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Universidade São Judas Tadeu Corrosão e Proteção contra a corrosão Prof. Dr. Iguatinã Costa São Paulo, setembro de 2014 O que vimos até agora ● As reações de oxirredução podem ser utilizadas como fonte de energia elétrica ● Em uma célula galvânica, através da compartimentalização de uma reação pode-se modular esta reação ● Uma célula galvânica é formada por um ânodo (onde acontece a oxidação) e um cátodo (onde acontece a redução) ● Observamos a corrosão do metal constituinte do ânodo e a deposição no cátodo (eletrodo protegido) ● Através da aplicação de uma d.d.p. superior em uma célula galvânica, com o auxílio de uma fonte externa podemos inverter umaa reação de oxirredução espontânea, transformando o dispositivo em uma célula eletrolítica. O que é corrosão? ● De um modo geral, chamamos de corrosão processo resultante da ação do meio sobre um determinado material, resultando em sua deterioração. (Não necessariamente eletroquímica) ● Chamamos de ferrugem a camada marrom avermelhada formada sobre superfícies metálicas (mesmo aquelas que não contém ferro!) O que é corrosão? Chamamos de corrosão as reações de oxirredução espontâneas nas quais um metal é atacado por alguma substância em seu ambiente e é convertido em um composto não-desejado. Importância É um processo de grande importância econômica. Cerca de 20 % do aço produzido anualmente nos EUA se destina à reposição de peças danificada por corrosão. Importância Resistência à corrosão Disponibilidade Custo Material Resistência Mecânica Aparência Processo de Fabricação Aspectos eletroquímicos Aspectos Resistência à Aspectos Físico-Químicos Corrosão M etalúrgicos Aspectos Termodinâmicos Importância Pontos principais para o início de reação Impurezas no metal Ligas Vérticies e arestas de cristais Pontos de ruptura de filmes protetores Corrosão do Ferro ● O ferro “enferruja” quando exposto ao ar úmido ou à água saturada de oxigênio. ● Outros fatores tais como pH da solução, presença de sais, contato com outros metais mais difíceis de oxidar que o próprio ferro, entre outros, aceleram o processo de corrosão ● A ferrugem possui uma composição variável, primariamente é um óxido férrico de composição variável Fe2O3.xH2O ● O grande problema associado à corrosão do ferro é de que ele não forma uma camada aderente, ocorre a descamação e a renovação contínua da superfície metálica a ser oxidada. A ferrugem também é porosa e permeável à água. Corrosão do Ferro ● Sendo a água o principal agente da corrosão, a reação 2H2O(l)+2e-→H2(g)+2OH-(aq) que possui um E0= -0,42V em pH 7, torna-se muito importante. ● Como E0Fe=-0,44V, a chance do ferro ser oxidado nessas condições é pequena. ● Quando o ferro é exposto ao ar úmido: O2(g)+4H+(aq)+4e-→2H2O(l), que possui um E0=0,82V nota-se que o ferro torna-se capaz de facilmente reduzir o oxigênio dissolvido em água. Corrosão do Ferro ● A primeira etapa da corrosão do Ferro envolve a oxidação do ferro ao estado +2 Fe(s)→Fe2++2e- ● O oxigênio é o agente oxidante nesta reação O2(g)+4H++4e-→2H2O ● Ocorre uma segunda oxidação do Ferro, também realizada pelo oxigênio, em que o mesmo se converte em Fe(III) Fe2+→Fe3++1e- Corrosão do Ferro ● Finalmente, o íon férrico é imediatamente hidrolisado e precipita a ferrugem 2Fe3+(aq)+(3+x)H2O(l)→Fe2O3.xH2O(s)+6H+(aq) ● Os íons H+ formados nesta reação auxiliam na redução do oxigênio. ● O Fe(II) pode ser transportado por difusão para qualquer outro ponto da superfície , aumentando o depósito de ferrugem. E os elétrons gerados nas reações de oxidação podem gerar corrosão em pontos muito distantes do ponto de origem, por condução metálica, onde segue reduzindo o oxigênio ● O sistema se comporta como uma célula galvânica extremamente eficiente, com diversos sítios catódicos e anódicos. Corrosão do Ferro Proteção contra a corrosão ● Isolar o Ferro do ar e da umidade ● Ligas metálicas mais resistentes ● Colocar o ferro em contato elétrico com outro metal com maior facilidade de oxidação ● Todas as anteriores ;-) Proteção contra a corrosão ● Cobertura com tintas, graxas ou óleos ● Recobrimento com outro metal ● Proteção catódica Tintas, graxas e óleos ● Óleos e graxas, além de reduzir o atrito entre peças, impede que a água fique na superfície do ferro ● Tintas podem prevenir a corrosão pela adição de um forte agente oxidante em sua composição, tais como zarcão (Pb3O4) e cromato de zinco (ZnCrO4) Revestimento com outros metais ● Revestimento com folha de Flandres (estanho) ● O estanho, através de uma fina camada protege o ferro da corrosão. ● Os óxidos de estanho são impermeáveis. ● Quando ocorrem rachaduras no revestimento, ocorrem problemas (E0Sn=-0,14V; E0Fe=-0,44V) Galvanização ● Revestimento de uma superfície metálica com zinco através de eletrólise ou à quente ● Proteção através da formação de hidróxido carbonato de zinco (Zn2(OH)2CO3), que tende a selar eventuais rachaduras ● O zinco ainda exerce proteção catódica sobre o ferro (potencial de E0Zn=-0,74V). Cromagem ● Geralmente utiliza-se como cátodo o material a ser revestido, e o ânodo uma barra de cromo ou um material inerte qualquer ● Ambos devem estrar submersos em uma solução contendo uma alta concentração de íons cromo(III) ● O cromo é adicionado após os processos de cobreação e niquelagem, que garantem a aderência do cromo à peça ● Necessita de um considerável gasto de energia, pois o cromo precisa de 3 elétrons para ser reduzido. Cromagem Proteção catódica ● Não é possível galvanizar grandes estruturas de metal (como navios, encanamentos, tanques de armazenamento de gasolina subterrâneos, pontes) Nestes casos utiliza-se frequentemente a proteção catódica. ● Esta estratégia consiste em colocar um metal com menor potencial de redução em contato elétrico com o metal que se deseja proteger ● O bloco de metal será chamado ânodo de sacrifício. Proteção catódica Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22
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