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Inclusão para a Vida Geografia A 
 
Pré-Vestibular da UFSC 1 
 UNIDADE 1 
 
A Terra realiza diversos movimentos. Os principais são a 
ROTAÇÃO e a TRANSLAÇÃO. A rotação é o 
movimento que a Terra faz em torno de seu próprio eixo, 
sua duração é de 24 horas e a sua principal consequência 
é a sucessão das noites e dos dias. A rotação se dá no 
sentido de oeste à leste, sendo sua velocidade da ordem 
de 1660 km por hora nas proximidades do Equador. O 
movimento que a Terra faz ao redor do Sol, uma curva 
fechada de forma elíptica, é chamado de translação. A 
duração desse movimento é de 365 dias e 6 horas. O 
planeta encontra-se mais próximo do Sol (periélio) no 
início do ano e mais distante dele (afélio) no meio do ano. 
Como o ano convencional dura somente 365 dias e a 
translação é de 365 dias e 6 horas, essa diferença de 6 
horas é compensada de 4 em 4 anos, acrescentando um 
dia a mais no mês de fevereiro. O ano de 366 dias, com 
29 dias em fevereiro, é denominado de bissexto. A 
principal consequência do movimento de translação é a 
sucessão das estações do ano: primavera, verão, outono e 
inverno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ROTAÇÃO 
 
 
 TRANSLAÇÃO 
 
COORDENADAS GEOGRÁFICAS E FUSOS 
HORÁRIOS 
O Planeta Terra é cortado por linhas imaginárias cuja 
função é localizar qualquer ponto em sua superfície. Com 
essa finalidade, determinam-se as coordenadas 
geográficas: a longitude e a latitude. Se você quiser 
localizar algum ponto no globo terrestre, saiba que o 
Equador é o maior círculo “perpendicular” ao eixo do 
planeta. O Equador divide a Terra em dois hemisférios: 
Sul e Norte. Acima e abaixo do Equador, podemos traçar 
infinitos círculos paralelos que, à medida que se afastam 
para o Sul ou para o Norte, diminui de tamanho. A 
distância dos paralelos é medida em graus. Portanto, 
chamamos de latitude a distancia, em graus, de qualquer 
lugar da superfície terrestre em relação ao Equador. 
Entretanto, jamais acharemos algum ponto na Terra se 
conhecermos somente sua latitude. Precisamos cruzar as 
duas coordenadas: latitude e longitude. Esta é a distancia, 
também medida em graus, de qualquer lugar da superfície 
terrestre em relação ao Meridiano de Greenwich – uma 
cidade próxima de Londres - que divide o planeta em dois 
hemisférios: ocidental e oriental. Os meridianos são 
círculos que vão de pólo a pólo, tendo por esta razão, o 
mesmo comprimento. 
A localização de áreas do planeta por meio das 
coordenadas geográficas é essencial para as viagens 
marítimas, a navegação aérea, sendo muito útil para 
planejar e efetuar operações militares. O comandante de 
um navio, o piloto de avião e os generais que coordenam 
ataques precisam saber seu ponto de destino e, no caso 
militar, as regiões que serão atingidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS MOVIMENTOS DA TERRA 
Geografia A Inclusão para a Vida 
 
Pré-Vestibular da UFSC 2 
OS FUSOS HORÁRIOS 
Como você aprendeu anteriormente, a rotação da Terra é 
o movimento responsável pela sucessão de dias e noites. 
Mas também é a causa das diferenças de horário entre as 
diversas regiões do planeta. Em relação ao Meridiano de 
Greenwich, qualquer ponto sobre a superfície terrestre 
varia de 00 a 1800 para Oeste ou Leste. Assim, a longitude 
completa da Terra é de 3600 que, divididos pelas 24 horas 
de duração do dia, dão como resultado 150. Dessa 
maneira, a cada 150 que nosso planeta gira corresponde a 
1 hora. Portanto, ao dividirmos o mundo em 24 partes 
(conforme a duração do dia), cada uma delas significa um 
fuso horário. Em 1895, quando da Conferência de 
Geografia realizada em Londres, foi estipulado que 
todas as regiões dentro de um mesmo fuso adotariam o 
mesmo horário. Na ocasião, também foi estabelecido que 
o Meridiano de Greenwich fosse o meridiano de 
referência, em função do qual todos os relógios do planeta 
são acertados. 
 
 
Exercícios de Sala � 
 
1. (UFMS) A Terra possui uma inclinação de 23º 27’ em seu 
eixo, em relação ao plano da órbita. Tal inclinação, 
associada ao seu movimento de rotação e translação, 
propicia a incidência dos raios solares de maneira diferente 
sobre o globo terrestre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
Sobre o movimento de translação identificado no esboço 
acima, é correto afirmar que: 
 
01. o movimento de translação é o movimento que a Terra 
realiza em torno de um eixo imaginário que a atravessa 
de pólo a pólo; 
02. no dia 21 de março nós temos o equinócio de primavera 
para o hemisfério sul e o equinócio de outono para o 
hemisfério norte; 
04. nos dias 21 de junho e 21 de dezembro ocorrem os dias 
de solstício, ou seja, quando há máxima desigualdade na 
distribuição de luz e calor entre os hemisférios; 
08. os dias 21 de março e 23 de setembro, também 
conhecidos como equinócios, são os dias do ano em que 
os raios solares estão distribuindo de forma equitativa luz 
e calor para os dois hemisférios; 
16. no dia 21 de junho temos o solstício de verão no 
hemisfério norte e o solstício de inverno no hemisfério 
sul; 
32. no solstício de inverno, no hemisfério sul, ocorre o dia 
mais longo e a noite mais curta do ano. 
 
2. (UEPG-PR) Com relação ao Sistema Solar, assinale o que 
for correto. 
 
01 Acreditando que a Terra era o centro do Universo, 
Cláudio Ptolomeu criou um modelo geocêntrico para o 
Sistema Solar. Séculos mais tarde, Nicolau Copérnico 
apresentou o sistema heliocêntrico, com o Sol, e não 
mais a Terra, no centro do sistema planetário. 
02. O Sistema Solar é constituído pelo Sol, planetas, 
satélites, asteroides, meteoroides, cometas e poeira. 
04. Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e Plutão, o 
mais distante. 
08. Quando se coloca entre o Sol e a Terra, em 
Inclusão para a Vida Geografia A 
 
Pré-Vestibular da UFSC 3
circunstâncias favoráveis, a Lua, que é o único satélite 
natural da Terra, pode provocar um eclipse do Sol. 
16. No Sistema Solar, os maiores planetas se encontram 
mais próximos do Sol e os menores, mais afastados dele. 
 
 UNIDADE 2 
 
 
O CLIMA DA TERRA 
CLIMA 
• O clima é o comportamento do tempo 
atmosférico ao longo do ano. Se falarmos que o 
“dia está quente” ou “o dia está seco” estamos nos 
referindo ao comportamento da atmosfera nesses 
dias. 
 
Zonas térmicas da Terra 
O clima de uma região é determinado pela massa de ar dominante e depende da zona térmica em que a região está localizada. 
Assim: 
• as zonas polares conhecem climas frios, já que são dominadas por massas de ar frio ao longo de todo o ano. 
• a zona equatorial possui clima quente, pois é dominada por massas de ar quente, mesmo no inverno. 
• as zonas temperadas, onde as estações do ano são bem definidas, conhecem massas de ar frio no inverno e de ar quente 
no verão. 
OS FATORES DO CLIMA 
O clima de uma determinada região é resultante de uma 
série de fatores: 
latitude – quanto mais nos distanciamos do Equador, 
portanto quanto maior a latitude, menores são as médias 
anuais de temperatura. 
altitude – no alto de uma montanha, sentiremos mais frio, 
no mesmo momento e na mesma latitude, do que numa 
praia. Portanto, quanto maior a altitude, menor é a 
temperatura. Sabemos que os raios solares, quando atingem 
qualquer ponto da Terra, aquecem sua superfície que 
irradiará o calor para a atmosfera. 
massas de ar – ventos que se deslocam, por diferença de 
pressão, entre as diversas regiões do planeta, sempre 
carregando as características de umidade e temperatura da 
região de onde vieram. À medida que se deslocam, vão se 
alterando pelo contato com outras massas de ar com as quais 
trocam calor. As massas de ar podem ser classificadas de 
oceânicas,que apresentam muita umidade, e as continentais, 
quase sempre secas; as que se originam de regiões tropicais 
e equatoriais são quentes e as que nasceram em áreas 
temperadas e polares são frias. 
continentalidade e maritimidade – se uma região se 
encontra próxima a grandes quantidades de água sofrerá 
alterações tanto na umidade relativa do ar como também na 
temperatura. Assim, nas áreas continentais a temperatura é 
maior do que nas regiões próximas ao mar. 
correntes marítimas – as grandes massas de água que se 
deslocam pelos oceanos, possuindo pressão, quantidade de 
sal e temperaturas próprias, também influenciam o clima. 
Exemplo disso é a corrente quente do Golfo (“Gulf 
Stream”), que impede o congelamento do mar do Norte. Já a 
corrente fria de Humboldt ameniza as temperaturas tanto do 
norte do Chile como no sudoeste dos Estados Unidos da 
América. 
Geografia A Inclusão para a Vida 
 
Pré-Vestibular da UFSC 4 
 
 
MAPA DAS CORRENTES MARÍTIMAS 
relevo – influi na temperatura e na umidade, pois facilita ou dificulta a 
circulação das massas de ar. Nos Estados Unidos, por exemplo, a serra 
Nevada e as montanhas Rochosas impedem o trânsito das massas de ar vindas 
do Pacífico, fazendo com que as chuvas sejam abundantes nas regiões 
próximas ao mar e, do outro lado das montanhas, o clima é árido. Em nosso 
país, a Serra do Mar, pela sua disposição longitudinal, facilita a circulação da 
massa polar e dificulta o trânsito da massa de ar tropical atlântica. 
vegetação – as plantas tiram umidade do solo pela raiz e a enviam à atmosfera pelas folhas, contribuindo para alterar a 
temperatura. Além disso, a vegetação impede que os raios solares atinjam diretamente a superfície terrestre. Portanto, o 
desmatamento (a destruição das florestas pela derrubada de árvores) é ruim, já que diminui a umidade do ar e provoca a elevação 
da temperatura. 
 
Exercícios de Sala � 
 
1. A ilustração apresentada abaixo permite afirmar 
corretamente que: 
 
 
01. As áreas localizadas no litoral não sofrem influência 
marítima no que diz respeito às condições climáticas. 
02. A presença de uma área montanhosa próxima ao litoral 
explica a ocorrência de chuvas orográficas. 
04. As setas indicativas da direção dos ventos, na ilustração, 
demonstram que eles sopram das áreas de alta pressão, 
localizadas sobre o mar, para o continente. 
08. A área assinalada pela letra A, em razão da sua 
topografia, dispensa cuidados relativos à prevenção da 
erosão. 
16. Os elementos presentes, na ilustração, caracterizam um 
ambiente natural propício ao desenvolvimento de uma 
Formação florestal xerófita. 
 
2. Observe, atentamente a figura abaixo e assinale a(s) 
proposição(ões) correta(s). 
 
01. Situadas praticamente na mesma latitude, as cidades 
apresentadas na ilustração possuem temperaturas médias 
anuais diferentes em virtude da altitude. 
02. As três cidades apresentam temperaturas médias anuais 
típicas de áreas em que domina o clima equatorial. 
04. Localizada na Serra da Mantiqueira, Campos do Jordão 
apresenta temperaturas médias anuais inferiores às de 
cidades situadas na mesma latitude, porém em altitudes 
Inclusão para a Vida Geografia A 
 
Pré-Vestibular da UFSC 5
inferiores. 
08. Santos, importante cidade portuária, tem sua temperatura 
influenciada apenas pela continentalidade, o que redunda 
em maiores variações térmicas. 
16. São Paulo, a maior metrópole brasileira, tem as 
temperaturas médias intermediárias entre as outras duas 
cidades devido à inversão térmica que ocorre em todas as 
estações do ano. 
 
 
 UNIDADE 3 
 
ORIGEM DOS CONTINENTES 
 
Os continentes, conforme se apresentam nos dias de hoje, 
foram na verdade originados de um processo de 
fragmentação e afastamento de terras emersas de um único 
aglomerado primordial, processo este que durou centenas de 
milhões de anos. Este aglomerado de terras continentais, 
chamado Pangeia, existiu há cerca de 200 milhões de anos 
atrás. 
O afastamento de suas porções continentais foi 
gerado provavelmente a partir da atividade tectônica 
terrestre que, no período referido, encontrava-se em plena 
ação e em larga escala. Segundo consta nos estudos 
realizados, uma primeira porção continental teria sido 
separada das demais na região setentrional da Pangeia. A 
este primeiro grande fragmento deu-se o nome de Laurásia, 
originada por volta de 130 milhões de anos atrás. Os 
territórios que na atualidade formam a África e a América 
do Sul formavam dois fragmentos colados em suas regiões 
costeiras. Especula-se tal fato, inclusive, pela similaridade 
entre tipos de vegetação e terrenos encontrados nos dois 
continentes. 
AS CAMADAS DA TERRA 
Quatro são as principais camadas de nosso planeta: 
 
 
 
 
 
 
 
As quatro porções da Terra 
 
AS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS 
A crosta terrestre é formada por doze placas tectônicas que 
flutuam sobre o magma pastoso. Na fase inicial da Terra, 
existiam menos placas. Com o tempo, em razão de se 
moverem em vários sentidos, já que o planeta é esférico, as 
placas se encontraram em vários pontos da crosta terrestre, 
dando origem aos terremotos e aos dobramentos do relevo. 
Em grego, o termo tectônica quer dizer “processo de 
construir”. Para a ciência geográfica, são as deformações da 
crosta terrestre geradas pelas pressões provenientes do 
interior do planeta. 
Nas áreas de encontro das placas, a crosta terrestre 
é frágil, principalmente nas regiões de contato dos oceanos 
com os continentes, o que possibilita a saída de magma, 
dando origem aos vulcões. Dos choques entre as placas, 
surge o atrito que provoca os terremotos. Nos oceanos, as 
placas (sima) são pesadas e, por este motivo, tendem a 
mergulhar sob as continentais (sial). Esse fenômeno, 
conhecido como subducção, gera as fossas marítimas, 
normalmente nas zonas onde ocorre o encontro das placas. 
Como as placas oceânicas se situam debaixo das 
continentais, a pressão das primeiras sobre estas últimas 
provocam dobras e enrugamentos, provocando, desde a 
era mesozoica, os movimentos orogenéticos (em grego, 
“oros” significa “montanha”).. Data daí o aparecimento das 
grandes cadeias montanhosas do planeta Terra, formadas 
pelo enrugamento, elevação ou dobramento de partes da 
crosta terrestre. Este fenômeno é relativamente recente na 
história do nosso planeta, tendo acontecido no fim da era 
mesozoica e início da cenozoica. Por essa razão, 
denominamos dobramento moderno. As mais altas cadeias 
de montanhas do planeta, tais como o Himalaia, as Rochosas 
e os Andes, são de formação recente, apresentando elevadas 
altitudes, pouco desgaste e grande instabilidade física, pois 
elas estão ainda em processo de formação. Nelas, são 
comuns vulcões e terremotos. 
A Terra, se levarmos em conta a sua origem geológica, 
conhece três formações básicas: 
• bacias sedimentares 
• escudos cristalinos 
• dobramentos modernos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas geológicas 
Os dobramentos modernos, ou cadeias orogênicas recentes, 
correspondem às grandes cadeias montanhosas do globo 
datadas do período Terciário da Era Cenozóica. Sua gênese 
é explicada pelo movimento das placas tectônicas. Os 
principais exemplos desse fenômeno são os Andes, os 
Alpes, o Himalaia e as Montanhas Rochosas. Por serem de 
Inclusão para a Vida Geografia A 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
6
formação recente, não foram ainda desgastadas pela erosão e 
apresentam altitudes elevadas. O Brasil, por exemplo, não 
conhece formações geradas por dobramentos modernos. 
AS FORMAS DO RELEVO 
Relevo é a forma assumida pela superfície da crosta 
terrestre após ser modeladapela atuação de agentes 
internos e externos. Os fatores fundamentais para a 
formação do relevo são os de origem tectônica, tais como a 
constituição de cadeias de montanhas e a ocorrência de 
atividades vulcânicas ou terremotos. 
As transformações das formas de terreno na 
superfície terrestre são geradas pelos movimentos das placas 
tectônicas e complementadas pela ação de agentes externos 
erosivos, como vento, chuva, rios, neve e gelo. Em termos 
bem simples, os agentes externos alteram as formas de 
terreno modeladas pelos internos. As principais formas de 
relevo são as montanhas, os planaltos, as planícies e as 
depressões. 
As montanhas são elevações no terreno que 
atingem grandes altitudes. Um conjunto de montanhas 
recebe as denominações de serra, cadeia ou cordilheira. 
Os planaltos são forma de relevo onde a erosão 
predomina sobre a sedimentação, consistindo de terrenos, 
por vezes, planos e, em certos casos, bastante acidentados. 
Os planaltos mais elevados do planeta se encontram na Ásia, 
junto à Cordilheira do Himalaia, sendo denominados de 
telhados do mundo: os planaltos de Pamir e do Tibete. 
As planícies são terrenos planos, formados por 
acumulação de sedimentos. Elas aparecem, 
fundamentalmente, nas baixadas fluviais, lacustres e 
litorâneas. Embora quase sempre a planície se diferencia do 
planalto pela altitude (planície é baixa e planalto é alto), isso 
nem sempre é verdadeiro. Na realidade, a diferença entre 
planalto e planície é a formação geológica: a planície 
consiste em rochas sedimentares acumuladas; o planalto é 
produto da erosão e da acumulação de rochas cristalinas e 
sedimentares. A maior planície do mundo é a Siberiana, 
situada na República da Federação Russa. 
As depressões são terrenos com altitudes inferiores 
às das regiões próximas. Há dois tipos de depressões: 
relativa e absoluta. A primeira consiste num terreno mais 
baixo em relação às áreas próximas, mais ainda assim acima 
do nível do mar. O exemplo clássico de depressão relativa é 
o pântano. 
 
Exercícios de Sala � 
 
 1. A Terra é dinâmica. O relevo é construído e destruído 
continuamente pelos diferentes agentes. As proposições abaixo 
mostram as características da estrutura geológica do Brasil e do 
seu relevo. 
 
Assinale aquela(s) que é(são) correta(s). 
 
01. Os escudos ou maciços antigos estão profundamente 
desgastados pela erosão. 
02. O território brasileiro possui uma estrutura geológica 
antiga. 
04. O Brasil não possui movimentos geológicos recentes, 
como os dobramentos modernos. 
08. O nosso país possui um relevo de altitudes baixas, 
reflexo da erosão e ausência de movimentos geológicos 
recentes. 
16. As bacias sedimentares ocupam reduzida área e 
caracterizam-se pela ausência de recursos minerais. 
 
2. (Univali-SC) A crosta terrestre é também chamada de 
litosfera. Corresponde à camada mais rígida da Terra. No 
entanto, a rigidez da superfície da Terra é apenas aparente. 
Forças internas e externas modificam, permanentemente, as 
estruturas que compõem a litosfera, ou seja, modificam as 
formas do modelado terrestre, do relevo. 
Com base no exposto acima, é correto afirmar: 
 
a) A nife da Terra é o rígido suporte de apoio à 
sobrevivência dos homens e dos demais seres vivos. 
b) A crosta sólida da Terra, constituída por rochas em que 
predominam os silicatos de cassiterita, cuja densidade é 
igual a 2,7, e a região central da Terra, cuja densidade 
pode ser calculada uma vez sabendo-se a densidade 
média da Terra, são chamadas, respectivamente, de nife 
e sial. 
c) No estrato geográfico terrestre nada é estático, tudo é 
dinâmico. Esse dinamismo é diferente em cada um dos 
planos: o biótico (animais e vegetais) e o abiótico (terra, 
ar e água). 
d) O território brasileiro é formado por estruturas geológicas 
recentes. As bacias do Pantanal, Amazônica e trechos do 
litoral nordeste e sul são do período Terciário e os 
terrenos cristalinos são do período Quaternário. 
e) As bacias sedimentares são constituídas em grande parte 
por rochas magmáticas, provenientes da desagregação de 
outras rochas que recobrem a Terra. 
 
 UNIDADE 4 
 
AS ROCHAS E OS MINERAIS 
A crosta do nosso planeta é composta de rochas e minerais. 
O mineral é um material sólido formado por um elemento ou 
uma composição química encontrado em todas as camadas 
geológicas da Terra. Exemplos de minerais são o ouro, o 
diamante, o talco e o quartzo. A rocha, por sua vez, é um 
composto de minerais, podendo conter também elementos 
orgânicos. O basalto, o arenito, o granito e o mármore são 
exemplos de rocha. As rochas e minerais são objeto de 
ampla exploração econômica: os chamados “minerais 
preciosos”, tais como o diamante e o ouro, são a matéria 
prima das joias que enfeitam as pessoas; o granito, formado 
pelos minerais quartzo, mica e feldspato, é utilizado na 
fabricação de pisos, pias e na pavimentação de rampas que 
dão acesso às residências. 
As rochas conhecem um processo constante de 
transformação – denominado de ciclo das rochas – pelo 
qual rochas antigas tornam-se novos tipos de rocha. 
Inclusão para a Vida Geografia A 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
7
TIPOS DE ROCHAS 
 
As rochas se dividem, quanto a sua origem, em três tipos. 
As rochas sedimentares surgem pela acumulação de 
material orgânico e de detritos ou fragmentos de outras 
rochas. As sedimentares podem ser detriticas (quando sua 
origem decorre de detritos), orgânicas e químicas. O 
processo de formação das rochas sedimentares é chamado de 
intemperismo, e é causado por agentes físicos, químicos e 
biológicos. Quando as rochas são decompostas por agente 
físicos e biológicos, ocorre o intemperismo físico. Quando 
a decomposição é gerada por um agente químico, ocorre o 
intemperismo químico. 
As rochas magmáticas ou ígneas são criadas pela 
solidificação do magma, quer no interior, quer na superfície 
da crosta terrestre. A solidificação no interior do planeta é 
sempre lenta; à superfície, é rápida. O granito é um exemplo 
de rocha formada nas profundezas da Terra; o basalto é 
resultante da solidificação rápida de magma na superfície. 
As rochas metamórficas são geradas pelas 
alterações de temperatura, pressão e profundidade sofridas 
pelas rochas magmáticas ou sedimentares. Portanto, 
qualquer tipo de rocha, quando transformada, é uma rocha 
metamórfica. O mármore, por exemplo, resulta das 
mudanças do calcário. 
 
OS SOLOS 
 
Chamamos de solo a superfície da crosta terrestre, 
permanentemente alterada pelo intemperismo e onde nasce e 
se desenvolve a vida vegetal. Todo solo é formado por 
sedimentos provenientes da desintegração das rochas, 
misturados com vários materiais orgânicos, frutos da 
decomposição de plantas e animais. 
Os solos, quanto à origem, estão divididos em três tipos: 
Os solos orgânicos são resultantes da sedimentação de 
material orgânico. As florestas e as planícies cobertas de 
vegetação rasteira são exemplos de solos orgânicos. Em 
ambos os casos, os elementos vegetais mortos sofreram 
decomposição, gerando o humo. Por essa razão, tais solos 
são conhecidos como humíferos. A Planície Polonesa, que 
se estende da Polônia até a Rússia, é um bom exemplo de 
solo orgânico, daí decorrendo sua impressionante fertilidade. 
Os solos aluviais são criados por sedimentos 
transformados em lugares distantes e transportados pelas 
águas dos rios e pelos ventos. As áreas ribeirinhas são 
exemplos de solos aluviais. 
Os solos eluviais são formados pela decomposição de 
um certo tipo de rocha e sempre aparecem em locais onde as 
rochas matrizes foram transformadas pela intemperização. A 
produção de café, que por um longo período foi a causa 
responsável pela prosperidadede São Paulo, deu-se em 
terras roxas derivadas das alterações sofridas pelo basalto, 
rocha de origem magmática. Também o plantio da cana de 
açúcar, produto que marcou o inicio da colonização do 
Nordeste brasileiro, foi possível graças a um tipo de solo 
denominado massapé, fruto das transformações do calcário, 
este de origem sedimentar. 
OS MINÉRIOS E AS ESTRUTURAS GEÓLOGICAS 
Nos escudos formados durante a era pré-cambriana, 
encontramos grandes quantidades de minerais metálicos, 
tais como ferro, ouro e bauxita. Por sua vez, nos escudos da 
era paleozoica, são abundantes minerais não-metálicos, 
como, por exemplo, gesso e cimento. Por sua vez, os 
dobramentos modernos são ricos em todos os tipos de 
minério. Nas bacias sedimentares – cavidades cheias de 
pedaços minerais de rochas vitimadas pela erosão e 
preenchidas também por restos orgânicos, encontramos 
combustíveis fosseis. Nos ambientes aquáticos, onde são 
abundantes os plânctons*, surge o petróleo. Já nas regiões 
onde existiram florestas, atualmente soterradas, costumam 
ser abundantes reservas de carvão. 
Exercícios de Sala � 
 
1. (UCS-BA) O relevo terrestre é formado por montanhas, 
planícies, planaltos e depressões. As formas de relevo 
possuem grande importância geográfica, pois delas 
dependem, em grande parte, as facilidades que uma região 
oferece à ocupação humana. 
Com base na informação e nos conhecimentos sobre os solos 
e os agentes internos e externos do relevo, pode-se afirmar: 
 
a) Os solos que se formam rapidamente, nas regiões secas e 
frias não dependem do intemperismo e são oriundos de 
partículas orgânicas. 
b) O relevo de uma determinada região é o resultado da ação 
combinada de forças endógenas e exógenas e surgiu a 
partir da solidificação da crosta terrestre. 
c) Os canais ou as chaminés de saída das lavas vulcânicas 
estão diretamente relacionados às zonas mais internas do 
globo. 
d) As dobras são provocadas por movimentos verticais e 
ocorrem em regiões constituídas de rochas cristalinas, 
devido à sua grande plasticidade. 
e) As formas do relevo resultam da ação dos agentes 
erosivos, sem nenhuma atuação dos processos de 
sedimentação. 
 
2. (PUC-RS) As rochas, antes de serem trabalhadas pela 
erosão, são “preparadas” por um conjunto de reações 
químicas ou fenômenos físicos, para a ação de desgaste. 
A essa fase que precede a erosão denominamos: 
a) abrasão d) evapotranspiração 
b) intemperismo e) estratificação 
c) orogênese 
 
3. (UFBA) Com base no esquema e nos conhecimentos 
sobre a dinâmica do meio ambiente, pode-se afirmar: 
Inclusão para a Vida Geografia A 
 
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8
 
 
01. O relevo, ao mesmo tempo que recebe influência do 
clima, pode também interferir, significativamente na 
temperatura, na pressão atmosférica e na distribuição 
espacial das isoietas anuais. 
02. O solo representa o elemento síntese de uma paisagem, 
porque as pequenas alterações que ocorrem nos demais 
componentes do meio natural são imediatamente 
refletidas nesse componente de natureza estritamente 
abiótica. 
04. A organização espacial das bacias hidrográficas, nos 
seus mais diferentes padrões de drenagem, é uma 
consequência direta dos regimes e da intensidade das 
chuvas que abastecem as redes fluviais nas diversas 
latitudes. 
08. O relevo terrestre é produzido pelo ajuste de processos 
internos e externos, sendo os processos exógenos 
representados pela orogênese e pela epirogênese, 
responsáveis pela esculturação do modelado. 
16. Os domínios estruturais que aparecem no território 
brasileiro são caracterizados por feições escarpadas, 
intercaladas por vales bem encaixados, nos quais os 
processos endógenos tiveram, no passado geológico, 
uma intensa atividade. 
32. O domínio dos “mares de morro”, existente no Sudeste 
brasileiro, atesta a grande influência dos processos 
exógenos na paisagem regional. 
64. Os solos, nas regiões intertropicais marcadas pela ação 
do intemperismo físico, são geralmente bem 
desenvolvidos e profundos, favorecendo a cobertura 
natural. 
 
 UNIDADE 5 
 
A VEGETAÇÃO DA PAISAGEM 
Chamamos de vegetação o conjunto de plantas e vegetais 
existentes nas diversas regiões do planeta. Ela é sempre a 
expressão das condições de solo e de clima onde ocorre. De 
fato, a variedade das espécies, a quantidade de plantas, seu 
tamanho e sua distribuição dependem do terreno, das 
condições climáticas e da umidade. Em solos ricos em 
humo, portanto altamente orgânicos, a vegetação é densa e 
rica; nos solos mais pobres, as formações vegetais são 
poucas e rarefeitas. Existe uma relação de troca entre o solo 
e a vegetação: o solo rico em materiais orgânicos gera uma 
vegetação luxuriante, que fornece mais humo para o terreno. 
Por sua vez, o solo com mais humo fica mais rico e 
desenvolve uma vegetação que irá fornecer mais humo. 
Portanto trata-se de um permanente ciclo interativo. Já um 
solo pobre é base de uma vegetação pobre. Daí o perigo do 
desmatamento, que danifica os terrenos. Todo esse processo 
prova a interdependência dos elementos do ecossistema. 
 
TIPOS DE VEGETAÇÃO 
 
xerófilas: plantas adaptadas à falta de umidade. 
higrófilas ou higrófitas: plantas que necessitam de muita 
umidade, ricas em folhagem e sempre perenes. 
tropófilas ou tropófitas: plantas que vivem em estações secas 
e úmidas. 
aciculifoliadas: plantas que possuem folhas na forma de 
agulhas, como, por exemplo, os pinheiros, nas quais a 
transpiração é menor e maior a preservação de água . 
latifoliadas: plantas de folhas largas e existentes em regiões 
muito úmidas. 
caducifólias: plantas que perdem suas folhas nos períodos 
frios e secos do ano. 
 
 Exercícios de Sala � 
 
1. A figura representa as várias esferas que constituem o 
nosso planeta. De acordo com ela, assinale a(s) 
proposição(ões) correta(s). 
 
01. A figura busca demonstrar a interdependência das várias 
esferas ou partes do nosso planeta. 
02. Os reflexos da ação do homem vão além e aquém da 
superfície, atingindo camadas da atmosfera e 
profundidades da litosfera e da hidrosfera. 
Inclusão para a Vida Geografia A 
 
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9
04. A importância da litosfera, constituída de rochas, deve-
se aos solos, minerais, energia e agentes internos. 
08. A atmosfera é a camada gasosa que envolve o planeta, e, 
de suas partes, é a mesosfera a mais importante para 
nós.. 
16. A hidrosfera é a parte formada pelas águas, sendo que as 
necessidades humanas estão limitadas às partes mais 
superficiais. 
 
2. A questão ambiental tem-se caracterizado como uma das 
grandes preocupações do mundo moderno. Muitos dos 
recursos utilizados na produção industrial são extraídos 
diretamente da natureza, causando-lhe prejuízos por vezes 
incalculáveis. Hoje, é bastante corrente a reutilização e/ou 
reciclagem de muitos produtos, bem como uma maior 
preocupação com medidas anti-poluição, além de uma 
melhoria na educação, quando se refere à questão do meio-
ambiente. Tudo isso, como medida, para que no futuro 
possamos ter um ambiente propício à continuidade das 
atividades econômicas e, principalmente, viável à própria 
vida. Com relação a essa temática, é correto afirmar que: 
 
01. A preocupação com a degradação ambiental é legítima e 
oportuna, pois muitos recursos necessários à vivência 
humana poderão se esgotar em pouco tempo. 
02. A inquietação por questões ambientais é um exagero, 
fruto apenas de discussões de inúmeros grupos 
ecológicos radicais. 
04. Com um sistema sócio-econômico voltado 
principalmente à produção de mercadorias, visando 
basicamente ao lucro,torna-se difícil, sob o capitalismo, 
a não degradação dos recursos naturais. 
08. Não há problemas quanto aos recursos minerais, pois os 
estudos garantem, para qualquer caso (água, minérios, 
fontes de energia térmica) reservas suficientes para os 
próximos 500 anos. 
16. Com a queda no processo de urbanização, diminuirão, 
vertiginosamente, os problemas sócio-ambientais, tanto 
nas cidades quanto no meio rural. 
 
3. O caminho trilhado pela humanidade, desde os 
primórdios até os dias atuais, provocou impactos sobre o 
espaço natural que exigem reflexões e ações. Entre os 
problemas surgidos, salientam-se os de ordem ambiental. 
Sobre essa importante questão da atualidade, assinale a(s) 
proposição(ões) correta(s). 
 
01. Os fenômenos El Niño e La Niña, responsáveis por 
grandes alterações no clima brasileiro e em algumas 
regiões do planeta, resultam das interferências humanas 
nas águas do Oceano Atlântico, transformado em 
depósito de enormes quantidades de dejetos industriais 
e de derivados de petróleo. 
02. O objetivo fundamental da ECO-92 era tentar minimizar 
os impactos negativos sobre o ambiente, no planeta, 
garantindo, assim, o futuro das próximas gerações. Com 
tal finalidade, foram elaborados convenções, uma 
declaração de princípios e um plano de ação (Agenda 
21). 
04. A questão que se coloca para a humanidade é a busca de 
um modelo de desenvolvimento que minimize os 
impactos ambientais negativos, que seja ecologicamente 
sustentável e que promova melhor distribuição da 
riqueza no mundo, contrariando, desta forma, o padrão 
de consumo e o modo de vida impostos pelo modelo 
econômico vigente. 
08. A resolução das questões ambientais em escala 
planetária depende de atitudes concretas das populações 
dos países mais ricos, que são aquelas que apresentam 
maior consciência ecológica, fruto do conhecimento e 
lutas travadas ao lado do empresariado já 
ecologicamente correto. 
16. O alerta sobre as consequências globais das agressões ao 
meio ambiente foi dado em 1972, na Conferência das 
Nações Unidas e o Meio Ambiente, em Estocolmo 
(Suécia), e repetiu-se em 1992, com a ECO-92, no Rio 
de Janeiro, e no final de agosto de 2002, com a Rio+10, 
em Johannesburgo, na África do Sul. 
 
 UNIDADE 6 
 
ESTUDO DO MEIO AMBIENTE 
 
Com o advento da Revolução Industrial, a partir de 1750, na 
Inglaterra, a natureza passou a ser vista não mais como um 
local onde o homem poderia adaptar-se, mas sim como algo 
rentável, que se fosse explorado poderia gerar lucros. 
Vejamos, então, alguns exemplos dessa degradação: 
• Extração de madeira para fins comerciais; 
• Instalação de projetos agropecuários; 
• Implantação de projetos de mineração; 
• Construção de usinas hidrelétricas; 
• Propagação do fogo resultante de incêndios. 
 
Como consequências desta agressão à natureza, temos: 
• destruição da biodiversidade; 
• genocídio e etnocídio das nações indígenas; 
• erosão e empobrecimento dos solos; 
• enchentes e assoreamento dos rios; 
• elevação das temperaturas globais; 
• desertificação; 
• proliferação de pragas e doenças. 
 
 O nível de preocupação com a questão ambiental, tal 
como se apresenta hoje, é um fato muito recente na história 
da humanidade. Esse tipo de consciência teve inicio na 
década de 1970, sendo que até então se limitava pratica-
mente às preocupações sanitárias decorrentes da poluição do 
ar e das águas e da mortandade de peixes resultantes desta 
última. 
Foi somente a partir da década de 1970 (Reunião de 
Estocolmo, em 1972, patrocinada pela ONU) que a consci-
ência ou a percepção global das reais consequências da 
utilização de energia nuclear, dos grandes desmatamentos e 
da queima de combustíveis começou a preocupar a opinião 
pública e os governantes. 
Inclusão para a Vida Geografia A 
 
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10
Patrocinada pela ONU, uma Segunda Conferência 
mundial - a Rio 92 ou ECO 92 - debateu temas como ener-
gia nuclear, buraco na camada de ozônio, efeito estufa e 
biodiversidade. De grande relevância era o acordo sobre 
biodiversidade, que propunha, entre outras, duas importantes 
medidas: o pagamento de royalties aos países fornecedores 
de matéria prima e a transferência de tecnologia pelos países 
do Primeiro Mundo, para os quais a biorrevolução já é uma 
realidade, para os países em desenvolvimento ou 
subdesenvolvidos. Entretanto, o mais importante e 
industrializado país do mundo, -os Estados Unidos, não 
assinou o acordo, embora tenha feito promessas de 
intensificar o controle sobre o meio ambiente. 
 
GRANDES PROBLEMAS AMBIENTAIS 
 
A poluição do ar 
Com o progresso industrial, as grandes concentrações 
urbanas, a queima de hidrocarbonetos, de florestas e de 
pastagens, o homem joga na atmosfera milhões de toneladas 
de gases e partículas sólidas. A qualidade do ar nos centros 
urbanos é cada dia pior. Problemas respiratórios, visuais e 
dermatológicos se acentuam. 
O ambiente urbano é um dos mais poluídos. Nele 
ocorrem com grande intensidade quase todos os tipos de 
poluição: sonora, visual, atmosférica, lixo espalhado pelas 
ruas, esgotos a céu aberto, cortiços e favelas, 
congestionamentos de trânsito etc. 
A velocidade do crescimento populacional e urbano 
(sobretudo nos países subdesenvolvidos), ao lado da es-
cassez de recursos legais (leis de proteção ao meio ambi-
ente) e financeiros acarreta verdadeira degradação do ambi-
ente urbano e da qualidade de vida de milhões de pessoas 
em todo o mundo. 
 
O problema do lixo 
Nas sociedades de consumo em que vivemos atualmente, o 
lixo é um dos maiores problemas. Lixo doméstico,, 
hospitalar, industrial, radioativo, todos são problema na me-
dida em que as autoridades os ignoram ou tratam de maneira 
irresponsável, na maioria dos casos. 
Aterros sanitários, coleta diferenciada incineração e 
proteção em containers blindados são algumas das medidas 
usuais nos países que mostram maior preocupação com esse 
tipo de problema. 
Infelizmente, em alguns países menos desenvolvidos, 
roedores, aves de rapina e seres humanos disputam o lixo 
como fonte de alimentação. 
Um bom exemplo de reciclagem de lixo urbano ocorre 
em Curitiba-PR, onde as usinas de reciclagem da Prefeitura 
separam e reaproveitam grande parte do lixo produzido 
pelos quase dois milhões de habitantes da capital 
paranaense. 
Algumas maneiras de reciclar o lixo e gerar energia: 
• Recuperar materiais inorgânicos para 
reaproveitamento: 
 • Processar metais, plásticos e polimeros para 
reutilização em manufatura; 
• Recuperar húmus e proteínas para rações, fertilizan-
tes e piscicultura. 
 
• Poluição sonora 
O Homem pode suportar o limite de até 140 dB (o decibel é 
uma medida usada para avaliar a capacidade auditiva do ser 
humano). Após 140 dB, o tímpano humano pode sofrer 
rompimento e a pessoa ser acometida de intensa dor. 
O som amplificado das discotecas e danceterias, o 
barulho das britadeiras, dos veículos automotores e dos avi-
ões têm agredido o homem urbano com uma intensidade 
nunca vista. Problemas circulatórios e do sistema nervoso 
central, stress e até mesmo a loucura são os principais pro-
blemas causados pelo excesso de som. 
 
• Inversão térmica 
Inversão térmica é o fenômeno natural. Ocorre geralmente 
no inverno e caracteriza-se pela não-circulação vertical das 
camadas de ar. Em condições normais, enquanto as camadas 
de ar aquecido se expandem, as camadas de ar mais frio 
(mais densas) descem. Na inversão térmica ocorre ao 
contrário: o ar frio permanece estacionário, próximo da 
superfície, enquanto o ar quente permanece por cima, 
aquecido, nas camadas mais altas da atmosfera. Com a 
camada de ar frio por baixo e sem se movimentar, os 
poluentes que estãono ar agravam o fenômeno, causando 
problemas respiratórios: ardume nos olhos, ressecamento do 
nariz e da garganta etc. 
 
BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO 
 
A importância do ozônio 
O ozônio é um gás de extrema importância. Além de suas 
características químicas, tem a função de proteger a 
superfície terrestre das radiações ultravioletas, o UV-B, que 
faz muito mal à saúde das pessoas, animais e plantas. O 
ozônio faz, portanto, o papel de “escudo protetor”, o qual 
repele a parte indesejável da radiação solar. 
A radiação UV-B é uma pequena parte da radiação do 
Sol que é composta por várias cores, principalmente verde, 
violeta e vermelho. Além da cor violeta, há a ultravioleta, 
que chama-se UV-B, e é justamente esta parte que é 
prejudicial aos organismos vivos na Terra. 
 
As chuvas ácidas 
A combinação de gás carbônico (CO2) e água (H20), 
presentes na atmosfera produz o Ácido Carbônico (H2C03), 
que embora fraco, já torna as chuvas normalmente ácidas. 
A chuva ácida, tão prejudicial aos organismos vivos, 
nada mais é do que a elevação drástica dos teores de acidez 
na atmosfera e são causadas pelo lançamento de poluentes 
como dióxido de enxofre (502), emitido a partir da queima 
de combustíveis fósseis e do oxigênio (02), já presentes na 
atmosfera, bem como do dióxido de enxofre (NO2), que após 
combinarem-se formam o trióxido de enxofre (503), 
altamente poluente, por exemplo. 
A concentração de trióxido de enxofre aumentou na 
atmosfera, como resultado da ampliação do uso de combus-
tíveis fosseis nos transportes, nas termoelétricas e nas in-
dústrias. 
Inclusão para a Vida Geografia A 
 
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11
Os países que mais emitem poluentes para a atmosfera 
são aqueles situados no Hemisfério Norte, portanto, 
industrializados, como o Nordeste dos Estados Unidos, além 
do Japão e Europa Ocidental. 
 
A Ilha de calor 
As cidades apresentam temperaturas médias maiores que as 
zonas rurais de mesma latitude. Dentro delas, as 
temperaturas aumentam da periferia em direção ao centro. 
Em casos extremos, a diferença de temperatura entre as 
zonas periféricas e o centro pode atingir até 10º C, esse 
fenômeno, conhecido como ilha de calor, resulta, muitas ve-
zes, de alterações humanas sobre o meio ambiente. 
O uso de grandes quantidades de combustíveis fósseis 
em aquecedores, automóveis e indústrias transforma a 
cidade em uma fonte inesgotável de calor. Os materiais usa-
dos na construção, como o asfalto e o concreto, servem de 
refletores para o calor produzido na cidade e para o calor 
solar. De dia, os edifícios funcionam como um labirinto de 
reflexão nas camadas mais altas de ar aquecido. À noite, a 
poluição do ar impede a dispersão do calor. 
 
Exercícios de Sala � 
 
1. (UFMS) Sobre a questão ambiental, no planeta, é correto 
afirmar que: 
a) Os países que se industrializaram ainda no século XIX já 
conseguiram superar seus problemas de meio ambiente. 
b) A introdução da economia de mercado nos antigos países 
de economia socialista tem permitido reorganizar o 
espaço e conservar o meio ambiente. 
c) Caso se confirme o aquecimento climático global pelo 
efeito estufa, as planícies litorâneas serão as áreas menos 
afetadas. 
d) A pobreza, o crescimento da população e a degradação do 
meio ambiente estão intimamente ligados e podem 
explicar vários problemas ecológicos. 
e) A emissão de gases prejudiciais à camada de ozônio por 
países desenvolvidos e subdesenvolvidos, embora de 
natureza diversa, é equivalente. 
 
2. (UFSC) 
Texto 1 
“A queimada da floresta para plantar cafezais foi a principal 
causa, mas não a única, do desflorestamento no século XIX. 
O comércio do café induziu o crescimento demográfico, a 
urbanização, a industrialização e a implantação de 
ferrovias.” 
(DEAN, Warren. A ferro e fogo: a história e a devastação da 
Mata Atlântica. São Paulo, Cia. das Letras, 1997, p. 206). 
 
Texto 2 
“A Ferro e a fogo trata da ambição e bravura à custa da 
depredação desenfreada dos recursos naturais brasileiros. 
Desde o início do livro, Dean não deixa dúvidas da sua 
posição – a eliminação quase total da Mata Atlântica foi 
uma fatalidade que trouxe danos irreversíveis ao ecossistema 
e ao clima.” 
Revista VEJA, de 30/10/96. 
 
 
A partir dos dois textos, observe a sequência de mapas a 
respeito da Mata Atlântica e assinale a(s) proposição(ões) 
correta(s). 
01. O desflorestamento da Mata Atlântica não tem relação 
com os sucessivos ciclos da economia brasileira e nem 
com a derrubada da mata para a utilização do espaço por 
ela ocupado. 
02. A eliminação quase total da Mata Atlântica teve seu 
início já nos primórdios da colonização e prosseguiu ao 
longo dos diferentes períodos históricos, trazendo danos 
ao equilíbrio ambiental. 
04. A ocupação humana da região sudeste acelerou-se 
consideravelmente a partir do século XIX, exigindo mais 
espaços, o que implicou o desmatamento da formação 
vegetal acima explicitada. 
08. A observação dos mapas permite concluir que, nos anos 
60, a política ambiental implementada pelos governos 
militares favoreceu, através de intensos reflorestamentos, 
a recuperação desse domínio morfoclimático. 
16. Como se pode observar nos mapas, originalmente a Mata 
Atlântica acompanhava com pequenos intervalos a faixa 
litorânea brasileira, do Nordeste ao Rio Grande do Sul, e 
as áreas remanescentes estão relacionadas à instalação de 
parques nacionais, estações ecológicas e às escarpas das 
serras. 
 UNIDADE 7 
 
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS 
 
Demografia é o estudo estatístico das populações humanas. 
O estudo da população humana sobre a superfície ter-
restre sempre despertou interesse por todos os governantes 
ou pessoas detentoras de poder. Na tentativa de explicar a 
importância e a preocupação dos governantes com o au-
mento das populações, citamos a teoria elaborada por 
MALTHUS, em 1798, conhecida domo teoria demográfica, 
onde ele afirma que a miséria e a pobreza são resultados do 
desequilíbrio entre os recursos naturais e a população, pois 
dizia que: 
 
“A população, sem limitações, aumenta na 
proporção geométrica. Os meios de subsistência au-
mentam somente em proporção aritmética. Um pequeno 
Inclusão para a Vida Geografia A 
 
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12
conhecimento dos números mostrará a imensidade do 
primeiro poder em comparação com o segundo” 
Logo após o término da Segunda Guerra Mundial 
(1939-1945), tornou-se fato novamente a preocupação com 
o crescimento populacional. A Teoria Neomalthusiana 
relacionava o rápido crescimento demográfico de muitos 
países subdesenvolvidos, resultantes das altas taxas de 
natalidade, que acabava gerando numa grande quantidade de 
jovens, o que acarretaria aos países em questão um ônus 
muito grande para a população ativa, dificultando o 
desenvolvimento econômico. Defendiam os 
neomalthusianos que se ocorresse um aumento na renda per 
capita, haveria, consequentemente, crescimento econômico e 
desenvolvimento. 
No mesmo período foi lançada a teoria reformista 
que pregava que a pobreza nos países subdesenvolvidos era 
ocasionada pela péssima distribuição da renda. Cabia ao 
Estado o papel de redistribuir a riqueza, proporcionando 
melhores condições de vida a toda a população, desse modo, 
a taxa de natalidade seria reduzida espontaneamente. 
 
DINÂMICA POPULACIONAL 
 
Dá-se o nome de população ao conjunto de pessoas que 
residem em determinado território, que pode ser uma cidade, 
um estado, um país ou mesmo o planeta. 
Podemos classificá-la de acordo com a religião, a 
nacionalidade, o local de moradia (rural ou urbana),a 
atividade econômica (ativa ou inativa). Já seu 
comportamento e suas condições de vida, são retratados 
através de indicadores sociais, tais como: 
• taxas de natalidade, Existe 
• taxa de mortalidade, 
• expectativa de vida, 
• índices de analfabetismo, 
• participação na renda, etc. 
 
População absoluta 
Corresponde ao total de habitantes de determinado lugar 
(país, Estado, município). 
 
População relativa 
Corresponde ao número de habitantes de determinado 
lugar, por quilômetro quadrado. 
 
ESTRUTURA DA POPULAÇAO 
 
Composição por idade e sexo 
A população dos países do mundo pode ser dividida em três 
níveis de idade, o que chamamos de pirâmide etária, ficando 
assim distribuída: 
 Adultos 20a59 anos 
Jovens 0a19 anos 
Velhos 60 anos a mais 
 
 
Existe também outra divisão, na qual a população 
jovem abrange de 0 a 14 anos e os adultos de 15 a 59 anos. 
No entanto, o que foi levado em consideração nesta 
classificação foi a População Economicamente Ativa 
(população que recebe remuneração por seu 
trabalho).Observe as pirâmides etárias abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na pirâmide “A” nota-se que sua base é mais larga, 
pois apresenta um elevado número de jovens em sua 
estrutura etária. Caracteriza um país subdesenvolvido. 
Na pirâmide “B” nota-se que há maior homogeneidade 
entre as divisões. Acentua-se o número de pessoas com mais 
de 60 anos (velhos), o que caracteriza a elevada expectativa 
de vida. 
 
Crescimento Vegetativo = Taxa de Natalidade – Taxa de 
Mortalidade 
 
• Taxa de natalidade: é a relação entre o número de 
nascimentos e a população de um país na proporção de 
1/1000. 
• Taxa de mortalidade: é a relação entre o número de 
óbitos e a população de um país na proporção de 1/1000. 
No Brasil, o crescimento vegetativo está em torno de 
18,9%0, pois a natalidade está em 26,8%0 e a mortalidade 
em 7,9%0, isso quer dizer que a cada ano a população 
brasileira aumenta em torno de 18,9%. 
 
Causas do aumento vegetativo 
• Melhoria das condições de higiene, 
• Progressos na medicina, 
• Modernização das máquinas agrícolas as 
quais, em tese, podem produzir mais 
alimentos. 
 
No entanto, a situação aqui relatada refere-se a países 
em transição demográfica, como é o caso do Brasil, visto 
que não podemos esquecer que o grande problema de nosso 
país é a péssima distribuição de renda e o desemprego que 
assola milhões de famílias deste imenso território. 
 
 
 
Inclusão para a Vida Geografia A 
 
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13
Exercícios de Sala � 
 
1. (UFMS) Em 1798, Thomas Robert Malthus, lançou uma 
obra que não só o tornou famoso como também colocou a 
questão demográfica no centro das preocupações de muitos 
governos e instituições e que perduram até os nossos dias. 
Malthus antevia: 
a) a redução de natalidade a índices alarmantes que 
comprometeria a manutenção dos trabalhadores inativos. 
b) um crescimento populacional muito grande, resutlando 
numa explosão demográfica. 
c) um crescimento populacional em proporções artiméticas 
em contraponto a um crescimento de recursos 
alimentares em proporção geométrica. 
d) um crescimento populacional em proporções geométricas 
em contraponto a um crescimento de recursos 
alimentares em proporção aritmética. 
e) que só a migração conseguiria resolver os problemas 
populacionais do planeta. 
 
2. (UCatólica-PE) 
“É verdade, naturalmente, que o crescimento populacional 
implica necessariamente um ônus para qualquer economia, 
se não por outras razões, ao menos porque os seres humanos 
vêm a este mundo primeiro como consumidores e só mais 
tarde como produtores. Mas seria loucura parar neste ponto 
de análise”. 
(Paul Singer - Dinâmica Populacional e Desenvolvimento) 
Sobre esse tema abordado pelo autor, podemos dizer que: 
( ) a população dos países subdesenvolvidos cresce em ritmo 
mais acelerado que a dos países desenvolvidos; 
( ) os adeptos da teoria de Malthus defendem que quando a 
população não é detida por algum obstáculo, cresce em 
progressão goemétrica e os meios de subsistência, em 
progressão aritmética; 
( ) no Brasil, em face da redução da taxa de mortalidade 
infantil, o crescimento vegetariano da população tem 
aumentado consideravelmente; 
( ) os neomalthusianos defendem que o crescimento 
populacional acelerado dos países subdesenvolvidos é 
um grande obstáculo ao crescimento econômico, pois 
tornam-se necessários grandes investimentos sociais; 
( ) a análise da questão da fome pressupõe a abordagem de 
fatores naturais, políticos, sociais, culturais e 
econômicos. 
 
 UNIDADE 8 
 
MOBILIDADE DA POPULAÇÃO MUNDIAL – 
AS MIGRAÇÕES 
 
MIGRAÇÕES INTERNAS 
� Nomadismo: deslocamento de um grupo humano em 
busca de alimentos (povos selvagens ou melhores pastagens 
para seus rebanhos (pastores nômades) retornando quase 
sempre ao ponto de partida. 
� Transumância: deslocamento cíclico de pessoas entre 
dois lugares, geralmente por motivos climáticos. 
� Êxodo rural: trata-se do deslocamento de pessoas das áreas 
rurais para as áreas urbanas. Característico de países 
subdesenvolvidos. 
� Migração pendular (Communtig): Trata-se do des-
locamento diário entre a periferia e o centro das grandes 
cidades, consistindo num vai-vem (manhã - para o centro / 
tarde - para a periferia). 
 
MIGRAÇÕES EXTERNAS 
 
Os movimentos demográficos ocorrem em todas as partes do 
mundo, e as causas são muito conhecidas. 
Podemos citar as guerras, as enchentes, a fome e as 
calamidades com as quais a humanidade sempre conviveu. 
 
GEOGRAFIA URBANA 
 
Processo De Urbanização 
Durante milhares de anos da existência humana na Terra a 
vida foi, em sua grande maioria, ditada pelas atividades 
rurais. 
Este quadro começa a mudar a partir da Revolução 
Industrial (1750 - Inglaterra), quando os países, à medida 
que se industrializavam, rapidamente atraiam multidões para 
as cidades. 
 
Origem Das Cidades 
 
Naturais ou espontâneas 
Trata-se de aglomerados urbanos que surgiram sem nenhum 
planejamento prévio, surgindo como povoados, 
transformando-se em vilas e evoluindo para as cidades. 
Exemplos: Curitiba (Arraial de Mineração), Recife 
(porto de pescadores). 
 
Cidades artificiais ou planejadas 
São cidades que foram projetadas para funções es-
pecíficas. 
Exemplos: Brasilia (Capital Federal), Palmas (Capital 
do Estado de Tocantins). 
 
Funções das cidades 
• Administrativas: Florianópolis, Brasília, 
Washington; 
• Comerciais: Santos, Campina Grande, Feira de 
Santana; 
• Industriais: Volta Redonda, Baltimore, Detroit, São 
Bernardo do Campo; 
• Universitãrias: Oxford, Cambridge; 
• Religiosas: Meca, Aparecida do Norte, Fátima; 
• Estações de Saúde: Araxá, Poços de Caldas, Caldas 
Novas. 
• Turísticas: Long Beach, Acapulco, Rio de Janeiro. 
 
Problemas urbanos 
• Abastecimento de água 
• Abastecimento de alimentos 
• Energia Elétrica 
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14
• Transportes 
• Poluição 
• Habitação 
 • Higiene Saneamento 
• Violéncia, etc. 
 
Exercícios de Sala � 
 
1. (UFSM-RS) Sobre a urbanização mundial, assinale 
verdadeiro (V) ou falso (F) em cada afirmativa a seguir: 
( ) A América Latina é a região mais urbanizada dentre o 
conjunto dos países menos desenvolvidos e, nas últimas 
décadas, a população urbana é superior à população rural. 
( ) Na África, a maior parte da população vive na zona rural, 
pois as atividades agrárias predominam na estrutura 
econômicade quase todos os países do continente. 
( ) A industrialização dos países conhecidos como Tigres 
Asiáticos, ocorrida nas últimas décadas, e a recente ascensão 
econômica dos chamados novos tigres contribuíram para 
acelerar a urbanização asiática. 
( ) Na Austrália e na maior parte dos países do Oriente 
Médio, a maioria da população é rural, pois as atividades 
agrárias são predominantes. 
( ) Na China e na Índia, os índices de população urbana são 
baixos, apesar de esses países apresentarem grandes 
metrópoles. 
 
A sequência correta é: 
a) V – V – V – F – V. d) F – V – F – F – V. 
b) V – V – F – F – V. e) V – F – V – V – F. 
c) F – F – V – V – F. 
 
2. (UFRS) Tem havido um movimento de aceleração do 
processo de urbanização nesse final de século que provoca 
mudança no espaço urbano e na vida nas cidades. Sobre esse 
tema, é correto afirmar que 
01. a intensificação do processo de urbanização, quando não 
é acompanhada por políticas adequadas e investimentos, 
provoca, principalmente nas grandes metrópoles, 
dificuldades na circulação, poluição atmosférica, visual e 
sonora. 
02. o maior adensamento populacional requer políticas que 
priorizem transporte coletivo, para diminuir o número de 
veículos em circulação e aumentar a velocidade de 
deslocamento, além de reduzir a poluição atmosférica 
provocada pela emissão de gases. 
04. cidades de porte médio localizadas próximas às regiões 
metropolitanas também têm passado por um crescimento 
de população urbana que começa a viver, em menor 
escala, os problemas enfrentados nas grandes 
metrópoles. 
08. problemas urbanos são vividos apenas pela população 
dos países desenvolvidos industrializados, porque nos 
países subdesenvolvidos a maior parte da população está 
empregada nas atividades primárias e mora na zona 
rural. 
16. em países desenvolvidos, o processo de urbanização tem 
implicado em um menor adensamento urbano, uma vez 
que a população tem se deslocado para o campo em 
busca dos incentivos destinados à atividades 
agroindustriais. 
 
 UNIDADE 9 
 
NOVA ORDEM MUNDIAL 
 
Dos Três Mundos à Oposição Norte/Sul 
A regionalização do espaço mundial com base em critérios 
sociais sempre está ligada à ordem internacional que 
prevalece num certo momento, ao equilíbrio instável dos 
países e os grupos de países, à disputa (ou cooperação) 
entre as grandes potências mundiais. Após 1945 o mundo 
dividiu-se em três "mundos" ou conjuntos de países: o 
primeiro mundo (países capitalistas desenvolvidos); o 
segundo mundo (países socialistas ou de economia 
planificada); e o terceiro mundo (áreas periféricas ou 
subdesenvolvidas, com frequência marcadas por disputas 
entre capitalismo e socialismo). 
 
O Reforço das disparidades entre o Norte e o Sul 
Com a crise do mundo socialista, aumenta a oposição entre 
o Norte e o Sul. Isso, porque deixa de haver o conflito 
LESTE/OESTE, ou seja, entre o socialismo real e o 
capitalismo. 
As duas superpotências das últimas décadas tinham um 
poderio avassalador e nenhum conflito importante no plano 
mundial deixava de ter a participação direta ou indireta 
delas. 
Nessa época, a oposição entre o Norte rico e o Sul pobre 
nunca transparecia claramente, porque estava sempre 
abafada pelo conflito LESTE/OESTE. 
O segundo mundo chegou a abranger cerca de 32% da 
população mundial no início dos anos 80, mas hoje ele 
praticamente não existe mais. Assim, colocando-se os 
antigos países socialistas mais pobres ou menos 
industrializados (China, Mongólia, Camboja, Vietnã, Cuba, 
etc.) no Sul subdesenvolvido, e os mais industrializados 
(Rússia, Hungria, Polônia, República Tcheca, etc.) no 
Norte, temos a oposição entre o Norte desenvolvido, com 
23% da população mundial, e o Sul com 71% desse total 
demográfico. Essa é a principal oposição mundial dos anos 
90. 
 
OS PAÍSES DESENVOLVIDOS 
 
As principais características dos países chamados 
desenvolvidos são: 
• Agricultura intensiva, isto é, moderna e racional, com o 
emprego de máquinas, técnicas eficiente de produção e 
mão de obra qualificada. Como consequência, uma 
pequena parcela da população empregada na agricultura 
consegue elevada produtividade, geralmente capaz de 
sustentar a população de todo o país. • Nível científico e 
tecnológico elevado, responsável por um constante 
aperfeiçoamento das atividades humanas. 
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15
• Meios de transporte e comunicação modernos e 
eficientes. 
• Predomínio da população urbana sobre a população rural. 
• Baixo crescimento natural da população. • Elevado nível 
de vida da população, característica expressa através de: 
- baixas taxas de mortalidade infantil; 
- alta expectativa de vida, ou seja, elevada duração média 
de vida; 
- reduzido número de analfabetos; 
- boas condições de alimentação e habitação. 
Mas há significativas diferenças entre os países 
desenvolvidos. Alguns atingiram um elevado nível de 
desenvolvimento tecnológico e comandam as principais 
empresas mundiais. É o caso dos Estados Unidos, da 
Alemanha, do Japão e da França. Outros, gomo Espanha, 
Portugal, Grécia e Austrália, apresentam ainda parte 
significativa de sua economia assentada no setor 
agropecuário, possuem menor grau de desenvolvimento 
tecnológico e, portanto, exercem menos influência sobre a 
economia internacional. 
 
O Subdesenvolvimento 
De forma sucinta, podemos definir o subdesenvolvimento 
como uma situação econômico-social caracterizada por 
dependência econômica e grandes desigualdades sociais. 
 Subordinação ou dependência econômica: 
 Todos os países do Sul ou do terceiro mundo são 
economicamente dependentes dos países desenvolvidos. 
Tal dependência manifesta-se de três maneiras: 
 
I. Endividamento externo – normalmente, todos os países 
subdesenvolvidos possuem vultosas dívidas para com 
grandes empresas financeiras internacionais. 
 
II. Relações comerciais desfavoráveis – geralmente os 
países subdesenvolvidos exportam produtos primários (não 
industrializados), como gêneros agrícolas e minérios. As 
importações, por sua vez, consistem basicamente de 
produtos manufaturados, material bélico e produtos de 
tecnologia avançada (aviões, computadores, etc.). Esta 
relação comercial revela-se terrivelmente desvantajosa, 
pois os artigos importados têm valor agregado bem maior 
do que os exportados, e ainda se valorizam mais 
rapidamente. 
 
III. Forte influência de empresas estrangeiras – nos países 
subdesenvolvidos, boa parte das principais empresas 
industriais, comerciais, mineradoras e, às vezes, até 
agrícolas são de propriedade estrangeira, possuindo a 
matriz nos países desenvolvidos. São as chamadas 
multinacionais. Uma grande parcela dos lucros dessas 
empresas é remetida para suas matrizes, o que provoca 
descapitalização no terceiro mundo. 
 
Grandes Desigualdades Sociais 
 
Em todos os países subdesenvolvidos, a diferença entre 
ricos e pobres é muito mais acentuada do que nos países 
desenvolvidos. Por exemplo, na Colômbia, 2,6% da 
população possui 40% da renda nacional; no Chile, 2% dos 
proprietários possuem 50% das terras agrícolas. Dessa 
forma, a população de baixa renda acaba sofrendo de sérios 
problemas de subnutrição, falta de moradias, atendimento 
médico-hospitalar inadequado, insuficiência de escolas, etc. 
 
Exercícios de Sala � 
 
1. (UFSC) “Hoje em dia, na América Latina, 15% a 
20% da população desfruta de um estilo de vida de 
Primeiro Mundo: matriculam seus filhos em escolas 
particulares, pertencem a “country” clubes, jogam tênis, 
fazem ginástica aeróbica, fazem cirurgias plásticas, viajam 
em carros luxuosos e comunicam-se mediante 
computadores e fax. Moram em condomínios fechados, 
viajampara o exterior, seus filhos frequentam 
universidades no exterior, falam inglês e são a audiência à 
qual os presidentes latino-americanos dirigem seus 
discursos sobre a nova prosperidade global. O restante da 
população é levado do Terceiro para o Quarto Mundo com 
cortes nos gastos sociais (saúde e educação), corte nos 
investimentos de manutenção de serviços públicos como 
água e esgoto. Ingressam no setor informal da economia. 
É o declínio do Estado de Bem-estar Social e a 
pauperização da população.” 
Esse contraste, extraído do livro “Hegemonia dos Estados 
Unidos no novo milênio” de James Petras e Henry 
Veltmeyer, mostra a realidade na América Latina. 
Sobre o texto é correto afirmar que: 
 
01. A situação sócio-econômica das duas realidades acima 
descritas é histórica, porém exacerbou-se com a entrada 
do neoliberalismo, fase atual do capitalismo. 
02. A expansão capitalista atual forçou a demolição do 
Estado do Bem-estar Social, que existiu em maior ou 
menor escala em grande número de países, agravando 
as diferenças sociais. 
04. A constatação acima permite concluir que, na América 
Latina, há um crescimento em grande escala do capital, 
o que faz aumentar o número de emprego e diminuir a 
pobreza, os crimes e os sofrimentos humanos. 
08. A comparação no texto vem confirmar que a diferença 
dos dois conjuntos de países só diminuirá com o 
crescimento econômico do Terceiro ou Quarto Mundo, 
que superará a evolução econômica do Primeiro 
Mundo. 
16. Do texto acima, deduz-se que a situação de miséria e 
pobreza da maioria latino-americana só será resolvida 
com a cooperação dos Estados imperiais e das elites que 
estão no poder. 
 
2. (UFRJ) Países em desenvolvimento são os que, apesar 
de apresentarem várias características inerentes aos países 
subdesenvolvidos, encontram-se em um nível intermediário 
de desenvolvimento. 
Uma característica desse grupo de países é: 
 
a) o aumento do setor primário, tendo em vista que o seu 
processo de industrialização clássica tem mecanizado a 
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16
lavoura, liberando mão de obra qualificada para o setor 
terciário. 
b) o aumento da participação dos setores secundários e 
terciário da economia, que determina mais um 
crescimento econômico do que um desenvolvimento do 
país, visto que o setor secundário é representado por 
uma industrialização tardia. 
c) uma industrialização voltada para a fabricação de bens 
de produção, já que atingiram um alto grau de 
tecnologia nacional e possuem um grande mercado 
consumidor interno. 
d) a planificação de sua economia, com os meios de 
produção nas mãos do estado e com ênfase às indústrias 
de base, como, por exemplo, a siderurgia. 
e) o desenvolvimento satisfatório de vida e autonomia de 
criar sua própria tecnologia, usando seu próprio capital 
para o seu desenvolvimento econômico. 
 
3. Desde 1990, o Programa da Nações Unidas para o 
Desenvolvimento usa um novo parâmetro, o Índice de 
Desenvolvimento Humano (IDH) para avaliar o nível de 
desenvolvimento dos países. Esse índice leva em 
conta 
a) a expectativa de vida e o consumo de calorias por 
habitante. 
b) a expectativa de vida, a taxa de escolaridade e a "renda 
per capita". 
c) a expectativa de vida e o crescimento vegetativo. 
d) a taxa de natalidade, a taxa de mortalidade e a "renda 
per capita". 
e) apenas a "renda per capita" dos países. 
 
 UNIDADE 10 
 
SANTA CATARINA 
 
LOCALIZAÇÃO 
O Estado de Santa Catarina localiza-se na parte subtropical 
do Brasil e representa aproximadamente 1,1% do território 
brasileiro. Com uma área de 95.442,90 km2, o estado 
possui aproximadamente 550km de litoral com o oceano 
Atlântico, o território catarinense encontra-se entre os 
paralelos 25º 19’41” e 25º 23’ 55” de latitude Sul e entre os 
meridianos 48º 19’ 37’ e 53º 50’ 00’ de longitude Oeste. A 
costa catarinense corresponde a 7% do litoral brasileiro. 
 
LIMITES: 
Ao Norte - Com o Paraná, desde as nascentes de rio 
Peperi-Guaçu até a foz do rio Sai-Guaçu no Oceano 
Atlântico. 
Ao Sul - Com o Rio Grande do Sul, desde a confluência 
dos rios Peperi-Guaçu e Uruguai até a foz do Mampituba 
no Oceano Atlântico. 
Ao Leste — Com o Oceano Atlântico. 
Ao Oeste - Com a Rep. Federativa da Argentina através do 
rio Peperi-Guaçu. 
 
GEOLOGIA 
O território catarinense possui quatro unidades bem 
distintas quando consideramos o aspecto geológico. 
 
I - Unidade Sedimentar Quaternária - Formada pelos 
depósitos dos maiores rios de Santa Catarina, é a área 
de formação mais recente. 
II - Unidade Cristalina Pré Cambriana - Formada por 
planaltos e serras mais próximas ao litoral, as altitudes 
encontram-se muito reduzidas devido a grande erosão. 
III - Unidade Sedimentar Paleozoica - É uma das áreas que 
apresenta elevados desníveis altimétricos, nela 
encontram-se desde a serra de Lages até a depressão 
Carbonífera de Criciúma. 
IV — Unidade Basáltica Mesozoica — a região que 
apresenta os maiores altitudes do estado. 
 
 RELEVO 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O relevo catarinense pode ser dividido em três partes 
principais: 
 
- As planícies costeiras representadas por uma faixa estreita 
ao longo do litoral, em geral apresentam altitudes de 400 
metros. 
- As serras, Geral (sul) e do Mar (nade) são as barreira 
quase intransponíveis entre a planicie costeira e o planalto. 
As altitudes nesta parte variam de 400 a 800 metros. 
- O planalto Meridional catarinense descai para oeste, com 
altitudes de 800 a 1200 metros em média. 
- A maior altitude do estado é o morro da Igreja no 
município de Urubici (1840 m). 
- No relevo de Santa Catarina, podemos perceber que 
temos ainda uma planície na parte sudoeste do estado, esta 
planície é chamada de: Planície do rio Uruguai. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17
CLIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por localizar-se totalmente abaixo do trópico de 
capricórnio. Santa Catarina possui um clima tipo 
Subtropical. 
 Na classificação de Koppen, a mais utilizada em 
todo o mundo, SC possui dois subtipos climáticos: 
Cfa - Clima mesotérmico úmido com chuvas bem 
distribuídas, verões quentes e invernos brandos. (Atua em 
todo o litoral e na planície do rio Uruguai) 
Cfb - Clima mesotérmico úmido com chuvas bem 
distribuidas. verões brandos e invernos rigorosos. (Atua em 
todo o planalto serrano e porte do oeste do estado) 
 Esta classificação (Koppen) funciona como uma 
padronização, assim, qualquer pessoa que entenda a 
classificação pode conhecer a base de um clima, apenas por 
três letras. 
 
HIDROGRAFIA 
 
A hidrografia de Santa Catarina pode ser dividida em duas 
vertentes: 
� Vertente do Atlântico ou do Leste, ou ainda do sudeste-
sul 
� Vertente do Interior ou do Uruguai 
- Percebe-se que o divisor de águas é constituído pela Serra 
do Mar em conjunto com a Serra Geral. 
 O regime de praticamente todos os rios brasileiros é 
pluvial (com exceção do Amazonas), ou seja, eles 
dependem exclusivamente das chuvas para existirem. 
 As quatro áreas de maior comprometimento são: 
1) Sul do estado: rejeitos de carvão e rede de esgotos. 
2) Norte do estado; metais pesados (resíduos industriais), 
esgotos e agrotóxicos. 
3) Bacia do Rio do Peixe: indústria do papel, frigoríficos, 
agrotóxicos e esgotos. 
4) Bacia do ltajaí-Açu: Indústrias (corantes) e esgotos. 
 
 
 
 
 
VEGETAÇÃOSanta Catarina possui uma grande diversidade de 
paisagens naturais, com diferentes formações vegetais, isto 
se dá graças a localização geográfica, ao relevo e aos 
diferentes tipos de solo que apresenta. 
Antes dos colonizadores e imigrantes chegarem, SC 
apresentava uma vegetação nativa do tipo florestal. Hoje, 
depois de tantos desmatamentos, as florestas recuaram e 
deram lugar à agricultura, às pastagens, e às cidades. 
Mesmo assim, nosso estado ainda possui a maior cobertura 
vegetal nativa do sul do Brasil. 
 
Exercícios de Sala � 
 
1. Assinale (V) para os afirmações verdadeiras e (F) para 
as afirmações falsas: 
 
( ) O estado de Santa Catarina possui sua fronteira a oeste 
com a Argentina e a divisão é feita pelo rio Uruguai. 
( ) O estado de Santa é o maior dos três estados do região 
sul do Brasil. 
( ) O relevo catarinense possui duas serras principais, a 
Serra do Mar e a Serra Geral ,que fazem parte da serra 
litorânea. 
( )Em Santa Catarina, a porção oeste do território é 
ocupada pelo planalto meridional. 
( )Na geologia de Santa Catarina os terrenos mais a leste, 
que ocupam as planície marinhas, são os mais antigos. 
( ) O Clima catarinense é conhecido pela má distribuição 
de suas chuvas. 
( ) Segundo a classificação climática de Koppen, SC 
possui dois subtipos climáticos, sendo que no litoral atua o 
clima tipo Cfa. 
( ) O clima de Santa Catarina é considerado subtropical 
seco. 
 
 
 
 
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18
 UNIDADE 11 
 
AGRICULTURA 
 
Em Santa Catarina predominam os minifúndios, que ficam 
menores a cada divisão, em geral, por herança. Com uma 
baixa produção, os agricultores acabam migrando para a 
cidade em busca de melhores condições de vida (êxodo 
rural). 
 
Na agricultura podemos ter dois tipos de lavoura: 
 
 - lavouras temporárias — exigem novo plantio após a 
colheita, os principais cultivos são: 
-o milho e a soja (principalmente no oeste). 
-o arroz (sobretudo em Jaraguá do Sul e Joinville), o feijão 
(oeste, região serrana e norte), 
-o fumo ( no sul e no vale do ltajai). 
-a cebola ( no vale do ltajai, sobretudo em ltuporanga). 
-o alho (região serrana, sobretudo em Curitibanos e Frei 
Rogério). 
 
 - lavouras permanentes - não exigem novo plantio após a 
colheita, os principais cultivos são: 
-a banana (Sul, sobretudo em Jacinto Machado); 
-a maçã (oeste e região serrana, sobretudo Fraiburgo e São 
Joaquim); 
-a uva (oeste e sul, com destaque para Urussanga). 
 
Por causa desta diversidade de culturas, SC possui várias 
festas ligadas a produção de suas lavouras. Entre elas 
destacam-se: 
 
- Festa do vinho e da uva, em Urussanga 
- Festa do milho, em Santo Amaro da Imperatriz 
- Festa da cebola, em Ituporanga 
- Fenarreco — Brusque 
- Octoberfest — Blumenau e ltapiranga 
- Festa das flores — Joinville 
- Marejada — ltajaí 
- Festa do Pinhão — Lagos 
- Festa da cachaça — Luis Alves 
- Festival de dança — Joinville 
- Fenaostra — Florianópolis 
 
PECUÁRIA 
 
Suinocultura 
A criação de suínos é praticada principalmente no oeste 
catarinense, tendo como municípios que se destacam neste 
tipo de cultura: 
Concórdia, ltapiranga, Chapecó, Seara, Videira 
 
Avicultura 
A avicultura catarinense conta com o que há de mais 
moderno no setor, tornando o estado o maior produtor de 
aves do Brasil. 
 
Obs.: Estão localizados em território catarinense os 
maiores frigoríficos do Brasil, que abatem os animais 
(porcos e aves) e industrializam sua carne para consumo 
interno e também para exportação. 
 
EXTRATIVISMO VEGETAL 
 
A extração vegetal em Santa Catarina baseia-se, 
principalmente, em: 
 
Madeira em tora e lenha — regiões oeste, Serrana e vale 
do Itajaí. 
Palmito — Joinville e vale do ltajaí 
Carvão vegetal — é produzido em várias partes do estado, 
principalmente no sul e no vale do ltajaí 
Erva mate — planalto serrano e planalto norte. 
 
EXTRAÇÃO ANIMAL 
 
Em Santa Catarina, a pesca desponta como principal 
atividade de extração animal e é praticada em todas as 
modalidades: amadora, artesanal e industrial. 
- A piscicultura é a criação de peixes em aquários ou 
tanques para fins econômicos. 
Em Santa Catarina, a pesca é praticada com maior 
intensidade nos municípios de ltajai, Laguna, Navegantes, 
Florianópolis e Gov. Celso Ramos. 
 
A maricultura (criação de ostras e mariscos) catarinense é 
líder nacional. 
 
EXTRATIVISMO MINERAL 
 
O território catarinense possui muitos minérios. Em nosso 
território exploramos areias, argilas e, principalmente, 
fluorita e carvão mineral. 
 
Areia — sul e vale do ltajai 
 
Argila - em todo o estado, mas, principalmente, no vale do 
ltajai, as argilas são usadas sobretudo para fabricação de 
cerâmica, no estado temos a maior fabricante mundial de 
pisos e azulejos, a Cecrisa. 
 
Fluorita - SC é o estado de maior reserva e extração de 
fluorita do Brasil, o município que mais contribui é o 
Morro da Fumaça. 
 
Carvão Mineral — SC extrai 3/5 de toda a extração 
nacional. No município de Criciúma localiza-se a 
Companhia Carbonífera Catarinense. Entre os outros 
municípios que se destacam na extração de carvão, estão: 
Siderópolis, Tubarão e Lauro MuIler. 
 O carvão mineral é muito importante para o estado 
de Santa Catarina, pois, grande parte de sua produção é 
utilizada para gerar energia na usina termelétrica Jorge 
Lacerda, que fica no município de Capivari de Baixo. 
 
 
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19
INDÚSTRIA 
 
A influência dos imigrantes italianos e alemães é nítida no 
processo de industrialização catarinense. 
 A indústria de Santa Catarina é líder em diversos 
setores e encontra-se bem distribuída pelo território, sendo 
que as indústrias do mesmo setor em geral agrupam-se em 
uma mesmo região. 
Setores industriais de Santa Catarina: 
 
Eixos Econômicos: 
0l - Metal Mecânico 
02 - Cerâmico e Mineração 
03- Madeireiro, Papel e Celulose 
04- Mobiliário 
05- Têxtil 
06- Agro-industrial 
07 - Tecnológico 
 
Em Santa Catarina estão grandes indústrias de destaque 
nacional e até internacional em vários setores. 
Cecrisa Eliane Hering 
Telca Sadia Perdigão 
Portobelo Tigre Embraco 
Weg 
 
 UNIDADE 12 
 
AS REGIÕES DE SANTA CATARINA 
 
O estado de Santa Catarina pode ser dividido em seis 
grandes regiões para ser melhor estudado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Região Oeste 
É a região de ocupação mais recente, a maior parte de sua 
população é formada por descendentes de imigrantes 
alemães e italianos do estado vizinho, o Rio Grande do Sul. 
O principal ramo industrial é o de alimentos 
(agroindústria), tendo como principais cidades: São Miguel 
d’Oeste, Chapecó, Xanxerê, Joaçaba, Caçador e Concórdia. 
 
b) Região Norte 
No início, sua colonização foi feita por paulistas; 
posteriormente, os alemães e eslavos colonizaram a região. 
Na região de Joinville e Jaraguá do Sul está instalado o 
maior porque industrial catarinense. A agricultura 
catarinense é pouco desenvolvida, com destaque apenas 
para a produção de arroz. 
As cidades mais importantes são: Canoinhas, São Bento do 
Sul, Joinville, Jaraguá do Sul, Mafra, Porto União e São 
Francisco do Sul. 
 
c) Região Serrana 
Uma das mais belas regiões do estado, com altitudes 
superiores a 1300 metros, colonizada principalmente por 
tropeiros de São Paulo, a região dedica-se à pecuária de 
bovinos e à agricultura de milho. As indústrias que mais se 
destacam são a de papel, papelão e madeira, 
Lages, Curitibanose Campos Novos são as cidades mais 
importantes da regiãa serrana. 
 
c) Vale do ltajaí 
Colonizada principalmente por imigrantes alemães, tem 
como cidades mais importantes Blumenau, ltajai, 
ltuporanga e Brusque. 
Blumenau e Brusque são o berço da fiação catarinense, 
possuindo um grande número de indústrias têxteis, Na 
arquitetura, destacam-se em Blumenau as casas em estilo 
enxaimel (tijolos e madeira). 
 
d) Grande Florianópolis 
A cidade de Florianópolis, localizada na ilha de Sanla 
Catarina, juntamente com outros municípios vizinhos 
forma a grande Florianópolis. 
Região de colonização mesclada, onde encontramos 
portugueses, italianos, e alemães, possui um centro 
comercial bastante diversificado e desenvolvido. A 
indústria de software e de telefonia está se desenvolvendo 
com razoável força em Florianópolis. 
Fazem parte da grande Fpolis: Águas Mornas, Alfredo 
Wagner, Angelina. Anitápolis, Antônio Carlos, Biquaçu, 
Canelinha, Florianópolis, Garopaba. Gov. Celso Ramos, 
Leoberto Leal, Major Gercino, Nova Trento, Palhoça, 
Paulo Lopes, Rancho Queimado, Sto Amaro da Imperatriz, 
São Bonifácio, São João Batista, São José e Tijucas, 
 
e) Sul 
Esta região, colonizada no seu litoral por portugueses e no 
interior por italianos e alemães, apresenta hoje um parque 
industrial moderno e diversificado, com destaque para a 
indústria de cerâmica. 
Tubarão, Laguna, Criciúma e Araranguá são as maiores 
cidades. 
 
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS CATARINENSES 
População Absoluta: 5.350.000 hab (censo. 2000) 
Densidade Demográfica: 52 hab/km2 
Mortalidade Infantil: 23,8(1996) 
IDH: 0.863 
População urbana: 73,13% (1996) 
População rural:26,87% (1996) 
Analfabetismo: 7.37% (1996) 
Esperança de vida: 73 anos 
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20
PEA: 54, I%(1996) 
 
Distribuição da população pelos setores da economia 
Primário: 31.8% 
Secundário: 26, 1% 
Terciário: 42,1% 
 
Cidades mais populosas de Santa Catarina 
De acordo com o censo de 2000 temos: 
Joinville: 430 mil hab 
Florianópolis: 341 mil hab 
Blumenau: 260 mil hab 
São José:173 mil hab 
Criciúma: 170 mil hab 
Lages: 156 mil hab 
Itajaí:151 mil hab 
Chapecó:140 mil hab 
 
TRANSPORTES 
a) Transporte rodoviário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação das rodovias federais que cortam SC: 
- BR 101 
- BR 116 Br’s Longitudinais (que correm no sentido norte-
sul) 
- BR 153 
- BR 280 Br’s Transversais (que correm no sentido leste-
oeste) 
- BR 282 
- BR 470 
- BR 480 BR’s de ligação (que ligam duas cidades, um 
porto a uma cidade, uma BR a outra, entre outras ligações 
possíveis.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Transporte ferroviário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema ferroviário catarinense, atualmente, 
encontra-se em decadência. Em pleno funcionamento, 
existem apenas alguns trechos de antigas ferrovias que 
recebem manutenção precária. A estrada de ferro mais 
conhecida do território catarinense é a São Paulo — Rio 
Grande, que corta a região das batalhas da conhecida 
guerra do Contestado. 
Na estado, ainda funcionam: 
- Estrada de ferro Teresa Cristina (sul do estado), que 
possui um terminal para transportar carvão para o porto de 
lmbituba, para termelétrica Jorge Lacerda que fica no 
município de Capivari de Baixo. 
- Estrada de ferro Dona Francisca (nordeste), utilizada em 
alguns trechos pela indústria ou para turismo. 
 
c) Transporte aéreo 
Em Santa Catarina atualmente existem 27 aeroportos, 
sendo que 6 deles operam com Linhas regulares, são eles: 
Florianópolis, Joinville, Navegantes, Chapecó, Criciúma e 
Lages. 
 
d) Portos 
Os portos catarinenses estão integrados ao sistema 
nacional. Em Santa Catarina temos quatro portos: 
- São Francisco do Sul — containers, soja, trigo, 
compressores 
- ltajaí - frango, produtos têxteis, derivados de petróleo 
- lmbituba - carvão mineral, açúcar, frango, insumos. 
- Laguna -- terminal pesqueiro 
 
FONTES DE ENERGIA 
No estado de Santa Catarina, as principais fontes para a 
produção de energia são: 
Carvão mineral — retirado na depressão carbonífera de 
Criciúma e utilizado na termelétrica Jorge Lacerda para a 
produção de energia elétrica, que hoje se encontra à cargo 
da Gerasul e da CELESC. 
Rios - com a construção de várias barragens, o homem 
utiliza a força d’água para a produção de energia elétrica. 
No estado existem mais de 10 usinas hidrelétricas em 
funcionamento, entre elas destacam-se: 
- Usina de Bracinho — município de Schroeder 
- Usina de Caveiras — município de Loges 
Inclusão para a Vida Geografia A 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
21
- Usina de Cedros e Palmeiras - município de Rio dos 
Cedros 
- Usina Gov. Celso Ramos - município de Faxinal dos 
Guedes 
- Usina Gov. Ivo Silveira — município de Capinzal 
- Usina Pery - município de Curitibanos 
- Usina Garcia - município de Angelina 
- Usina Salto — município de Blumenau 
- Usina de ltá — município de Itá 
 
Ventos - Parque Eólico Bom Jardim da Serra 
Gás Natural - Vem da Bolívia e passa pelo litoral 
catarinense. 
 
Exercícios de Sala � 
 
1. Assinale (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para 
as falsas. 
 
( ) Em Santa Catarina, o principal porto pesqueiro é o de 
Itajai. 
( ) Florianópolis é considerada a capital turística do 
Mercosul. 
( ) O maior parque industrial catarinense está localizado 
em Joinville. 
( ) A BR 282 corta o estado no sentido leste-oeste. 
( ) A presença de grandes indústrias multinacionais é 
evidenciada dentro da agroindústria catarinense. 
( ) SC possui apenas dois aeroportos internacionais, o de 
Florianópolis e o de Joinville. 
( ) SC possui quatro portos: São Francisco, ltajai, Laguna 
e lmbituba, sendo este último um terminal pesqueiro. 
( ) A BR 101 encontra-se totalmente duplicada. 
 
 
 
 
 
 
GABARITO
 
 
Unidade 1 
1) 28 
2) 15 
 
Unidade 2 
1) 06 
2) 05 
 
Unidade 3 
1) 15 
2) C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 4 
1) B 
2) B 
3) 37 
 
Unidade 5 
1) 07 
3) 05 
4) 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 6 
1) D 
6) 22 
 
Unidade 7 
7) D 
4) (X), (X), ( ), 
(X), (X) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 8 
1) A 
2) 07 
 
Unidade 9 
1) 19 
2) B 
3) B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SC 
Unidade 10 
1) F,F,V,V,F,F,V,F,V 
 
Unidade 12 
1) F,V,V,V,F,F,F

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