Buscar

Procedimentos Especiais

Prévia do material em texto

Procedimentos Especiais
Processo de conhecimento
Comum : ordinário ( é a base se aplica se forma subsidiaria) e sumario (é o processo mais célere)
Especial : quando algo está distinto do processo comum – são as ações dos art 890 á 1210.
Procedimento Especial
Estando no código: contencioso ( existe conflito entre as partes) e voluntario ( não há lide via judicial)
Pode estar fora do código.
Caso não seja PE, via comum sumario e caso não tenha CS, será via comum ordinário (defesa restritas, conversões previstas e remissões internas)
	Contencioso
	Voluntario
	Há lide
	Não tem lide
	Tem partes
	Existem interessados
	Há coisa julgada
	Não tem coisa julgada
	Juizo de legalidade (só na lei)
	Juizo de equidade
Ações possessórias: 
Características : fungíveis ( uma pode ser tomada pela outra), cumuláveis (acumula com outros pedidos ex. perdas e danos), dúplices ( o réu pode demanda a posse da contestação), impedem a discussão de domínio, ritos especiais só na posse nova, e poder ter caução incidente (quando duvidas que o possuidor não tem nada).
Esbulho é perda total da posse
Turbação é o esbulho parcial, ou seja, é a perda de algum dos poderes fáticos sobre a coisa.
Fungibilidade das ações possessórias: a substituição de uma coisa por outra. O princípio da Fungibilidade indica que uma ação proposta de forma inadequada, pode ser considerada válida, permitindo que o magistrado receba e processe a demanda equivocada (ação de reintegração de posse), quando o caso reclamava o ajuizamento de outra espécie possessória (ação de manutenção de posse), nos moldes do art. 920 do CPC.
– Ação de Manutenção e Reintegração de Posse:
Protege a posse em caso de turbação (manutenção) ou esbulho (reintegração)
Não se aplica liminar contra a pj de direito publico.
Pode ser deferida ou designada audiência de justificação
Podem variar de rito conforme sejam intentadas dentro de ano e dia da turbação ou esbulho ( ação possessória de força nova – procedimento especial - é a de menos de ano e dia), ou depois de ultrapassado dito termo( ação possessória de forca velha – rito ordinário- é a de ano e dia ou mais). 
Diferença de procedimento: mínima e fica restrita à possibilidade ou não de obter-se a medida liminar de manutenção ou reintegração de posse em favor do autor, porque, a partir da contestação, também a ação de força nova segue o procedimento ordinário. 
– Interdito Proibitório:
Ação de caráter mandamental. O possuidor, temendo ser turbado ou esbulhado, postula a proteção possessória, mediante a expedição de ordem acompanhada de cominação de pena pecuniária, para o caso de o réu vir a agredir sua posse.
- Embargos de Terceiro:
Sem sempre são tratados com AP
É a manutenção da posse de bens a apreensão judicial . Ex. Inventario..
Podem ser explicados como medida processual que visa a intervenção de uma terceira pessoa num processo judicial que se já se encontra em curso. Ex. penhora.
Cabimento: a qualquer tempo no processo de conhecimento 
Tramitação: são distribuídos por dependências, suspende o processo principal somente quando os bens são embargados.
Requisitos: prova de posse, com audiência preliminar se necessário qualificar os terceiros.
Ação Monitória
Compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel. 
Ela é usada para cobrar cheques ou outros títulos (nota promissória, duplicata, etc) prescritos. 
Só cabe se houver prova do negócio que gerou o título. Por exemplo, no caso de cheques, só se tiver um documento (contrato, etc) que diga porque aquele cheque foi dado (nota fiscal de compra, por exemplo, onde consta os dados do cheque). 
Requisitos: o credor ter prova documental escrita da divida, e que se objetive receber pagamento, entrega da coisa fungível ou de determinado bem imóvel.
O réu tem 15 dias para pagar ou entregar a coisa.
Caso não seja oposto embargos pelo réu, se dá inicio a execução.
Ação de Consignação de pagamento:
Trata-se de uma forma compulsória de pagamento que se efetiva com o deposito da coisa.
Polo Passivo: credor, herdeiros ou sucessores.
Consignação fundada na recusa em receber: Na recusa em receber do credor ou na recusa de dar quitação devida ou quando há obstáculo que impede o pagamento, poderá o devedor usar a demanda consignatória que por vezes tem sido chamada pela infeliz expressão de “execução às avessas” ou “execução ao contrário”.
Não existe mais a audiência de oblação ,porque o valor terá sido depositado em instituição bancária antes do ajuizamento da ação, ou em juízo dentro dos cinco dias que lhe seguiram da determinação judicial.
Consignação fundada na duvida sobre a titularidade do credito: não há mora accipendi (demora do credor) como nos demais, mas medida de prudência do devedor, que, em duvida entre pagar a este ou aquele que se pretendem credores, teme pagar mal, e com isso, faz novamente.
Consignação dos alugueres: É muito comum ocorrer essa forma de liquidação de obrigação nas relações locatícias, ora alterando periodicidade de reajustamentos, ora extinguindo e criando indexadores, o que causa perplexidade e dúvidas em locadores, locatários, administradores e advogados. 
O procedimento deve ser proposto de forma acertada, sob pena de acarretar o desalijo do locatário, caso haja pedido de reconvenção neste sentido, colocando em risco a perda do ponto, no caso de tratar-se de locação destinada ao comércio. 
Ação de Depósito:
Procedimento especial que tem por finalidade exigir a restituição da coisa depositada que não tenha sido devolvida pelo depositante.  É a ação adequada quando se trata de depósito regular, legal, ou convencional, que tem por objeto coisa infungível.
Busca uma sentença condenatória que imponha ao réu a exigência de restituir o bem que lhe fora anteriormente confiado, pelo autor, com a obrigação de devolver. Tal procedimento divide-se em duas fases: uma cognitiva e outra executiva.
Chama de ação o que na realidade é o procedimento, sendo este o regulador destes procedimentos para a obtenção da restituição de coisas depositadas.
Ação de Prestação de Contas:
Aquele que administra bens, negócios ou interesses alheios deve prestar contas.
Visa à apresentação de documentos comprobatórios de todas as receitas e de todas as despesas referentes à administração de bens e valores de terceiro.
Tem natureza dúplice: pois qualquer uma das partes ligadas ao direito material pode figurar como autor ou réu.
A ação visa a apurar um saldo nas contas; assim, ao fim, independentemente de reconvenção, o juiz condenará a parte devedora ao pagamento do saldo (autor ou réu). Valor este que será recebido pelo procedimento do cumprimento de sentença.
Ação promovida por quem tem o direito de exigir as contas, há mais de uma fase (Primeira fase: verifica-se a existência do dever de prestar contas, tendo natureza de processo de conhecimento condenatório / Segunda fase: ocorre quando do exame das contas / Terceira fase: a fase do cumprimento de sentença (art. 918), caso haja saldo credor).
Ação promovida por quem tem a obrigação de prestar contas e assim deseja proceder possui o seguinte procedimento: a inicial é instruída com as contas e o réu é citado para aceitar ou contestar a ação. Caso haja saldo credor, poderá haver a terceira etapa, que seria a fase do cumprimento de sentença (art. 918).
Ação de Usucapião:
Usucapião é um modo de aquisição da propriedade e ou de qualquer direito real que se dá pela posse prolongada da coisa, de acordo com os requisitos legais, sendo também denominada de prescrição aquisitiva.
A ação de usucapião deve ser proposta pelo atual possuidor do imóvel, que fará juntar a inicial a planta da área usucapienda e a sentença que a julgar será registrada, mediante mandado, no respectivo Registro de Imóveis, sendo certo que a intervenção do Ministério Público será obrigatória.
Usucapião extraordinário tem como requisitos a posse ininterruptade 15 (quinze) anos, exercida de forma mansa e pacífica com ânimo de dono, que poderá ser reduzida para 10 (dez) anos nos casos em que o possuidor estabelecer no imóvel a sua moradia habitual ou nele tiver realizado obras e serviços de caráter produtivo. 
Usucapião ordinário está prevista no artigo 1.242 do mesmo diploma legal e tem como requisitos a posse contínua, exercida de forma mansa e pacífica pelo prazo de 10 (dez) anos, o justo título e a boa fé, reduzindo esse prazo pela metade no caso de o imóvel "ter sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante em cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico", nos termos do artigo 1.242, parágrafo único do CC. 
A usucapião rural, também denominado pro labore, tem como requisitos a posse como sua por 5 (cinco) anos ininterruptos e sem oposição, de área rural não superior a cinquenta hectares, desde que já não seja possuidor de qualquer outro imóvel, seja este rural ou urbano. Ainda apresenta como requisito o dever de tornar a terra produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia. Já a usucapião urbana, também denominado de pro misero ou pró-moradia, tem como requisitos a posse sem oposição de área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados por 5 (cinco) anos ininterruptos, utilizando-a como moradia sua ou de sua família, sendo vedada a posse de qualquer outro imóvel. A usucapião rural e urbano estão previstas nos artigos 1.239 e 1.240 do CC, respectivamente. 
Constituem requisitos para a consumação da usucapião: a coisa hábil ou suscetível de usucapião, a posse, o decurso do tempo, o justo título e a boa-fé, sendo certo que os três primeiros itens são requisitos necessários para todas as espécies, enquanto o justo título e a boa-fé são requisitos somente da usucapião ordinário.
Causas impeditivas 
Constituem causas impeditivas, a usucapião de bens: 
a) entre cônjuges, na constância do matrimônio; 
b) entre ascendente e descendente, durante o pátrio poder; 
c) entre tutelados e curatelados e seus tutores e curadores, durante a tutela e a curatela; 
d) em favor de credor pignoratício, do mandatário, e, em geral, das pessoas que lhe são equiparadas, contra o depositante, o devedor, o mandante, as pessoas representadas, os seus herdeiros, quanto ao direito e obrigações relativas aos bens, aos seus herdeiros, quanto ao direito e obrigações relativas aos bens confiados à sua guarda. 
E, ainda o artigo 1.244 do CC dispõe que as causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição também se aplicam à usucapião, e dessa forma não ocorrerá usucapião: 
a) contra os incapazes de que trata o art. 5° do Código Civil; 
b) contra os ausentes do país em serviço público da união, dos Estados, ou dos Municípios; 
c) contra os que se acharem servindo na armada e no exército nacionais, em tempo de guerra; 
d) pendendo condição suspensiva; 
e) não estando vencido o prazo; 
f) pendendo ação de evicção.

Continue navegando