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Atividade 24 11

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Direito- 4BN
Aluna: Letícia Ariane
Matrícula: 201621922 
Atividades:
Tendo em vista o quadro de repartição de competências definido na Constituição Federal e a natureza especifica do Conselho Nacional de Justiça, discorra sobre a possibilidade do exercício de controle de constitucionalidade de atos normativos pelo referido órgão, destacando a espécie do controle, a forma em que pode ser realizado e os possíveis efeitos de sua decisão.
A Constituição ao definir a extensão dos poderes reconhecidos ao Conselho Nacional de Justiça, proclamou que compete a esse órgão “o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário” (art. 103-B, § 4º), atribuindo-lhe, por isso mesmo, o encargo de “apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgão do Poder Judiciário” (art. 103-B, § 4º, inciso II – grifei).	
Não se desconhece que o Conselho Nacional de Justiça, embora incluído na estrutura constitucional do Poder Judiciário, qualifica-se como órgão de índole eminentemente administrativa, não se achando investido de atribuições institucionais que lhe permitam proceder ao controle de constitucionalidade referente a leis e a atos estatais em geral [...] (STF, Monocrático, MS 32865 MC/RJ, Rel. Min. Celso de Mello, j. 02/06/2014, p. DJe 05/06/2014).
Sendo assim, a análise da jurisprudência do STF consolidada na matéria implica a conclusão forçosa de que o Conselho Nacional de Justiça - seja em decisão monocrática, seja em decisão colegiada - não detém competência para o exercício do controle de constitucionalidade das leis e atos normativos do Poder Público. Como o Conselho é órgão de natureza eminentemente administrativa, o fato de o legislador constituinte tê-lo situado dentro da estrutura do Poder Judiciário não lhe confere poderes jurisdicionais próprios de juízos e tribunais.
Logo, o CNJ não pode proceder à fiscalização incidenter tantum da compatibilidade dos atos normativos com o texto constitucional, por se tratar de decisão absolutamente estranha à sua esfera de competências, que estão adstritas a atribuições administrativas, financeiras e correcionais dos órgãos do Poder Judiciário (excetuado o Supremo Tribunal Federal, órgão máximo da cúpula judicante). E o fundamento dessa tese pretoriana não poderia ser outro que não o de que o Brasil adotou, com o advento da Constituição de 1988, um modelo de controle de constitucionalidade de índole eminentemente repressiva, marcado, em regra, pela atribuição do controle posterior aos órgãos do Poder Judiciário. Assim se consubstancia o sistema brasileiro de controle de constitucionalidade, que é um sistema jurisdicional misto (difuso e concentrado).
2)O Governador do Estado de Goiás chega até você, Procurador do Estado, informando que tem interesse em discutir judicialmente a constitucionalidade de uma lei municipal que contraria tanto a Constituição Estadual quanto a Federal, mas não sabe qual procedimento seguir. Informe ao Governador do Estado (i) as opções que possui, (ii) os desdobramentos de cada uma das opções e (iii) possíveis consequências de cada uma das escolhas feitas.
Poderá fazer a representação de inconstitucionalidade, conforme previsto no art. 125 §2º da CF, diante o TJ do Estado diretamente, se a lei estadual ferir a constituição do estado e a CRFB, ela poderá ser, ao mesmo tempo, objeto de ADIN e de Representação de Inconstitucionalidade. 
Para o STF, sempre que isto acontecer, será necessário julgar primeiro a Representação de Inconstitucionalidade. O STF não conhece de ADIN antes do tribunal de justiça do estado julgar a Representação de Inconstitucionalidade. Não é necessário, depois de entrar com a Representação de Inconstitucionalidade, entrar com a ADIN. Da decisão da Representação de Inconstitucionalidade cabe recurso direto para o STF (que, então, se transforma numa ADIN). Nem sempre quem é legitimado para propor a Representação de Inconstitucionalidade é legitimado para propor uma ADIN. Mas, neste caso, o legitimado para a Representação de Inconstitucionalidade poderá, através de recurso ao STF, dar origem a uma ADIN. 
Este caso é um controle concentrado e abstrato, apesar de que o fato da Representação de Inconstitucionalidade chegar ao STF através de recurso caracteriza o controle difuso. Trata-se da única exceção quando se fala em controle concentrado e abstrato, e controle difuso e concreto (a Representação de Inconstitucionalidade é um controle concentrado e abstrato, enquanto que o recurso ao STF caracteriza o controle difuso). Se não houver recurso da decisão do tribunal de justiça, valerá esta decisão. O recurso terá que ser interposto, e quem o interpõe é quem propôs a ação.
Nada que é inconstitucional para a CRFB pode ser constitucional para a constituição do estado. Se uma norma é inconstitucional face a CRFB, ela não poderia estar no Ordenamento Jurídico. A eficácia da decisão, seja na Representação de Inconstitucionalidade, seja no recurso extraordinário, terá eficácia erga omnes e efeito vinculante. No entanto, a Representação de Inconstitucionalidade terá aplicação adstrita à área territorial do estado.

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