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Aula Semiologia cefaleia

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SEMIOLOGIA
Prfa Priscila Gomes dos Reis
Farmacêutica Hospitalar FHEMIG
Doutora em Farmacologia UFMG
Mestre em Ciências Farmacêuticas UFOP
priscila_gomesdosreis@yahoo.com.br 
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Atuação do Farmacêutico
Situação : Em tratamento. (Farmácia ou Hospital).
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NÃO
SIM
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Médico, Dentista....
SIM
SIM
SIM
SIM
Situação : 
Sem tratamento (Farmácia).
NÃO
NÃO
NÃO
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Algias leve a moderada (sexta-feira)
Afecções das vias respiratórias (sexta-feira e sábado de manhã- auscuta respiratória para auxiliar diagnóstico diferencial)
Afecções do aparelho digestivo (sábado de manhã/ início da tarde)
Sábado a tarde:
Problemas cutâneos 
Síndrome varicosa 
Afecções oftálmicas
Afecções otológicas
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DOR
Uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão tecidual real ou potêncial. Ela apresenta funções biológicas alertandosobre perigos externos permitindo que sejam evitados ou tratados.
É inerentemente autolimitante quando a fonte causadora é removida ou limitada.
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Tipos de dor
Dor aguda :
Função protetora; causa definível
Associada a sinais de hiperatividade SNA (Taquicardia, hipertensão e palidez). 
Tratamento: analgésicos (MIPs).
Dor crônica:
Duração maior que 6 meses
Não requer tratamento imediato
Tratamento: identificação de causa orgânica e manejo dos fatores afetivos e ambientais.
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DOR
Limiar da dor varia: 
Aumenta: sono, descanso, alívio dos sintomas, apoio, ansiolíticos, antidepressivos,lazer, terapia ocupacional...
Reduz: insônia, fadiga, desconforto, ansiedade, depressão, tristeza, medo, irritação, isolamento social....
Avaliação:
Subjetivo – de acordo com a percepção do paciente
Ex: Dor grave (solucionada com baixas doses de paracetamol....? Componente emocional?)
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Dor
Avaliação:
História detalhada
Exame físico geral
Exames laboratóriais e de imagem 
Diagnóstico diferencial
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Dor
HISTÓRIA (Anamnese)
Modo de início, episódios, duração dos episódios
Local, distribuição, radiação do ponto inicial
Gravidade (pontuação em escala)
Natureza (vaga, cortante, lascinante...)
Fatores que agravam ou aliviam
Resposta a terapias prévias
Doenças coexistentes e tratamento
Atividade física, uso de alcool e outros medicamentos
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Dor
Inspeção Visual
Caretas, suspiros, gemidos
Proteção da área afetada
Postura
Retirada reflexa
Uso de suporte/ajuda
Escalas (palavras ou números ou desenho)
 McGill: intensidade,duração,eficácia terapêutica, emocional
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AVALIAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
Situação/Queixa: pacientes com queixas de: tosse produtiva ou não; dificuldades de respirar; resfriado recente; dor torácica intensa (ver mnemônico de avaliação); fadiga; edema de extremidades; taquicardia; síncope
História passada de: Asma /Bronquite; Alergias; Enfisema; Tuberculose; Trauma de tórax; Problemas cardíacos; Antecedentes com problemas cardíacos; Tabagismo
Mnemônico para avaliação da dor torácica: PQRST
- P- O que provocou a dor? O que piora ou melhora?
- Q- Qual a qualidade da dor? Faça com que o paciente descreva a dor, isto é, em pontada, contínua, ao respirar,etc
- R- A dor tem aspectos de radiação? Onde a dor está localizada?
- S- Até que ponto a dor é severa? Faça com que o paciente classifique a dor numa escala de 1 a 10. - T- Por quanto tempo o paciente está sentido a dor? O que foi tomado para diminuir a dor?
Associar história médica passada de: doença cardíaca ou pulmonar anterior, hipertensão, diabetes e medicamentos atuais
Sinais Vitais: Verifique PA e P . Observe hipotensão, hipertensão, pulso irregular,ritmo respiratório, cianose, perfusão periférica
Procedimentos diagnósticos : Monitorização Cardíaca e Eletrocardiograma, Oximetria
Encaminhamento para Área Vermelha:dor torácica ou abdome superior acompanhada de náuseas, sudorese, palidez;dor torácica com alteração hemodinâmica; dor torácica e PA sistólica superior ou igual 180 , PAD igual ou superior a 120; pulso arrítmico ou FC superior a 120 bpm ; taquidispnéia , cianose, estridor ( ruídos respiratórios) e FR menor que 10 ou superior a 22.
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AVALIAÇÃO DA DOR ABDOMINAL AGUDA 
A dor abdominal aguda é uma queixa comum, caracterizando-se como sintoma de uma série de doenças e disfunções. Obtenha a descrição da dor no que se refere a: Localização precisa; Aparecimento; Duração; Qualidade; Severidade; Manobras provocativas ou paliativas; Sintomas associados: febre, vômitos, diarréia, disúria, secreção vaginal, sangramento. Em mulheres em idade fértil considerar a história menstrual e tipo de anticoncepção
Relacione a dor com: Ingestão de medicamentos (particularmente antiinflamatórios e aspirina); Náuseas e vômitos; Ingestão de alimentos (colecistite ulcera); Sangramentos; Disúria/ urgência urinária/ urina turva/ hematúria/ sensibilidade supra púbica
Observe: Palidez, cianose, icterícia ou sinais de choque; Posição do paciente (ex. cólica renal o paciente se contorse); Distensão, movimento da parede abdominal, presença de ascites; Apalpe levemente atentando para resistências, massas, flacidez e cicatrizes
Sinais Vitais: Observe hiperventilação ou taquicardia; Pressão Arterial; Temperatura 
Procedimentos diagnósticos: Análise de urina; Eletrocardiograma (pacientes com história de riscos cardíacos)
Encaminhamentos para área Vermelha: Dor mais alteração hemodinâmica; PAS menor que 90 ou maior que 180 / FC maior que 120 e menor que 50 / PAS >=180; Dor mais dispnéia intensa; Dispnéia intensa; Vômitos incoercíveis, hemetêmese
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Tipo e gravidade da dor – escolha do tratamento
Escada Analgésica da OMS
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Pontos Importantes- 
Farmácia Clínica
RAM que devem ser monitorados no uso de opióides
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CASO CLINICO 1
Paciente H.M, diabética, faz uso constante do GLIBENCLAMIDA como antidiabético, após sentir dores como cristais nas articulações, artrite inflamatória, inchaço, vermelhidão, dor e rigidez, suspeita de Gota, doença caracterizada pela elevação do ácido úrico no sangue. Médico prescreve FENILBUTAZONA, antiinflamatório não esteróide. Glicemia 300mg/dl.
O que aconteceu???
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CASO CLÍNICO 2
Paciente após ato cirúrgico de abdmem teve prescrito para a dor codeína de 6/6 horas e morfina S/N. Após 5 dias o paciente apresentou retenção urinária severa e foi necessário colocar sonda vesica de demora.
O que aconteceu????
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CASO CLÍNICO 3
Paciente 30 anos chega à farmácia relatando dor moderada na panturrilha. Ela se apresentava hipocorada e com sudorese. O farmacêutico aferiu sua pressão 90x50. Paciente relata não ter se alimentado nas ultimas 12 horas e ter caminhado no sol.
Como o farmacêutico deve proceder?
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CEFALÉIA
Algias Leves a Moderadas
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Epidemiologia e Etiologia
80 a 90% acometida (15% episódios recorrentes que interferem nas atividades diárias)
Faixa etária predominante: 10 a 40 anos (2,5:1 F:M)
Mais de 60 tipos – agupados em 2 grupos maiores:
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Classificações
Moderada
Severa
Episódica
Crônica
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Semiologia aplicada
Anamnese da cefaléia – Aspectos importantes
Idade/Sexo/Antecedentes pessoais e familiares
Tipo: aguda ou crônica
Localização: unilateral ou generalizada ou grupal
Intensidade: 0-10; sem dor a incapacitante
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Semiologia aplicada
Horário de início/ frequência/duração: diurno; no meio da noite...
Sinais e Sintomas associados: nausea, vômito, fotofobia, fonofobia, hiperemia conjuntival, lacrimejamento, rinorréia, obstrução nasal
Fatores de melhora e de piora: gelo, movimentação da cabeça....
Histórico de outras doenças
Uso de Medicamentos
Exame Físico : PA/ FC/dilatação de pupila/ lacrimejamento/temperatura/rigidez da nuca....
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**
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Sinais de Alerta 
Mudanças na característica da dor
Ser acordado pela dor durante o sono/piora horizontal
Início da dor após os 50 anos
Início súbito
Características progressivas da dor (frequencia, intensidade, duração).
Início recente em paciente com neoplasia ou HIV
Doença sistêmica concomitante (febre, rush cutâneo, diabetes) 
Exame neurológico alterado (sinais focais, papiledema)
Precipitada por tosse, atividade sexual ou esforço
Início recente da dor após trauma de crânio ou queda
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Analgésicos/antiinflamatórios
Paracetamol/ AAS/Dipirona: Cefaléia Tensional e como suporte em secundárias; pouca ação em enxaquecas (utlizados quando há contra-indicação de triptanos e derivados de ergot).
AINES: cefaleia tensional e enxaqueca moderada.
Anti-eméticos: redutores de vômitos e náuseas. Metoclopramida e domperidona para crises ligeiras.
FÁRMACOS- Semiologia PRM
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Derivados de ergot: Enxaqueca (Controle médico). RAM: cólicas abdominais; vertigens, cãimbras,diarréia, entorpecimento das mãos e pés. Ergotamina x Di-hidroergotamina.
Triptano: tensional moderada e Enxaqueca (Controle médico). RAM: aumento da frequencia cardíaca e PA se pré-disposição.formigamento da mão, vertigens e sensação de opressão do tórax ligeira.
ATENÇÃO: 
O uso excessivo de medicamentos analgésicos geram cefaléia de difícil resolução.
Paracetamol em altas doses é letal: 4g adulto e 75mg/Kg/dia criança.
FÁRMACOS- Semiologia PRM
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FÁRMACOS- Semiologia PRM
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AVALIAÇÃO _ CEFALÉIA:
 Atenção: Grupo de discussão durante a aula de 3 ou 4 alunos. Tempo para resolução: 30 minutos.  Para todos os casos clínicos responda as questões abaixo :
1) Organize os dados na ficha de anamnese. 
2) Vc faria outras perguntas? Quais? 
3) Faria algum ou mais algum exame físico ?
4) Foi possível estabelecer diagnóstico? Quais foram os procedimentos tomados? Prescrição? Houve solicitação de retorno? O paciente foi alertado sobre necessidade de retornar ou ir ao médico no caso de surgimento de sintomas? Carta ao médico? Encaminhamento para atendimento de urgência?
CASOS CLÍNICOS (atividade avaliativa)
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Clara, 30 anos, com dor na nuca chega à farmácia solicitando consultar-se com o farmacêutico. Ela informou que não posssui histórico de dores de cabeça, que havia feito musculação no dia anterior, não possui doenças crônicas e nem histórico familiar. Na escala de 0-10 considerou a dor como 5. 
CASOS CLÍNICOS- 1 (atividade avaliativa)
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André chegou à farmácia solicitando sugestão de medicação para dor de cabeça. O atendente chamou a farmacêutico e já o informou que o cliente estava bastante ansioso....a farmacêutico abordou o André e, a partir das perguntas realizadas cedeu as seguintes informações: 40 anos de idade, sua dor é difusa e pulsátil não realiza atividades físicas regulares, é diabético tipo I, não possui glicosímetro em casa e tem tido dificuldades na regulação da glicemia. A farmacêutica observou ainda sudorese e dosou a glicemia do paciente que estava em 45mg/dL. 
CASOS CLÍNICOS- 2 (atividade avaliativa)
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Senhor José foi à farmácia para comprar um antiinflamatório devido a uma dor de cabeça muito forte que sentia ao redor do olho esquerdo. Chegando à farmácia foi atendido pelo farmacêutico que coletou os seguintes dados: idade de 45 anos, a dor era unilateral, escrita como insuportável pelo paciente. Havia ido à festa de casamento da filha na noite passada e ingerido alcool socialmente.
CASOS CLÍNICOS - 3 (atividade avaliativa)
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CASOS CLÍNICOS - 4 (atividade avaliativa)
Laura relata ao atendente da farmácia que gostaria de comprar um analgésico pois estava com uma dor de cabeça frontal forte. O atendente de farmácia chama o farmacêutico. Os relatos obtidos foram: a dor começou branda no início do dia e intensificou mais a tarde; localiza-se na parte frontal sem irradiações para outras áreas, a dor é pulsátil. Possui 25 anos; já teve essas dores anteriormente sempre antes do período menstrual; não possui outras doenças mas há histórico familiar de hipertensão; nunca foi ao médico para tratar a dor de cabeça. Está com náusea e fotofobia. Usa AAS normalmente nesses casos mas na maior parte das vezes não ajudou muito; usa anticoncepcional também.
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Bibliografia Recomendada
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea : queixas mais comuns na Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 1. ed.; 1. reimp. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 290 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume II). 
Greene, Russel J. Patologia e Terapêuticas para Farmacêuticos: bases para a Prática da Farmácia Clínica/ Russel J. Greene & Norman D. Harris. 3. Ed – Porto Alegre: Artmed, 2012. 968p.
Silva, Wilson Farias da. Manual Prático para Diagnóstico e Tratamento de Cefaléias. http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/02/tapoio-manual-cefaleia.pdf
Tipos de cefaléia de acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia. 2 Edição.http://www.sbce.med.br/index.php/joomlart/diario-da-dor/23-tipos-de-dor-de-cabeca
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