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Inclusão para a Vida Geografia A Pré-Vestibular da UFSC 1 UNIDADE 1 A Terra realiza diversos movimentos. Os principais são a ROTAÇÃO e a TRANSLAÇÃO. A rotação é o movimento que a Terra faz em torno de seu próprio eixo, sua duração é de 24 horas e a sua principal consequência é a sucessão das noites e dos dias. A rotação se dá no sentido de oeste à leste, sendo sua velocidade da ordem de 1660 km por hora nas proximidades do Equador. O movimento que a Terra faz ao redor do Sol, uma curva fechada de forma elíptica, é chamado de translação. A duração desse movimento é de 365 dias e 6 horas. O planeta encontra-se mais próximo do Sol (periélio) no início do ano e mais distante dele (afélio) no meio do ano. Como o ano convencional dura somente 365 dias e a translação é de 365 dias e 6 horas, essa diferença de 6 horas é compensada de 4 em 4 anos, acrescentando um dia a mais no mês de fevereiro. O ano de 366 dias, com 29 dias em fevereiro, é denominado de bissexto. A principal consequência do movimento de translação é a sucessão das estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. ROTAÇÃO TRANSLAÇÃO COORDENADAS GEOGRÁFICAS E FUSOS HORÁRIOS O Planeta Terra é cortado por linhas imaginárias cuja função é localizar qualquer ponto em sua superfície. Com essa finalidade, determinam-se as coordenadas geográficas: a longitude e a latitude. Se você quiser localizar algum ponto no globo terrestre, saiba que o Equador é o maior círculo “perpendicular” ao eixo do planeta. O Equador divide a Terra em dois hemisférios: Sul e Norte. Acima e abaixo do Equador, podemos traçar infinitos círculos paralelos que, à medida que se afastam para o Sul ou para o Norte, diminui de tamanho. A distância dos paralelos é medida em graus. Portanto, chamamos de latitude a distancia, em graus, de qualquer lugar da superfície terrestre em relação ao Equador. Entretanto, jamais acharemos algum ponto na Terra se conhecermos somente sua latitude. Precisamos cruzar as duas coordenadas: latitude e longitude. Esta é a distancia, também medida em graus, de qualquer lugar da superfície terrestre em relação ao Meridiano de Greenwich – uma cidade próxima de Londres - que divide o planeta em dois hemisférios: ocidental e oriental. Os meridianos são círculos que vão de pólo a pólo, tendo por esta razão, o mesmo comprimento. A localização de áreas do planeta por meio das coordenadas geográficas é essencial para as viagens marítimas, a navegação aérea, sendo muito útil para planejar e efetuar operações militares. O comandante de um navio, o piloto de avião e os generais que coordenam ataques precisam saber seu ponto de destino e, no caso militar, as regiões que serão atingidas. OS MOVIMENTOS DA TERRA Geografia A Inclusão para a Vida Pré-Vestibular da UFSC 2 OS FUSOS HORÁRIOS Como você aprendeu anteriormente, a rotação da Terra é o movimento responsável pela sucessão de dias e noites. Mas também é a causa das diferenças de horário entre as diversas regiões do planeta. Em relação ao Meridiano de Greenwich, qualquer ponto sobre a superfície terrestre varia de 00 a 1800 para Oeste ou Leste. Assim, a longitude completa da Terra é de 3600 que, divididos pelas 24 horas de duração do dia, dão como resultado 150. Dessa maneira, a cada 150 que nosso planeta gira corresponde a 1 hora. Portanto, ao dividirmos o mundo em 24 partes (conforme a duração do dia), cada uma delas significa um fuso horário. Em 1895, quando da Conferência de Geografia realizada em Londres, foi estipulado que todas as regiões dentro de um mesmo fuso adotariam o mesmo horário. Na ocasião, também foi estabelecido que o Meridiano de Greenwich fosse o meridiano de referência, em função do qual todos os relógios do planeta são acertados. Exercícios de Sala � 1. (UFMS) A Terra possui uma inclinação de 23º 27’ em seu eixo, em relação ao plano da órbita. Tal inclinação, associada ao seu movimento de rotação e translação, propicia a incidência dos raios solares de maneira diferente sobre o globo terrestre. . Sobre o movimento de translação identificado no esboço acima, é correto afirmar que: 01. o movimento de translação é o movimento que a Terra realiza em torno de um eixo imaginário que a atravessa de pólo a pólo; 02. no dia 21 de março nós temos o equinócio de primavera para o hemisfério sul e o equinócio de outono para o hemisfério norte; 04. nos dias 21 de junho e 21 de dezembro ocorrem os dias de solstício, ou seja, quando há máxima desigualdade na distribuição de luz e calor entre os hemisférios; 08. os dias 21 de março e 23 de setembro, também conhecidos como equinócios, são os dias do ano em que os raios solares estão distribuindo de forma equitativa luz e calor para os dois hemisférios; 16. no dia 21 de junho temos o solstício de verão no hemisfério norte e o solstício de inverno no hemisfério sul; 32. no solstício de inverno, no hemisfério sul, ocorre o dia mais longo e a noite mais curta do ano. 2. (UEPG-PR) Com relação ao Sistema Solar, assinale o que for correto. 01 Acreditando que a Terra era o centro do Universo, Cláudio Ptolomeu criou um modelo geocêntrico para o Sistema Solar. Séculos mais tarde, Nicolau Copérnico apresentou o sistema heliocêntrico, com o Sol, e não mais a Terra, no centro do sistema planetário. 02. O Sistema Solar é constituído pelo Sol, planetas, satélites, asteroides, meteoroides, cometas e poeira. 04. Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e Plutão, o mais distante. 08. Quando se coloca entre o Sol e a Terra, em Inclusão para a Vida Geografia A Pré-Vestibular da UFSC 3 circunstâncias favoráveis, a Lua, que é o único satélite natural da Terra, pode provocar um eclipse do Sol. 16. No Sistema Solar, os maiores planetas se encontram mais próximos do Sol e os menores, mais afastados dele. UNIDADE 2 O CLIMA DA TERRA CLIMA • O clima é o comportamento do tempo atmosférico ao longo do ano. Se falarmos que o “dia está quente” ou “o dia está seco” estamos nos referindo ao comportamento da atmosfera nesses dias. Zonas térmicas da Terra O clima de uma região é determinado pela massa de ar dominante e depende da zona térmica em que a região está localizada. Assim: • as zonas polares conhecem climas frios, já que são dominadas por massas de ar frio ao longo de todo o ano. • a zona equatorial possui clima quente, pois é dominada por massas de ar quente, mesmo no inverno. • as zonas temperadas, onde as estações do ano são bem definidas, conhecem massas de ar frio no inverno e de ar quente no verão. OS FATORES DO CLIMA O clima de uma determinada região é resultante de uma série de fatores: latitude – quanto mais nos distanciamos do Equador, portanto quanto maior a latitude, menores são as médias anuais de temperatura. altitude – no alto de uma montanha, sentiremos mais frio, no mesmo momento e na mesma latitude, do que numa praia. Portanto, quanto maior a altitude, menor é a temperatura. Sabemos que os raios solares, quando atingem qualquer ponto da Terra, aquecem sua superfície que irradiará o calor para a atmosfera. massas de ar – ventos que se deslocam, por diferença de pressão, entre as diversas regiões do planeta, sempre carregando as características de umidade e temperatura da região de onde vieram. À medida que se deslocam, vão se alterando pelo contato com outras massas de ar com as quais trocam calor. As massas de ar podem ser classificadas de oceânicas,que apresentam muita umidade, e as continentais, quase sempre secas; as que se originam de regiões tropicais e equatoriais são quentes e as que nasceram em áreas temperadas e polares são frias. continentalidade e maritimidade – se uma região se encontra próxima a grandes quantidades de água sofrerá alterações tanto na umidade relativa do ar como também na temperatura. Assim, nas áreas continentais a temperatura é maior do que nas regiões próximas ao mar. correntes marítimas – as grandes massas de água que se deslocam pelos oceanos, possuindo pressão, quantidade de sal e temperaturas próprias, também influenciam o clima. Exemplo disso é a corrente quente do Golfo (“Gulf Stream”), que impede o congelamento do mar do Norte. Já a corrente fria de Humboldt ameniza as temperaturas tanto do norte do Chile como no sudoeste dos Estados Unidos da América. Geografia A Inclusão para a Vida Pré-Vestibular da UFSC 4 MAPA DAS CORRENTES MARÍTIMAS relevo – influi na temperatura e na umidade, pois facilita ou dificulta a circulação das massas de ar. Nos Estados Unidos, por exemplo, a serra Nevada e as montanhas Rochosas impedem o trânsito das massas de ar vindas do Pacífico, fazendo com que as chuvas sejam abundantes nas regiões próximas ao mar e, do outro lado das montanhas, o clima é árido. Em nosso país, a Serra do Mar, pela sua disposição longitudinal, facilita a circulação da massa polar e dificulta o trânsito da massa de ar tropical atlântica. vegetação – as plantas tiram umidade do solo pela raiz e a enviam à atmosfera pelas folhas, contribuindo para alterar a temperatura. Além disso, a vegetação impede que os raios solares atinjam diretamente a superfície terrestre. Portanto, o desmatamento (a destruição das florestas pela derrubada de árvores) é ruim, já que diminui a umidade do ar e provoca a elevação da temperatura. Exercícios de Sala � 1. A ilustração apresentada abaixo permite afirmar corretamente que: 01. As áreas localizadas no litoral não sofrem influência marítima no que diz respeito às condições climáticas. 02. A presença de uma área montanhosa próxima ao litoral explica a ocorrência de chuvas orográficas. 04. As setas indicativas da direção dos ventos, na ilustração, demonstram que eles sopram das áreas de alta pressão, localizadas sobre o mar, para o continente. 08. A área assinalada pela letra A, em razão da sua topografia, dispensa cuidados relativos à prevenção da erosão. 16. Os elementos presentes, na ilustração, caracterizam um ambiente natural propício ao desenvolvimento de uma Formação florestal xerófita. 2. Observe, atentamente a figura abaixo e assinale a(s) proposição(ões) correta(s). 01. Situadas praticamente na mesma latitude, as cidades apresentadas na ilustração possuem temperaturas médias anuais diferentes em virtude da altitude. 02. As três cidades apresentam temperaturas médias anuais típicas de áreas em que domina o clima equatorial. 04. Localizada na Serra da Mantiqueira, Campos do Jordão apresenta temperaturas médias anuais inferiores às de cidades situadas na mesma latitude, porém em altitudes Inclusão para a Vida Geografia A Pré-Vestibular da UFSC 5 inferiores. 08. Santos, importante cidade portuária, tem sua temperatura influenciada apenas pela continentalidade, o que redunda em maiores variações térmicas. 16. São Paulo, a maior metrópole brasileira, tem as temperaturas médias intermediárias entre as outras duas cidades devido à inversão térmica que ocorre em todas as estações do ano. UNIDADE 3 ORIGEM DOS CONTINENTES Os continentes, conforme se apresentam nos dias de hoje, foram na verdade originados de um processo de fragmentação e afastamento de terras emersas de um único aglomerado primordial, processo este que durou centenas de milhões de anos. Este aglomerado de terras continentais, chamado Pangeia, existiu há cerca de 200 milhões de anos atrás. O afastamento de suas porções continentais foi gerado provavelmente a partir da atividade tectônica terrestre que, no período referido, encontrava-se em plena ação e em larga escala. Segundo consta nos estudos realizados, uma primeira porção continental teria sido separada das demais na região setentrional da Pangeia. A este primeiro grande fragmento deu-se o nome de Laurásia, originada por volta de 130 milhões de anos atrás. Os territórios que na atualidade formam a África e a América do Sul formavam dois fragmentos colados em suas regiões costeiras. Especula-se tal fato, inclusive, pela similaridade entre tipos de vegetação e terrenos encontrados nos dois continentes. AS CAMADAS DA TERRA Quatro são as principais camadas de nosso planeta: As quatro porções da Terra AS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS A crosta terrestre é formada por doze placas tectônicas que flutuam sobre o magma pastoso. Na fase inicial da Terra, existiam menos placas. Com o tempo, em razão de se moverem em vários sentidos, já que o planeta é esférico, as placas se encontraram em vários pontos da crosta terrestre, dando origem aos terremotos e aos dobramentos do relevo. Em grego, o termo tectônica quer dizer “processo de construir”. Para a ciência geográfica, são as deformações da crosta terrestre geradas pelas pressões provenientes do interior do planeta. Nas áreas de encontro das placas, a crosta terrestre é frágil, principalmente nas regiões de contato dos oceanos com os continentes, o que possibilita a saída de magma, dando origem aos vulcões. Dos choques entre as placas, surge o atrito que provoca os terremotos. Nos oceanos, as placas (sima) são pesadas e, por este motivo, tendem a mergulhar sob as continentais (sial). Esse fenômeno, conhecido como subducção, gera as fossas marítimas, normalmente nas zonas onde ocorre o encontro das placas. Como as placas oceânicas se situam debaixo das continentais, a pressão das primeiras sobre estas últimas provocam dobras e enrugamentos, provocando, desde a era mesozoica, os movimentos orogenéticos (em grego, “oros” significa “montanha”).. Data daí o aparecimento das grandes cadeias montanhosas do planeta Terra, formadas pelo enrugamento, elevação ou dobramento de partes da crosta terrestre. Este fenômeno é relativamente recente na história do nosso planeta, tendo acontecido no fim da era mesozoica e início da cenozoica. Por essa razão, denominamos dobramento moderno. As mais altas cadeias de montanhas do planeta, tais como o Himalaia, as Rochosas e os Andes, são de formação recente, apresentando elevadas altitudes, pouco desgaste e grande instabilidade física, pois elas estão ainda em processo de formação. Nelas, são comuns vulcões e terremotos. A Terra, se levarmos em conta a sua origem geológica, conhece três formações básicas: • bacias sedimentares • escudos cristalinos • dobramentos modernos Estruturas geológicas Os dobramentos modernos, ou cadeias orogênicas recentes, correspondem às grandes cadeias montanhosas do globo datadas do período Terciário da Era Cenozóica. Sua gênese é explicada pelo movimento das placas tectônicas. Os principais exemplos desse fenômeno são os Andes, os Alpes, o Himalaia e as Montanhas Rochosas. Por serem de Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 6 formação recente, não foram ainda desgastadas pela erosão e apresentam altitudes elevadas. O Brasil, por exemplo, não conhece formações geradas por dobramentos modernos. AS FORMAS DO RELEVO Relevo é a forma assumida pela superfície da crosta terrestre após ser modeladapela atuação de agentes internos e externos. Os fatores fundamentais para a formação do relevo são os de origem tectônica, tais como a constituição de cadeias de montanhas e a ocorrência de atividades vulcânicas ou terremotos. As transformações das formas de terreno na superfície terrestre são geradas pelos movimentos das placas tectônicas e complementadas pela ação de agentes externos erosivos, como vento, chuva, rios, neve e gelo. Em termos bem simples, os agentes externos alteram as formas de terreno modeladas pelos internos. As principais formas de relevo são as montanhas, os planaltos, as planícies e as depressões. As montanhas são elevações no terreno que atingem grandes altitudes. Um conjunto de montanhas recebe as denominações de serra, cadeia ou cordilheira. Os planaltos são forma de relevo onde a erosão predomina sobre a sedimentação, consistindo de terrenos, por vezes, planos e, em certos casos, bastante acidentados. Os planaltos mais elevados do planeta se encontram na Ásia, junto à Cordilheira do Himalaia, sendo denominados de telhados do mundo: os planaltos de Pamir e do Tibete. As planícies são terrenos planos, formados por acumulação de sedimentos. Elas aparecem, fundamentalmente, nas baixadas fluviais, lacustres e litorâneas. Embora quase sempre a planície se diferencia do planalto pela altitude (planície é baixa e planalto é alto), isso nem sempre é verdadeiro. Na realidade, a diferença entre planalto e planície é a formação geológica: a planície consiste em rochas sedimentares acumuladas; o planalto é produto da erosão e da acumulação de rochas cristalinas e sedimentares. A maior planície do mundo é a Siberiana, situada na República da Federação Russa. As depressões são terrenos com altitudes inferiores às das regiões próximas. Há dois tipos de depressões: relativa e absoluta. A primeira consiste num terreno mais baixo em relação às áreas próximas, mais ainda assim acima do nível do mar. O exemplo clássico de depressão relativa é o pântano. Exercícios de Sala � 1. A Terra é dinâmica. O relevo é construído e destruído continuamente pelos diferentes agentes. As proposições abaixo mostram as características da estrutura geológica do Brasil e do seu relevo. Assinale aquela(s) que é(são) correta(s). 01. Os escudos ou maciços antigos estão profundamente desgastados pela erosão. 02. O território brasileiro possui uma estrutura geológica antiga. 04. O Brasil não possui movimentos geológicos recentes, como os dobramentos modernos. 08. O nosso país possui um relevo de altitudes baixas, reflexo da erosão e ausência de movimentos geológicos recentes. 16. As bacias sedimentares ocupam reduzida área e caracterizam-se pela ausência de recursos minerais. 2. (Univali-SC) A crosta terrestre é também chamada de litosfera. Corresponde à camada mais rígida da Terra. No entanto, a rigidez da superfície da Terra é apenas aparente. Forças internas e externas modificam, permanentemente, as estruturas que compõem a litosfera, ou seja, modificam as formas do modelado terrestre, do relevo. Com base no exposto acima, é correto afirmar: a) A nife da Terra é o rígido suporte de apoio à sobrevivência dos homens e dos demais seres vivos. b) A crosta sólida da Terra, constituída por rochas em que predominam os silicatos de cassiterita, cuja densidade é igual a 2,7, e a região central da Terra, cuja densidade pode ser calculada uma vez sabendo-se a densidade média da Terra, são chamadas, respectivamente, de nife e sial. c) No estrato geográfico terrestre nada é estático, tudo é dinâmico. Esse dinamismo é diferente em cada um dos planos: o biótico (animais e vegetais) e o abiótico (terra, ar e água). d) O território brasileiro é formado por estruturas geológicas recentes. As bacias do Pantanal, Amazônica e trechos do litoral nordeste e sul são do período Terciário e os terrenos cristalinos são do período Quaternário. e) As bacias sedimentares são constituídas em grande parte por rochas magmáticas, provenientes da desagregação de outras rochas que recobrem a Terra. UNIDADE 4 AS ROCHAS E OS MINERAIS A crosta do nosso planeta é composta de rochas e minerais. O mineral é um material sólido formado por um elemento ou uma composição química encontrado em todas as camadas geológicas da Terra. Exemplos de minerais são o ouro, o diamante, o talco e o quartzo. A rocha, por sua vez, é um composto de minerais, podendo conter também elementos orgânicos. O basalto, o arenito, o granito e o mármore são exemplos de rocha. As rochas e minerais são objeto de ampla exploração econômica: os chamados “minerais preciosos”, tais como o diamante e o ouro, são a matéria prima das joias que enfeitam as pessoas; o granito, formado pelos minerais quartzo, mica e feldspato, é utilizado na fabricação de pisos, pias e na pavimentação de rampas que dão acesso às residências. As rochas conhecem um processo constante de transformação – denominado de ciclo das rochas – pelo qual rochas antigas tornam-se novos tipos de rocha. Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 7 TIPOS DE ROCHAS As rochas se dividem, quanto a sua origem, em três tipos. As rochas sedimentares surgem pela acumulação de material orgânico e de detritos ou fragmentos de outras rochas. As sedimentares podem ser detriticas (quando sua origem decorre de detritos), orgânicas e químicas. O processo de formação das rochas sedimentares é chamado de intemperismo, e é causado por agentes físicos, químicos e biológicos. Quando as rochas são decompostas por agente físicos e biológicos, ocorre o intemperismo físico. Quando a decomposição é gerada por um agente químico, ocorre o intemperismo químico. As rochas magmáticas ou ígneas são criadas pela solidificação do magma, quer no interior, quer na superfície da crosta terrestre. A solidificação no interior do planeta é sempre lenta; à superfície, é rápida. O granito é um exemplo de rocha formada nas profundezas da Terra; o basalto é resultante da solidificação rápida de magma na superfície. As rochas metamórficas são geradas pelas alterações de temperatura, pressão e profundidade sofridas pelas rochas magmáticas ou sedimentares. Portanto, qualquer tipo de rocha, quando transformada, é uma rocha metamórfica. O mármore, por exemplo, resulta das mudanças do calcário. OS SOLOS Chamamos de solo a superfície da crosta terrestre, permanentemente alterada pelo intemperismo e onde nasce e se desenvolve a vida vegetal. Todo solo é formado por sedimentos provenientes da desintegração das rochas, misturados com vários materiais orgânicos, frutos da decomposição de plantas e animais. Os solos, quanto à origem, estão divididos em três tipos: Os solos orgânicos são resultantes da sedimentação de material orgânico. As florestas e as planícies cobertas de vegetação rasteira são exemplos de solos orgânicos. Em ambos os casos, os elementos vegetais mortos sofreram decomposição, gerando o humo. Por essa razão, tais solos são conhecidos como humíferos. A Planície Polonesa, que se estende da Polônia até a Rússia, é um bom exemplo de solo orgânico, daí decorrendo sua impressionante fertilidade. Os solos aluviais são criados por sedimentos transformados em lugares distantes e transportados pelas águas dos rios e pelos ventos. As áreas ribeirinhas são exemplos de solos aluviais. Os solos eluviais são formados pela decomposição de um certo tipo de rocha e sempre aparecem em locais onde as rochas matrizes foram transformadas pela intemperização. A produção de café, que por um longo período foi a causa responsável pela prosperidadede São Paulo, deu-se em terras roxas derivadas das alterações sofridas pelo basalto, rocha de origem magmática. Também o plantio da cana de açúcar, produto que marcou o inicio da colonização do Nordeste brasileiro, foi possível graças a um tipo de solo denominado massapé, fruto das transformações do calcário, este de origem sedimentar. OS MINÉRIOS E AS ESTRUTURAS GEÓLOGICAS Nos escudos formados durante a era pré-cambriana, encontramos grandes quantidades de minerais metálicos, tais como ferro, ouro e bauxita. Por sua vez, nos escudos da era paleozoica, são abundantes minerais não-metálicos, como, por exemplo, gesso e cimento. Por sua vez, os dobramentos modernos são ricos em todos os tipos de minério. Nas bacias sedimentares – cavidades cheias de pedaços minerais de rochas vitimadas pela erosão e preenchidas também por restos orgânicos, encontramos combustíveis fosseis. Nos ambientes aquáticos, onde são abundantes os plânctons*, surge o petróleo. Já nas regiões onde existiram florestas, atualmente soterradas, costumam ser abundantes reservas de carvão. Exercícios de Sala � 1. (UCS-BA) O relevo terrestre é formado por montanhas, planícies, planaltos e depressões. As formas de relevo possuem grande importância geográfica, pois delas dependem, em grande parte, as facilidades que uma região oferece à ocupação humana. Com base na informação e nos conhecimentos sobre os solos e os agentes internos e externos do relevo, pode-se afirmar: a) Os solos que se formam rapidamente, nas regiões secas e frias não dependem do intemperismo e são oriundos de partículas orgânicas. b) O relevo de uma determinada região é o resultado da ação combinada de forças endógenas e exógenas e surgiu a partir da solidificação da crosta terrestre. c) Os canais ou as chaminés de saída das lavas vulcânicas estão diretamente relacionados às zonas mais internas do globo. d) As dobras são provocadas por movimentos verticais e ocorrem em regiões constituídas de rochas cristalinas, devido à sua grande plasticidade. e) As formas do relevo resultam da ação dos agentes erosivos, sem nenhuma atuação dos processos de sedimentação. 2. (PUC-RS) As rochas, antes de serem trabalhadas pela erosão, são “preparadas” por um conjunto de reações químicas ou fenômenos físicos, para a ação de desgaste. A essa fase que precede a erosão denominamos: a) abrasão d) evapotranspiração b) intemperismo e) estratificação c) orogênese 3. (UFBA) Com base no esquema e nos conhecimentos sobre a dinâmica do meio ambiente, pode-se afirmar: Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 8 01. O relevo, ao mesmo tempo que recebe influência do clima, pode também interferir, significativamente na temperatura, na pressão atmosférica e na distribuição espacial das isoietas anuais. 02. O solo representa o elemento síntese de uma paisagem, porque as pequenas alterações que ocorrem nos demais componentes do meio natural são imediatamente refletidas nesse componente de natureza estritamente abiótica. 04. A organização espacial das bacias hidrográficas, nos seus mais diferentes padrões de drenagem, é uma consequência direta dos regimes e da intensidade das chuvas que abastecem as redes fluviais nas diversas latitudes. 08. O relevo terrestre é produzido pelo ajuste de processos internos e externos, sendo os processos exógenos representados pela orogênese e pela epirogênese, responsáveis pela esculturação do modelado. 16. Os domínios estruturais que aparecem no território brasileiro são caracterizados por feições escarpadas, intercaladas por vales bem encaixados, nos quais os processos endógenos tiveram, no passado geológico, uma intensa atividade. 32. O domínio dos “mares de morro”, existente no Sudeste brasileiro, atesta a grande influência dos processos exógenos na paisagem regional. 64. Os solos, nas regiões intertropicais marcadas pela ação do intemperismo físico, são geralmente bem desenvolvidos e profundos, favorecendo a cobertura natural. UNIDADE 5 A VEGETAÇÃO DA PAISAGEM Chamamos de vegetação o conjunto de plantas e vegetais existentes nas diversas regiões do planeta. Ela é sempre a expressão das condições de solo e de clima onde ocorre. De fato, a variedade das espécies, a quantidade de plantas, seu tamanho e sua distribuição dependem do terreno, das condições climáticas e da umidade. Em solos ricos em humo, portanto altamente orgânicos, a vegetação é densa e rica; nos solos mais pobres, as formações vegetais são poucas e rarefeitas. Existe uma relação de troca entre o solo e a vegetação: o solo rico em materiais orgânicos gera uma vegetação luxuriante, que fornece mais humo para o terreno. Por sua vez, o solo com mais humo fica mais rico e desenvolve uma vegetação que irá fornecer mais humo. Portanto trata-se de um permanente ciclo interativo. Já um solo pobre é base de uma vegetação pobre. Daí o perigo do desmatamento, que danifica os terrenos. Todo esse processo prova a interdependência dos elementos do ecossistema. TIPOS DE VEGETAÇÃO xerófilas: plantas adaptadas à falta de umidade. higrófilas ou higrófitas: plantas que necessitam de muita umidade, ricas em folhagem e sempre perenes. tropófilas ou tropófitas: plantas que vivem em estações secas e úmidas. aciculifoliadas: plantas que possuem folhas na forma de agulhas, como, por exemplo, os pinheiros, nas quais a transpiração é menor e maior a preservação de água . latifoliadas: plantas de folhas largas e existentes em regiões muito úmidas. caducifólias: plantas que perdem suas folhas nos períodos frios e secos do ano. Exercícios de Sala � 1. A figura representa as várias esferas que constituem o nosso planeta. De acordo com ela, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). 01. A figura busca demonstrar a interdependência das várias esferas ou partes do nosso planeta. 02. Os reflexos da ação do homem vão além e aquém da superfície, atingindo camadas da atmosfera e profundidades da litosfera e da hidrosfera. Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 9 04. A importância da litosfera, constituída de rochas, deve- se aos solos, minerais, energia e agentes internos. 08. A atmosfera é a camada gasosa que envolve o planeta, e, de suas partes, é a mesosfera a mais importante para nós.. 16. A hidrosfera é a parte formada pelas águas, sendo que as necessidades humanas estão limitadas às partes mais superficiais. 2. A questão ambiental tem-se caracterizado como uma das grandes preocupações do mundo moderno. Muitos dos recursos utilizados na produção industrial são extraídos diretamente da natureza, causando-lhe prejuízos por vezes incalculáveis. Hoje, é bastante corrente a reutilização e/ou reciclagem de muitos produtos, bem como uma maior preocupação com medidas anti-poluição, além de uma melhoria na educação, quando se refere à questão do meio- ambiente. Tudo isso, como medida, para que no futuro possamos ter um ambiente propício à continuidade das atividades econômicas e, principalmente, viável à própria vida. Com relação a essa temática, é correto afirmar que: 01. A preocupação com a degradação ambiental é legítima e oportuna, pois muitos recursos necessários à vivência humana poderão se esgotar em pouco tempo. 02. A inquietação por questões ambientais é um exagero, fruto apenas de discussões de inúmeros grupos ecológicos radicais. 04. Com um sistema sócio-econômico voltado principalmente à produção de mercadorias, visando basicamente ao lucro,torna-se difícil, sob o capitalismo, a não degradação dos recursos naturais. 08. Não há problemas quanto aos recursos minerais, pois os estudos garantem, para qualquer caso (água, minérios, fontes de energia térmica) reservas suficientes para os próximos 500 anos. 16. Com a queda no processo de urbanização, diminuirão, vertiginosamente, os problemas sócio-ambientais, tanto nas cidades quanto no meio rural. 3. O caminho trilhado pela humanidade, desde os primórdios até os dias atuais, provocou impactos sobre o espaço natural que exigem reflexões e ações. Entre os problemas surgidos, salientam-se os de ordem ambiental. Sobre essa importante questão da atualidade, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). 01. Os fenômenos El Niño e La Niña, responsáveis por grandes alterações no clima brasileiro e em algumas regiões do planeta, resultam das interferências humanas nas águas do Oceano Atlântico, transformado em depósito de enormes quantidades de dejetos industriais e de derivados de petróleo. 02. O objetivo fundamental da ECO-92 era tentar minimizar os impactos negativos sobre o ambiente, no planeta, garantindo, assim, o futuro das próximas gerações. Com tal finalidade, foram elaborados convenções, uma declaração de princípios e um plano de ação (Agenda 21). 04. A questão que se coloca para a humanidade é a busca de um modelo de desenvolvimento que minimize os impactos ambientais negativos, que seja ecologicamente sustentável e que promova melhor distribuição da riqueza no mundo, contrariando, desta forma, o padrão de consumo e o modo de vida impostos pelo modelo econômico vigente. 08. A resolução das questões ambientais em escala planetária depende de atitudes concretas das populações dos países mais ricos, que são aquelas que apresentam maior consciência ecológica, fruto do conhecimento e lutas travadas ao lado do empresariado já ecologicamente correto. 16. O alerta sobre as consequências globais das agressões ao meio ambiente foi dado em 1972, na Conferência das Nações Unidas e o Meio Ambiente, em Estocolmo (Suécia), e repetiu-se em 1992, com a ECO-92, no Rio de Janeiro, e no final de agosto de 2002, com a Rio+10, em Johannesburgo, na África do Sul. UNIDADE 6 ESTUDO DO MEIO AMBIENTE Com o advento da Revolução Industrial, a partir de 1750, na Inglaterra, a natureza passou a ser vista não mais como um local onde o homem poderia adaptar-se, mas sim como algo rentável, que se fosse explorado poderia gerar lucros. Vejamos, então, alguns exemplos dessa degradação: • Extração de madeira para fins comerciais; • Instalação de projetos agropecuários; • Implantação de projetos de mineração; • Construção de usinas hidrelétricas; • Propagação do fogo resultante de incêndios. Como consequências desta agressão à natureza, temos: • destruição da biodiversidade; • genocídio e etnocídio das nações indígenas; • erosão e empobrecimento dos solos; • enchentes e assoreamento dos rios; • elevação das temperaturas globais; • desertificação; • proliferação de pragas e doenças. O nível de preocupação com a questão ambiental, tal como se apresenta hoje, é um fato muito recente na história da humanidade. Esse tipo de consciência teve inicio na década de 1970, sendo que até então se limitava pratica- mente às preocupações sanitárias decorrentes da poluição do ar e das águas e da mortandade de peixes resultantes desta última. Foi somente a partir da década de 1970 (Reunião de Estocolmo, em 1972, patrocinada pela ONU) que a consci- ência ou a percepção global das reais consequências da utilização de energia nuclear, dos grandes desmatamentos e da queima de combustíveis começou a preocupar a opinião pública e os governantes. Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 10 Patrocinada pela ONU, uma Segunda Conferência mundial - a Rio 92 ou ECO 92 - debateu temas como ener- gia nuclear, buraco na camada de ozônio, efeito estufa e biodiversidade. De grande relevância era o acordo sobre biodiversidade, que propunha, entre outras, duas importantes medidas: o pagamento de royalties aos países fornecedores de matéria prima e a transferência de tecnologia pelos países do Primeiro Mundo, para os quais a biorrevolução já é uma realidade, para os países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos. Entretanto, o mais importante e industrializado país do mundo, -os Estados Unidos, não assinou o acordo, embora tenha feito promessas de intensificar o controle sobre o meio ambiente. GRANDES PROBLEMAS AMBIENTAIS A poluição do ar Com o progresso industrial, as grandes concentrações urbanas, a queima de hidrocarbonetos, de florestas e de pastagens, o homem joga na atmosfera milhões de toneladas de gases e partículas sólidas. A qualidade do ar nos centros urbanos é cada dia pior. Problemas respiratórios, visuais e dermatológicos se acentuam. O ambiente urbano é um dos mais poluídos. Nele ocorrem com grande intensidade quase todos os tipos de poluição: sonora, visual, atmosférica, lixo espalhado pelas ruas, esgotos a céu aberto, cortiços e favelas, congestionamentos de trânsito etc. A velocidade do crescimento populacional e urbano (sobretudo nos países subdesenvolvidos), ao lado da es- cassez de recursos legais (leis de proteção ao meio ambi- ente) e financeiros acarreta verdadeira degradação do ambi- ente urbano e da qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. O problema do lixo Nas sociedades de consumo em que vivemos atualmente, o lixo é um dos maiores problemas. Lixo doméstico,, hospitalar, industrial, radioativo, todos são problema na me- dida em que as autoridades os ignoram ou tratam de maneira irresponsável, na maioria dos casos. Aterros sanitários, coleta diferenciada incineração e proteção em containers blindados são algumas das medidas usuais nos países que mostram maior preocupação com esse tipo de problema. Infelizmente, em alguns países menos desenvolvidos, roedores, aves de rapina e seres humanos disputam o lixo como fonte de alimentação. Um bom exemplo de reciclagem de lixo urbano ocorre em Curitiba-PR, onde as usinas de reciclagem da Prefeitura separam e reaproveitam grande parte do lixo produzido pelos quase dois milhões de habitantes da capital paranaense. Algumas maneiras de reciclar o lixo e gerar energia: • Recuperar materiais inorgânicos para reaproveitamento: • Processar metais, plásticos e polimeros para reutilização em manufatura; • Recuperar húmus e proteínas para rações, fertilizan- tes e piscicultura. • Poluição sonora O Homem pode suportar o limite de até 140 dB (o decibel é uma medida usada para avaliar a capacidade auditiva do ser humano). Após 140 dB, o tímpano humano pode sofrer rompimento e a pessoa ser acometida de intensa dor. O som amplificado das discotecas e danceterias, o barulho das britadeiras, dos veículos automotores e dos avi- ões têm agredido o homem urbano com uma intensidade nunca vista. Problemas circulatórios e do sistema nervoso central, stress e até mesmo a loucura são os principais pro- blemas causados pelo excesso de som. • Inversão térmica Inversão térmica é o fenômeno natural. Ocorre geralmente no inverno e caracteriza-se pela não-circulação vertical das camadas de ar. Em condições normais, enquanto as camadas de ar aquecido se expandem, as camadas de ar mais frio (mais densas) descem. Na inversão térmica ocorre ao contrário: o ar frio permanece estacionário, próximo da superfície, enquanto o ar quente permanece por cima, aquecido, nas camadas mais altas da atmosfera. Com a camada de ar frio por baixo e sem se movimentar, os poluentes que estãono ar agravam o fenômeno, causando problemas respiratórios: ardume nos olhos, ressecamento do nariz e da garganta etc. BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO A importância do ozônio O ozônio é um gás de extrema importância. Além de suas características químicas, tem a função de proteger a superfície terrestre das radiações ultravioletas, o UV-B, que faz muito mal à saúde das pessoas, animais e plantas. O ozônio faz, portanto, o papel de “escudo protetor”, o qual repele a parte indesejável da radiação solar. A radiação UV-B é uma pequena parte da radiação do Sol que é composta por várias cores, principalmente verde, violeta e vermelho. Além da cor violeta, há a ultravioleta, que chama-se UV-B, e é justamente esta parte que é prejudicial aos organismos vivos na Terra. As chuvas ácidas A combinação de gás carbônico (CO2) e água (H20), presentes na atmosfera produz o Ácido Carbônico (H2C03), que embora fraco, já torna as chuvas normalmente ácidas. A chuva ácida, tão prejudicial aos organismos vivos, nada mais é do que a elevação drástica dos teores de acidez na atmosfera e são causadas pelo lançamento de poluentes como dióxido de enxofre (502), emitido a partir da queima de combustíveis fósseis e do oxigênio (02), já presentes na atmosfera, bem como do dióxido de enxofre (NO2), que após combinarem-se formam o trióxido de enxofre (503), altamente poluente, por exemplo. A concentração de trióxido de enxofre aumentou na atmosfera, como resultado da ampliação do uso de combus- tíveis fosseis nos transportes, nas termoelétricas e nas in- dústrias. Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 11 Os países que mais emitem poluentes para a atmosfera são aqueles situados no Hemisfério Norte, portanto, industrializados, como o Nordeste dos Estados Unidos, além do Japão e Europa Ocidental. A Ilha de calor As cidades apresentam temperaturas médias maiores que as zonas rurais de mesma latitude. Dentro delas, as temperaturas aumentam da periferia em direção ao centro. Em casos extremos, a diferença de temperatura entre as zonas periféricas e o centro pode atingir até 10º C, esse fenômeno, conhecido como ilha de calor, resulta, muitas ve- zes, de alterações humanas sobre o meio ambiente. O uso de grandes quantidades de combustíveis fósseis em aquecedores, automóveis e indústrias transforma a cidade em uma fonte inesgotável de calor. Os materiais usa- dos na construção, como o asfalto e o concreto, servem de refletores para o calor produzido na cidade e para o calor solar. De dia, os edifícios funcionam como um labirinto de reflexão nas camadas mais altas de ar aquecido. À noite, a poluição do ar impede a dispersão do calor. Exercícios de Sala � 1. (UFMS) Sobre a questão ambiental, no planeta, é correto afirmar que: a) Os países que se industrializaram ainda no século XIX já conseguiram superar seus problemas de meio ambiente. b) A introdução da economia de mercado nos antigos países de economia socialista tem permitido reorganizar o espaço e conservar o meio ambiente. c) Caso se confirme o aquecimento climático global pelo efeito estufa, as planícies litorâneas serão as áreas menos afetadas. d) A pobreza, o crescimento da população e a degradação do meio ambiente estão intimamente ligados e podem explicar vários problemas ecológicos. e) A emissão de gases prejudiciais à camada de ozônio por países desenvolvidos e subdesenvolvidos, embora de natureza diversa, é equivalente. 2. (UFSC) Texto 1 “A queimada da floresta para plantar cafezais foi a principal causa, mas não a única, do desflorestamento no século XIX. O comércio do café induziu o crescimento demográfico, a urbanização, a industrialização e a implantação de ferrovias.” (DEAN, Warren. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica. São Paulo, Cia. das Letras, 1997, p. 206). Texto 2 “A Ferro e a fogo trata da ambição e bravura à custa da depredação desenfreada dos recursos naturais brasileiros. Desde o início do livro, Dean não deixa dúvidas da sua posição – a eliminação quase total da Mata Atlântica foi uma fatalidade que trouxe danos irreversíveis ao ecossistema e ao clima.” Revista VEJA, de 30/10/96. A partir dos dois textos, observe a sequência de mapas a respeito da Mata Atlântica e assinale a(s) proposição(ões) correta(s). 01. O desflorestamento da Mata Atlântica não tem relação com os sucessivos ciclos da economia brasileira e nem com a derrubada da mata para a utilização do espaço por ela ocupado. 02. A eliminação quase total da Mata Atlântica teve seu início já nos primórdios da colonização e prosseguiu ao longo dos diferentes períodos históricos, trazendo danos ao equilíbrio ambiental. 04. A ocupação humana da região sudeste acelerou-se consideravelmente a partir do século XIX, exigindo mais espaços, o que implicou o desmatamento da formação vegetal acima explicitada. 08. A observação dos mapas permite concluir que, nos anos 60, a política ambiental implementada pelos governos militares favoreceu, através de intensos reflorestamentos, a recuperação desse domínio morfoclimático. 16. Como se pode observar nos mapas, originalmente a Mata Atlântica acompanhava com pequenos intervalos a faixa litorânea brasileira, do Nordeste ao Rio Grande do Sul, e as áreas remanescentes estão relacionadas à instalação de parques nacionais, estações ecológicas e às escarpas das serras. UNIDADE 7 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS Demografia é o estudo estatístico das populações humanas. O estudo da população humana sobre a superfície ter- restre sempre despertou interesse por todos os governantes ou pessoas detentoras de poder. Na tentativa de explicar a importância e a preocupação dos governantes com o au- mento das populações, citamos a teoria elaborada por MALTHUS, em 1798, conhecida domo teoria demográfica, onde ele afirma que a miséria e a pobreza são resultados do desequilíbrio entre os recursos naturais e a população, pois dizia que: “A população, sem limitações, aumenta na proporção geométrica. Os meios de subsistência au- mentam somente em proporção aritmética. Um pequeno Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 12 conhecimento dos números mostrará a imensidade do primeiro poder em comparação com o segundo” Logo após o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), tornou-se fato novamente a preocupação com o crescimento populacional. A Teoria Neomalthusiana relacionava o rápido crescimento demográfico de muitos países subdesenvolvidos, resultantes das altas taxas de natalidade, que acabava gerando numa grande quantidade de jovens, o que acarretaria aos países em questão um ônus muito grande para a população ativa, dificultando o desenvolvimento econômico. Defendiam os neomalthusianos que se ocorresse um aumento na renda per capita, haveria, consequentemente, crescimento econômico e desenvolvimento. No mesmo período foi lançada a teoria reformista que pregava que a pobreza nos países subdesenvolvidos era ocasionada pela péssima distribuição da renda. Cabia ao Estado o papel de redistribuir a riqueza, proporcionando melhores condições de vida a toda a população, desse modo, a taxa de natalidade seria reduzida espontaneamente. DINÂMICA POPULACIONAL Dá-se o nome de população ao conjunto de pessoas que residem em determinado território, que pode ser uma cidade, um estado, um país ou mesmo o planeta. Podemos classificá-la de acordo com a religião, a nacionalidade, o local de moradia (rural ou urbana),a atividade econômica (ativa ou inativa). Já seu comportamento e suas condições de vida, são retratados através de indicadores sociais, tais como: • taxas de natalidade, Existe • taxa de mortalidade, • expectativa de vida, • índices de analfabetismo, • participação na renda, etc. População absoluta Corresponde ao total de habitantes de determinado lugar (país, Estado, município). População relativa Corresponde ao número de habitantes de determinado lugar, por quilômetro quadrado. ESTRUTURA DA POPULAÇAO Composição por idade e sexo A população dos países do mundo pode ser dividida em três níveis de idade, o que chamamos de pirâmide etária, ficando assim distribuída: Adultos 20a59 anos Jovens 0a19 anos Velhos 60 anos a mais Existe também outra divisão, na qual a população jovem abrange de 0 a 14 anos e os adultos de 15 a 59 anos. No entanto, o que foi levado em consideração nesta classificação foi a População Economicamente Ativa (população que recebe remuneração por seu trabalho).Observe as pirâmides etárias abaixo: Na pirâmide “A” nota-se que sua base é mais larga, pois apresenta um elevado número de jovens em sua estrutura etária. Caracteriza um país subdesenvolvido. Na pirâmide “B” nota-se que há maior homogeneidade entre as divisões. Acentua-se o número de pessoas com mais de 60 anos (velhos), o que caracteriza a elevada expectativa de vida. Crescimento Vegetativo = Taxa de Natalidade – Taxa de Mortalidade • Taxa de natalidade: é a relação entre o número de nascimentos e a população de um país na proporção de 1/1000. • Taxa de mortalidade: é a relação entre o número de óbitos e a população de um país na proporção de 1/1000. No Brasil, o crescimento vegetativo está em torno de 18,9%0, pois a natalidade está em 26,8%0 e a mortalidade em 7,9%0, isso quer dizer que a cada ano a população brasileira aumenta em torno de 18,9%. Causas do aumento vegetativo • Melhoria das condições de higiene, • Progressos na medicina, • Modernização das máquinas agrícolas as quais, em tese, podem produzir mais alimentos. No entanto, a situação aqui relatada refere-se a países em transição demográfica, como é o caso do Brasil, visto que não podemos esquecer que o grande problema de nosso país é a péssima distribuição de renda e o desemprego que assola milhões de famílias deste imenso território. Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 13 Exercícios de Sala � 1. (UFMS) Em 1798, Thomas Robert Malthus, lançou uma obra que não só o tornou famoso como também colocou a questão demográfica no centro das preocupações de muitos governos e instituições e que perduram até os nossos dias. Malthus antevia: a) a redução de natalidade a índices alarmantes que comprometeria a manutenção dos trabalhadores inativos. b) um crescimento populacional muito grande, resutlando numa explosão demográfica. c) um crescimento populacional em proporções artiméticas em contraponto a um crescimento de recursos alimentares em proporção geométrica. d) um crescimento populacional em proporções geométricas em contraponto a um crescimento de recursos alimentares em proporção aritmética. e) que só a migração conseguiria resolver os problemas populacionais do planeta. 2. (UCatólica-PE) “É verdade, naturalmente, que o crescimento populacional implica necessariamente um ônus para qualquer economia, se não por outras razões, ao menos porque os seres humanos vêm a este mundo primeiro como consumidores e só mais tarde como produtores. Mas seria loucura parar neste ponto de análise”. (Paul Singer - Dinâmica Populacional e Desenvolvimento) Sobre esse tema abordado pelo autor, podemos dizer que: ( ) a população dos países subdesenvolvidos cresce em ritmo mais acelerado que a dos países desenvolvidos; ( ) os adeptos da teoria de Malthus defendem que quando a população não é detida por algum obstáculo, cresce em progressão goemétrica e os meios de subsistência, em progressão aritmética; ( ) no Brasil, em face da redução da taxa de mortalidade infantil, o crescimento vegetariano da população tem aumentado consideravelmente; ( ) os neomalthusianos defendem que o crescimento populacional acelerado dos países subdesenvolvidos é um grande obstáculo ao crescimento econômico, pois tornam-se necessários grandes investimentos sociais; ( ) a análise da questão da fome pressupõe a abordagem de fatores naturais, políticos, sociais, culturais e econômicos. UNIDADE 8 MOBILIDADE DA POPULAÇÃO MUNDIAL – AS MIGRAÇÕES MIGRAÇÕES INTERNAS � Nomadismo: deslocamento de um grupo humano em busca de alimentos (povos selvagens ou melhores pastagens para seus rebanhos (pastores nômades) retornando quase sempre ao ponto de partida. � Transumância: deslocamento cíclico de pessoas entre dois lugares, geralmente por motivos climáticos. � Êxodo rural: trata-se do deslocamento de pessoas das áreas rurais para as áreas urbanas. Característico de países subdesenvolvidos. � Migração pendular (Communtig): Trata-se do des- locamento diário entre a periferia e o centro das grandes cidades, consistindo num vai-vem (manhã - para o centro / tarde - para a periferia). MIGRAÇÕES EXTERNAS Os movimentos demográficos ocorrem em todas as partes do mundo, e as causas são muito conhecidas. Podemos citar as guerras, as enchentes, a fome e as calamidades com as quais a humanidade sempre conviveu. GEOGRAFIA URBANA Processo De Urbanização Durante milhares de anos da existência humana na Terra a vida foi, em sua grande maioria, ditada pelas atividades rurais. Este quadro começa a mudar a partir da Revolução Industrial (1750 - Inglaterra), quando os países, à medida que se industrializavam, rapidamente atraiam multidões para as cidades. Origem Das Cidades Naturais ou espontâneas Trata-se de aglomerados urbanos que surgiram sem nenhum planejamento prévio, surgindo como povoados, transformando-se em vilas e evoluindo para as cidades. Exemplos: Curitiba (Arraial de Mineração), Recife (porto de pescadores). Cidades artificiais ou planejadas São cidades que foram projetadas para funções es- pecíficas. Exemplos: Brasilia (Capital Federal), Palmas (Capital do Estado de Tocantins). Funções das cidades • Administrativas: Florianópolis, Brasília, Washington; • Comerciais: Santos, Campina Grande, Feira de Santana; • Industriais: Volta Redonda, Baltimore, Detroit, São Bernardo do Campo; • Universitãrias: Oxford, Cambridge; • Religiosas: Meca, Aparecida do Norte, Fátima; • Estações de Saúde: Araxá, Poços de Caldas, Caldas Novas. • Turísticas: Long Beach, Acapulco, Rio de Janeiro. Problemas urbanos • Abastecimento de água • Abastecimento de alimentos • Energia Elétrica Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 14 • Transportes • Poluição • Habitação • Higiene Saneamento • Violéncia, etc. Exercícios de Sala � 1. (UFSM-RS) Sobre a urbanização mundial, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) em cada afirmativa a seguir: ( ) A América Latina é a região mais urbanizada dentre o conjunto dos países menos desenvolvidos e, nas últimas décadas, a população urbana é superior à população rural. ( ) Na África, a maior parte da população vive na zona rural, pois as atividades agrárias predominam na estrutura econômicade quase todos os países do continente. ( ) A industrialização dos países conhecidos como Tigres Asiáticos, ocorrida nas últimas décadas, e a recente ascensão econômica dos chamados novos tigres contribuíram para acelerar a urbanização asiática. ( ) Na Austrália e na maior parte dos países do Oriente Médio, a maioria da população é rural, pois as atividades agrárias são predominantes. ( ) Na China e na Índia, os índices de população urbana são baixos, apesar de esses países apresentarem grandes metrópoles. A sequência correta é: a) V – V – V – F – V. d) F – V – F – F – V. b) V – V – F – F – V. e) V – F – V – V – F. c) F – F – V – V – F. 2. (UFRS) Tem havido um movimento de aceleração do processo de urbanização nesse final de século que provoca mudança no espaço urbano e na vida nas cidades. Sobre esse tema, é correto afirmar que 01. a intensificação do processo de urbanização, quando não é acompanhada por políticas adequadas e investimentos, provoca, principalmente nas grandes metrópoles, dificuldades na circulação, poluição atmosférica, visual e sonora. 02. o maior adensamento populacional requer políticas que priorizem transporte coletivo, para diminuir o número de veículos em circulação e aumentar a velocidade de deslocamento, além de reduzir a poluição atmosférica provocada pela emissão de gases. 04. cidades de porte médio localizadas próximas às regiões metropolitanas também têm passado por um crescimento de população urbana que começa a viver, em menor escala, os problemas enfrentados nas grandes metrópoles. 08. problemas urbanos são vividos apenas pela população dos países desenvolvidos industrializados, porque nos países subdesenvolvidos a maior parte da população está empregada nas atividades primárias e mora na zona rural. 16. em países desenvolvidos, o processo de urbanização tem implicado em um menor adensamento urbano, uma vez que a população tem se deslocado para o campo em busca dos incentivos destinados à atividades agroindustriais. UNIDADE 9 NOVA ORDEM MUNDIAL Dos Três Mundos à Oposição Norte/Sul A regionalização do espaço mundial com base em critérios sociais sempre está ligada à ordem internacional que prevalece num certo momento, ao equilíbrio instável dos países e os grupos de países, à disputa (ou cooperação) entre as grandes potências mundiais. Após 1945 o mundo dividiu-se em três "mundos" ou conjuntos de países: o primeiro mundo (países capitalistas desenvolvidos); o segundo mundo (países socialistas ou de economia planificada); e o terceiro mundo (áreas periféricas ou subdesenvolvidas, com frequência marcadas por disputas entre capitalismo e socialismo). O Reforço das disparidades entre o Norte e o Sul Com a crise do mundo socialista, aumenta a oposição entre o Norte e o Sul. Isso, porque deixa de haver o conflito LESTE/OESTE, ou seja, entre o socialismo real e o capitalismo. As duas superpotências das últimas décadas tinham um poderio avassalador e nenhum conflito importante no plano mundial deixava de ter a participação direta ou indireta delas. Nessa época, a oposição entre o Norte rico e o Sul pobre nunca transparecia claramente, porque estava sempre abafada pelo conflito LESTE/OESTE. O segundo mundo chegou a abranger cerca de 32% da população mundial no início dos anos 80, mas hoje ele praticamente não existe mais. Assim, colocando-se os antigos países socialistas mais pobres ou menos industrializados (China, Mongólia, Camboja, Vietnã, Cuba, etc.) no Sul subdesenvolvido, e os mais industrializados (Rússia, Hungria, Polônia, República Tcheca, etc.) no Norte, temos a oposição entre o Norte desenvolvido, com 23% da população mundial, e o Sul com 71% desse total demográfico. Essa é a principal oposição mundial dos anos 90. OS PAÍSES DESENVOLVIDOS As principais características dos países chamados desenvolvidos são: • Agricultura intensiva, isto é, moderna e racional, com o emprego de máquinas, técnicas eficiente de produção e mão de obra qualificada. Como consequência, uma pequena parcela da população empregada na agricultura consegue elevada produtividade, geralmente capaz de sustentar a população de todo o país. • Nível científico e tecnológico elevado, responsável por um constante aperfeiçoamento das atividades humanas. Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 15 • Meios de transporte e comunicação modernos e eficientes. • Predomínio da população urbana sobre a população rural. • Baixo crescimento natural da população. • Elevado nível de vida da população, característica expressa através de: - baixas taxas de mortalidade infantil; - alta expectativa de vida, ou seja, elevada duração média de vida; - reduzido número de analfabetos; - boas condições de alimentação e habitação. Mas há significativas diferenças entre os países desenvolvidos. Alguns atingiram um elevado nível de desenvolvimento tecnológico e comandam as principais empresas mundiais. É o caso dos Estados Unidos, da Alemanha, do Japão e da França. Outros, gomo Espanha, Portugal, Grécia e Austrália, apresentam ainda parte significativa de sua economia assentada no setor agropecuário, possuem menor grau de desenvolvimento tecnológico e, portanto, exercem menos influência sobre a economia internacional. O Subdesenvolvimento De forma sucinta, podemos definir o subdesenvolvimento como uma situação econômico-social caracterizada por dependência econômica e grandes desigualdades sociais. Subordinação ou dependência econômica: Todos os países do Sul ou do terceiro mundo são economicamente dependentes dos países desenvolvidos. Tal dependência manifesta-se de três maneiras: I. Endividamento externo – normalmente, todos os países subdesenvolvidos possuem vultosas dívidas para com grandes empresas financeiras internacionais. II. Relações comerciais desfavoráveis – geralmente os países subdesenvolvidos exportam produtos primários (não industrializados), como gêneros agrícolas e minérios. As importações, por sua vez, consistem basicamente de produtos manufaturados, material bélico e produtos de tecnologia avançada (aviões, computadores, etc.). Esta relação comercial revela-se terrivelmente desvantajosa, pois os artigos importados têm valor agregado bem maior do que os exportados, e ainda se valorizam mais rapidamente. III. Forte influência de empresas estrangeiras – nos países subdesenvolvidos, boa parte das principais empresas industriais, comerciais, mineradoras e, às vezes, até agrícolas são de propriedade estrangeira, possuindo a matriz nos países desenvolvidos. São as chamadas multinacionais. Uma grande parcela dos lucros dessas empresas é remetida para suas matrizes, o que provoca descapitalização no terceiro mundo. Grandes Desigualdades Sociais Em todos os países subdesenvolvidos, a diferença entre ricos e pobres é muito mais acentuada do que nos países desenvolvidos. Por exemplo, na Colômbia, 2,6% da população possui 40% da renda nacional; no Chile, 2% dos proprietários possuem 50% das terras agrícolas. Dessa forma, a população de baixa renda acaba sofrendo de sérios problemas de subnutrição, falta de moradias, atendimento médico-hospitalar inadequado, insuficiência de escolas, etc. Exercícios de Sala � 1. (UFSC) “Hoje em dia, na América Latina, 15% a 20% da população desfruta de um estilo de vida de Primeiro Mundo: matriculam seus filhos em escolas particulares, pertencem a “country” clubes, jogam tênis, fazem ginástica aeróbica, fazem cirurgias plásticas, viajam em carros luxuosos e comunicam-se mediante computadores e fax. Moram em condomínios fechados, viajampara o exterior, seus filhos frequentam universidades no exterior, falam inglês e são a audiência à qual os presidentes latino-americanos dirigem seus discursos sobre a nova prosperidade global. O restante da população é levado do Terceiro para o Quarto Mundo com cortes nos gastos sociais (saúde e educação), corte nos investimentos de manutenção de serviços públicos como água e esgoto. Ingressam no setor informal da economia. É o declínio do Estado de Bem-estar Social e a pauperização da população.” Esse contraste, extraído do livro “Hegemonia dos Estados Unidos no novo milênio” de James Petras e Henry Veltmeyer, mostra a realidade na América Latina. Sobre o texto é correto afirmar que: 01. A situação sócio-econômica das duas realidades acima descritas é histórica, porém exacerbou-se com a entrada do neoliberalismo, fase atual do capitalismo. 02. A expansão capitalista atual forçou a demolição do Estado do Bem-estar Social, que existiu em maior ou menor escala em grande número de países, agravando as diferenças sociais. 04. A constatação acima permite concluir que, na América Latina, há um crescimento em grande escala do capital, o que faz aumentar o número de emprego e diminuir a pobreza, os crimes e os sofrimentos humanos. 08. A comparação no texto vem confirmar que a diferença dos dois conjuntos de países só diminuirá com o crescimento econômico do Terceiro ou Quarto Mundo, que superará a evolução econômica do Primeiro Mundo. 16. Do texto acima, deduz-se que a situação de miséria e pobreza da maioria latino-americana só será resolvida com a cooperação dos Estados imperiais e das elites que estão no poder. 2. (UFRJ) Países em desenvolvimento são os que, apesar de apresentarem várias características inerentes aos países subdesenvolvidos, encontram-se em um nível intermediário de desenvolvimento. Uma característica desse grupo de países é: a) o aumento do setor primário, tendo em vista que o seu processo de industrialização clássica tem mecanizado a Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 16 lavoura, liberando mão de obra qualificada para o setor terciário. b) o aumento da participação dos setores secundários e terciário da economia, que determina mais um crescimento econômico do que um desenvolvimento do país, visto que o setor secundário é representado por uma industrialização tardia. c) uma industrialização voltada para a fabricação de bens de produção, já que atingiram um alto grau de tecnologia nacional e possuem um grande mercado consumidor interno. d) a planificação de sua economia, com os meios de produção nas mãos do estado e com ênfase às indústrias de base, como, por exemplo, a siderurgia. e) o desenvolvimento satisfatório de vida e autonomia de criar sua própria tecnologia, usando seu próprio capital para o seu desenvolvimento econômico. 3. Desde 1990, o Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento usa um novo parâmetro, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para avaliar o nível de desenvolvimento dos países. Esse índice leva em conta a) a expectativa de vida e o consumo de calorias por habitante. b) a expectativa de vida, a taxa de escolaridade e a "renda per capita". c) a expectativa de vida e o crescimento vegetativo. d) a taxa de natalidade, a taxa de mortalidade e a "renda per capita". e) apenas a "renda per capita" dos países. UNIDADE 10 SANTA CATARINA LOCALIZAÇÃO O Estado de Santa Catarina localiza-se na parte subtropical do Brasil e representa aproximadamente 1,1% do território brasileiro. Com uma área de 95.442,90 km2, o estado possui aproximadamente 550km de litoral com o oceano Atlântico, o território catarinense encontra-se entre os paralelos 25º 19’41” e 25º 23’ 55” de latitude Sul e entre os meridianos 48º 19’ 37’ e 53º 50’ 00’ de longitude Oeste. A costa catarinense corresponde a 7% do litoral brasileiro. LIMITES: Ao Norte - Com o Paraná, desde as nascentes de rio Peperi-Guaçu até a foz do rio Sai-Guaçu no Oceano Atlântico. Ao Sul - Com o Rio Grande do Sul, desde a confluência dos rios Peperi-Guaçu e Uruguai até a foz do Mampituba no Oceano Atlântico. Ao Leste — Com o Oceano Atlântico. Ao Oeste - Com a Rep. Federativa da Argentina através do rio Peperi-Guaçu. GEOLOGIA O território catarinense possui quatro unidades bem distintas quando consideramos o aspecto geológico. I - Unidade Sedimentar Quaternária - Formada pelos depósitos dos maiores rios de Santa Catarina, é a área de formação mais recente. II - Unidade Cristalina Pré Cambriana - Formada por planaltos e serras mais próximas ao litoral, as altitudes encontram-se muito reduzidas devido a grande erosão. III - Unidade Sedimentar Paleozoica - É uma das áreas que apresenta elevados desníveis altimétricos, nela encontram-se desde a serra de Lages até a depressão Carbonífera de Criciúma. IV — Unidade Basáltica Mesozoica — a região que apresenta os maiores altitudes do estado. RELEVO . O relevo catarinense pode ser dividido em três partes principais: - As planícies costeiras representadas por uma faixa estreita ao longo do litoral, em geral apresentam altitudes de 400 metros. - As serras, Geral (sul) e do Mar (nade) são as barreira quase intransponíveis entre a planicie costeira e o planalto. As altitudes nesta parte variam de 400 a 800 metros. - O planalto Meridional catarinense descai para oeste, com altitudes de 800 a 1200 metros em média. - A maior altitude do estado é o morro da Igreja no município de Urubici (1840 m). - No relevo de Santa Catarina, podemos perceber que temos ainda uma planície na parte sudoeste do estado, esta planície é chamada de: Planície do rio Uruguai. Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 17 CLIMA Por localizar-se totalmente abaixo do trópico de capricórnio. Santa Catarina possui um clima tipo Subtropical. Na classificação de Koppen, a mais utilizada em todo o mundo, SC possui dois subtipos climáticos: Cfa - Clima mesotérmico úmido com chuvas bem distribuídas, verões quentes e invernos brandos. (Atua em todo o litoral e na planície do rio Uruguai) Cfb - Clima mesotérmico úmido com chuvas bem distribuidas. verões brandos e invernos rigorosos. (Atua em todo o planalto serrano e porte do oeste do estado) Esta classificação (Koppen) funciona como uma padronização, assim, qualquer pessoa que entenda a classificação pode conhecer a base de um clima, apenas por três letras. HIDROGRAFIA A hidrografia de Santa Catarina pode ser dividida em duas vertentes: � Vertente do Atlântico ou do Leste, ou ainda do sudeste- sul � Vertente do Interior ou do Uruguai - Percebe-se que o divisor de águas é constituído pela Serra do Mar em conjunto com a Serra Geral. O regime de praticamente todos os rios brasileiros é pluvial (com exceção do Amazonas), ou seja, eles dependem exclusivamente das chuvas para existirem. As quatro áreas de maior comprometimento são: 1) Sul do estado: rejeitos de carvão e rede de esgotos. 2) Norte do estado; metais pesados (resíduos industriais), esgotos e agrotóxicos. 3) Bacia do Rio do Peixe: indústria do papel, frigoríficos, agrotóxicos e esgotos. 4) Bacia do ltajaí-Açu: Indústrias (corantes) e esgotos. VEGETAÇÃOSanta Catarina possui uma grande diversidade de paisagens naturais, com diferentes formações vegetais, isto se dá graças a localização geográfica, ao relevo e aos diferentes tipos de solo que apresenta. Antes dos colonizadores e imigrantes chegarem, SC apresentava uma vegetação nativa do tipo florestal. Hoje, depois de tantos desmatamentos, as florestas recuaram e deram lugar à agricultura, às pastagens, e às cidades. Mesmo assim, nosso estado ainda possui a maior cobertura vegetal nativa do sul do Brasil. Exercícios de Sala � 1. Assinale (V) para os afirmações verdadeiras e (F) para as afirmações falsas: ( ) O estado de Santa Catarina possui sua fronteira a oeste com a Argentina e a divisão é feita pelo rio Uruguai. ( ) O estado de Santa é o maior dos três estados do região sul do Brasil. ( ) O relevo catarinense possui duas serras principais, a Serra do Mar e a Serra Geral ,que fazem parte da serra litorânea. ( )Em Santa Catarina, a porção oeste do território é ocupada pelo planalto meridional. ( )Na geologia de Santa Catarina os terrenos mais a leste, que ocupam as planície marinhas, são os mais antigos. ( ) O Clima catarinense é conhecido pela má distribuição de suas chuvas. ( ) Segundo a classificação climática de Koppen, SC possui dois subtipos climáticos, sendo que no litoral atua o clima tipo Cfa. ( ) O clima de Santa Catarina é considerado subtropical seco. Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 18 UNIDADE 11 AGRICULTURA Em Santa Catarina predominam os minifúndios, que ficam menores a cada divisão, em geral, por herança. Com uma baixa produção, os agricultores acabam migrando para a cidade em busca de melhores condições de vida (êxodo rural). Na agricultura podemos ter dois tipos de lavoura: - lavouras temporárias — exigem novo plantio após a colheita, os principais cultivos são: -o milho e a soja (principalmente no oeste). -o arroz (sobretudo em Jaraguá do Sul e Joinville), o feijão (oeste, região serrana e norte), -o fumo ( no sul e no vale do ltajai). -a cebola ( no vale do ltajai, sobretudo em ltuporanga). -o alho (região serrana, sobretudo em Curitibanos e Frei Rogério). - lavouras permanentes - não exigem novo plantio após a colheita, os principais cultivos são: -a banana (Sul, sobretudo em Jacinto Machado); -a maçã (oeste e região serrana, sobretudo Fraiburgo e São Joaquim); -a uva (oeste e sul, com destaque para Urussanga). Por causa desta diversidade de culturas, SC possui várias festas ligadas a produção de suas lavouras. Entre elas destacam-se: - Festa do vinho e da uva, em Urussanga - Festa do milho, em Santo Amaro da Imperatriz - Festa da cebola, em Ituporanga - Fenarreco — Brusque - Octoberfest — Blumenau e ltapiranga - Festa das flores — Joinville - Marejada — ltajaí - Festa do Pinhão — Lagos - Festa da cachaça — Luis Alves - Festival de dança — Joinville - Fenaostra — Florianópolis PECUÁRIA Suinocultura A criação de suínos é praticada principalmente no oeste catarinense, tendo como municípios que se destacam neste tipo de cultura: Concórdia, ltapiranga, Chapecó, Seara, Videira Avicultura A avicultura catarinense conta com o que há de mais moderno no setor, tornando o estado o maior produtor de aves do Brasil. Obs.: Estão localizados em território catarinense os maiores frigoríficos do Brasil, que abatem os animais (porcos e aves) e industrializam sua carne para consumo interno e também para exportação. EXTRATIVISMO VEGETAL A extração vegetal em Santa Catarina baseia-se, principalmente, em: Madeira em tora e lenha — regiões oeste, Serrana e vale do Itajaí. Palmito — Joinville e vale do ltajaí Carvão vegetal — é produzido em várias partes do estado, principalmente no sul e no vale do ltajaí Erva mate — planalto serrano e planalto norte. EXTRAÇÃO ANIMAL Em Santa Catarina, a pesca desponta como principal atividade de extração animal e é praticada em todas as modalidades: amadora, artesanal e industrial. - A piscicultura é a criação de peixes em aquários ou tanques para fins econômicos. Em Santa Catarina, a pesca é praticada com maior intensidade nos municípios de ltajai, Laguna, Navegantes, Florianópolis e Gov. Celso Ramos. A maricultura (criação de ostras e mariscos) catarinense é líder nacional. EXTRATIVISMO MINERAL O território catarinense possui muitos minérios. Em nosso território exploramos areias, argilas e, principalmente, fluorita e carvão mineral. Areia — sul e vale do ltajai Argila - em todo o estado, mas, principalmente, no vale do ltajai, as argilas são usadas sobretudo para fabricação de cerâmica, no estado temos a maior fabricante mundial de pisos e azulejos, a Cecrisa. Fluorita - SC é o estado de maior reserva e extração de fluorita do Brasil, o município que mais contribui é o Morro da Fumaça. Carvão Mineral — SC extrai 3/5 de toda a extração nacional. No município de Criciúma localiza-se a Companhia Carbonífera Catarinense. Entre os outros municípios que se destacam na extração de carvão, estão: Siderópolis, Tubarão e Lauro MuIler. O carvão mineral é muito importante para o estado de Santa Catarina, pois, grande parte de sua produção é utilizada para gerar energia na usina termelétrica Jorge Lacerda, que fica no município de Capivari de Baixo. Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 19 INDÚSTRIA A influência dos imigrantes italianos e alemães é nítida no processo de industrialização catarinense. A indústria de Santa Catarina é líder em diversos setores e encontra-se bem distribuída pelo território, sendo que as indústrias do mesmo setor em geral agrupam-se em uma mesmo região. Setores industriais de Santa Catarina: Eixos Econômicos: 0l - Metal Mecânico 02 - Cerâmico e Mineração 03- Madeireiro, Papel e Celulose 04- Mobiliário 05- Têxtil 06- Agro-industrial 07 - Tecnológico Em Santa Catarina estão grandes indústrias de destaque nacional e até internacional em vários setores. Cecrisa Eliane Hering Telca Sadia Perdigão Portobelo Tigre Embraco Weg UNIDADE 12 AS REGIÕES DE SANTA CATARINA O estado de Santa Catarina pode ser dividido em seis grandes regiões para ser melhor estudado. a) Região Oeste É a região de ocupação mais recente, a maior parte de sua população é formada por descendentes de imigrantes alemães e italianos do estado vizinho, o Rio Grande do Sul. O principal ramo industrial é o de alimentos (agroindústria), tendo como principais cidades: São Miguel d’Oeste, Chapecó, Xanxerê, Joaçaba, Caçador e Concórdia. b) Região Norte No início, sua colonização foi feita por paulistas; posteriormente, os alemães e eslavos colonizaram a região. Na região de Joinville e Jaraguá do Sul está instalado o maior porque industrial catarinense. A agricultura catarinense é pouco desenvolvida, com destaque apenas para a produção de arroz. As cidades mais importantes são: Canoinhas, São Bento do Sul, Joinville, Jaraguá do Sul, Mafra, Porto União e São Francisco do Sul. c) Região Serrana Uma das mais belas regiões do estado, com altitudes superiores a 1300 metros, colonizada principalmente por tropeiros de São Paulo, a região dedica-se à pecuária de bovinos e à agricultura de milho. As indústrias que mais se destacam são a de papel, papelão e madeira, Lages, Curitibanose Campos Novos são as cidades mais importantes da regiãa serrana. c) Vale do ltajaí Colonizada principalmente por imigrantes alemães, tem como cidades mais importantes Blumenau, ltajai, ltuporanga e Brusque. Blumenau e Brusque são o berço da fiação catarinense, possuindo um grande número de indústrias têxteis, Na arquitetura, destacam-se em Blumenau as casas em estilo enxaimel (tijolos e madeira). d) Grande Florianópolis A cidade de Florianópolis, localizada na ilha de Sanla Catarina, juntamente com outros municípios vizinhos forma a grande Florianópolis. Região de colonização mesclada, onde encontramos portugueses, italianos, e alemães, possui um centro comercial bastante diversificado e desenvolvido. A indústria de software e de telefonia está se desenvolvendo com razoável força em Florianópolis. Fazem parte da grande Fpolis: Águas Mornas, Alfredo Wagner, Angelina. Anitápolis, Antônio Carlos, Biquaçu, Canelinha, Florianópolis, Garopaba. Gov. Celso Ramos, Leoberto Leal, Major Gercino, Nova Trento, Palhoça, Paulo Lopes, Rancho Queimado, Sto Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São João Batista, São José e Tijucas, e) Sul Esta região, colonizada no seu litoral por portugueses e no interior por italianos e alemães, apresenta hoje um parque industrial moderno e diversificado, com destaque para a indústria de cerâmica. Tubarão, Laguna, Criciúma e Araranguá são as maiores cidades. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS CATARINENSES População Absoluta: 5.350.000 hab (censo. 2000) Densidade Demográfica: 52 hab/km2 Mortalidade Infantil: 23,8(1996) IDH: 0.863 População urbana: 73,13% (1996) População rural:26,87% (1996) Analfabetismo: 7.37% (1996) Esperança de vida: 73 anos Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 20 PEA: 54, I%(1996) Distribuição da população pelos setores da economia Primário: 31.8% Secundário: 26, 1% Terciário: 42,1% Cidades mais populosas de Santa Catarina De acordo com o censo de 2000 temos: Joinville: 430 mil hab Florianópolis: 341 mil hab Blumenau: 260 mil hab São José:173 mil hab Criciúma: 170 mil hab Lages: 156 mil hab Itajaí:151 mil hab Chapecó:140 mil hab TRANSPORTES a) Transporte rodoviário Classificação das rodovias federais que cortam SC: - BR 101 - BR 116 Br’s Longitudinais (que correm no sentido norte- sul) - BR 153 - BR 280 Br’s Transversais (que correm no sentido leste- oeste) - BR 282 - BR 470 - BR 480 BR’s de ligação (que ligam duas cidades, um porto a uma cidade, uma BR a outra, entre outras ligações possíveis.) b) Transporte ferroviário O sistema ferroviário catarinense, atualmente, encontra-se em decadência. Em pleno funcionamento, existem apenas alguns trechos de antigas ferrovias que recebem manutenção precária. A estrada de ferro mais conhecida do território catarinense é a São Paulo — Rio Grande, que corta a região das batalhas da conhecida guerra do Contestado. Na estado, ainda funcionam: - Estrada de ferro Teresa Cristina (sul do estado), que possui um terminal para transportar carvão para o porto de lmbituba, para termelétrica Jorge Lacerda que fica no município de Capivari de Baixo. - Estrada de ferro Dona Francisca (nordeste), utilizada em alguns trechos pela indústria ou para turismo. c) Transporte aéreo Em Santa Catarina atualmente existem 27 aeroportos, sendo que 6 deles operam com Linhas regulares, são eles: Florianópolis, Joinville, Navegantes, Chapecó, Criciúma e Lages. d) Portos Os portos catarinenses estão integrados ao sistema nacional. Em Santa Catarina temos quatro portos: - São Francisco do Sul — containers, soja, trigo, compressores - ltajaí - frango, produtos têxteis, derivados de petróleo - lmbituba - carvão mineral, açúcar, frango, insumos. - Laguna -- terminal pesqueiro FONTES DE ENERGIA No estado de Santa Catarina, as principais fontes para a produção de energia são: Carvão mineral — retirado na depressão carbonífera de Criciúma e utilizado na termelétrica Jorge Lacerda para a produção de energia elétrica, que hoje se encontra à cargo da Gerasul e da CELESC. Rios - com a construção de várias barragens, o homem utiliza a força d’água para a produção de energia elétrica. No estado existem mais de 10 usinas hidrelétricas em funcionamento, entre elas destacam-se: - Usina de Bracinho — município de Schroeder - Usina de Caveiras — município de Loges Inclusão para a Vida Geografia A PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 21 - Usina de Cedros e Palmeiras - município de Rio dos Cedros - Usina Gov. Celso Ramos - município de Faxinal dos Guedes - Usina Gov. Ivo Silveira — município de Capinzal - Usina Pery - município de Curitibanos - Usina Garcia - município de Angelina - Usina Salto — município de Blumenau - Usina de ltá — município de Itá Ventos - Parque Eólico Bom Jardim da Serra Gás Natural - Vem da Bolívia e passa pelo litoral catarinense. Exercícios de Sala � 1. Assinale (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as falsas. ( ) Em Santa Catarina, o principal porto pesqueiro é o de Itajai. ( ) Florianópolis é considerada a capital turística do Mercosul. ( ) O maior parque industrial catarinense está localizado em Joinville. ( ) A BR 282 corta o estado no sentido leste-oeste. ( ) A presença de grandes indústrias multinacionais é evidenciada dentro da agroindústria catarinense. ( ) SC possui apenas dois aeroportos internacionais, o de Florianópolis e o de Joinville. ( ) SC possui quatro portos: São Francisco, ltajai, Laguna e lmbituba, sendo este último um terminal pesqueiro. ( ) A BR 101 encontra-se totalmente duplicada. GABARITO Unidade 1 1) 28 2) 15 Unidade 2 1) 06 2) 05 Unidade 3 1) 15 2) C Unidade 4 1) B 2) B 3) 37 Unidade 5 1) 07 3) 05 4) 22 Unidade 6 1) D 6) 22 Unidade 7 7) D 4) (X), (X), ( ), (X), (X) Unidade 8 1) A 2) 07 Unidade 9 1) 19 2) B 3) B SC Unidade 10 1) F,F,V,V,F,F,V,F,V Unidade 12 1) F,V,V,V,F,F,F