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Aula 1 Contabilidade e Gestão Tributária

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15/03/2018 Disciplina Portal
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Contabilidade e Gestão Tributária I
Aula 1 - De�nições dos tributos que incidem sobre o lucro
contábil - IRPJ
INTRODUÇÃO
Os tributos sobre o lucro representam parte integrante da contabilidade de uma empresa. Há, no Brasil, uma preocupação, não somente do Fisco em arrecadar
tais tributos, como dos empresários em reduzir a carga tributária que impactam diretamente na gestão de seus negócios. O contador precisa �car atento a �m
de atender às necessidades de cada usuário, dentro da legalidade, ética e responsabilidade social que exerce.
Para uma efetiva Contabilidade Tributária, na gestão dos tributos, é necessário adquirir conhecimento sobre o que está se apurando e recolhendo. Os
pro�ssionais de Contabilidade se utilizam da informação contábil, no tocante em questão, do lucro das entidades empresariais para a apuração e conciliação
dos tributos IRPJ — Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e CSLL — Contribuição sobre o Lucro Líquido.
Nesta aula, você irá reconhecer o que a Legislação Tributária determina quanto ao IRPJ, seu fato gerador, sua base de cálculo, o contribuinte, as alíquotas, a
apuração e o recolhimento, informações que servirão de base para as próximas aulas.
OBJETIVOS
Reconhecer a legislação que normatiza o Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ.
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Identi�car o fato gerador, a base de cálculo e o contribuinte do IR.
Reconhecer o período de apuração, o prazo de recolhimento e as alíquotas do IRPJ
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IRPJ – NORMAS GERAIS
A Constituição Federal do Brasil, de 1988, prevê, em seu art. 153, que compete à União instituir o Imposto de Renda, devendo estar alicerçado nos seguintes:
Generalidade
O imposto de renda deve incluir sobre todas as espécies de rendas e proventos de qualquer natureza.
Universidade
Rendas auferidas por todas as pessoas - observados os limites da competência tributária.
Progressividade
Quanto maior o acrécimo de patrimônio, maior deverá ser a alíquota aplicavel.
Fonte:
Portanto, o IRPJ deve ser aplicado indistintamente a todas as pessoas jurídicas que operam suas atividades no país.
Reforçando o que dispõe a CF/88, o Código Tributário Nacional também aborda sobre o Imposto de Renda, em sua Seção V, apontando qual o fato gerador; a
base de cálculo e o contribuinte de tal tributo.
Quanto à Legislação Ordinária, temos ainda o Regulamento do Imposto de Renda (RIR), determinado por meio do Decreto 3.000/99, subdividido em 4 Livros:
Livro I - Tributação das pessoas físicas
Livro II - Tributação das pessoas jurídicas
Livro III - Tributação na fonte e sobre operações �nanceiras
Livro IV - Administração do imposto
Para entendermos melhor o que este conjunto de normas orienta, vamos compreender o conceito de fato gerador; base de cálculo e contribuinte do Imposto
de Renda.
FATO GERADOR
O CTN disciplina, em seu Art. 43, que o imposto, de competência da União, sobre a renda e os proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda e de proventos de qualquer natureza.
Renda 
Entende-se como renda, o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos.
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Exemplo: Salários
Proventos 
Como proventos temos acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito renda, veri�cados em relação ao contribuinte.
Exemplo: Doações
Mais exemplos de rendas e proventos:
• obtenção de lucro; 
• ganhos de capital auferidos; 
• rendimentos decorrentes de aplicações �nanceiras.
Ressalta-se que o fato gerador somente ocorre mediante acréscimo patrimonial, após a dedução das despesas necessárias do contribuinte autorizadas pelo
Regulamento do Imposto de Renda.
Portanto, podemos resumir que o fato gerador do IRPJ seria o acréscimo patrimonial, decorrente do aumento de riqueza obtido e disponível (seja o próprio
recebimento da renda — pelo regime de caixa — ou o direito de recebê-la — pelo regime de competência) pelo seu bene�ciário.
BASE DE CÁLCULO
De mesmo modo, o CTN determina que a base de cálculo do IR é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.
Fabretti (2017, p. 214) explica que o montante real é o total da disponibilidade jurídica ou econômica, adquirida no período-base.
No que corresponde às pessoas jurídicas, o regulamento do Imposto de Renda apresenta basicamente duas lógicas de base de cálculo:
Lucro Contábil Ajustado
ou
Receitas Auferidas
As bases de cálculo acima serão apresentadas, mais detalhadamente, quando tratarmos dos Regimes de Apuração do IRPJ e da CSLL em nossas próximas
aulas.
CONTRIBUINTE
O CTN determina que:
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Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer
título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e
recolhimento lhe caibam.
Ou seja, contribuinte é aquele que adquire as rendas e os proventos de qualquer natureza que vimos em fato gerador.
Fonte:
O que o parágrafo único do CTN quer dizer é que, nem sempre o contribuinte é quem vai recolher o tributo aos cofres públicos, uma vez que a lei pode atribuir
essa responsabilidade a um terceiro.
PERÍODO DE APURAÇÃO, RECOLHIMENTO E ALÍQUOTAS
O que podemos entender por período de apuração?
Período de Apuração pode ser de�nido como o espaço de tempo em que será apurada a renda e os proventos obtidos para cálculo do IR devido.
As pessoas jurídicas, obrigadas ou não ao regime de apuração com base no lucro real, poderão optar pelo período de apuração:
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Fonte da Imagem:
O art. 220, do RIR, explica que o imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados
nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
Fonte da Imagem:
Enquanto os arts. 221 e 222 oferecem a opção da apuração anual para quem estiver no Regime de Tributação do Lucro Real (que estudaremos nas próximas
aulas), devendo este período encerrar-se em 31 de dezembro de cada ano. Porém, ao escolher esta opção de apuração, deverá ser recolhida mensalmente uma
antecipação do imposto correspondente a uma base ainda estimada.
Fonte da Imagem:
Quando utilizamos o termo recolhimento do tributo, estamos nos referindo ao pagamento do imposto de renda ao órgão competente.
O recolhimento do IRPJ deverá ocorrer em quota única até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.
Exemplo da apuração trimestral e seus respectivos recolhimentos:
Exemplo da apuração anual seu recolhimento efetivo (não estamos considerando as estimativas mensais):
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de apuração.
As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial Selic, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do segundo
mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês do pagamento.
Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$1.000,00; o imposto de valor inferior a R$2.000,00 será pago em quota única até o último dia útil do mês
subsequente ao do encerramento do período de apuração.
Fonte da Imagem:
A alíquota representa o percentual a ser aplicado sobre a base de cálculo do tributo para encontrar o valor devido de imposto a ser recolhido.
A pessoa jurídica contribuinte do IRPJ deverá aplicar a alíquota de 15% sobre a base de cálculo (lucro apurado).
Aplica-se também uma alíquota de 10% sobre a parcela que exceder R$20.000,00/mensal.
Fonte:
Mais detalhamentos da aplicação destas alíquotas ocorrerão nas próximas aulas, quando tratarmos da apuração do IRPJ com base em cada regime de
tributação.
1 - (Quadrix/2012/CRBio-6ª Região- Assist. Contábil) Representam tributos sobre o lucro:
a) ICMS e Co�ns
b) Imposto de Renda e Contribuição Social
c) Imposto de Renda e IPI
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d) Contribuição Social e PIS
e) PIS e Co�ns
Justi�cativa
2 - (CESGRANRIO/2009/SFE/Técnico de Contabilidade) O fato gerador do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) é a aquisição da disponibilidade
econômica ou jurídica da renda ou dos proventos de qualquer natureza. Nessa acepção, a renda é o produto do:
a) capital, exclusivamente.
b) capital e dos acréscimos patrimoniais.
c) trabalho e dos acréscimos patrimoniais.
d) capital, do trabalho ou da combinação de ambos.
e) trabalho, dos acréscimos patrimoniais ou da combinação de ambos
Justi�cativa
3 - Uma empresa apurou a base de cálculo do IRPJ trimestral no valor de R$45.000,00. Considerando a alíquota de 15%, qual o valor do IRPJ a recolher?
a) R$ 10.800,00
b) R$ 2.250,00
c) R$ 6.750,00
d) R$ 4.500,00
e) R$ 4.750,00
Justi�cativa
4 - A empresa XYZ, produtora de calçados, apura seu IRPJ anualmente, com base no lucro real. Apurou-se, no ano-calendário 2016, uma base de cálculo no
valor de R$182.000,00. Considerando a alíquota de 15% e que não ocorreram antecipações, qual o valor do IRPJ devido?
a) R$ 27.300,00
b) R$ 43.680,00
c) R$ 9.100,00
d) R$ 18.200,00
e) R$ 30.900,00
Justi�cativa
5 - Marque a opção verdadeira. O pagamento do IRPJ poderá ser dividido em até três quotas iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses
subsequentes ao de encerramento do período de apuração, desde que:
a) as quotas não tenham valor inferior a R$ 5.000,00
b) as quotas sejam atualizadas pela Selic com multa e juros
c) as quotas sejam atualizadas pelo IGPM
d) as quotas não tenham valor inferior a R$ 1.000,00
e) as quotas não tenham valor superior a R$ 1.000,00
Justi�cativa
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