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Aspectos radiográficos das lesões ósseas

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ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DAS LESÕES ÓSSEAS 
 O osso é uma estrutura radiopaca, radiograficamente, que pode sofrer alterações 
devido a patologias ósseas. Podemos notar modificações na densidade, textura, forma, além 
de alterações periostais (que se traduzem, em sua maioria, por osso reacional). 
 As lesões ósseas podem ser agrupadas em três grupos: lesões radiolúcidas, lesões 
radiopacas e lesões mistas. 
 
LESÕES ÓSSEAS 
1 – Radiolúcidas 
 - Expansivas: Tipo cístico: unilocular ou multilocular 
 Tipo cavitário: unicavitária ou multicavitária 
 - Infiltrativas 
 
2 – Radiopacas 
 - Circunscritas 
 - Difusas 
3 – Mistas 
 - Radiolúcida-radiopaca 
 - Radiopaca-radiolúcida 
 
LESÕES EXPANSIVAS 
 Padrão radiográfico definido, mostrando área de destruição óssea de forma 
arredondada ou ovalada, expandindo-se nas 3 dimensões do osso. Suas margens são 
distintas, lisas, mostrando nítida separação do osso adjacente. Podem estar limitadas por 
uma linha radiopaca bem marcada ou faixa esclerótica, que corresponde à resposta óssea a 
uma agressão de crescimento lento. 
 As lesões radiopacas também podem ser denominadas única ou múltiplas. Quando 
estas acometem um osso, são as monostóticas. Já quando acometem mais de um osso são 
as poliostóticas. São descritas também como uniloculares ou multiloculares. Na maioria dos 
casos, são lesões de crescimento lento, característico das lesões benignas. Há expansão das 
corticais ósseas. 
 
LESÕES INFILTRATIVAS 
 São imagens sem padrão específico, que invadem os espaços medulares de maneira 
desigual em superfície e profundidade, o que resulta em contorno irregular, indefinido, 
indistinto e com extensa zona de transição com o osso adjacente. Há destruição das corticais 
ósseas. São lesões de maior agressividade que não possibilitam qualquer resposta óssea de 
defesa. Para realizarmos o diagnóstico de uma lesão, devemos considerar a tríade de Jaffe – 
clínico radiográfico e histológico. 
 
PARÂMETROS RADIOGRÁFICOS 
1) densidade (radiopaco, radiolúcido). 
2) limite 
3) localização topográfica 
4) relação com estruturas vizinhas 
 
DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO 
ODONTOMA COMPOSTO: mostra um número variado de pequenas estruturas radiopacas, 
semelhantes a dentículos, envolvido por uma linha radiolúcida. É unilocular. Pode estar 
associada a coroa de um dente normal incluso ou supranumerário. Localiza-se comumente 
em maxila, na região anterior. Não há expansão de cortical, pode promover deslocamento 
dentário. Imagem patognomônica, dentículos agrupados em forma desordenada, rodeado 
por banda radiolúcida, limite definido, levemente corticalizado. 
 
ODONTOMA COMPLEXO: é a mais radiopaca de todas as lesões odontogênicas, não há 
qualquer arranjo definido. Aparece como uma formação irregular, densamente radiopaca, 
delimitada por fino halo radiolúcido. Comumente encontrado na região dos dentes molares 
inferiores e seio maxilar. Pode provocar deslocamento dentário, reabsorção dentária e 
impedir a erupção. Área radiopaca de limites definidos, banda radiolúcida periférica, pode se 
associar a um dente não irrompido. 
AMELOBLASTOMA: área radiolúcida na mandíbula, normalmente localizada no ramo 
ascendente da mandíbula, podendo estender-se até a sínfise mentoniana. Contorno 
definido, podendo estar delimitado por halo radiopaco. A estrutura interna varia de 
totalmente radiolúcida à mista, com presença de septos ósseos – multiloculares com 
aspecto “favos de mel” ou “bolhas de sabão”. Pode ocorrer deslocamento dentário e 
reabsorção, além do desaparecimento do canal mandibular. Zona radiolúcida, imagem 
variável, uni ou multilocular, limite bem definido corticalizado, limites festonados em 
radiografias oclusais, deformação da tábua óssea, pode ter dentes associado, reabsorção 
externa de dentes vizinhos. 
 
TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE: comumente localizado na maxila, envolvendo 
dente não irrompido. Contorno bem definido. É necessária uma radiografia oclusal para 
determinar o crescimento expansivo. Conteúdo no interior da área é misto. O efeito causado 
por ele é deslocamento dentário, impedimento de erupção do canino. Há expansão das 
corticais para vestíbulo-lingual. Semelhante ao cisto dentígero, forma arredondada ou 
ovalada, limites definidos, mais ou menos corticalizados; ocasionalmente apresentam 
calcificações com a evolução do tumor, desloca dentes. 
 
TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO: lesão radiolúcida, bem definida, com halo 
radiopaco, unilocular, normalmente com um dente incluso. Pode causar deslocamento 
dental, inibir a erupção do 3º molar inferior, o qual normalmente está relacionado, diminuir 
a nitidez do canal mandibular. Seu crescimento é ao longo do osso, no sentido ântero-
posterior, sendo que não há expansão das corticais. É agressivo. 
 
MIXOMA: lesão rara que ocorre na maxila e mandíbula. Apresenta forma de raquete de 
tênis, área mista (radiopaca e radiolúcida), multilocular, contorno não delimitado, há perda 
da linha oblíqua, expansão das corticais. Área radiolúcida, imagem uni ou multilocular, limite 
pouco definido, deslocamento de dentes, pode produzir reabsorção externa, pode adelgaçar 
e destruir as corticais. 
 
OSTEOSSARCOMA: tumor maligno muito agressivo. Área radiolúcida, ASPECTO EM RAIO DE 
SOL, bordas mal definidas, uni ou bilateral. Corticais costumam apresentar expansão e 
destruição Pode acometer qualquer osso. Tende a invadir regiões de menor suporte. 
 
OSTEOMA: tumor benigno, preso a base da mandíbula. Massa radiopaca com bordas bem 
definidos, localizada na mandíbula. As lesões compostas por osso compacto são 
uniformemente radiopacas e as que contêm tecido esponjoso apresentam trabeculado 
interno. 
 
CEMENTOBLASTOMA BENIGNO: lesão tumoral benigna, que ocorre em diversas regiões dos 
maxilares, próxima ao ápice dos dentes, ou em áreas que existiam dentes. Lesão 
radiopaca/mista circunscrita com halo radiolúcido, com contorno bem definido, crescimento 
expansivo e reabsorção radicular. Pode ocorrer a fusão do tumor com a raiz do dente. 
Densidade particularmente radiopaca, fusionada com a raiz do molar ou pré-molar inferior, 
massa radiopaca rodeada por halo radiolúcido, limite corticalizado, expande as corticais. 
 
DISPLASIA FIBROSA: apresenta aspectos radiográficos diversos. Tem como característica 
aspecto de vidro despolido. Comum na maxila, em região posterior. É difusa, unilocular, 
pode levar a expansão das corticais. 
 
DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FLORIDA: normalmente ocorre na mandíbula, próximo ao 
ápice do dente, podendo estar fusionada a este. Há possibilidade de envolver mais de um 
dente. Inicialmente, as lesões são radiolúcidas, mas com o tempo se tornam mistas e em 
seguida predominantemente radiopacas, com fino halo radiolúcido. Seu crescimento é 
expansivo. Pode ocorrer ausência de lâmina dura e aumento do espaço periodontal. 
 
MIELOMA MÚLTIPLO: é uma lesão múltipla, no crânio, as imagens têm aspecto de 
perfurações, sendo áreas radiolúcidas, circulares. O que dá ao conjunto o aspecto 
“geográfico” ou “solo lunar”. 
 
DOENÇA DE PAGET: áreas radiopacas, determinando a maior calcificação. Pode acometer a 
mandíbula. É expansivo, sendo que a cortical fica intacta. É unilocular. No interior podemos 
encontrar conteúdo misto, com aspecto de vidro despolido.

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