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Trabalho Pneumonia Enzootica Suina

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA - UNIFOR-MG
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
ANA PAULA FARIA SILVA
ÉSTERSON CARDOSO SILVA
GÉSSICA CRISTINA DA SILVA
INA BEATRIZ DE FREITAS SCHMIDT
MELINA VAZ PICARDI
PNEUMONIA ENZOÓTICA SUÍNA
FORMIGA-MG
2018
ANA PAULA FARIA SILVA
ÉSTERSON CARDOSO SILVA
GÉSSICA CRISTINA DA SILVA
INA BEATRIZ DE FREITAS SCHMIDT
MELINA VAZ PICARDI
PNEUMONIA ENZOÓTICA SUÍNA
 Trabalho realizado como exigência da disciplina de Microbiologia Veterinária II, sob a orientação do professor Leonardo Borges Acúrcio.
FORMIGA-MG
2018
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Sumário
INTRODUÇÃO
No Brasil, a suinocultura é uma atividade presente em aproximadamente 50% das propriedades rurais existentes no país (BOHRER, 1993).
A carne suína é a carne mais consumida mundialmente. O consumo per capita mundial desta é de 15,9 Kg/habitante/ano.
Dentre os principais países importadores da carne suína brasileira estão a Rússia, Hong Kong, Ucrânia e Cingapura.
 Existem várias barreiras em relação a exportação da carne suína pelo Brasil.. Dentre elas, estão os problemas sanitários nos rebanhos, ocasionados principalmente por doenças respiratórias e entéricas (COSTA, 2002).
As doenças respiratórias são enfermidades economicamente importantes que afetam a produção suína em todo o mundo (CONCEIÇÃO e DELLAGOSTIN, 2006).
Apesar de todos os esforços relacionados ao melhoramento genético e sanidade dos animais, realizados ao longo dos anos buscando maior produtividade, o impacto das doenças respiratórias de suínos no Brasil é alto. 
Entre os principais agentes bacterianos envolvidos nas Doenças Respiratórias de Suínos estão: Actinobacillus pleuropneumoniae(pleuropneumonia suína), Bordetella bronchiseptica(rinite atrófica) e principalmente, o Mycoplasma hyopneumoniae, causador da Pneumonia Enzoótica Suína (PES) (COSTA, 2002). 
Esta última tem grande importância por ser uma doença altamente contagiosa, (OBOEGBULEN, 1981).
Serão apresentados nesse trabalho, alguns aspectos relacionados à etiopatogenia, epidemiologia, transmissão, controle e prevenção , sinais clínicos, etc, para melhor compreensão da ação deste importante microrganismo. 
Também conhecida como Pneumonia Micoplasmática Suína, a Pneumonia Enzoótica Suína é uma doença infecciosa crônica que causa significativas perdas econômicas à suinocultura mundial (THACKER, 2006).
Causada pela bactéria Mycoplasma hyopneumoniae, é uma das principais doenças respiratórias dos suínos. Esse microrganismo ataca as células do epitélio ciliado da traquéia, brônquios e bronquíolos, causando danos a essas células (HAESEBROUCK et al., 2004).
Afeta suínos de todas as idades, porém a forma clínica da doença é mais comum nos animais na fase de crescimento e terminação. Sua ocorrência é influenciada por vários fatores ambientais e de manejo, é considerada uma doença multifatorial. Possui alta morbidade e baixa mortalidade. As perdas econômicas são decorrentes de quedas na produtividade sobre a conversão alimentar e o ganho de peso. Também podem ocorrer infecções secundárias (SOBESTIANSKY et al., 2001).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Etiopatogenia
O Mycoplasma hyopneumoniae é uma bactéria extracelular gram – negativa, procarionte, de vida livre, pertencente a classe Mollicutes. Apresenta crescimento fastidioso (THACKER, 2006) e necessita de pH entre 7,2 e 7,8 e meio específico com fatores de crescimento para que ocorra um crescimento efetivo. São diferenciados de outras bactérias pelo tamanho reduzido e ausência de parede celular (WALKER, 2003)
A maioria dos microrganismos desta classe é patogênica e coloniza uma grande variedade de hospedeiros, incluindo animais, plantas e insetos (WALKER, 2003). 
Os micoplasmas são os menores organismos auto – replicantes conhecidos e possuem o menor genoma estudado. Sua morfologia é variada, podendo apresentar - se em forma de pêra, esférica, espiral ou filamentosa (WALKER, 2003). 
A ausência de parede celular os torna resistentes aos antimicrobianos que afetam sua síntese, sendo estes ineficazes para o tratamento. Necessitam de um contato íntimo com as células do hospedeiro para suprir suas necessidades nutricionais indispensáveis a sobrevivência (SOBESTIANSKY et al., 2001).
 São comumente encontrados na natureza, em suínos o M. hyopneumoniae, bactéria espécie-específica, tem o trato respiratório como local frequente de infecção. São bactérias capazes de produzir diversas substâncias, como hemolisinas e proteases, que acarretam na morte da célula hospedeira ou em uma infecção crônica (BARCELLOS, 2006) .
 O agente etiológico apresenta uma elevada morbidade, isso significa que pode acometer vários suínos rapidamente, porém com uma baixa mortalidade. Com a destruição dos cílios e com o acúmulo de secreções inflamatórias e debris celulares há predisposição do animal às infecções secundárias (BARCELLOS, 2006). Portanto, a pneumonia causada exclusivamente pelo M. hyopneumoniae tem características brandas, contudo esta infecção primária resulta em sérios problemas ao animal afetado por haver imunodepressão do mesmo.
Epidemiologia
Transmissão
A transmissão do M. hyopneumoniae ocorre através do contato direto com secreções respiratórias e via aerossóis que são dispersos no ambiente em crises de tosse que o indivíduo acometido apresenta e que posteriormente são inalados por outros animais (HEIN, 2011).
O período de incubação de incubação do M hypopneumoniae é variável de acordo com a virulência de cada cepa, pode ser de 10 a 16 dias SOBESTIANSKY et al.,1999).Quando surgem os sintomas, pode-se inferir que a infecção ocorreu até no máximo 3 semanas a trás (SOBESTIANSKY et al., 2001).
O animal infectado produz uma resposta imune contra a bactéria , porém ela não é completamente eliminada do trato respiratório do animal o que o torna portador assintomático do agente, capaz de manter a infecção no rebanho. Outras formas capazes de manter a infecção no rebanho é a transmissão da matriz para os leitões e o contato direto entre animais infectados e outros jovens sadios (Hein, 2011).
Segundo Ribeiro et al. (2004) o período da criação onde é mais fácil ocorrer a pneumonia enzoótica suína é a fase de crescimento e a terminação.
Nas granjas de produção de suínos, os animais são criados e confinados em ambientes com grande concentração de animais, são descritas muitas interações entre diversos fatores condicionantes para o aparecimento de doenças respiratórias. Baseado nisso, foi realizado pelo Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (CNPSA-EMBRAPA) por Dalla Costa et al.(2000) um estudo em que identificou-se 15 fatores de risco analisados em granjas de crescimento e terminação dos três estados da região sul do Brasil.
 Os principais fatores de risco a doenças respiratórias citados foram: população superior a 15 suínos por baia, ocasionado uma disponibilidade de área menor para cada suíno; ausência de vazio sanitário entre os lotes; ausência de cortinas ou janelões no prédio para controle da ventilação e temperatura na sala; adoção do sistema de produção em ciclo completo ou terminador, sem a realização do vazio sanitário entre os lotes; desuniformidade de peso no momento de alojamento dos leitões na fase de crescimento e excesso de poeira na sala ambiental.
Patogenia
A infecção pelo M. hipopneumoniae começa com a inalação do microrganismo com posterior aderência ao epitélio ciliado da traquéia, brônquios e bronquíolos, causando danos através da adesão nas paredes do epitélio (CARRIJO, 2007). 
Esses microrganismos são capazes de alterar a motilidade dos cílios ou levar a degeneração dessas estruturas e das células epiteliais, a primeira barreira física dos mecanismos de defesa (CARRIJO, 2007).
Devidoa redução da capacidade funcional do sistema muco-ciliar há diminuição da limpeza das vias aéreas, aumentando o acúmulo de células e a susceptibilidade a patógenos secundários, além de facilitar o avanço do M. hyopneumoniae por brônquios e bronquíolos, agravando assim o quadro clínico e de imunossupressão apresentado pelo animal (HEIN, 2011).
Além da imunossupressão causada pelo microrganismo, há produção de altos níveis de citocinas pró-inflamatórias por um período prolongado, gerando redução na taxa de crescimento do animal (CARRIJO, 2007).
Sinais Clínicos
Todos os suínos são susceptíveis a infecção, mas os sinais clínicos são mais observados nos animais em crescimento e terminação. São demonstrados dependendo da intensidade da infecção e da presença de patógenos secundários aos quais os suínos estejam submetidos. Os sintomas aparecem aproximadamente 13 após a infecção, o primeiro deles é a tosse seca e crônica, que resulta em menor conversão alimentar e consequente redução no ganho de peso (SOBESTIANSKY et al., 2001).
Também observam-se animais com pouco desenvolvimento, pêlos arrepiados e sem brilho (SOBESTIANSKY et al., 2001).
Segundo Nogueira (1996), os sintomas podem ser apresentados da seguinte maneira:
Forma aguda: tosse e hipertermia, animal ofegante, particularmente os novos, diminuição do apetite e crescimento, alta morbidade e baixa mortalidade.
Fase crônica: tosse mais intensa durante a alimentação ou exercício, redução de crescimento e de conversão alimentar, morbidade variável e mortalidade baixa.
Animais portadores sadios: animais adultos que eliminam o agente mas não apresentam sinais clínicos da doença.
Animais com pneumonia bacteriana secundária: angústia respiratória, tosse, febre alta, mortalidade ata.
A imunossupressão contribui para a maior predisposição de suínos infectados pelo Mycoplasma hypopneumoniae contraírem pneumonia bacteriana, isso pode agravar os sintomas e o quadro geral do animal, contribuindo para elevar a taxa de mortalidade da doença (COSTA, 2002). 
Quadro macroscópico
Segundo Nogueira (1996),as lesões macroscópicas da Pneumonia Enzoótica Suína são muito sugestivas. São caracterizadas pela presença de áreas de coloração vermelho escuro tendendo ao roxo nos casos agudos e castanho acinzentado nos casos crônicos, localizadas na porção crânio-ventral do pulmão. Podem ser vistas entre 7 e 28 dias após a infecção.
Podem ser observados nos estágios iniciais e intermediários da infecção, a presença de exsudato catarral nas vias aéreas e aumento dos linfonodos bronquiais e mediastinais (NOGUEIRA, 1996).
Quando a infecção ocorre na creche, os sintomas vão aparecer na fase de recria e início da terminação, portanto as lesões tendem a cicatrizar entre 30 e 70 dias após o início dos sintomas.Com isso, no período em que os animais forem abatidos, as lesões já estarão cicatrizadas e os animais poderão ser considerados sem lesão (SOBESTIANSKY et al., 2001). 
No entanto, quando a infecção ocorre no início da recria, os sintomas ocorrem na fase inicial da terminação .Nesse caso, quanto as lesões, apenas uma parte dos leitões estará positiva por ocasião do abate. Pode-se concluir que somente as infecções que ocorrem na fase de terminação apresentarão lesões plenamente identificáveis no abate (SOBESTIANSKY et al., 2001). 
Quadro Microscópico
De acordo com Nogueira (1996), a identificação microscópica da Pneumonia Enzoótica Suína é muito característica. A presenta o padrão morfológico de pneumonia catarral broncointersticial, com formação de extensa hiperplasia do tecido linfoide.
Em casos crônicos, podem ser observados nódulos linfoides e estreitamento do lúmen das vias aéreas. 
Sobestiansky et al. ( 2001) afirma que a formação de lesões nos pulmões está associada a hiperplasia linfoide, pois os micoplasmas tem a capacidade de ativar a mitose de linfócitos B e T. As vias aéreas são obstruídas quando essa hiperplasia avança.
Em muitos laboratórios o diagnóstico da Pneumonia Enzoótica Suína é baseado nos sinais clínicos, nas lesões macroscópicas e na histopatologia, mas Ribeiro et al. (2004) afirma que estes diagnósticos são apenas presuntivos da enfermidade, sendo necessários exames complementares para a confirmação do diagnóstico.
Diagnóstico
O acompanhamento clínico dos lotes de criação de suínos é uma importante ferramenta para o diagnóstico de doenças respiratórias, sendo a presença de tosse em um número considerável de animais um importante indicativo da frequência de pneumonia no rebanho.
 Além da presença de tosse nos lotes, características como redução do crescimento, desuniformidade dos lotes associadas a aspectos macroscópicos e microscópicos das lesões, auxiliam na determinação de um diagnóstico presuntivo. Porém, estes sinais e lesões não são específicos de um único agente tornando-se necessário para a definição do quadro a utilização de análises laboratoriais, que determinem a presença do agente (SOBESTIANSKY et al., 2001). 
 O M.hypopneumoniae é umas das menores bactérias na natureza, apresentando crescimento fastidioso e demorado, necessita de meios específicos e caros para seu crescimento, portanto o isolamento bacteriológico é pouco utilizado para confirmação de diagnóstico (HEIN, 2011).
Por esse motivo, novas ferramentas diagnósticas vem ganhando maior importância. A sorologia pode ser uma ferramenta muito útil, pois além do diagnóstico, a sorologia pode ser utilizada para o acompanhamento de rotina dos animais frente à infecção pelo Mycoplasma nas diferentes fases de criação de um rebanho (HEIN, 2011).
No entanto, devido ao fato desse microrganismo atacar o epitélio ciliado da traquéia e a baixa exposição ao sistema imune, a resposta dos anticorpos ao agente no soro é variável. E até mesmo o microrganismo pode induzir a variação antigênica, resultando em uma resposta variável de anticorpos no soro. Esta variação resulta em problemas na interpretação dos resultados, devido a resultados falso-negativos (CARRIJO, 2007).
A vacinação com bacterinas de M. hypopneumoniae e infecções concorrentes também podem gerar variação na resposta de anticorpos (CARRIJO, 2007).
A utilização do Enzime-Linked Imunno Sorbent Assay (ELISA), apesar de ter alta sensibilidade, possui limitações devido a ocorrência de reações cruzadas com o Mycoplasma flocculare. Dessa forma os testes sorológicos detectam os anticorpos, mas não confirmam a ocorrência de infecção (CARRIJO, 2007).
Pode ser utilizado então a Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR), que possui mais eficiência na detecção do agente. Pra fazer o teste, é utilizado material coletado do pulmão, havendo variações quando se coleta material da cavidade nasal (CARRIJO, 2007). 
Além da PCR, podem ser utilizadas a Imunofluorescência, Imunohistoquímica e Hibridização in situ.
A imunofluorescência necessita de tecidos congelados e microscópio de luz ultravioleta para a detecção do microrganismo, fazendo com que o procedimento seja difícil em nível de campo (CARRIJO, 2007). 
A hibridização in situ e Himunohistoquímica podem ser realizadas com tecidos pulmonares fixados em formalina e embebidos em parafina, fazendo com que seja mais prática para amostras coletadas na granja (CARRIJO, 2007). Além disso, a himunohistoquímica é de fácil execução, é rápida, tem baixo custo e produz material corado durável.
Segundo Ribeiro et al (2004) a himunohistoquímica é uma boa ferramenta para o diagnóstico de Pneumonia Enzoótica Suína em laboratórios de rotina em histopatologia.
Apesar da melhoria dos métodos de diagnóstico, ainda são necessários mais estudos para determinar a presença de M. hypopneumoniae sob condições de campo (CARRIJO, 2007).
O M. hypopneumoniae, apesar de simples e pequeno, é o principal agente na indução de doenças respiratórias em suínos em todo o mundo e permanece como um dos mais desafiantes microrganismos para diagnóstico e tratamento. É necessário maior entendimento da patogênese e mecanismos de virulência desse agente etiológico parafornecer melhores informações a respeito da Pneumonia Enzoótica Suína e outras doenças respiratórias suínas (THACKER, 2006).
Tratamento
Devido a falta de parede celular, os micoplasmas são resistentes aos antimicrobianos que atuam inibindo a síntese da parede celular, como beta lactâmicos. Outros antibióticos tem sido avaliados quanto a sua eficácia no tratamento da infecção. Dentre eles: tetraciclinas, tilosina, lincomicina, enrofloxacina, fluorquinolonas e doxiciclina (CARRIJO, 2007).
Segundo Carrijo (2007), quanto a resposta aos antimicrobianos: 
Tetraciclinas: não previnem a infecção e as lesões tendem a se desenvolver após o término da terapia.
Tilosina: gera redução na gravidade da doença, quando utilizada no dia anterior à exposição e continuando três dias após a infecção.
Lincomicina: os resultados tem sido variáveis após a sua utilização, mas há evidências que ela reduz a incidência e a gravidade da doença.
O uso de antimicrobianos pode ser realizado através de diferentes esquemas, seja por medicação contínua, pulsativa ou estratégica (SOBESTIANSKY et al., 2001).
 Na medicação estratégica deve ser definido o período em que inicia o aparecimento dos sintomas para começar a adição do medicamento à ração aproximadamente uma semana antes de sua ocorrência, o que reduz as consequências da infecção, mas não as chances de o animal se infectar. A medicação pulsativa consiste no uso de terapia preventiva via oral durante os períodos críticos de criação, incluindo o desmame e agrupamento de lotes, por períodos de sete a dez dias. O uso contínuo de antibióticos não é aconselhado, pois pode aumentar as chances de ocorrer resistência bacteriana aos princípios ativos utilizados e possível presença de resíduos na carcaça abatida. 
Geralmente é mais eficaz controlar a doença do que tratar, devido a essa relativa refração dos micoplasmas a muitos antibióticos (CARRIJO, 2007).
Controle e prevenção
Antes de adotar as medidas de controle ,é necessário conhecer a gravidade do problema no rebanho por meio do exame em suínos abatidos, pois muitas vezes as a medidas recomendadas não são compensadoras em relação ao custo benefício (CARRIJO, 2007).
As medidas de controle são multifatoriais, envolvem fatores de manejo para minimizar a exposição ao microrganismo e aumentar a imunidade. Segundo 
Sobestiansky et al. (2001), as principais medidas de controle da doença são:
Manter a densidade do rebanho apropriada ao tamanho da granja
Ventilação adequada, ou seja, evitar correntes de ar frio sobre os animais, porém permitir a ventilação constante
Realização de vazio sanitário entre lotes no crescimento e terminação
Manter boa higiene e desinfecção das instalações
Fazer controle efetivo de moscas
Limitar ao máximo 500 suínos por instalação de terminação.
Vacinas
Atualmente a vacinação com bacterinas de M. hipopneumoniae tem sido muito utilizada para diminuir os efeitos clínicos da infecção e fornecer proteção ao desenvolvimento de lesões pulmonares. Além disso, a vacina reduz o gasto com medicamentos e variação de peso entre os animais (CARRIJO, 2007).
As vacinas estimulam a produção de anticorpos IgG e IgA específicos do M. hipopneumoniae após a exposição ao agente e diminuem a produção de citocinas pró-inflamatórias. Também diminuem a incidência de lesões pulmonares e melhoram o desempenho de produção. Portanto tem efeito positivo e devem ser consideradas por todos os produtores (CARRIJO, 2007).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BARCELLOS, D. Dinâmica da infecção pelo Mycoplasma hyopneumaniae: uma visão atual. In: Simpósio UFRGS sobreProdução, Reprodução e Sanidade Suína, 1., 2006, Porto Alegre. Anais. Porto Alegre:2006. p.55. 
BOHER, P.B. Perspectivas da suinocultura no centro-oeste brasileiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE VETERINÁRIOS ESPECIALISTAS EM SUÍNOS, 6, 1993, Goiânia, Anais...Goiânia: Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos, 1993, p. 29-32.
CARRIJO,F.K. Pneumonia Enzoótica em suínos de abate: relação entre lesões pulmonares e renais. Niterói , 2007.Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ 2007.
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