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Aula 10 a 13 Alcoois eteres e haletos de alquila Química Orgânica

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1
Bibliografia:
Química Orgânica – Solomons & Fryhle – 8 ed. Cap. 6, 11 e 12 v. 1.
Química Orgânica – Vollhardt & Schore – 4 ed. Cap. 6 a 9.
Química Orgânica – Constantino – Cap. 2.6 e 2.7. v. 1.
Aulas 10 a 13 – Álcoois, éteres e haletos de 
alquila
2
Funções Orgânicas contendo ligações simples carbono-heteroátomo
Dentre as funções orgânicas que contêm ligações simples carbono-heteroátomo, as mais comuns são
os álcoois (incluindo os fenóis), os éteres, os haletos de alquila e as aminas. Estes compostos estão
classificados aqui em um único grupo – com exceção das aminas - pois, como veremos adiante, sofrem
um tipo muito importante de reação: a substituição nucleofílica alifática.
As aminas serão 
discutidas mais adiante 
nesta disciplina
3
Recordando nomenclatura....
Tabela 1. Nomenclatura de compostos contendo ligação simples carbono-heteroátomo.
4
Estrutura química e propriedades físicas de álcoois, éteres e haletos de alquila
A ligação química carbono-heteroátomo torna estas moléculas polares. Analise os mapas de potencial
eletrostático dos compostos mostrados a seguir:
• Polarização da ligação C-X (X = F, Cl, Br, I ou O) determina a reatividade destas moléculas e as suas
propriedades físicas.
• As forças intermoleculares determinam as propriedades físicas dos compostos. Quanto maior a força
atrativa entre moléculas, maior o ponto de ebulição e de fusão de um composto. Os tipos de forças
intermoleculares são determinadas pela estrutura do composto.
• Os tipos de forças intermoleculares são: forças íon-íon, forças dipolo–dipolo, ligações de hidrogênio,
forças de van der Waals.
5
Tabela 2. Resumo das forças intermoleculares.
Faça uma revisão: Solomons & Fryhle Química Orgânica. 8ª 
ed. Cap. 2. v. 1. p. 66-74. : 
6
Ponto de fusão e ebulição
• Os pontos de fusão e ebulição aumentam com o aumento o peso molecular. Os pontos de ebulição
dos haletos de alquila são superiores aos pontos de ebulição dos alcanos de mesmo peso molecular.
Compare:
• Os pontos de ebulição dos haletos de alquila com mesmo número de carbonos aumentam com o
aumento do peso do halogênio (F < Cl < Br < I); compare os valores na tabela acima.
Tabela 3. Comparação entre os PE dos haletos de alquila e alcanos.
• Os pontos de ebulição também aumentam em função do 
aumento da polarizabilidade dos átomos de halogênio (I > 
Br > Cl > F). Quanto mais polarizável um átomo mais 
eficientes serão as interações de van der Waals, e maiores 
os pontos de ebulição.
Polarizabilidade de um átomo é o grau com que a 
sua nuvem eletrônica é deformada sobre a influência 
de um campo elétrico externo. 
7
• Os alcoóis têm pontos de ebulição superiores ao dos éteres de mesmo peso molecular.
Tabela 4. Comparação entre os PE dos álcoois, éteres e outras funções orgânicas.
Entre as moléculas dos álcoois existem interações moleculares do 
tipo ligações de hidrogênio, o que torna seus PE’s elevados se 
comparados a outras funções orgânicas (mesmo peso molecular!)
8
Já entre as moléculas dos éteres existem interações do tipo dipolo-dipolo, mais fracas do 
que as ligações de hidrogênio; deste modo, os éteres têm pontos de ebulição menores do 
que os alcoóis de mesmo peso molecular.
Solubilidade em água
• A solubilidade em água é determinada pela capacidade da molécula orgânica fazer ligações de
hidrogênio com a água; é inversamente proporcional ao tamanho da cadeia carbônica do composto
orgânico.
9
• Haletos de alquila de baixo peso molecular são pouco solúveis em água; o aumento do peso
molecular torna o haleto de alquila insolúvel em água.
• Os fluoretos de alquila têm solubilidade em água maior do que os outros haletos de mesmo peso
molecular. Por quê?
• A partir de quatro átomos de carbono, todos os haletos de alquila são insolúveis em água.
Tabela 5. Solubilidade de haletos orgânicos em água.
Haletos de alquila como o clorofórmio (CHCl3), tetracloreto de 
carbono (CCl4) e diclorometano (CH2Cl2) são utilizados como 
solventes para extração de compostos orgânicos de soluções 
aquosas, embora seu uso tenha diminuído muito em função da sua 
elevada toxicidade e poluição ambiental (especialmente o CCl4).
10
• Os álcoois de baixo peso molecular são bastantes solúveis em água; os álcoois de até 3 átomos de
carbono são infinitamente solúveis em água.
Metanol, etanol , propanol e isopropanol são infinitamente solúveis em água
• Os éteres metílico e etílico são miscíveis em água (possuem alguma solubilidade). No entanto, o
aumento do tamanho da cadeia carbônica do éter diminui sua solubilidade em água.
Tabela 6. Solubilidade de éteres em em água.
A formação de ligações de hidrogênio da molécula de 
álcool com a água explica sua solubilidade. No entanto, o 
aumento do tamanho da porção alquílica (hidrofóbica) 
diminui sua solubilidade em água
11
Álcoois como ácidos e bases
Os álcoois podem se comportar como ácidos ou bases. Os pares de elétrons livres do oxigênio o tornam
uma base de Lewis. A ligação O-H de um álcool é fortemente polarizada, conferindo caráter ácido ao
hidrogênio, e nesse caso o álcool atuaria com ácido.
Avalie os valores de pKa dos álcoois a seguir:
• Os álcoois podem ser desprotonados utilizando bases fortes, tais como amideto de sódio.
A água não é básico o 
suficiente para desprotonar
um álcool
O íon amideto é básico o suficiente para 
desprotonar um álcool; forma-se um sal 
de sódio do álcool (base conjugada)
12
Os alcoóxidos de sódio são comumente
preparados por reação do álcool com sódio
metálico ou hidreto de sódio (NaH).
CH3CH2OH + Na CH3CH2ONa + 1/2 H2
CH3OH + NaH
etóxido de sódio
CH3ONa + H2
metóxido de
 sódio
Exercício: Compare a acidez dos compostos
mostrados ao lado (valores de pKa) e discuta as
diferenças em termos de estabilidade de suas bases
conjugadas.
13
Os fenóis são mais ácidos do que os alcoóis ordinários. Por quê?
O íon fenolato (base conjugada do fenol) é estabilizado por ressonância pelo anel aromático, o que 
torna o fenol mais ácido do que os alcoóis comuns (compre os valores de pKa). 
Desenhe todas as estruturas de ressonância para a base conjugada do fenol.
• Os álcoois e éteres também podem se comportar como base de Lewis, devido a existência de elétrons
livres no átomo de oxigênio; a extensão da protonação dependerá da força do ácido utilizado.
CH3CH2OH + H3O
+ CH3CH2OH2 + H2O
etanol protonado
+
CH3OCH3 + H3O
+ CH3OHCH3 + H2O
+
éter dimetílico
protonado
14
2. Preparação de álcoois, éteres e haletos de alquila
Recordando...
H2O
H2SO4
OH
ROH
H2SO4
OR
X
HX
X = Cl, Br, I
X2, CCl4
X
X
X = Cl, Br
X2, ROH
OR
X
X = Cl, Br
KMnO4, HO
H2O, 0
oC
OH
OH
-Adição de HX a alcenos Halogenação de alcenos
Hidratação de alcenos
Adição de alcoóis a alcenos
Formação de haloidrinas
cis-Diidroxilação de alcenos
15
Muitos outros métodos podem ser utilizados para a preparação de álcoois, éteres e haletos de alquila;
veremos alguns destes métodos logo mais adiantes nesta aula. Entretanto, algumas reações de
preparação destes compostos somente serão discutidas mais adiante nesta disciplina (por exemplo:
redução de compostos carbonílicos para obtenção de álcoois).
Exercício: Dê os produtos das reações mostradas a seguir:
H2O
H2SO4
a)
HBrb)
1) OsO4
2) NaHSO3 aq.
c)
d) Cl2, MeOH
16
Reações de alcoóis, éteres e haletos de alquila
3.1. Reações de substituição nucleofílica
3.2. Reações de eliminação
3.3. Síntese de Williamson
3.4. Clivagem ácida de éteres
3.5. Reações de oxidação de alcoóis
17
Reações de substituição nucleofílica
A ligação carbono-heteroátomo é polarizada e o átomo de carbono deficiente em elétrons pode sofrer
ataque denucleófilos, com substituição do grupo ligado a ele. A substituição nucleofílica em um
carbono sp3 pode ocorrer de duas maneiras diferentes: através dos mecanismos de SN1 e SN2.
A reação do tipo SN2 acontece em uma única 
etapa, sem a formação de espécies 
intermediárias; a reação é bimolecular (a 
velocidade da reação depende da concentração 
do nucleófilo e do composto orgânico)
A reação do tipo SN1 acontece em duas etapas 
(ionização e adição) com a formação de um 
carbocátion intermediário; a reação é 
unimolecular (a velocidade da reação depende 
somente da concentração composto orgânico)
Atenção para os termos a serem utilizados:
18
Em reações de substituição nucleofílica alifática (SN1 ou SN2), os substratos podem ser neutros ou
positivos, e os nucleófilos podem ser neutros ou carregados negativamente.
Qual o mecanismo exato que opera estas reações?
Isto é determinado por um conjunto de fatores, tais como a estrutura do substrato, a 
natureza do nucleófilo, a natureza do grupo de partida e as condições da reação 
(solvente, temperatura etc). Neste semestre estudaremos apenas a influência da 
estrutura do substrato nas reações de SN1 e SN2. O estudo da influência dos demais 
parâmetros será discutido em disciplinas mais avançadas da Química Orgânica.
19
Exemplos de reações de substituição nucleofílica alifática:
O que determina a reversibilidade dessas reações?
20
A reação de SN2
No mecanismo SN2 o nucleófilo ataca o carbono sp
3 pelo lado oposto ao que se encontra o grupo de
partida. A ligação C-Nu é formada ao mesmo tempo em que a ligação C-X é quebrada. A reação é um
processo de uma única etapa, sem intermediários: uma reação concertada.
21
A cinética da reação de SN2 é de segunda ordem
• Cinética da reação  a velocidade da reação é dependente da concentração do substrato e do
nucleófilo. Se a velocidade de reação é dependente da concentração de ambos os reagentes, pode-se
afirmar que a reação acontece em uma única etapa, a qual é a etapa determinante da velocidade.
Como explicar o seguinte resultado?
22
As reações de SN2 acontecem com inversão de configuração
Se o carbono onde ocorre a substituição for um carbono estereogênico, observa-se inversão de
configuração durante a reação de SN2.
Relembrando...
Configuração é o arranjo específico dos grupos ligados a um 
centro estereogênico; pode ser designada como R/S ou D/L.
O ataque do nucleófilo na face oposta a que se 
encontra o grupo de partida promove a inversão da 
configuração do carbono estereogênico.
23
O nucleófilo aproxima-se do orbital sp3 do carbono eletrofílico
promovendo a mudança de hibridização do carbono de sp3 para sp2
(estrutura trigonal planar). Quando a reação é completada, o 
carbono retorna à hibridização sp3.
Representação do estado de transição da reação de SN2 (carbono é sp
2)
24
A reação de SN1
No mecanismo SN1 a reação ocorre em duas etapas. Primeiro ocorre a saída do grupo de partida
formando um carbocátion (etapa de ionização; lenta). Depois o nucleófilo ataca o carbocátion
intermediário fornecendo o produto de substituição nucleofílica (etapa de adição; rápida).
• Como há formação de carbocátions, a facilidade com que a reação acontece depende da estabilidade
deste intermediário; podem acontecer rearranjos!
Exemplo:
A cinética da reação é de primeira ordem, pois a sua velocidade é dependente 
apenas da concentração do substrato (etapa de ionização lenta).
25
Em reações que acontecem em mais de uma etapa, a velocidade global do processo 
é determinada pela velocidade da etapa lenta. A etapa lenta é denominada a etapa 
determinante da velocidade da reação!
26
Mecanismo de uma reação SN1
Na primeira etapa acontece a ionização do haleto
de alquila, com a quebra da ligação carbono-
halogênio e formação do carbocátion
intermediário; esta é a etapa lenta do processo. A 
ionização é facilitada em solventes polares que 
ajudam a solvatar o carbocátion e estabilizá-lo.
Na segunda etapa ocorre a adição do nucleófilo
ao carbocátion intermediário (eletrofílico, pois o 
átomo de carbono tem 6 elétrons na camada de 
valência); trata-se da reação de uma base de 
Lewis (nesta caso a água) com um ácido de Lewis, 
o carbocátion. O produto é um álcool protonado.
27
Uma molécula de água age como base de 
Brsnted e desprotona o álcool protonado, neste 
caso o terc-butanol. Os produtos da reação são, 
ao final, terc-butanol e ácido clorídrico.
Exercício: As reações de SN1 em solventes nucleofilicos são denominadas de solvólise. Proponha um
mecanismo para a reação abaixo:
Br
H2O

OH
28
As reações do tipo SN1 ocorrem com racemização!
Como a reação SN1 ocorre através da formação de um carbocátion, nos 
casos em que o carbono que sofre a substituição é um centro 
estereogênico observa-se completa racemização do produto. 
Como o carbocátion é planar (carbono hibridizado sp2), o nucleófilo tem 
a mesma facilidade para atacá-lo em qualquer uma de suas duas faces.
29
Mecanismo da reação do 3-bromo-3-metil-hexano com água (solvólise)
30
Fatores que afetam a velocidade das reação de SN1 e de SN2
Como mencionado anteriormente, vários fatores afetam a facilidade com que as reações de
substituição nucleofílica acontecem pelos mecanismos SN1 ou SN2.
 estrutura do substrato
 natureza do grupo de partida
natureza do nucleófilo
 condições reacionais: solvente, temperatura ,etc
vamos discutir este!
Tabela Velocidades relativas em reações de SN2.
31
Reatividade relativa de haletos de alquila em reações SN2
A troca de um hidrogênio por uma metila no carbono ligado ao grupo de partida aumenta a repulsão 
estérica com o nucléofilo e prejudica a aproximação do mesmo. Esse impedimento estérico aumenta a 
energia do estado de transição e torna a reação mais lenta. 
Na figura abaixo observa-se que a aproximação do nucleófilo no haleto de alquila terciário está 
totalmente bloqueada. O estado de transição não é alcançado, e por isso a reação não acontece pelo 
mecanismo de SN2!
32
No haleto de metila existe menos impedimento estérico do que no 
haleto de alquila secundário, diminuindo a energia de ativação da 
reação de SN2 (ligação carbono-nucleófilo parcialmente formada e 
ligação carbono-grupo de partida parcialmente quebrada). 
33
Reatividade relativa de haletos de alquila em reações SN1
Tabela 8. Velocidades relativas em reações de SN1.
O que determina a reatividade dos haletos de alquila em reações de SN1?
34
O aumento da substituição alquílica no carbono ligado ao grupo de partida estabiliza o carbocátion
formado na reação de SN1. Sob as condições de SN1 apenas carbocátions secundários e terciários
podem ser formados!
Relembre! Quanto mais substituído, mais estável é o carbocátion.
35
Concluindo:
SN1 SN2
Mecanismo de duas etapas 
(ionização é a etapa lenta)
Reação concertada
(mecanismo em uma única etapa)
Há formação de carbocátions Não há formação de carbocátions
Possibilidade de rearranjos Não há rearranjos
Cinética unimolecular
v = k[RX]
Cinética bimolecular
v = k[RX][Nu]
Racemização do centro estereogênico Inversão de configuração do centro 
estereogênico
Reatividade: 3º > 2º > 1º > CH3X Reatividade: CH3X > 1º > 2º > 3º 
Quadro-resumo comparativo entre SN1 e SN2
36
Sobre o Grupo de Partida
Reações de substituição nucleofílica em tosilatos, triflatos e mesilatos
Tosilatos, triflatos e mesilatos de alquila são excelentes reações para reações do tipo SN2.
Os sulfonatos de alquila são preparados a partir dos respectivos álcoois, por tratamento com o cloreto
de ácido sulfônico correspondente em meio básico (geralmente uma amina terciária).
LEITURA OBRIGATÓRIA
Tosilatos, mesilatos e triflatos: grupos abandonadores derivados
de álcoois:Solomons & Fryhle. Química Orgânica . 8ª ed. Cap. 11;
v. 1; p. 483-486.
OH
O
S
O
Cl R+ O S R
O
O
R = -CH3 metanossulfonato (mesilato)
R = -CF3 trifluorometanossulfonato (triflato)
R = p-toluenossulfonato (tosilato)
base
(-HCl)
CH3
37
Os íons sulfonato são bons grupos de partida, pois
são bases fracas (carga negativa estabilizada por
ressonância) e, assim, as reações de SN2 ocorrem
com facilidade nestes compostos.
Se o álcool é quiral, a sua transformação em tosilato ocorre com retenção da configuração do centro 
estereogênico, mas a reação de SN2 no tosilato ocorre com inversão da configuração!
Íon sulfonato, um bom grupo de 
partida (base fraca estabilizada 
por ressonãncia)
Além de sofrer substituição, os haletos de alquila sofrem eliminação
Reações de eliminação
39
Reações de eliminação são utilizadas para a obtenção de alquenos; dois tipos importantes:
desidratação de álcoois e desidroalogenação de haletos de alquila.
Desidratação de álcoois: Trata-se da reação de eliminação de H2O de um álcool para formar um
alqueno; esta reação é catalisada por ácidos, tipicamente H2SO4 ou H3PO4.
LEITURA OBRIGATÓRIA
Desidratação de alcoóis catalisada por ácidos: Solomons &
Fryhle. Química Orgânica . 8ª ed. Cap. 7; v. 1; p. 281-289.
Vollhardt & Schore. Química Orgânica. 4ª ed. Cap. 11; p. 406-408.
40
Mecanismo da desidratação do terc-butanol catalisada por ácido (MECANISMO E1)
41
Os alcoóis terciários são mais reativos do que os alcoóis primários!
A desidratação de álcoois via mecanismo E1 ocorre muito mais facilmente em álcoois
terciários porque a formação do carbocátion terciário requer menos energia (é mais 
estável). Lembre-se de que a etapa lenta da reação é a formação do carbocátion!
Compare a reatividade do terc-butanol com a do 
etanol (ao lado) frente à desidratação catalisada 
por ácido.
42
Ocorrência de rearranjos
Proponha uma explicação mecanística para a seguinte observação experimental: “Ao aquecer o 3,3-
dimetil-2-butanol com ácido fosfórico a 85% obtém-se uma mistura do 2,3-dimetil-2-buteno (produto
principal) e do 2,3-dimetil-1-buteno (produto secundário)”.
43
• Com certos substratos, as reações de eliminação podem ter diferentes orientações e levar a mistura
de alquenos. Quando há hidrogênios em mais de um carbono vizinho ao grupo de partida (neste caso,
o grupo –OH) e não há simetria, pode ocorrer a formação de mais de um alqueno.
Aleksandr Mikhailovich
Zaytzeff (1814-1910)
REGRA DE SAYTZEFF “Na desidratação de álcoois (e em 
outras reações de eliminação) forma-se preferencialmente o 
alqueno mais estável (o alqueno mais substituído).”
OH
H2SO4 conc.

+
principalsecundário
OH H2SO4 conc.

principal
+
secundário
44
Desidroalogenação de haletos de alquila: Trata-se da reação de eliminação de HX (X = Cl, Br,
I) de um haleto de alquila para formar um alqueno; Ao contrário da desidratação de álcoois, estas
reações são efetuadas em meio fortemente básico (p. ex. KOH dissolvido em EtOH).
• Esta reação acontece pelo mecanismo bimolecular (E2) (compare com mecanismo unimolecular E1 da
desidratação dos álcoois catalisada por ácidos).
• Os alcóxidos também são muito utilizados como bases nestas reações: NaOEt/EtOH, NaOMe/MeOH
e NaOtBu/tBuOH.
CH3CH2CH2Br KOH, EtOH

CH3CH=CH2
1-bromopropano propeno
LEITURA OBRIGATÓRIA
Desidroalogenação de haletos de alquila: Solomons & Fryhle.
Química Orgânica . 8ª ed. Cap. 7; v. 1; p. 276-281. Vollhardt &
Schore. Química Orgânica. 4ª ed. Cap. 11; p. 403-404.
46
A eliminação é ANTIPERIPLANAR
47
Mecanismo da reação do 2-bromo-2-metilbutano com KOH/EtOH (MECANISMO E2)
48
Entenda a formação dos produtos da reação do exercício anterior analisando o 
diagrama de energia livre abaixo
Veja a discussão do gráfico acima em: Solomons & Fryhle
Química Orgânica. 8ª ed.; Cap. 7 ; v. 1; p. 277-278.
49
• Como mencionado, além de KOH, outras bases fortes podem ser utilizadas nas reações de eliminação
E2 em haletos de alquila. Exemplos: alcóxidos.
O terc-butóxido de potássio é uma base forte e 
volumosa que favorece a obtenção do alqueno 
menos substituído (Regra de Hofmann). Esta 
base pode ser preparada através da reação do 
terc-butanol com potássio metálico.
August Wilhelm von
Hofmann (1818-1892)
50
Os alcoóis primários são desidratados por mecanismo de reação do tipo E2
Não há possibilidade de formação de um carbocátion primário instável, via mecanismo E1.
Proponha um mecanismo para a desidratação do álcool primário a seguir (via E2).
OH H2SO4 conc.

51
Reações de eliminação E1:
-Ocorrem em álcoois;
- Em haletos de alquila, só quando este for terciário e sem a presença de base forte. 
52
SN2 x E2
Haletos primários: A SN2 é favorecida.
A E2 é favorecida quando se utiliza base forte e impedida.
Haletos secundários: não vamos estudar em IQO;
Haletos terciários: Não podem sofrer SN2.
São os mais reativos via E2 quando se utiliza base no meio reacional
SN1 x E1
Haletos primários: Não sofrem nem SN1 e nem E1, porque não se forma carbocátion
1ário.
Haletos secundários: não vamos estudar em IQO;
Haletos terciários: Podem sofrer tanto SN1 quanto E1.
Considere a regiosseletividade de uma reação E2:
O alceno com os grupos mais volumosos em lados opostos da ligação dupla será formado 
em maior rendimento porque é o alqueno mais estável.
Desde que haja hidrogênios b para serem eliminados
Eliminação de Substâncias Cíclicas
Em uma reação E2, os dois grupos que estão sendo 
eliminados devem estar em uma relação transH
Br
H
Br
Para que ocorra E2 em compostos cíclicos é necessário que haja hidrogênio antiperiplanar
no carbono b
Em condições de E1 isso não é importante.
56
Síntese de Williamson
Éteres podem ser preparados pela desidratação direta de álcoois, tratados com ácidos fortes sob
aquecimento . Aquecendo-se uma mistura de etanol com ácido sulfúrico é possível obter éter dietílico
(é preparado comercialmente dessa maneira). O aumento da temperatura e aumento da concentração
de ácido sulfúrico fornece o eteno.
• A reação de desidratação de álcoois ocorre via mecanismo de SN2.
• Este método não é adequado para a preparação de éteres não-simétricos, a qual demandaria a
utilização de dois álcoois diferentes. Nestes casos, há possibilidade de formação de mistura de vários
produtos diferentes.
57
Mecanismo da desidratação do etanol catalisada por ácido (formação do éter dietílico)
58
O que fazer para preparar um éter não-simétrico? 
Utilizamos a Síntese de Williamson
Este método é o mais comum para a preparação de éteres e consiste na preparação de um alcóxido, 
que em seguida é tratado com um haleto de alquila; acontece uma reação do tipo SN2!
• O mecanismo envolve uma reação de SN2, e as condições que favorecem a reação envolvem haletos
de alquila metílicos ou primários, que são estericamente desimpedidos, para não favorecer o produto
da reação E2.
A competição entre as reações de substituição nucleofílica e as reações 
de eliminação em haletos de alquila será discutida em disciplinas mais 
avançadas da Química Orgânica.
59
Exercício: (a) Proponha um mecanismo para a reação abaixo; (b) mostre como você poderia preparar o
1-etóxibutano utilizando a Síntese de Williamson como estratégia.
60
Clivagem ácida de éteres
Os éteres sofrem reação de clivagem catalisada por ácidos halogenídricos. Os éteres são resistentes ao
ataque por nucleófilos (por quê?).
A reação se processa via mecanismo do tipo SN2.
Primeiramente há protonação do éter (uma base de Lewis), com formação de um íon 
oxônio. Este sofre ataque nucleofílico do brometo com saída de álcool como grupo de 
partida (reação concertada, tipo SN2).
Nasegunda etapa, o etanol formado reage com HBr (presente em excesso no meio 
reacional) para formar um segundo equivalente em quantidade de matéria do 
brometo de etila, através de uma nova reação do tipo SN2. Com saída de água.
61
Reações de oxidação de alcoóis
Os álcoois podem ser oxidados aos respectivos compostos carbonílicos (aldeídos, cetonas ou ácidos
carboxílicos); o reagente mais comumente utilizado é o ácido crômico (H2CrO4).
Reações de oxirredução em Química Orgânica
Um processo que adiciona átomos eletronegativos, tais como halogênio ou oxigênio, ou remove
hidrogênio, constitui uma oxidação. A remoção de um halogênio ou de um oxigênio, ou a adição de
um hidrogênio, é definida como redução.
Os reagentes mais comuns que promovem a oxidação de álcoois
são o íon dicromato [Cr2O7-] e o permanganato [MnO4-].
Ao oxidar o composto orgânico o átomo de Cr(VI) é reduzido a 
Cr(III) e átomo de Mn(VII) é reduzido a Mn(II) .
O ácido crômico (H2CrO4) é preparado in situ a partir dos seguintes 
reagentes: Na2Cr2O7 ou CrO3 em meio ácido aquoso.
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No esquema abaixo está mostrado um mecanismo envolvendo o éster do ácido crômico. É importante
notar que a oxidação de um álcool envolve a remoção do hidrogênio que está ligado no carbono α, por
isso álcoois terciários não podem ser oxidados, pois não possuem hidrogênio no carbono α.
Exemplo: oxidação do ciclo-octanol a ciclo-octanona
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• Os álcoois primários são inicialmente oxidados a aldeídos, e depois a reação prossegue oxidando o
aldeído a ácido carboxílico, quando são utilizados oxidantes aquosos.
• Se a reação for realizada em condições anidras, o aldeído pode ser isolado. Neste caso um reagente
que é bastante comum para a preparação de aldeídos é o clorocromato de piridínio .
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Exercício: Dê os produtos das reações mostradas a seguir:
OH KMnO4 aq.
NaOH, 
CrO3
H2SO4, H2O
OH
OH
OH
Na2Cr2O4
H2SO4, H2O
OH
PCC
CH2Cl2
OH Na2Cr2O4
H2SO4, H2O
OH
PCC
CH2Cl2
a)
b)
c)
d)
e)
f)
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Teste químico simples para álcoois primários e secundários
Quando um álcool é oxidado por CrO3/H2SO4 (Cr(VI), solução laranja), o cromo é 
reduzido para Cr(III) e a solução torna-se esverdeada.
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Após estas aulas você deverá saber
• Estrutura química e propriedades físicas dos álcoois, éteres e haletos de alquila.
• Forças intermoleculares existentes nestes compostos, correlacionando-as com as
propriedades físicas.
• Acidez e basicidade de álcoois.
• Reações de desidratação de álcoois e desidroalogenação de haletos de alquila
(preparação de alquenos).
• Reações de substituição nucleofílica SN1 e SN2: mecanismos gerais, condições reacionais,
aspectos relacionados à reatividade e estereoquímica dos substratos.
• Síntese de Williamson para a preparação de éteres.
• reações de oxidação de álcoois a compostos carbonílicos.
Não deixe de resolver os exercícios da lista 4!

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