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Um paciente internado em hospital público de determinado estado da Federação cometeu suicídio, atirando-se de uma janela próxima a seu leito, localizado no quinto andar do hospital. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta acerca da responsabilidade civil do Estado. Exclui-se a responsabilidade do Estado, por ter sido a culpa exclusiva da vítima, sem possibilidade de interferência do referido ente público. Ref.: 201604164816 1a Questão (Ano: 2015; Banca: FCC; Órgão: TRE-RR; Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária). Durante as eleições para Governador do Estado realizadas no ano de 2014, Simone, de 16 anos de idade, pegou escondido da família o carro de seu pai, João, para fazer propaganda com seus amigos de seu candidato preferido. Durante o percurso, Simone atropelou uma família matando um homem de cinquenta anos de idade ao invadir uma loja de alimentos. Neste caso, de acordo com o Código Civil brasileiro, João: responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver de Simone somente 50% do valor total que pagar pelo ressarcimento do dano causado. só responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha se esta não possuir patrimônio pessoal responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha mas não poderá reaver de Simone o que pagar pelo ressarcimento do dano causado. responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver de Simone o valor total que pagar pelo ressarcimento do dano causado. não responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha uma vez que ela é relativamente incapaz. Explicação: Como regra geral, os pais são responsáveis pela reparação civil decorrente de atos ilícitos praticados pelos filhos menores que estiverem sob seu poder e em sua companhia. O atual Código Civil menciona os filhos que estiverem sob a ¿autoridade¿ dos pais, o que não muda o sentido da legislação anterior, dando-lhe melhor compreensão. A responsabilidade dos pais deriva, em princípio, da guarda do menor e não exatamente do poder familiar. Trata-se de aspecto complementar do dever de educar os filhos e sobre eles manter vigilância. Essa responsabilidade sustenta-se em uma presunção relativa, ou numa modalidade de responsabilidade objetiva, no vigente Código, o que vem a dar quase no mesmo. Há dois fatores que se conjugam nessa modalidade de responsabilidade: a menoridade e o fato de os filhos estarem sob o poder ou autoridade e companhia dos pais. A responsabilidade dos pais não pode ser afastada porque o menor ainda não tem capacidade de discernimento. Mais rigorosa deve ser a vigilância dos pais, quando os filhos não possuem ainda o mínimo discernimento. Portanto, nessa relação de responsabilidade envolvendo pais e filhos, prepondera a teoria do risco, que atende melhor aos interesses de Justiça e de proteção à dignidade da pessoa. Aponte-se que existe solidariedade entre o filho menor e o pai ou mãe pela reparação do ato ilícito. Ref.: 201604341029 2a Questão (XII Exame Unificado/2013/adaptada) - Pedro, dezessete anos de idade, mora com seus pais no edifício Clareira do Bosque e, certa manhã, se desentendeu com seu vizinho Manoel, dezoito anos. O desentendimento ocorreu logo após Manoel, por equívoco do porteiro, ter recebido e lido o jornal pertencente aos pais do adolescente. Manoel, percebido o equívoco, promoveu a imediata devolução do periódico, momento no qual foi surpreendido com atitude inesperada de Pedro que, revoltado com o desalinho das páginas, o agrediu com um soco no rosto, provocando a quebra de três dentes. Como Manoel é modelo profissional, pretende ser indenizado pelos custos com implantes dentários, bem como pelo cancelamento de sua participação em um comercial de televisão. Tendo em conta o regramento da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a afirmativa correta. Não há que se falar em responsabilidade civil pois o caso é de um fortuito externo. Os pais de Pedro terão responsabilidade subjetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores. Se os pais de Pedro não dispuserem de recursos suficientes para pagar a indenização, e Pedro tiver recursos, este responderá subsidiária e equitativamente pelos danos causados a Manoel. Somente os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, mas detêm o direito de reaver de Pedro, posteriormente, os danos indenizáveis a Manoel. Pedro responderá solidariamente com seus pais pelos danos causados a Manoel, inclusive com indenização pela perda de uma chance, decorrente do cancelamento da participação da vítima no comercial de televisão. Explicação: Como regra geral, os pais são responsáveis pela reparação civil decorrente de atos ilícitos praticados pelos filhos menores que estiverem sob seu poder e em sua companhia. O atual Código Civil menciona os filhos que estiverem sob a ¿autoridade¿ dos pais, o que não muda o sentido da legislação anterior, dando-lhe melhor compreensão. Essa responsabilidade tem como base o exercício do poder familiar que impõe aos pais um feixe enorme de deveres. Não se trata, destarte, exata-mente de um poder. Trata-se de aspecto complementar do dever de educar os filhos e sobre eles manter vigilância. Essa responsabilidade sustenta-se em uma presunção relativa, ou numa modalidade de responsabilidade objetiva, no vigente Código, o que vem a dar quase no mesmo. Há dois fatores que se conjugam nessa modalidade de responsabilidade: a menoridade e o fato de os filhos estarem sob o poder ou autoridade e companhia dos pais. Portanto, nessa relação de responsabilidade envolvendo pais e filhos, prepondera a teoria do risco, que atende melhor aos interesses de Justiça e de proteção à dignidade da pessoa. Aponte-se que existe solidariedade entre o filho menor e o pai ou mãe pela reparação do ato ilícito. Desse modo, o patrimônio do menor também responde pela reparação. 3a Questão Envolvendo-se o empregado em acidente de veículo, no qual ficou comprovada sua culpa, a responsabilidade do patrão é b) excluída, se, no contrato de trabalho, o empregado houver se responsabilizado pelos danos que ocasionar a terceiros. d) solidária, podendo, porém, escusar-se, provando que não teve culpa no evento porque bem selecionado o empregado entre os postulantes ao emprego e que o vigiou adequadamente. a) conjunta, ainda que não haja culpa de sua parte na escolha ou na vigilância de seu empregado. c) conjunta, dividindo-se a responsabilidade pelo valor da indenização em parte iguais. e) solidária, não podendo escusar-se sob o fundamento de que inexiste culpa de sua parte na escolha ou na vigilância de seu empregado. Explicação: Art. 932 CC. São também responsáveis pela reparação civil: III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; Além disso, a Súmula nº 341 do STF prevê que: É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto. 4a Questão XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO A responsabilidade civil dos fornecedores de serviços e produtos, estabelecida pelo Código do Consumidor, reconheceu a relação jurídica qualificada pela presença de uma parte vulnerável, devendo ser observados os princípios da boa-fé, lealdade contratual, dignidade da pessoa humana e equidade. A respeito da temática, assinale a afirmativa correta. A inversão do ônus da prova nas relações de consumo é questão de ordem pública e de imputação imediata, cabendo ao fabricantea carga probatória frente ao consumidor, em razão da responsabilidade civil objetiva. A responsabilidade civil do fabricante é subjetiva e subsidiária quando o comerciante é identificado e encontrado para responder pelo vício ou fato do produto, cabendo ao segundo a responsabilidade civil objetiva A responsabilidade civil objetiva do fabricante somente poderá ser imputada se houver demonstração dos elementos mínimos que comprovem o nexo de causalidade que justifique a ação proposta, ônus esse do consumidor, salvo nos casos de inversão do ônus da prova. A responsabilidade civil subjetiva dos fabricantes impõe ao consumidor a comprovação da existência de nexo de causalidade que o vincule ao fornecedor, mediante comprovação da culpa, invertendo-se o ônus da prova no que tange ao resultado danoso suportado Explicação: A responsabilidade pelo fato do produto está disciplinada pelo artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor, que estabelece o seguinte: ¿O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador, respondem independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos [¿], bem como por informações insuficientes ou inadequados [¿]¿. Através da regra legal citada, verifica-se que fato do produto é um acontecimento que decorre de um defeito do produto causando dano material ou moral ao consumidor, desta forma, entende-se que o fato gerador será sempre o defeito do produto. A responsabilidade do fornecedor é objetiva, ou seja, independente da existência de culpa. Para que haja a reparação do dano, basta a demonstração do evento danoso, do nexo de causalidade, do dano e sua extensão. Segundo Maria Helena Diniz a responsabilidade objetiva é aquela ¿fundada no risco, sendo irrelevante a conduta culposa ou dolosa do causador do dano, uma vez que bastará a existência do nexo causal entre o prejuízo sofrido pela vitima e a ação do agente para que surja o dever de indenizar." O fornecedor de produtos responde objetivamente, devendo indenizar o dano que foi causado ao consumidor decorrente do acidente de consumo devido ao defeito do produto. Ref.: 201603541702 5a Questão Mirtes gosta de decorar a janela de sua sala com vasos de plantas. A síndica do prédio onde Mirtes mora já advertiu a moradora do risco da queda dos vasos e de possível dano aos transeuntes e moradores do prédio. Num dia de forte ventania, os vasos de Mirtes caíram sobre os carros estacionados na rua, causando sérios prejuízos. Nesse caso, é correto afirmar que Mirtes: somente deverá indenizar os lesado se tiver agido dolosamente deverá indenizar os lesados, pois tem responsabilidade objetiva pelo dano causado. está isenta de responsabilidade, pois não teve a intenção de causar prejuízo. poderá alegar motivo de força maior e não deverá indenizar os lesados. Explicação: Verificar art. 938 do CC. Ref.: 201604062943 6a Questão Durante as eleições para Governador do Estado realizadas no ano de 2014, Simone, 16 anos, pegou escondido da família o carro de seu pai, João, para fazer propaganda com seus amigos de seu candidato preferido. Durante o percurso, Simone atropelou uma família, matando um homem de cinquenta anos de idade ao invadir uma loja de alimentos. Neste caso, de acordo com o Código Civil Brasileiro, João: responderá civilmente pelos ato praticados por sua filha, mas não poderá reaver de Simone o que pagar pelo ressarcimento do dano causado. só responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha, se esta não possuir patrimônio pessoal responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver de Simone somente 50% do valor total que pagar pelo ressarcimento do dano causado. não responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha, uma vez que ela é relativamente incapaz responderá civilmente pelos atos praticados por sua filha e poderá reaver de Simone o valor total que pagar pelo ressarcimento do dano causado. Explicação: Os pais respondem pelos atos dos filhos menores. Não há que se falar em ressarcimento dos pais pela indenização por danos causados pelo filho. Ref.: 201604510505 7a Questão Gisele, quinze anos de idade, modelo e atriz de sucesso, com ótima condição econômica, após se aborrecer com o vizinho de seu pai, pegou um paralelepípedo e quebrou o vidro do para- brisa dianteiro de um veículo AUDI ano 2016, que se encontrava estacionado em frente a sua residência. Considerando que Gisele reside com seu pai, que é separado judicialmente de sua mãe, e que nenhum dos dois genitores dispõe de meios para ressarcir os danos causados, é correto afirmar que: a responsabilidade civil será exclusivamente da mãe de Gisele; Gisele deverá ser responsabilizada civilmente pelos danos causados; a responsabilidade civil será dos pais de Gisele; a responsabilidade civil será exclusivamente do pai de Gisele; não há responsabilidade civil, já que Gisele é menor de idade, sendo civilmente incapaz. Ref.: 201604218676 8a Questão Considere: I. O empregador e os atos praticados por seus empregados no exercício do trabalho que lhes competir ou em razão dele. II. Os donos de hotéis e os atos praticados pelos seus hóspedes. De acordo com o Código Civil brasileiro, em se tratando de reparação civil, nas hipóteses I e II: Ambos não respondem pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos, existindo ou não culpa de sua parte. Somente os donos de hotéis respondem pelos atos de seus hóspedes independentemente da existência de culpa de sua parte. Somente o empregador responde pelos atos de seus empregados independentemente da existência de culpa de sua parte. Ambos respondem pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos, independentemente da existência de culpa de sua parte. Ambos respondem pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos, desde que haja culpa de sua parte. Ref.: 201604249962 1a Questão (TRT 6ª 2012 - FCC - Técnico Judiciário ¿ Administrativa) Sendo o patrão responsável pela reparação civil dos danos causados culposamente por seus empregados no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele, É CORRETO AFIRMAR QUE: só será obrigado a indenizar se o patrão também tiver culpa. só será obrigado a indenizar se o ato também constituir crime e se o empregado for condenado no processo criminal. não será obrigado a indenizar, se o empregado for absolvido pelo mesmo ato, em processo criminal, por insuficiência de prova. é obrigado a indenizar ainda que o patrão não tenha culpa. a obrigação de indenizar é subsidiária à do empregado que causou o dano. Explicação: Conforme determina o art. 933 do CC a responsabilidade civil do empredor é objetiva, ou seja, não há necessidade de analisar culpa. 2a Questão 2015 - Banca: FCC - Órgão: TJ-PI - Prova: Juiz Substituto. O incapaz não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, em nenhuma hipótese, se a incapacidade for absoluta. responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. apenas responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo. não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, devendo suportá-los somente seus responsáveis. apenas responde com seus bens pelos prejuízos que causar, se aincapacidade cessar, ficando até esse momento suspenso o prazo prescricional. Explicação: Verificar o art. 928 do CC. Ref.: 201604295981 3a Questão Sobre a responsabilidade civil por fato de outrem, é INCORRETO afirmar: Todas as assertivas acima estão corretas. Os curadores são responsáveis pelos atos praticados pelos curatelados. Os tutores são responsáveis pelos atos praticados por seus pupilos. Os pais são solidariamente responsáveis pelos atos praticados pelos filhos menores. Os empregadores são responsáveis pelos atos praticados por seus empregados no exercício de sua função. Ref.: 201604160880 4a Questão XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO A responsabilidade civil dos fornecedores de serviços e produtos, estabelecida pelo Código do Consumidor, reconheceu a relação jurídica qualificada pela presença de uma parte vulnerável, devendo ser observados os princípios da boa-fé, lealdade contratual, dignidade da pessoa humana e equidade. A respeito da temática, assinale a afirmativa correta. A responsabilidade civil do fabricante é subjetiva e subsidiária quando o comerciante é identificado e encontrado para responder pelo vício ou fato do produto, cabendo ao segundo a responsabilidade civil objetiva A inversão do ônus da prova nas relações de consumo é questão de ordem pública e de imputação imediata, cabendo ao fabricante a carga probatória frente ao consumidor, em razão da responsabilidade civil objetiva. A responsabilidade civil objetiva do fabricante somente poderá ser imputada se houver demonstração dos elementos mínimos que comprovem o nexo de causalidade que justifique a ação proposta, ônus esse do consumidor, salvo nos casos de inversão do ônus da prova. A responsabilidade civil subjetiva dos fabricantes impõe ao consumidor a comprovação da existência de nexo de causalidade que o vincule ao fornecedor, mediante comprovação da culpa, invertendo-se o ônus da prova no que tange ao resultado danoso suportado Explicação: A responsabilidade pelo fato do produto está disciplinada pelo artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor, que estabelece o seguinte: ¿O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador, respondem independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos [¿], bem como por informações insuficientes ou inadequados [¿]¿. Através da regra legal citada, verifica-se que fato do produto é um acontecimento que decorre de um defeito do produto causando dano material ou moral ao consumidor, desta forma, entende-se que o fato gerador será sempre o defeito do produto. A responsabilidade do fornecedor é objetiva, ou seja, independente da existência de culpa. Para que haja a reparação do dano, basta a demonstração do evento danoso, do nexo de causalidade, do dano e sua extensão. Segundo Maria Helena Diniz a responsabilidade objetiva é aquela ¿fundada no risco, sendo irrelevante a conduta culposa ou dolosa do causador do dano, uma vez que bastará a existência do nexo causal entre o prejuízo sofrido pela vitima e a ação do agente para que surja o dever de indenizar." O fornecedor de produtos responde objetivamente, devendo indenizar o dano que foi causado ao consumidor decorrente do acidente de consumo devido ao defeito do produto. Ref.: 201604473330 5a Questão (IX EXAME UNIFICADO/2012/adaptada) - Renato, menor com 17 anos, estava passeando com seu cachorro pelo parque da sua cidade, quando avistou José, com quem havia se desentendido, do outro lado do parque. Com a intenção de dar um susto em José, Renato solta a coleira do seu cachorro e o estimula a atacar José. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. Renato ficará isento de qualquer responsabilidade civil, em razão da sua idade. Os pais de Renato não podem ser responsabilizados civilmente pelos atos de Renato. Renato ficará isento de qualquer responsabilidade civil, mesmo que seu desafeto seja atacado por seu cachorro, em razão da sua idade. Renato responderá pelos prejuízos que causar apenas se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Caso Renato fosse maior de idade iria responder pelo dano causado pelo seu cachorro mesmo que tal dano fosse provocado por culpa exclusiva da vítima ou pela ocorrência de um evento de força maior. Ref.: 201604164767 6a Questão Ano: 2015; Banca: VUNESP; Órgão: Câmara Municipal de Itatiba ¿ SP; Prova: Advogado . Assinale a alternativa CORRETA sobre a responsabilidade civil do particular. A responsabilidade civil independe da criminal, podendo questionar-se sobre a existência do fato ou sobre quem é seu autor, mesmo que tais questões se achem decididas no juízo criminal. O dono de um animal que avança sobre um transeunte e o fere, ressarcirá o dano causado, independentemente de existência de culpa. O incapaz jamais responderá pelos prejuízos por ele causado, pois não está apto aos atos da vida civil. Se um empregado, de forma negligente, colide com outro veículo, estando na direção de um automóvel de propriedade da empresa para a qual trabalha, tanto o motorista como seu empregador responderão subjetivamente perante a vítima do acidente. O direito de exigir a reparação dos danos causados e a obrigação de prestá-la é pessoal e não se transmitem por herança. Explicação: A doutrina convencionou denominar essa responsabilidade como "responsabilidade pela guarda da coisa", ou "responsabilidade pela guarda das coisas inanimadas" ou, ainda, "responsabilidade pelo fato das coisas". Para esses casos, a legislação prevê a responsabilidade do dono ou detentor do animal, prevista no art. 936, do atual Código Civil: "O dono ou detentor do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior". Ensina Silvio de Salvo Venosa que: "a teoria da responsabilidade pela guarda da coisa representa um avanço em torno do princípio da responsabilidade objetiva. Presume-se a responsabilidade do dono da coisa pelos danos por ela ocasionados a terceiros. Somente se elide essa responsabilidade provando-se culpa exclusiva da vítima ou caso fortuito. Essa posição, no curso da história da responsabilidade civil, representa, sem dúvida, palpável avanço em relação à responsabilidade com culpa. Na lei atual, a responsabilidade do dono ou detentor do animal não pode ser elidida pela simples guarda ou vigilância com cuidado preciso do animal, como regulava o Código de 1916 em seu art. 1527, pois, partindo-se da teoria do risco, o guardião somente se eximirá se provar quebra do nexo causal em decorrência da culpa exclusiva da vítima ou evento de força maior, não importando a investigação de sua culpa. Ressalte-se que, se o dano ocorre estando o animal em poder do próprio dono, dúvida não há no sentido de ser este o responsável pela reparação, pelo fato de ser o seu guardião presuntivo. Se, entretanto, transferiu a posse ou a detenção do animal a um terceiro (caso do comodato ou da entrega a amestrador), entende-se que o seu dono se exime de responsabilidade, por não deter o poder de comando sobre ele. Ref.: 201604463630 7a Questão ( FGV - 2013 - OAB - XII Exame da Ordem Unificado - ADAPTADA) - Pedro, dezessete anos de idade, mora com seus pais no edifício Clareira do Bosque e, certa manhã, se desentendeu com seu vizinho Manoel, dezoito anos. O desentendimento ocorreu logo após Manoel, por equívoco do porteiro, ter recebido e lido o jornal pertencenteaos pais do adolescente. Manoel, percebido o equívoco, promoveu a imediata devolução do periódico, momento no qual foi surpreendido com atitude inesperada de Pedro que, revoltado com o desalinho das páginas, o agrediu com um soco no rosto, provocando a quebra de três dentes. Como Manoel é modelo profissional, pretende ser indenizado pelos custos com implantes dentários, bem como pelo cancelamento de sua participação em um comercial de televisão. Tendo em conta o regramento da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a afirmativa correta. Pedro responderá solidariamente com seus pais pelos danos causados a Manoel, inclusive com indenização pela perda de uma chance, decorrente do cancelamento da participação da vítima no comercial de televisão. Se os pais de Pedro não dispuserem de recursos suficientes para pagar a indenização, e Pedro tiver recursos, este responderá subsidiária e equitativamente pelos danos causados a Manoel. Somente os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, mas detêm o direito de reaver de Pedro, posteriormente, os danos indenizáveis a Manoel. Os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva e subsidiária pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando e o dolo dos genitores Os pais de Pedro terão responsabilidade subjetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores Ref.: 201604546870 8a Questão O prejuízo causado por um animal que alguém possui a guarda, é caso de: culpa in omitendo; n.d.a; culpa in vigilando; culpa subjetiva; culpa in custodiando; Explicação: Responsabilidade por animais Ref.: 201604170549 1a Questão Os menores Joaquim, com dezessete anos e João, com dezesseis anos de idade, causaram lesões corporais em um transeunte, quando praticavam esporte violento, tendo o pai deles, Manoel, sido condenado a pagar os danos. Nesse caso, Manoel: Só poderá reaver de João, depois que ele atingir a maioridade, metade do que pagou, porque era relativamente incapaz quando praticou o ato ilícito. Não poderá reaver dos filhos o que pagou a título de indenização, mesmo depois de eles atingirem a maioridade. Poderá reaver de ambos o que pagou a título de indenização, mas não incidirá correção monetária, nem vencerão juros, até que cada um deles atinja a maioridade. Não poderá reaver o que pagou a título de indenização, mas esses filhos terão de trazer à colação o que o pai despendeu, se houver outro irmão, a fim de se igualarem as legítimas. Poderá reaver de ambos os filhos o que pagou a título de indenização com correção monetária, mas sem acréscimo de juros, mesmo depois que atingirem a maioridade. Ref.: 201604249794 2a Questão (CESPE - 2010 - OAB - Exame da Ordem) Acerca da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a opção CORRETA: De acordo com o regime da responsabilidade civil traçado no Código Civil brasileiro, inexistem causas excludentes da responsabilidade civil objetiva para condutas de terceiros. O empregador é responsável por dano causado por empregado seu, ainda que praticado com desvio de atribuição, caso o ofendido não tenha conhecimento desse desvio. Para responsabilizar os pais por atos lesivos causados por filho menor, a vítima necessita demonstrar a culpa in vigilando desses pais. O simples afastamento do filho menor da casa dos pais exime-os da responsabilidade pelos atos lesivos que ele venha a praticar. Em razão da inexistência de relação de preposição, empresa locadora de veículos não possui responsabilidade sobre danos que o locatário cause a terceiros no uso do carro locado. Explicação: O afastamento do filho menor de casa não afasta a responsabilidade dos pais. Com a entrada em vigor do Código Civil de 2002 não há mais que se falar na análise de culpa nos casos de responsabilidade civil dos incapazes. A responsabilidade civil passou a ser objetiva. A empresa locadora de automóveis é responsável pelos danos causados por seus locatários. As excludentes de responsabilidade abrangem os casos envolvendo responsabilidade civil objetiva. O empregador é responsável pelos danos causados por seus empregados ¿ atr. 932, III do CC é a única opção correta. Ref.: 201604463022 3a Questão (TRT 6ª 2012 - FCC) - Sendo o patrão responsável pela reparação civil dos danos causados culposamente por seus empregados no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele, não será obrigado a indenizar, se o empregado for absolvido pelo mesmo ato, em processo criminal, por insuficiência de prova. só será obrigado a indenizar se o ato também constituir crime e se o empregado for condenado no processo criminal. só será obrigado a indenizar se o patrão também tiver culpa. a obrigação de indenizar é subsidiária à do empregado que causou o dano é obrigado a indenizar ainda que o patrão não tenha culpa. Ref.: 201604250010 4a Questão (2016, Banca: CESPE, Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP), Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária) A respeito da responsabilidade civil, assinale a opção CORRETA: Conforme o entendimento sumulado do STJ, a indenização em decorrência de publicação não autorizada de imagem de pessoa, com fins econômicos ou comerciais, depende da comprovação do prejuízo. A pessoa lesada não terá direito à indenização quando os danos que lhe foram causados decorrerem de conduta praticada em estado de necessidade, ainda que ela não seja responsável pelo perigo. Em decorrência da própria condição de incapacidade, o menor incapaz não pode responder pelos prejuízos que causar a terceiros. De acordo com o entendimento sumulado do STF, presume-se a culpa do empregador pelos atos culposos de seus prepostos e empregados. A sentença criminal que absolve o réu, por qualquer dos fundamentos previstos em lei, impede o reexame dos mesmos fatos para fins de responsabilização civil. Explicação: GABARITO: Letra E A) Súmula 403 STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais B) Art. 188. Não constituem atos ilícitos: II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. C) Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes D) Errado, absolvição por falta de prova na esfera penal não elide a respectiva responsabilização na esfera cível Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal E) CERTO: Súmula 341 STF: É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto. Ref.: 201604463626 5a Questão (CESPE - 2008 - OAB - Exame da Ordem - ADAPTADA) - Maria, menor com 14 anos de idade, filha de Henrique e Mônica, pintou flores coloridas em um carro da Polícia Rodoviária Federal que estava estacionado em frente à sua casa. O reparo do dano causado ao veículo custou R$ 5.000,00aos cofres públicos. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta acerca da responsabilidade quanto ao prejuízo causado. A responsabilidade civil é inafastável, por isso Maria será responsável pelo prejuízo ainda que tenha de se privar do necessário a sua sobrevivência. Os pais de Maria responderão objetivamente pelo prejuízo se dispuserem de meios suficientes para tanto. Maria não poderá ser responsabilizada pelo prejuízo porquanto é incapaz de deveres na ordem civil. Os pais de Maria somente poderão ser responsabilizados pelo prejuízo caso seja provado que tiveram culpa pelo dano. A responsabilidade por ato de terceiro é objetiva e permite estender a obrigação de reparar o dano a pessoa diversa daquela que praticou o ato doloso em face de outrem. Ref.: 201604300751 6a Questão (XII Exame Unificado/2013/ADAPTADA) - Pedro, dezessete anos de idade, mora com seus pais no edifício Clareira do Bosque e, certa manhã, se desentendeu com seu vizinho Manoel, dezoito anos. O desentendimento ocorreu logo após Manoel, por equívoco do porteiro, ter recebido e lido o jornal pertencente aos pais do adolescente. Manoel, percebido o equívoco, promoveu a imediata devolução do periódico, momento no qual foi surpreendido com atitude inesperada de Pedro que, revoltado com o desalinho das páginas, o agrediu com um soco no rosto, provocando a quebra de três dentes. Como Manoel é modelo profissional, pretende ser indenizado pelos custos com implantes dentários, bem como pelo cancelamento de sua participação em um comercial de televisão. Tendo em conta o regramento da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a afirmativa correta. Os pais de Pedro terão responsabilidade subjetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores. Os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, não havendo necessidade de comprovarem a culpa in custodiando dos genitores. Pedro responderá solidariamente com seus pais pelos danos causados a Manoel, inclusive com indenização pela perda de uma chance, decorrente do cancelamento da participação da vítima no comercial de televisão. Somente os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, mas detêm o direito de reaver de Pedro, posteriormente, os danos indenizáveis a Manoel Se os pais de Pedro não dispuserem de recursos suficientes para pagar a indenização, e Pedro tiver recursos, este responderá subsidiária e equitativamente pelos danos causados a Manoel Ref.: 201606212992 7a Questão XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO Daniel, morador do Condomínio Raio de Luz, após consultar a convenção do condomínio e constatar a permissão de animais de estimação, realizou um sonho antigo e adquiriu um cachorro da raça Beagle. Ocorre que o animal, muito travesso, precisou dos serviços de um adestrador, pois estava destruindo móveis e sapatos do dono. Assim, Daniel contratou Cleber, adestrador renomado, para um pacote de seis meses de sessões. Findo o período do treinamento, Daniel, satisfeito com o resultado, resolve levar o cachorro para se exercitar na área de lazer do condomínio e, encontrando-a vazia, solta a coleira e a guia para que o Beagle possa correr livremente. Minutos depois, a moradora Diana, com 80 (oitenta) anos de idade, chega à área de lazer com seu neto Theo. Ao perceber a presença da octogenária, o cachorro pula em suas pernas, Diana perde o equilíbrio, cai e fratura o fêmur. Diana pretende ser indenizada pelos danos materiais e compensada pelos danos estéticos. Com base no caso narrado, assinale a opção correta. Há responsabilidade civil valorada pelo critério subjetivo e solidária de Daniel e Cleber, aquele por culpa na vigilância do animal e este por imperícia no adestramento do Beagle, pelo fato de não evitarem que o cachorro avançasse em terceiros O dono do cachorro não pode ser responsabilizado pelos danos causados por seu animal. Há responsabilidade valorada pelo critério subjetivo e contratual apenas de Daniel em relação aos danos sofridos por Diana; subjetiva, em razão da evidente culpa na custódia do animal; e contratual, por serem ambos moradores do Condomínio Raio de Luz. Há responsabilidade civil valorada pelo critério objetivo e extracontratual de Daniel, havendo obrigação de indenizar e compensar os danos causados, haja vista a ausência de prova de alguma das causas legais excludentes do nexo causal, quais sejam, força maior ou culpa exclusiva da vítima Não há responsabilidade civil de Daniel valorada pelo critério subjetivo, em razão da ocorrência de força maior, isto é, da chegada inesperada da moradora Diana, caracterizando a inevitabilidade do ocorrido, com rompimento do nexo de causalidade. Explicação: É importante a observância do art. 936 do CC. Nele há a determinação que a responsabilidade civil somente pode ser afastada se houver alguma excludente de responsabilidade. Dessa forma, estamos diante da responsabilidade civil objetiva. Também trata-se de responsabilidade civil extracontratual porque não há qualquer vínculo contratual entre o dono do animal e a pessoa que sofreu o dano. OBS: Trata-se de uma questão adaptada porque foi inserida a quinta opção de resposta. Ref.: 201604243898 8a Questão 2015 - Banca: FCC - Órgão: TJ-PI - Prova: Juiz Substituto. O incapaz apenas responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo. apenas responde com seus bens pelos prejuízos que causar, se a incapacidade cessar, ficando até esse momento suspenso o prazo prescricional. não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, em nenhuma hipótese, se a incapacidade for absoluta. responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, devendo suportá-los somente seus responsáveis. Explicação: Verificar o art. 928 do CC. Ref.: 201604460525 1a Questão Lucas, menor de idade, filho de Mara e Júlio, praticou ato ilícito que culminou na morte de Pablo. Após tomar conhecimento do evento, Joana, mãe da vítima, ajuizou ação compensatória de danos morais contra Mara e Júlio, em decorrência da conduta praticada por seu filho. Durante a instrução processual, Júlio demonstrou que não mantinha mais vínculo matrimonial com Mara e que o menor estava coabitando com a mãe e sob a guarda desta. Comprovou, também, que Lucas não estava em sua companhia no momento da prática do ilícito e que, dias antes, Mara havia comprado uma arma, de forma irregular, que fora usada no cometimento do crime. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da legislação aplicável ao caso, do entendimento doutrinário sobre o tema e da jurisprudência do STJ. O pleito de Joana deve ser julgado improcedente em relação a Júlio, pois o contexto fático demonstrou situação que exclui sua responsabilidade. Há presunção absoluta do dever de vigilância dos pais em relação ao filho Lucas, decorrente do poder familiar. O limite humanitário da indenização, aplicável a Lucas, não é extensivo a seus pais, devido ao princípio da reparação integral do dano. Há presunção relativa do dever de vigilância dos pais em relação ao filho Lucas, decorrente do poder familiar. A responsabilidade de Lucas é objetiva, assim como a de seus pais, Mara e Júlio. Explicação: R: ¿No presente caso,sem adentrar-se no exame das provas, pela simples leitura da decisão recorrida, tem-se claramente que a genitora assumiu o risco da ocorrência de uma tragédia, ao comprar, três ou quatro dias antes do fato, o revólver que o filho utilizou para o crime, arma essa adquirida de modo irregular e guardada sem qualquer cautela (fls. 625/626). IV - Essa realidade, narrada no voto vencido do v. acórdão recorrido, é situação excepcional que isenta o genitor, que não detém a guarda e não habita no mesmo domicílio, de responder solidariamente pelo ato ilícito cometido pelo menor, ou seja, deve ser considerado parte ilegítima. ¿V - Recurso especial desprovido. (STJ - REsp: 777327 RS 2005/0140670-7, Relator: Ministro MASSAMI UYEDA, Data de Julgamento: 17/11/2009, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 01/12/2009). (grifo nosso). 2a Questão É responsável pela reparação civil, objetivamente, por atos de terceiro: o dono de hotel, pelos atos praticados por seu hóspede, albergado mediante pagamento em seu estabelecimento. o incapaz, pelos danos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem a obrigação de fazê-lo. aquele que, obrigado a reparar, ressarcir o dano causado, se não for culpado do perigo. aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, havendo condenação criminal anterior. o dono de animal que causou danos a terceiro, mesmo que exista motivo de força maior. Ref.: 201603541707 3a Questão Maria, menor com 14 anos de idade, filha de Henrique e Mônica, pintou flores coloridas em um carro da Polícia Rodoviária Federal que estava estacionado em frente a sua casa. O reparo do dano causado ao veículo custou cinco mil reais aos cofres públicos. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a opção CORRETA acerca da responsabilidade quanto ao prejuízo causado. A responsabilidade civil é inafastável, por isso Maria será responsável pelo prejuízo ainda que tenha de se privar do necessário a sua sobrevivência. Maria não poderá ser responsabilizada pelo prejuízo porquanto é incapaz de deveres na ordem civil. Os pais de Maria somente poderão ser responsabilizados pelo prejuízo caso seja provado que tiveram culpa pelo dano. Os pais de Maria responderão objetivamente pelo prejuízo se dispuserem de meios suficientes para tanto. Explicação: Verificar art. 928 do CC. Ref.: 201604249962 4a Questão (TRT 6ª 2012 - FCC - Técnico Judiciário ¿ Administrativa) Sendo o patrão responsável pela reparação civil dos danos causados culposamente por seus empregados no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele, É CORRETO AFIRMAR QUE: só será obrigado a indenizar se o patrão também tiver culpa. não será obrigado a indenizar, se o empregado for absolvido pelo mesmo ato, em processo criminal, por insuficiência de prova. só será obrigado a indenizar se o ato também constituir crime e se o empregado for condenado no processo criminal. a obrigação de indenizar é subsidiária à do empregado que causou o dano. é obrigado a indenizar ainda que o patrão não tenha culpa. Explicação: Conforme determina o art. 933 do CC a responsabilidade civil do empredor é objetiva, ou seja, não há necessidade de analisar culpa. Ref.: 201604463021 5a Questão (TRT 20ª 2012 - FCC) - Os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, são responsáveis pela reparação civil de seus hóspedes, moradores e educandos, porque: a ocorrência de ilícito nos referidos estabelecimentos caracteriza negligência dos respectivos donos. exercem as pessoas responsáveis, normalmente, atividade que, por sua natureza, representa risco a direito de outrem. há presunção legal de que o ilícito não teria ocorrido se as vítimas não estivessem hospedadas, morando ou estudando nos estabelecimentos referidos. há determinação legal expressa da solidariedade de tais pessoas com os efetivos autores do ilícito. as pessoas responsáveis têm obrigação legal de contratar empregados para realizarem a segurança dos seus estabelecimentos. Ref.: 201604463630 6a Questão ( FGV - 2013 - OAB - XII Exame da Ordem Unificado - ADAPTADA) - Pedro, dezessete anos de idade, mora com seus pais no edifício Clareira do Bosque e, certa manhã, se desentendeu com seu vizinho Manoel, dezoito anos. O desentendimento ocorreu logo após Manoel, por equívoco do porteiro, ter recebido e lido o jornal pertencente aos pais do adolescente. Manoel, percebido o equívoco, promoveu a imediata devolução do periódico, momento no qual foi surpreendido com atitude inesperada de Pedro que, revoltado com o desalinho das páginas, o agrediu com um soco no rosto, provocando a quebra de três dentes. Como Manoel é modelo profissional, pretende ser indenizado pelos custos com implantes dentários, bem como pelo cancelamento de sua participação em um comercial de televisão. Tendo em conta o regramento da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a afirmativa correta. Pedro responderá solidariamente com seus pais pelos danos causados a Manoel, inclusive com indenização pela perda de uma chance, decorrente do cancelamento da participação da vítima no comercial de televisão. Somente os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, mas detêm o direito de reaver de Pedro, posteriormente, os danos indenizáveis a Manoel. Se os pais de Pedro não dispuserem de recursos suficientes para pagar a indenização, e Pedro tiver recursos, este responderá subsidiária e equitativamente pelos danos causados a Manoel. Os pais de Pedro terão responsabilidade subjetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores Os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva e subsidiária pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando e o dolo dos genitores Ref.: 201606213011 7a Questão XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Pedro, dezessete anos de idade, mora com seus pais no edifício Clareira do Bosque e, certa manhã, se desentendeu com seu vizinho Manoel, dezoito anos. O desentendimento ocorreu logo após Manoel, por equívoco do porteiro, ter recebido e lido o jornal pertencente aos pais do adolescente. Manoel, percebido o equívoco, promoveu a imediata devolução do periódico, momento no qual foi surpreendido com atitude inesperada de Pedro que, revoltado com o desalinho das páginas, o agrediu com um soco no rosto, provocando a quebra de três dentes. Como Manoel é modelo profissional, pretende ser indenizado pelos custos com implantes dentários, bem como pelo cancelamento de sua participação em um comercial de televisão. Tendo em conta o regramento da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a afirmativa correta. Se os pais de Pedro não dispuserem de recursos suficientes para pagar a indenização, e Pedro tiver recursos, este responderá subsidiária e equitativamente pelos danos causados a Manoel. Pedro responderá solidariamente com seus pais pelos danos causados a Manoel, inclusive com indenização pela perda de uma chance, decorrente do cancelamento da participação da vítima no comercial de televisão. Os pais de Pedro terão responsabilidade subjetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores. Os pais de Pedro não terão qualquer responsabilidade mesmo que possuam patrimônio.Somente os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, mas detêm o direito de reaver de Pedro, posteriormente, os danos indenizáveis a Manoel. Explicação: É importante observar o art. 928 do CC. Os pais do menor respondem pelos danos causados pelo filho menor. Porém, com o Código Civil de 2002 passou a existir a possibiidade de responsabilidade subsidiária do incapaz quando os responsáveis não possuirem patrimônio. Ref.: 201604164790 8a Questão Ano: 2015; Banca: FCC; Órgão: MANAUSPREV; Prova: Procurador Autárquico. Analise as proposições abaixo, a respeito da responsabilidade civil: I. O médico, em regra, responde civilmente somente se o autor da ação fizer prova de dolo ou culpa. II. O pai é objetivamente responsável pelos danos decorrentes de culpa do filho menor que estiver sob sua autoridade e companhia. III. Não se responsabiliza o incapaz se os seus responsáveis tiverem obrigação de fazê-lo e dispuserem de meios suficientes para tanto. Está CORRETO o que se afirma em: III, somente. I e II, somente. I, II e III. I e III, somente. II e III, somente. Explicação: As alternativas de referem a forma de responsabilização, quanto ao menor é responsabilidade por ato de terceiro, por esta razão o pai deve realizar o pagamento e quanto ao médio é responsabilidade de meio por isso demanda a comprovação da culpa Ref.: 201606223630 1a Questão (FGV - 2013 - OAB - XII Exame da Ordem Unificado/adaptada) - Pedro, dezessete anos de idade, mora com seus pais no edifício Clareira do Bosque e, certa manhã, se desentendeu com seu vizinho Manoel, dezoito anos. O desentendimento ocorreu logo após Manoel, por equívoco do porteiro, ter recebido e lido o jornal pertencente aos pais do adolescente. Manoel, percebido o equívoco, promoveu a imediata devolução do periódico, momento no qual foi surpreendido com atitude inesperada de Pedro que, revoltado com o desalinho das páginas, o agrediu com um soco no rosto, provocando a quebra de três dentes. Como Manoel é modelo profissional, pretende ser indenizado pelos custos com implantes dentários, bem como pelo cancelamento de sua participação em um comercial de televisão. Tendo em conta o regramento da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a afirmativa correta. Os pais de Pedro terão responsabilidade subjetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores. Os pais de Pedro não terão responsabilidade subjetiva e sim objetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando e culpa em relação a custódia dos genitores. Se os pais de Pedro não dispuserem de recursos suficientes para pagar a indenização, e Pedro tiver recursos, este responderá subsidiária e equitativamente pelos danos causados a Manoel. Pedro responderá solidariamente com seus pais pelos danos causados a Manoel, inclusive com indenização pela perda de uma chance, decorrente do cancelamento da participação da vítima no comercial de televisão. Somente os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, mas detêm o direito de reaver de Pedro, posteriormente, os danos indenizáveis a Manoel. Explicação: Garantia de ressarcimento de danos causados por menores - A garantia de ressarcimento de danos causados por menores é o que se busca hoje em dia, preza-se, em primeiro lugar, não desamparar o lesado. Se o dano foi gerado terá que ser reparado, de forma peculiar. Alguns autores defendem que esse fundamento também não é suficiente para explicar a responsabilidade dos pais, não entendem o porquê de só existir na fase da menoridade dos filhos. No entendimento de Ana Paula Cazarini Ribas de Oliveira " a tese em comento é insuficiente por não explicar o porquê de tal responsabilidade existir só durante a menoridade, mormente considerando que, no Brasil, a menoridade cessa aos 18 anos e dificilmente, até vinte e poucos anos, o filho amealhou bens próprios para se manter e, por conseguinte, arcar com a integralidade do dano causado" É certo que o Estado deve proporcionar os melhores meio de reparação de dano, através de sua legislação, garantindo soluções justas a ambas as partes, a fim de que nenhum dos lados enriqueça ilicitamente, nem empobreça de maneira miserável, por isso a atual tendência da conciliação e da mediação, nos casos em que forem cabíveis normativamente e aceitas pelos litigantes. Ref.: 201604334345 2a Questão (OAB/ FGV/ 2013/adaptada) Ricardo, buscando evitar um atropelamento, realiza uma manobra e atinge o muro de uma casa, causando um grave prejuízo. Em relação à situação acima, é correto afirmar que Ricardo: não responderá pela reparação do dano, pois agiu em estado de necessidade. responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima defesa. praticou um ato ilícito e deverá reparar o dano. Deverá o autor do fato responder com fulcro na regra dos artigos 930 c/c 927 do Código Civil. responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de necessidade. Ref.: 201604295981 3a Questão Sobre a responsabilidade civil por fato de outrem, é INCORRETO afirmar: Os empregadores são responsáveis pelos atos praticados por seus empregados no exercício de sua função. Os tutores são responsáveis pelos atos praticados por seus pupilos. Os pais são solidariamente responsáveis pelos atos praticados pelos filhos menores. Os curadores são responsáveis pelos atos praticados pelos curatelados. Todas as assertivas acima estão corretas. Ref.: 201604460857 4a Questão (TRT/ 20ª REGIÃO/ 2012) - Os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, são responsáveis pela reparação civil de seus hóspedes, moradores e educandos, porque: a ocorrência de ilícito nos referidos estabelecimentos caracteriza negligência dos respectivos donos. as pessoas responsáveis têm obrigação legal de contratar empregados para realizarem a segurança dos seus estabelecimentos. Exercem as pessoas responsáveis, normalmente, atividade que, por sua natureza, representa risco a direito de outrem. há determinação legal expressa da solidariedade de tais pessoas com os efetivos autores do ilícito. há presunção legal de que o ilícito não teria ocorrido se as vítimas não estivessem hospedadas, morando ou estudando nos estabelecimentos referidos. Ref.: 201606337211 5a Questão Aplicada em: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-AL Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária Alessandra, ao passar ao lado do prédio em que se encontra estabelecido o Condomínio do Edifício Praia Bonita, é atingida por um carrinho de brinquedo, proveniente do alto da edificação. Ao olhar para cima, vê crianças saindo da janela do apartamento 502, mas não pode afirmar ao certo de onde veio o objeto. Nessas circunstâncias, responde pelos danos sofridos por Alessandra: o condomínio. o síndico do condomínio; ninguém, pois inimputáveis os prováveis autores do dano; o responsável pelas crianças do apartamento 502; o morador do apartamento 502; Explicação: Art. 938, CC - Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Enunciado nº 557 das Jorrnadas de Direito Civil - Nos termos do art.938, CC, se a coisa cair ou for lançada de condomínioedilício, não sendo possível identificar de qual unidade, responderá o condomínio, assegurado o direito de regresso. Ref.: 201604546850 6a Questão Quanto à responsabilidade dos Pais pelos filhos, é possível afirmar que: a responsabilidade é objetiva, portanto persiste ainda que não haja culpa do filho pelo prejuízo; todas as alternativas estão incorretas. a responsabilidade dos Pais cessa com a Emancipação, apenas se for voluntaria, permanecendo das demais modalidades; a responsabilidade dos Pais continua ainda que o filho seja emancipado; a responsabilidade dos Pais cessa se houver Emancipação; Explicação: Fixar hipótese de responsabilidade dos pais Ref.: 201604473330 7a Questão (IX EXAME UNIFICADO/2012/adaptada) - Renato, menor com 17 anos, estava passeando com seu cachorro pelo parque da sua cidade, quando avistou José, com quem havia se desentendido, do outro lado do parque. Com a intenção de dar um susto em José, Renato solta a coleira do seu cachorro e o estimula a atacar José. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. Renato responderá pelos prejuízos que causar apenas se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Renato ficará isento de qualquer responsabilidade civil, em razão da sua idade. Os pais de Renato não podem ser responsabilizados civilmente pelos atos de Renato. Renato ficará isento de qualquer responsabilidade civil, mesmo que seu desafeto seja atacado por seu cachorro, em razão da sua idade. Caso Renato fosse maior de idade iria responder pelo dano causado pelo seu cachorro mesmo que tal dano fosse provocado por culpa exclusiva da vítima ou pela ocorrência de um evento de força maior. Ref.: 201604467337 8a Questão (OAB/MG/ADAPTADA) - João trafegava com seu táxi por via pública de grande movimento, acima da velocidade máxima permitida. Ao avistar criança (a mais ou menos 300m de seu veículo), que tentava concluir a travessia da via, buzinou para que a mesma retornasse ao passeio, pois o semáforo estava aberto para os automóveis. Em vão foi sua tentativa e João acabou por atropelar a criança, a qual sobreviveu. De quem é a culpa? Dos pais da criança - culpa "in vigilando". Dos pais da criança - culpa concorrente. Há culpa concorrente. Da criança, porque tentou atravessar com o semáforo indicando sinal aberto para os automóveis. De João, porque trafegava em alta velocidade, não dirigindo, assim, com a devida cautela e atenção. Ref.: 201606267371 1a Questão Acerca da contratação dos serviços de telecomunicações (SMP-¿ Serviço Móvel Pessoal, SCM - Serviço de Comunicação Multimídia e STA - Serviço de TV por Assinatura), com base nos postulados legais, resoluções da ANATEL e posicionamentos jurisprudenciais, julgue os itens abaixo e assinale a opção correta: I -Considera-se como USUÁRIO a pessoa natural ou jurídica que se utiliza do SMP, independentemente de contrato de prestação de serviço ou inscrição junto à prestadora; II - Os Usuários do SMP têm direito a transferência de titularidade de seu Contrato de Prestação do SMP; III - Considera-se como PRESTADORA a pessoa natural ou jurídica que mediante autorização presta o SCM; IV - Não é obrigatório constar no contrato de prestação do SCM a descrição do procedimento de contestação de débitos; V - É direito do ASSINANTE do STA: o restabelecimento da prestação dos serviços em até 48 (quarenta e oito) horas, contadas a partir da quitação dos débitos pendentes; ou em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir da comprovação da quitação ou de erro de cobrança nos termos da legislação vigente As afirmativas I, II e V estão corretas As afirmativas I, II e III estão incorretas As afirmativas I, IV e V estão incorretas As afirmativas II, III e IV estão corretas As afirmativas II e IV estão corretas 2a Questão As agências reguladoras foram criadas para fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela iniciativa privada. Desta forma elas criam parâmetros para a prestaçãodos serviços de telecomunicações. Diante disso indaga-se são funções das agências reguladoras que visam impedir ou minimizar danos aos consumidores e s consequentes ações de responsabilidade civil, EXCETO: Gestão de contratos de concessão de serviços públicos delegados Incentivo à concorrência, minimizando os efeitos dos monopólios naturais e desenvolvendo mecanismos de suporte à concorrência Defesa de direitos do consumidor definição do valor do dano depois de que ele é verificado Elaboração de normas disciplinadoras para o setor regulado e a fiscalização dessas normas Explicação: O equívoco da questão está no falto da Agência Reguladora não se responsável pela verificação e quantificação do dano, esta função é do judiciário 3a Questão A Lei n° 9.472, de 16 de julho de 1997, em seu artigo 19, define as competências da ANATEL. À Agência compete adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento das telecomunicações brasileiras. São previsões de atuação da ANATEL, exceto: expedir ou reconhecer a certificação de produtos, observados os padrões e normas por ela estabelecidos expedir e extinguir autorização para prestação de serviço no regime privado, sendo vedada a aplicação de sanções reprimir infrações dos direitos dos usuários compor administrativamente conflitos de interesses entre prestadoras de serviço de telecomunicações implementar, em sua esfera de atribuições, a política nacional de telecomunicações Explicação: expedir e extinguir autorização para prestação de serviço no regime privado, sendo vedada a aplicação de sanções Ref.: 201606305511 4a Questão (FUMARC/2016/CEMIG) - A organização e a exploração dos serviços de telecomunicações competem: Aos Estados. À União. Aos Territórios. Ao Distrito Federal. Aos Municípios. Explicação: A Emenda Constitucional nº 8, de 15 de agosto de 1995, que altera a Constituição brasileira no tocante à competência para a exploração de serviços de telecomunicações, tem o seguinte teor: "Art. lI!. O inciso Xl e a alínea "a" do inciso XIl do artigo 21 da Constituição Federal passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 21. Compete à União: XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; XII - explorar diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;" Art. 21!. É vedada a adoção de medida provisória para regulamentar o disposto no inciso Xl do artigo 21 com a redação dada por esta emenda constitucional." A leitura desta Emenda Constitucional evidencia, desde logo, que a exclusividade conferida à União para explorar todo e qualquer serviço de telecomunicações continua a existir. Prevê a Emenda Constitucional que explorar serviços públicos essenciais (dentre os quais os telefônicos, telegráficos e de transmissão de dados) deixou de ser matéria constitucional. Agora, estes serviços, como quaisquer outros, poderão continuar a ser explorados pela União, mas também poderão ser delegados à iniciativa privada, mediante concessões, permissões ou autorizações.A Emenda Constitucional poderia dizer apenas isto, repetindo a redação que fora adotada pela Constituição de 1967 e mantida pelo texto de 1969, verbis: "Art. se. Compete à União: xv - explorar, diretamente ou mediante autorização ou concessão: a) os serviços de telecomunicações." Ref.: 201606289899 5a Questão Os contratos de serviço de comunicação multimídia devem conter, EXCETO: a descrição do sistema de atendimento ao Assinante e o modo de proceder em caso de solicitações ou reclamações; a descrição do seu objeto, dos direitos e obrigações da Prestadora as hipóteses de rescisão do Contrato de Prestação do SCM e de suspensão dos serviços a pedido ou por inadimplência do Assinante; os direitos e deveres dos Assinantes e os encargos moratórios aplicáveis ao Assinante; a descrição do impedimento de contestação de débitos, pois os débitos sempre devem ser integramente pagos; Explicação: Resolução ANATEL nº 614 de 2013 - SCM Art. 39. Deve constar do contrato de prestação do serviço com o Assinante: I - a descrição do seu objeto; II - os direitos e obrigações da Prestadora, constantes do Capítulo III deste Título; III - os direitos e deveres dos Assinantes, constantes do Capítulo V deste Título; IV - os encargos moratórios aplicáveis ao Assinante; V - a descrição do sistema de atendimento ao Assinante e o modo de proceder em caso de solicitações ou reclamações; VI - o número do Centro de Atendimento da Prestadora, a indicação dos endereços para atendimento por correspondência e por meio eletrônico, e os endereços dos Setores de Atendimento da Prestadora, quando existirem, ou a indicação de como o Assinante pode obtê- los; VII - as hipóteses de rescisão do Contrato de Prestação do SCM e de suspensão dos serviços a pedido ou por inadimplência do Assinante; VIII - a descrição do procedimento de contestação de débitos; IX - os critérios para reajuste de preços, cuja periodicidade não pode ser inferior a doze meses, a menos que a lei venha regular a matéria de modo diverso; X - os prazos para instalação e reparo. Ref.: 201606212852 6a Questão As agências reguladoras foram criadas para fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela iniciativa privada. Além de controlar a qualidade na prestação do serviço, estabelecem regras para o setor. Além disso, devem garantir a participação do consumidor nas decisões pertinentes do setor regulado. Elas são criadas por leis e, entre as principais funções de uma agência reguladora, estão, exceto: Incentivo à concorrência, minimizando os efeitos dos monopólios naturais e desenvolvendo mecanismos de suporte à concorrência Fiscalização das normas disciplinadoras Defesa dos direitos do consumidor Elaboração de leis gerais para o setor regulado Gestão de contratos de concessão de serviços públicos delegados Explicação: Tem por objetivo elaborar as leis gerais. Ref.: 201603539457 7a Questão (TRT5/2009) A respeito da responsabilidade civil, considere: I. Os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, são responsáveis pela reparação civil pelos atos praticados por seus hóspedes, moradores e educandos. II. A responsabilidade civil é independente da criminal, motivo porque se pode questionar no juízo cível sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal. III. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Está correto o que se afirma SOMENTE em I. II e III. I e II. II. I e III. Explicação: Existe independência entre as esferas, por exemplo: o autor do dano pode ser absolvido na esfera criminal e mesmo assim ter o dever de indenizar na esfera cível. 8a Questão São direitos dos usuários da ANATEL no tocante a liberdade de escolha de sua prestadora; EXCETO: conhecimento prévio de toda e qualquer alteração nas condições de prestação do serviço que lhe atinja; obter, mediante solicitação, a suspensão do serviço prestado; não há liberdade de escolha, mas a vinculação do cliente por escolha da operadora reparação pelos danos causados pela violação dos seus direitos; resposta eficiente e pronta, pela prestadora, às suas reclamações, solicitações de serviços, pedidos de informação, consultas e correspondências; Explicação: A escolha deve ser livre do cliente, não podendo haver nenhuma forma de pressão por parte da ANTEL ou da prestadora de serviço 1a Questão (Exame de Ordem Unficado/XIX/2016 - adaptada) - Amadeu, aposentado, aderiu ao plano de saúde coletivo ofertado pelo sindicato ao qual esteve vinculado por força de sua atividade laborativa por mais de 30 anos. Ao completar 60 anos, o valor da mensalidade sofreu aumento significativo (cerca de 400%), o que foi questionado por Amadeu, a quem os funcionários do sindicato explicaram que o aumento decorreu da mudança de faixa etária do aposentado. A respeito do tema, assinale a afirmativa correta. O aumento do preço não é abusivo, mas o microssistema consumerista e a legislação civil não devem ser utilizados na hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa idosa. O aumento do preço é legítimo, tendo em vista que o idoso faz maior uso dos serviços cobertos e o equilíbrio contratual exige que não haja onerosidade excessiva para qualquer das partes, não se aplicando o CDC à hipótese, por se tratar de contrato de plano de saúde coletivo envolvendo pessoas idosas. O aumento do valor da mensalidade é legítimo, uma vez que a majoração de preço é natural e periodicamente aplicada aos contratos de trato continuado, motivo pelo qual o CDC autoriza que o critério faixa etária sirva como parâmetro para os reajustes econômicos. O aumento do preço é abusivo e a norma consumerista deve ser aplicada ao caso, mesmo em se tratando de plano de saúde coletivo e, principalmente, que envolva interessado com amparo legal no Estatuto do Idoso. O aumento do preço é abusivo, mas o microssistema consumerista não deve ser utilizado na hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa idosa. Explicação: O reajuste por mudança de faixa etária é o aumento imposto ao consumidor de plano de saúde com base na variação de sua idade. A Lei de Planos de Saúde ¿ Lei nº 9.656/98, em seu artigo art. 15, previu a possibilidade das operadoras efetuarem este reajuste, desde que o contrato preveja as faixas etárias e os percentuais de reajustes incidentes em cada uma delas. Mas também fez uma única ressalva: proíbe tal reajuste aos consumidores com mais de 60 anos, desde que participassem do plano de saúde há mais de 10 anos. Em princípio, o reajuste após os 60 (sessenta) anos é ilegal, não importando se se trata de contrato firmado antes ou após a entrada em vigor do Estatuto do Idoso. Válido acrescentar que o Tribunal de Justiça tem entendido que os reajustes nas faixas anteriores aos 60 (sessenta) anos, quando superior a 30% (trinta por cento) do valor anteriormente pago, caracteriza-se a abusividade na cobrança, possibilitando a revisão judicial do valor. Ref.: 201606212849 2a QuestãoA ANS define uma lista de consultas, exames e tratamentos, denominada Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que os planos de saúde são obrigados a oferecer, conforme cada tipo de plano - ambulatorial, hospitalar com ou sem obstetrícia, referência ou odontológico. Com relação ao plano-referência de assistência à saúde, previsto no art. 10 da Lei 9656/98, assinale a única opção que apresenta uma exigência mínima: Cobertura para inseminação artificial Cobertura de serviços de apoio diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais, solicitados pelo médico assistente, quando incluir atendimento ambulatorial Fornecimento de medicamentos importados não nacionalizados Cobertura de internações hospitalares com limitação de prazo, quando incluir internação hospitalar Cobertura para tratamento clínico ou cirúrgico experimental Explicação: Art. 10 e incisos c/c art. 12, incisos e alíneas da Lei 9656/98 Ref.: 201606212847 3a Questão Em relação à disposições legais e regulamentares relativas ao contrato de Plano de Saúde/Odontológico, assinale a opção incorreta: Está subordinada às normas e à fiscalização da ANS qualquer modalidade de produto, serviço e contrato que apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos de assistência médica, hospitalar e odontológica, outras características que o diferencie de atividade exclusivamente financeira As entidades ou empresas que mantêm sistemas de assistência à saúde, pela modalidade de autogestão ou de administração também estão incluídas na lei 9656/98 que dispõe sobre os planos e seguros de assistência à saúde Poderão ser Operadoras de Plano de Saúde a pessoa jurídica ou física, privada apenas, internacional ou nacional, empresarial ou simples Para obter a autorização de funcionamento, as operadoras de planos privados de assistência à saúde devem demonstrar a capacidade de atendimento em razão dos serviços a serem prestados As pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior podem constituir ou participar do capital, ou do aumento do capital, de pessoas jurídicas de direito privado constituídas sob as leis brasileiras para operar planos privados de assistência à saúde Explicação: Com base na lei 9656/98 - art. 1º, II, apenas as pessoas jurídicas podem ser consideradas como Operadoras de Plano de Saúde. V. também art. 1, §4º do mesmo Diploma Legal Ref.: 201606223615 4a Questão (CESGRANRIO/Petrobras /2017) - De acordo com a Lei no 9.656/1998 e posteriores alterações, cabe às operadoras de plano de assistência à saúde oferecer qualquer modalidade de produto, serviço e contrato que apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos de assistência médica, hospitalar e odontológica, outras características que o diferencie de atividade exclusivamente financeira, tais como: custeio de despesas; oferecimento de rede credenciada ou referenciada; reembolso de despesas; mecanismos de regulação; qualquer restrição contratual, técnica ou operacional para a cobertura de procedimentos solicitados por prestador escolhido pelo consumidor; e vinculação de cobertura financeira à aplicação de conceitos ou critérios médico- -assistenciais. O ente público competente para normatizar e fiscalizar o cumprimento do dispositivo legal é o(a): Agência nacional de saúde suplementar Conselho federal de medicina Agência nacional de vigilância sanitária Sindicato dos trabalhadores da categoria Associação dos agentes nacionais de saúde Explicação: A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é a agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil. Promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais - inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores - e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país. A ANS tem por valores institucionais a transparência e ética dos atos, o conhecimento como fundamento da regulação, o estímulo à inovação para busca de soluções e sustentabilidade setorial e o foco no compromisso social. Ref.: 201606221397 5a Questão Doença ou lesão preexistente é a patologia que o consumidor que deseja contratar um plano de saúde tem conhecimento de ser portador ou sofredor à época de ingresso no plano. A terminologia: doença preexistente não é um conceito médico mas apenas um conceito que visa atender à necessidade dos planos de saúde no tocante à atualização do cálculo atuarial. Desta forma indaga-se, caso o associado não tenha declarado sua doença, nem o plano realizado exames prévios, se o atendimento for negado com esta base oque você orientaria ao seu cliente? Nada deve ser feito, pois o cliente é que agiu com dolo ao não declarar a sua doença, sendo este dolo excludente da culpabilidade do plano de saúde Deve ser intentada uma ação juducial, pois devido a negligência do plano de saúde ele não pode alegar esta excludente, doença pré-existente, para o não atendimento, e deve o plano de saúde prestar o serviço para o qual foi contratado, devendo inclusive indenizar eventuais prejuízos. Nada deve ser feito, pois o associado deve ou declarar a doença pré-existente e pagar o valor correspondente fixado pelo plano de saúde, ou aguardar o período de carência, como ele não realizou nehuma das duas ações, não possui direito a ser juridicamente reivindicado. deve ser intentada apenas uma obrigação de fazer do plano de saude e não mais, pois não é caso de responsabilidade civil, pois não há dano com o simples não atendimento. o plano de saúde não pode ser juridicamente obrigado a realizar o atendimento, mas pode haver um eventual dano e o respectivo dever de indenizar, desta forma a orientação deveria ser apenas uma eventual ação de indenização Explicação: A orientação deve ser no sentido de que o plano de saúde não pode negar o antendimento pois, ele foi negligente ao não realizar os exames que são suas responsabilidades. Desta forma deve ser judiciamente compelido a realizar a ação de atendimento, bem como indenização por eventuais danos sofridos pelo cliente. Ref.: 201606212846 6a Questão Assinale a alternativa que se refere ao seguinte conceito legal: "prestação continuada de serviços ou cobertura de custos assistenciais a preço pré ou pós estabelecido, por prazo indeterminado, com a finalidade de garantir, sem limite financeiro, a assistência à saúde, pela faculdade de acesso e atendimento por profissionais ou serviços de saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou referenciada, visando a assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga integral ou parcialmente às expensas da operadora contratada, mediante reembolso ou pagamento direto ao prestador, por conta e ordem do consumidor" : Sistema Único de Saúde Regulamentação da ANS Operadora de Plano de Assistência à Saúde Plano Privado de Assistência à Saúde Carteira Explicação: art. 1º, I da Lei 9656/98 7a Questão (CESPE - 2006 - OAB - Exame da Ordem) A respeito da responsabilidade civil, assinale a opção CORRETA: Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, desaparece a responsabilidade do agente causador, deixando de existir a relação de causa e efeito entre o ato e o prejuízo experimentado pela vítima. Contratada a realização de uma cirurgia estética embelezadora, o cirurgião assume uma obrigação
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