC Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias.
O pedido de suprimento de aprovação segue a regra dos procedimentos de jurisdição voluntária (arts. 719 a 725 CPC), o juiz pode denegar a aprovação, deferi-la, ou mandar fazer reparos nos estatutos. O MP participa do procedimento como custos legis, e tem legitimidade para recorrer da sentença proferida.
A atividade fiscalizadora do MP não o faz mero observador de eventuais irregularidades que ocorram, ele deve velar pela em defesa das finalidades das fundações e seus patrimônios. Ele deve fiscalizar a administração da fundação para que não se desviem do seu reto caminho e para o atendimento das finalidades visada pelo instituidor.
O MP deve velar pelas fundações acompanhando ativamente sua administração, bem como participando dos processos em que a fundação faça parte seja no polo ativo ou passivo.
CPC Art. 765. Qualquer interessado ou o Ministério Público promoverá em juízo a extinção da fundação quando:
I -se tornar ilícito o seu objeto;
II - for impossível a sua manutenção;
III - vencer o prazo de sua existência.
O procedimento visando a extinção da fundação deve tramitar como não contencioso, obedecendo o regime do CPC (art. 719 a 725), e exigirá a presença do órgão do MP se este não for o requerente.
CC Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
Conversão do Procedimento: Ocorre nos casos em que a pretensão do MP ou de qualquer interessado de postular em juízo a extinção da fundação pode gerar verdadeira lide, ensejadora de remessa dos interessados para o rito ordinário do procedimento de jurisdição contenciosa.
Decisão sobre extinção: a fundação pode ser extinta por meio de decisão judicial ou administrativa ouvida em qualquer caso a autoridade pública com competência para decidir sobre a extinção.
Destinação dos bens: Extinta a fundação, seu patrimônio deverá ser incorporado a outra entidade, preferentemente fundacional com fins iguais ou semelhantes, salvo se houver outra disposição constante dos seus estatutos. 
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