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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ESTRELA/RS
Processo nº 088/2.17.000364-6
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, por intermédio de seu Promotor de Justiça, inconformado com a decisão de fls. ... dos autos da ação em epígrafe, que indeferiu o requerimento de prisão preventiva formulado em desfavor de Gleci Scarface e Lili Carabina, interpõe, com fulcro no art. 581, inciso V, do CPP, RECURSO EM SENTIDO ESTRITO para o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.
 
Por economia processual, apresente, desde já, as razões de recurso que seguem em anexo.
Autuado e recebido o recurso, requer o Ministério Público:
a) a intimação dos recorridos para que apresentem contrarrazões;
b) a retratação da decisão, decretando-se as prisões requeridas;
c) em caso de não retratação, a pronta remessa dos autos de instrumento ao Tribunal de Justiça, para conhecimento e provimento do recurso interposto.
Estrela, 29 de outubro de 2018.
____________________________
Promotor de Justiça
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
AUTOS DO PROCESSO Nº 088/2.17.000364-6
RECORRENTE: Ministério Público
RECORRIDA: GLECI SCARFACE, LILI CARABINA
COLENDO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL,
DISTINTA CÂMARA,
DIGNÍSSIMO DESEMBARGADOR RELATOR,
DOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA:
		Em que pese o indiscutível saber jurídico do MM. juiz "a quo", impõe-se a reforma de respeitável decisão que indeferiu a prisão preventiva das rés Cleci e Lili, pelas seguintes razões de fato e fundamentos a seguir expostas:
		O Ministério Público, fundamentado em Inquerito Policial, ofereceu denúncia contra Gleci Scarface, Lili Carabina, Dionata Deringer e Diego Bonni, dando-se como incursos nas sanções do art. 157, §3º, in fine, e art. 211, c/c art. 29, caput, todos do Código Penal e, ainda, c/c art. 1º, inciso II da Lei nº 8072/90.
		Narra a denúncia:
“Segundo consta na peça acusatória, o 1º fato diz que DIEGO e DIONATA em ação previamente planejada com CLECI e LILI, mediante comunhão de esforços e divisão de tarefas, subtraíram, mediante violência que resultou na morte de BARICHELLO, a quantia aproximada de R$ 1.000,00. Na ocasião, CLECI e LILI teriam passado horas na companhia de BARRICHELLO, ingerindo com este bebida alcoólica, até que ele estivesse embriagado, quando então foi por elas levado, de táxi, para a sua casa, sendo largado em frente ao imóvel. Ato contínuo, antes que BARRICHELLO adentrasse na sua casa, DIEGO e DIONATA o abordaram e subtraíram o dinheiro que ele trazia, desferindo, em seguida, uma paulada na sua cabeça, a fim de assegurar a detenção da quantia subtraída. Em seguimento, o 2º fato, cometido em continuidade ao primeiro, diz que DIEGO, DIONATA, CLECI e LILI teriam ocultado o cadáver da vítima BARRICHELLO, jogando-o na sanga que tem curso ao lado da residência deste, razão pela qual o corpo do ofendido, até esta data, não foi encontrado.”
		
		Ao oferecer a denúncia, o Ministério Público, visando a garantia da ordem pública e a conveniência da instrução criminal, requereu a prisão preventiva dos recorridos.
		Em decisão proferida às fls. ....., o magistrado de instância singular recebeu a denúncia, mas indeferiu o pedido de prisão preventiva das recorridas Cleci e Lili. Argumentou-se, nessa decisão, que “(..)Conforme já consignado na decisão que decretou a prisão preventiva dos corréus no expediente da Prisão Temporária, a prisão cautelar consubstancia-se em medida excepcional e extrema, porquanto priva o ser humano de sua liberdade antes que seja condenado definitivamente. Em alguns casos, sequer processo tramita em seu desfavor. Por tais razões, alicerçadas pelo princípio constitucionalmente consagrado da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF/88), tal espécie de custódia deve se reservar apenas àqueles casos em que se vislumbre concretamente nos autos a imprescindibilidade da sua decretação. Da análise dos elementos de informação colhidos em sede inquisitorial e dos argumentos invocados pelo Ministério Público para o requerimento da prisão preventiva das denunciadas, verifiquei que muitos se revestem de simples suposições e/ou presunções acerca da participação das denunciadas, a serem melhor esclarecidas quando da instrução depois de possibilitado o contraditório. De outra banda, verifico inexistirem causas concretas a serem invocadas como fundamento à imposição de medida tão extrema, que deve ser a exceção num Estado Democrático de Direito. A simples alegação de que as rés soltas poderão intimidar testemunhas, sem maiores elementos que fundamentem tal alegação, como informações acerca da periculosidade que as rés poderão representar em concreto, que poderia ser consubstanciada a partir de elementos colhidos acerca da sua personalidade, não basta para justificar a decretação da prisão preventiva requerida. Se assim fosse, a prisão poderia ser decretada em todos os processos criminais existentes na comarca, eis que a possibilidade de os réus intimidarem as testemunhas, em abstrato, existe sempre, sendo que a prisão deve ocorrer apenas quando realmente evidenciado tal fato. A ordem pública está devidamente acautelada com a custódia cautelar dos réus Diego e Dionatan. Também não prospera a alegada necessidade da prisão cautelar para garantia aplicação da lei penal pelo simples fato de as rés não possuírem emprego fixo, eis que possuem residência definida e o próprio membro do Ministério Público reconhece avistá-las com frequência pela cidade, o que faz desacreditar que representam perigo de fuga. De outro lado, não calha ao Direito regular aspectos morais da vida privada das pessoas, como a pertinência da prisão de Cleci em função de mesmo tendo um companheiro frequentar bares. Diante do exposto, indefiro o pedido de Prisão Preventiva das rés Cleci e Lili (...)”.
		Por fim, vieram os autos ao Ministério Público, que interpôs recurso em sentido estrito.
		Em síntese, é o relatório.
		Recurso próprio e tempestivo. Interesse e legitimidade presentes. Deve, pois, ser conhecido.
		Presentes, às escancaras, os pressupostos e requisitos para a decretação da prisão preventiva dos recorridos.
DOS PRESSUPOSTOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
		Exige-se, para a decretação da prisão preventiva, a prova da existência do crime e indícios suficientes da autoria.
		A prova da existência do crime: destaca-se dos autos que em 04 de abril de 2017, na cidade de Estrela/RS, no interior do imóvel da vítima (Rubens Barrichello), os Srs. Diego, Dionatan, Cleci e Lili, mediante comunhão de esforços e divisão de tarefas, subtraíram a quantia aproximada de R$ 1.000,00, mediante violência que resultou na morte da vítima. Em seguida, teriam ocultado o cadáver da vítima, jogando-o na sanga que tem curso ao lado da residência deste. A prova da ocorrência do latrocínio e ocultação de cadáver está estampada nos laudos e documentos constantes do inquérito policial.
		Os indícios suficientes de autoria: Não se trata, quando a lei fala em indícios suficientes de autoria, de prova levior, nem de certeza, mas daquela probabilidade tal que convença o Magistrado. No caso, as recorridas participaram dos fatos narrados na denúncia. Na ocasião, “(..) CLECI e LILI teriam passado horas na companhia de BARRICHELLO, ingerindo com este bebida alcoólica, até que ele estivesse embriagado, quando então foi por elas levado, de táxi, para a sua casa, sendo largado em frente ao imóvel. Ato contínuo, antes que BARRICHELLO adentrasse na sua casa, DIEGO e DIONATA o abordaram e subtraíram o dinheiro que ele trazia, desferindo, em seguida, uma paulada na sua cabeça, a fim de assegurar a detenção da quantia subtraída (..)”. Para dar continuidade ao crime, Cleci e Lili, juntamente com Diego e Dionata, “teriam ocultado o cadáver da vítima BARRICHELLO, jogando-o na sanga que tem curso ao lado da residência deste, razão pela qual o corpo do ofendido,até esta data, não foi encontrado.” Além disso, fartos depoimentos testemunhais apontaram os recorridos como autores do triplo homicídio (vide autos de inquérito, em anexo).
DOS REQUISITOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
Na hipótese em tela, estão plenamente preenchidos os pressupostos da prisão preventiva. De fato, tanto a materialidade do crime imputado as recorridas, quanto a sua autoria exsurgem cristalinas dos depoimentos colhidos pela Autoridade Policial durante a autuação em flagrante, bem como posteriormente, na instrução do inquérito policial. Nesse sentido, cita-se, apenas para exemplificar, as declarações das testemunhas que viram Cleci e Lili correndo pela via pública, durante a madrugada, dizendo “corra, corra, corra, não vamo fala nada pra ninguém, vamo se esconde e a outra disse: fique quieta, vamo se esconde”.
Portanto, está evidenciada a existência de prova da materialidade e também da autoria, muito mais do que os inícios suficientes exigidos pela lei.
Necessidade da prisão por conveniência da instrução criminal
		A prisão por conveniência da instrução criminal serve para garantir a prova. 
		Fernando Capez (2004, p. 243) ensina que a prisão por conveniência da instrução criminal "visa impedir que o agente perturbe ou impeça a produção de provas, ameaçando testemunhas, apagando vestígios do crime, destruindo documentos etc. Evidente aqui o periculum in mora, pois não se chegará à verdade real se o réu permanecer solto até o final do processo" (2004, p. 243).
		Vê-se nitidamente que os crimes sujeitos a julgamento pelo Tribunal do Júri exigem do operador do Direito interpretação diversa do que seja conveniência da instrução criminal, terminologia esta que alcança a prova a ser produzida em plenário.
		Não é por outro motivo que o Tribunal de Justiça tem decidido:
RSE. JÚRI. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PEDIDO DE PRISÃO PREVENTIVA. POSSIBILIDADE. Se as circunstâncias do caso concreto demonstram a probabilidade de reiteração criminosa e de interferência na coleta da prova, mostra-se necessária a segregação excepcional para garantir a ordem pública e por conveniência da instrução cirminal. PREVALÊNCIA DO DIREITO PÚBLICO SOBRE O DIREITO INDIVIDUAL. A necessidade de resguardar a segurança coletiva se sobrepõe à presunção de inocência e ao devido processo legal, que não são violados pela prisão preventiva. RECURSO PROVIDO. UNÂNIME. (Recurso em Sentido Estrito Nº 70076980929, Segunda Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Mello Guimarães, Julgado em 12/04/2018)
PRISÃO PREVENTIVA. DECRETAÇÃO. CONVENIÊNCIA LIGADA AO JUIZ DA CAUSA. MOTIVAÇÃO: GARANTIAS DA ORDEM PÚBLICA, DA INSTRUÇÃO CRIMINAL E DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. A decisão sobre a prisão provisória de réu ou indiciado, decretação ou manutenção, é um ato que se insere na órbita de convencimento pessoal do juiz. Ela estando bem fundamentada, não se perquire se houve injusta apreciação da prova ou da pessoa do detido. No caso em tela, a decisão judicial da prisão preventiva do paciente, acusado da prática do crime de homicídio, está motivada e a situação detentiva justificada nas garantias da ordem pública, da instrução criminal e da aplicação da lei penal. DECISÃO: Habeas corpus denegado. Unânime. (Habeas Corpus Nº 70064742562, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio Baptista Neto, Julgado em 10/06/2015)
		Há elementos concretos que evidenciam a necessidade da constrição cautelar, para conveniência da instrução criminal. Em suas razões, aponta circunstancias e fatos que induziriam ao raciocínio de que as corrés estariam envolvidas no cometimento do delito e fundamenta-se o decreto prisional diante da alegada existência de periculum libertatis. O Ministério Público não está se valendo de presunções, conjecturas ou suposições. Está calcado em fatos certos e determinados que colocam em risco a produção de provas.
Necessidade da prisão para garantia da ordem pública
		Por outro lado, também está presente, pelo menos, uma das hipóteses que autorizam a prisão, no caso, a garantia da ordem pública.
		A necessidade da prisão por garantia da ordem pública revela-se nos casos em que o acusado vem reiterando a ofensa ordem constituído. Complementando o professor da USP, Tourinho Filho nos ensina que ordem pública, enfim, é a paz, a tranquilidade no meio social. Assim, se indiciado ou réu estiver cometendo novas infrações penais, sem que se consiga surpreendê-lo em estado de flagrância; se estiver fazendo apologia ao crime, incitando ao crime, ou se reunindo em quadrilha ou bando, haverá perturbação da ordem pública.
		Ainda sobre esse requisito, diz Roberto Delmanto Júnior:
		Por outro lado, nas hipóteses de efetiva reiteração criminosa “contra a mesma ou diversa pessoa, ou para a consumação do crime tentado”, restaria, então, e aí sim, a prisão em flagrante quando do cometimento do novo crime ou da tentativa de consumação do anterior. Todavia, mesmo que inexista prisão em flagrante deste novo delito (e o caso dos autos), afigura-se plenamente possível a decretação da prisão preventiva em relação ao crime anterior, uma vez que evidenciada a alta probabilidade (que não se confunde com meras conjecturas) do acusado vir a perturbar a tranquilidade das testemunhas, da vítima (se é que já não o tenha feito quando da reiteração), dos jurados, etc. Trata-se, portanto, de fatos concretos que apontam veementemente para o perigo real que a sua liberdade representa para o regular andamento do processo criminal, motivo suficiente, repetimos, à decretação da prisão preventiva”. 
		 O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça entendem legítima a prisão preventiva para acautelar a ordem pública:
Esta corte, por ambas as suas Turmas, já firmou o entendimento de que a prisão preventiva pode ser decretada em face da periculosidade demonstrada pela gravidade e violência do crime, ainda que primário o agente (STF – RT, 648/347).
A periculosidade do réu, evidenciada pelas circunstâncias em que o crime foi cometido, basta, por si só, para embasar a custódia cautelar, no resguardo da ordem pública e mesmo por conveniência da instrução criminal (JSTJ 8/145). Pacífico o entendimento no STJ de que nem sempre as circunstâncias da primariedade, bons antecedentes e residência fixa, são motivos a obstar a decretação da excepcional medida, se presentes os pressupostos para tanto. O clamor público, no caso, comprova-se pela repulsa profunda gerada no meio social. Ordem denegada. (RSTJ, 73/84).
		Além disso, também é provável que o denunciado procurará afetar de forma negativa a instrução criminal. Portanto, estão plenamente preenchidos os requisitos previstos nos art. 312 do CPP, assim como presentes hipóteses autorizadoras da prisão preventiva.
Da presença da condição legal para a prisão
		Também está presente a condição legal prevista no art. 313, I, do CPP: “Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)”. 
		No caso, a denúncia imputou as recorridas a prática do crime previsto no art. 157, §3º, in fine, e art. 211, c/c art. 29, caput, todos do Código Penal e, ainda, c/c art. 1º, inciso II da Lei nº 8072/90., para o qual a pena cominada é de reclusão, de 04 a 10 anos.
Da imprescindibilidade da prisão
		Por outro lado, é sabido que a novel Lei nº 12.403/11 estabeleceu um rol de “medidas cautelares diversas da prisão”, quais sejam: comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstânciasrelacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; IX - monitoração eletrônica”.
		Contudo, nenhuma destas medidas mostra-se adequada para a hipótese em questão, pois todas elas permitem que o denunciado permaneça em liberdade e, assim estando, manifestam-se males evidentes para a ordem pública e provavelmente também para a instrução criminal, conforme acima demonstrado. 
		Ou seja, todas as medidas cautelares alternativas à prisão mostram-se ineficientes para o caso concreto, demonstrando-se, assim, a imprescindibilidade da prisão.
		Ante o exposto, o Ministério Público requer a decretação da prisão preventiva de GLECI SCARFACE e LILI CARABINA, com a expedição do competente mandado de prisão.
Termos em que,
Aguarda deferimento.
Estrela, 29 de outubro de 2018.
________________________________
Promotor de Justiça

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