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Direito Penal Comum e período humanitário parte escrita

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Direito Penal Comum 
Foi um misto de normas dos Direitos anteriormente citados, Romano, Germânico, Canônico e também de normas dos Estados Nacionais que estavam em formação. Tal parte do Direito Penal teve início no século XII, e foi caracterizada por crueldade na execução penal. Segundo BRUNO (1967, p. 88-9) citado por BITENCOURT (2012, p.79)
Nesse longo e sombrio período da história penal, o absolutismo do poder Público, com a preocupação da defesa do príncipe e da religião, cujos interesses se confundiam, e que introduziu o critério da razão de Estado no Direito Penal, o arbítrio judiciário, praticamente sem limites, não só na determinação da pena, como ainda, muitas vezes, na definição dos crimes, criavam em volta da justiça punitiva uma atmosfera de incerteza, insegurança e justificado terror. Justificado por esse regime injusto e cruel, assente sobre a iníqua desigualdade de punição para nobres e plebeus, e seu sistema repressivo, com a pena capital aplicada com monstruosa frequência e executada por meios brutais e atrozes, como a forca, a fogueira, a roda, o afogamento, a estrangulação, o arrastamento, o arrancamento das vísceras, o enterramento em vida, o esquartejamento; as torturas, em que a imaginação se exercitava na invenção dos meios mais engenhosos de fazer sofrer, multiplicar e prolongar o sofrimento; as mutilações, como as de pés, mãos, línguas, lábios, nariz, orelhas, castração; os açoite.
E foi devido a Revolução Francesa, que esse contexto mudou, a partir do Período humanitário.
Período humanitário. 
Foi em meados do século XVIII que começaram a se reformular as concepções arbitrárias anteriormente em vigor. Contou com a atuação de pensadores como, Voltaire, Montesquieu e Rousseau, que eram contra as ideias absolutistas que predominavam. Além de tais pensadores envolvidos, o movimento contou com a presença de estudioso da área criminal, sendo os três mais expressivos Cesare Beccaria, John Howard e Jeremias Bentham
Os reformadores
Cesare Beccaria
Um dos mais importantes juristas, nascido em Milão no ano de 1738. Foi a partir do seu livro Dos delitos e das penas que se deu o início definitivo do Direito penal moderno. Em sua obra, Beccaria sugeria diversas reformas no âmbito do direito penal, mais especificamente, na execução das penas. Defendendo que o melhor caminho não era castigar os delitos cometidos e sim preveni-los. Em relação às penas privativas de liberdade, concordava que a prisão tinha um sentindo punitivo e sancionador, mas que deveriam conter princípios tanto reabilitadores quanto ressocializadores.
John Howard
Foi um viajante e filantropo, nascido em Londres no ano de 1726. Dedicou a vida à melhorar as condições de vida nas prisões, pois sentiu-se horrorizado com a situação em que viu como era a vida dos encarcerados. Tendo ele próprio passado por essa experiência, Howard descreveu a situação das prisões europeias em seu livro “The State of the Prisons in England and Wales: With Preliminary Observations, and an Account of Some Foreign Prisons”.
Jeremias Bentham
Filósofo e jurista nasceu em Londres no ano de 1832. Dedicou seu tempo a um estudo sobre questões da reforma do sistema de jurisprudência da Inglaterra. Em 1786 foi morar na Rússia e ali iniciou o estudo de uma reforma do sistema penitenciário. Elaborou um planejamento de um edifício com finalidade de fazê-lo uma prisão. O modelo conhecido como Panopticon, que consistia em um edifício circular que possui uma torre de vigilância e celas à sua volta.

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