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Hemorragia Digestiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA Antônio Flores de Castro Hemorragia Digestiva O que é? Sangramento presente em lúmen do TGI Local de sangramento: Alta (esôfago superior até ângulo de Treitz) Média (ângulo de Treitz até íleo terminal) Baixa (íleo terminal até canal anal) Apresentações: Enterorragias Hematêmese Melena Hematoquezia Retorragias 4 graus, conforme volume e repercussão hemodinâmica: Inaparentes: sem alterações circulatórias. Leve: PA sistólica > 100mmHg; FC < 100bpm e hemácias acima de 3.500.000/mm³ Moderada: PA sistólica > 80mmHg e < 100mmHg; FC 100-110bpm e hemácias de 2.500.000-3.500.000/mm³ Maciça: PA sistólica < 80mmHg; FC > 110bpm e hemácias abaixo de 2.500.000/mm³ Na prática: baixas. Até 100mL; até 500mL; mais de 500mL ? Hemorragia Digestiva Origem vascular: Arterial (úlcera péptica) Venosa (varizes esofágicas) Capilares (lesão aguda de mucosa gastroduodenal) As 3 causas juntas são 90% dos casos de HDA Gastrite aguda hemorrágica Gastrite erosiva Síndrome de Mallory-Weiss Úlcera de estresse Úlcera de Cushing Úlcera de Curling Duodenite erosiva Duodenite hemorrágica Ca gástrico, hérnia hiatal e esofagite de refluxo Hemorragia Digestiva HDA Úlcera péptica (50% dos casos) 2/3 sem sangramento recorrente 1/3 recorrente em 3 dias (hospitalização) tto cirúrgico 1/3 dos casos estabilizados volta e sangrar em 1-2 anos. Prevenção: H.pylori, AINEs e ácidos AAS em paciente com complicação cardiovascular: interrompe, trata o sangramento e volta em até 7 dias com AAS. Relação custo-beneficio melhor. AINEs Lacerações de Mallory-Weiss (5-10% dos casos) Quadro: vômito e tosse pródromos à hematêmese Estabiliza em 80-90% dos casos, com < 10% de reincidência Varizes (20% dos casos) Varies esofagianas com pior prognóstico. Gastropatia hemorrágica ou erosiva (gastrite) Mucosa = pouco sangue AINEs crônico 50% e desses 15-30% úlceras. Álcool (20%) Hemorragia Digestiva Hemorragia Digestiva Hemorragia Digestiva Causas de HDM: Intestino Delgado Fora da endoscopia superior comum maioria é HD obscura. Angiectasias Tumores de ID (prevalência em adultos na faixa etária de 40-50 anos) AINEs (>60 anos) Doença de Crohn Infecciosa Isquemica Vasculite Divertículo de Meckel (ppte em crianças) Fístula aortoentérica Hemorragia Digestiva HDB: colos e reto Incidência de hospitalizações 20% > do que HDA 1º) Hemorroidas e fissura anal (sgm leve + dor) 2º) Divertículos Ectasia vascular (pcte >70 anos) crônico, franco ou oculto, c/ ou s/ repercussão hemodinâmica. Neop. (adenocarcinoma) Colite/retocolite (DII) Crianças e jovens: DII e pólipos jovens Sgm diverticular: súbito, indolor, maciço, colo direito estabiliza em 80%, reincidência 20% Hemorragia Digestiva Apresentação Clínica: Dependem da localização, do volume, da velocidade e da duração do sangramento. Determinar FC e PA Hb só baixará após 72h para compensar hipovlêmica Alta X Baixa: hematêmese (alta); Melena (8h a 3-5 dias no TGI); Hematoquezia X Enterorragia Enterorragia variável e cursa com mais de uma apresentação. Hematoquezia: HDB ou sangramente colorretal? SG oculto: quantidade pouca para alterar aspectos das fezes, sendo visto por exame laboratorial. Pode gerar quadro de anemia, mas não chega a ter repercussão hemodinâmica aguda. Fatores de piora do quadro: Hb < 8, doença de base grave, coagulopatia, idade avançada, hematêmese Crônica X Aguda Hemorragia Digestiva Apresentação Clínica: HEMATÊMESE varizes esofágicas, volumosa, sangue não alterado pelo suco gástrico (hematina). Ca de esôfago e úlceras esofágicas resultam num fluxo mais lento. Pensar em: varizes esofágicas, hérnia hiatal, Ca de estômago, de esôfago, úlcera péptica, doença hemorrágicas, LAMGD, AAS, corticoide, anti-inflamatórios. Diferenciar de hemoptise Hemorragia Digestiva Apresentação Clínica: MELENA Sugere hemorragia em ID Fezes ficam digeridas, enegrecidas, amolecidas, viscosas, aderentes, odor pútrido Aumento no número de evacuações ou diarreia exuberante. Borra de café, cola preta, graxa preta. Hemorragia Digestiva Apresentação Clínica: Enterorragias Presença de sangue vivo nas fezes. Pensar em localização próxima a válvula ileocecal ou adiante. Hemorroidas ou doenças benignas (investigar mesmo assim). Sangramento de grande volume, intenso e velocidade trânsito intestinal aumentada ID(?) Pode haver presença de melena ou algum grau de digestão. Doença diverticular difusa dos colo (pcte a partir de 40 anos) Pólipos (crianças e jovens) adenocarcinoma (adultos) Processos inflamatórios (retites, colites e lesões da mucosa) Hemorragias Digestivas Hemorragia Digestiva Apresentação Clínica: Repercussões hemodinâmicas Tonturas escurecimento visual Vertigem, palpitações Anemia Diarreia Esteatorreia Epistaxe Petéquias Equimoses Oligúria (<25-30mL/h) Sangramento vaginal Dor abdominal Febre Colapso circulatório. Hemorragia Digestiva REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: http://semiologiamedica.blogspot.com.br/2014/02/enterorragia-e-hematoquezia.html http://www.fisfar.ufc.br/petmedicina/images/stories/hemorragias_digestivas.pdf https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1145 https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/sangramento-gastrointestinal/les%C3%B5es-vasculares-gastrointestinais Harrison, 18ªed. Portinho, 8ªed. Rose Mary, 1ª ed. FERREIRA, R.; EISIG, J. Federação Brasileira de Gastroenterologia. Projeto Diretrizes-Hemorragias Digestivas, p. 1-14, 2008. DE CARVALHO, Elisa et al. Tabela 1. J Pediatr (Rio J), v. 76, n. Supl 2, p. s135-s46, 2000. COTTER, Thomas G.; BUCKLEY, Niamh S.; LOFTUS, Conor G. Approach to the Patient With Hematochezia. In: Mayo Clinic Proceedings. Elsevier, 2017. p. 797-804. ALVES, José Roberto; DA SILVA RODRIGUES, José Mauro. Hemorragia digestiva: manejo fundamentado na medicina baseada em evidências. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, v. 10, n. 1, p. 5-10, 2008.
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