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Atividade Discursiva Homem, cultura e sociedade

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O multiculturalismo pressupõe a validade do princípio da igualdade. Esse princípio considera que todos os homens são considerados iguais, em todas as esferas da vida, independente de sua raça, cor, sexo ou cultura. O multiculturalismo utiliza-se do princípio da igualdade, pois fundamenta-se na ideia da presença de várias culturas em um mesmo território, sem a prevalência de uma, com reconhecimento e respeito a todas as culturas.  Em um país formado por diversas culturas e etnias que ainda são geradores de desigualdades, as políticas de ações afirmativas são instrumentos de afirmação da diferença para a produção da igualdade.
Considerando esse fator, faça uma breve reflexão a respeito da importância das políticas de ações afirmativas para a produção do multiculturalismo no Brasil.
Resposta:
 Os direitos humanos e as politicas de ações afirmativas têm como principais objetivos a valorização da diversidade étnica, da diversidade sexual, da defesa de direitos iguais, da resistência social e também o combate à desigualdade. O povo brasileiro já nasceu miscigenado, carrega origens europeia, indígena e negro, sendo assim pode-se dizer que o Brasil é um país multicultural.
Com a troca de culturas gerando uma pluralidade, levando em consideração fatores que vão desde a chegada dos portugueses até a imigração de indivíduos de outros países entre guerras. 
 A identidade do povo brasileiro pode ser definida como: a comida, a música e a personalidade. Constituindo assim o jeitinho brasileiro, cheio de carisma e cordialidade, o que não significa que não seja um povo violento e intolerante.
 Devido a miscigenação, a violência tem aumentado, contra mulheres, LGBTs, negros e qualquer pessoa que é considerada ‘diferente’ dos padrões que criaram. Para garantir a segurança das pessoas foram criadas as politicas de ações afirmativas.
 As politicas de ações afirmativas são consideradas politicas de discriminação positiva, já que elas buscam afirmar a diferença para produção da igualdade, que tem como objetivo garantir a essa parcela da sociedade acesso a bens materiais e imateriais, tais politicas surgiram da luta de movimentos engajados na garantia dos direitos aos públicos excluídos.
 Há quem diga que esse tipo de ação gera discriminação. Um exemplo de politica afirmativa são as cotas raciais. Realmente gera discriminação, já que é destinada a uma parcela da sociedade. Porém, essa discriminação deve ser vista como positiva, já que é necessário ter uma politica para garantir os direitos dessa parcela que já sofreu tantas privações.
 Além disso, fica claro entendermos que as politicas afirmativas devem estar direcionadas a proteção de todas as culturas bem como crenças e valores em território global.
 O preconceito e a discriminação são mecanismos para manutenção de privilégios sociais para determinados grupos e negação de direitos a tantos outros. Contudo, esses grupos marginalizados, quando organizados politicamente, conseguem romper algumas barreiras sociais impostas pelos grupos dominantes e avançar em sua participação na sociedade.
 A diferença faz parte da natureza humana. Somos diferentes em termos sexuais, ou seja, existem homens e mulheres; somos diferentes em nossos corpos, com os diferentes tipos de cabelos, de olhos, de pele; às vezes carregamos em nossos corpos algum tipo de deficiência, uma perna mais curta do que a outra ou uma dificuldade na visão. Também somos diferentes socialmente, com ocupações, qualificações e rendas distintas. A diferença faz parte de nossas vidas!
 Toda essa diferença mostra o quanto o ser humano é diverso. No entanto, toda essa diversidade, infelizmente, não se traduz em algo positivo. A diversidade, na maioria das sociedades, resulta em situações de discriminação e segregação. Isso acontece porque, cria-se, a partir de fatores culturais, um padrão de “normalidade” nas sociedades. As pessoas, em boa parte aquelas consideradas autoridades em determinados assuntos, junto com os próprios membros de uma dada sociedade, constituem o que é ser normal nessa sociedade, ou seja, aquilo que está dentro da norma socialmente aceita.
 Esses fatores são resultado das lutas empreendidas por diversos movimentos, como o negro, o feminista e os de trabalhadores. Dessa forma, percebemos que a igualdade é uma disputa política e, para ser alcançada, deve contar com o apoio desses movimentos e ser conduzida coletivamente. Afinal de contas, tais direitos são sociais e não individuais.
REFERÊNCIAS
DUARTE, Allan Coelho. A Constitucionalidade das Políticas de Ações Afirmativas. Brasília: Núcleo de Estudos e Pesquisas/CONLEG/Senado, abril/2014 (Texto para Discussão nº 147). Disponível em: <http://www.senado.leg.br/estudos>. Acesso em: 09 maio 2018.
CIZOTO, Sonelise Auxiliadora. DIÉGUES, Carla Regina Mota Afonso. PINTO, Rosângela de Oliveira. Homem, Cultura e Sociedade. Londrina. Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. 
LIMA, Marcia. Ações afirmativas e juventude negra no Brasil. Cadernos Adenauer, XVI (2015), n. 1, Juventudes no Brasil Rio de Janeiro: Fundação Konrad Adenauer, julho 2015. Disponível em <http://www.kas.de/wf/doc/16489-1442-5-30. pdf>. Acesso em: 09 maio 2018.

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