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EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL

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EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
Há determinados títulos que são formados pelas partes fora da estrutura do processo, para estes títulos, existe o instrumento para passar pelo procedimento próprio, sem precisar passar pelo procedimento comum. Portanto, é um processo autônomo e com características próprias, e permitem que por meio de executiva fazer-se cumprir as obrigações pactuadas.
A regra que traz no art. 771 NCPC, se aplica subsidiariamente a outros, desde que não haja nada que contrarie a estrutura. 
Na execução temos alguns poderes do juiz bem significantes. No art. 772 NCPC, dispõe que o juiz pode a qualquer momento do processo: ordenar o comparecimento das partes; advertir o executado que o seu procedimento constitui ato atentatório a dignidade da justiça, ou seja, há uma cooperação entre o juiz e o executado; determinar que os sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações que devem ser trazidas aos autos, ou seja, o juiz pode determinar que esses sujeitos prestem as informações necessárias. 
Medidas necessárias para o cumprimento da ordem
O juiz pode a requerimento ou de ofício, determinar medidas necessárias para que seja efetuado o cumprimento da ordem de entregar documentos e dados. O juiz pode inclusive, empregar a multa ou até mesmo a busca e apreensão. 
Confidencialidade: manter o sigilo de algumas informações. As informações exigidas merecem todo o sigilo possível para proteger as pessoas da relação. O juiz pode tomar medidas necessárias para garantir a confidencialidade, ou seja, decretar o segredo de justiça.
Ato atentatório a dignidade da justiça 
Atos que são contrários à execução, atos que violam a estrutura da execução. Ou seja, conduta omissiva ou comissiva que possa: 
Fraudar à execução; 
Se opor maliciosamente a execução, fazendo com que a execução não chegue ao seu objetivo final; 
Dificultar ou embaraçar a penhora, o sujeito busca inviabilizar a execução; 
Resistir injustificadamente a ordem judicial, ou seja, o descumprimento da ordem judicial; 
Quando o executado não informar o juiz quais são e onde estão os bens que possam sofrer penhora.
Nestes casos, o juiz poderá fixar uma multa não superior a de 20% do valor da execução, sendo revertido em proveito do exequente. 
A cobrança de multa será promovida dentro dos próprios autos de execução.
Desistência 
O exequente pode desistir da execução, seja ela parcial ou total. A desistência não importa em renúncia do direito de executar, não é uma renúncia aos valores e sim da execução, tendo em vista que pode ocorrer o acúmulo de execução. Portanto, a renúncia é da ação, e não do valor/obrigação a ser recebida.
Serão extintos a impugnação e embargos sobre questões processuais, devendo o exequente pagar as custa e os honorários advocatícios. 
Caso a questão não seja unicamente de cunho processual, será necessário a concordância da parte contrária. 
O exequente deve ser responsável, ou seja, se for uma execução provisória e este título vier a ser desconstituído (inexistente em todo ou em parte), ele (exequente), será responsável pelos prejuízos causados. 
Requisitos necessários para realizar a execução
A obrigação deverá ser certa, líquida e exigível. Se a execução não tiver observado algum deles, a execução será NULA. (Art. 803, I NCPC). Ou seja, essa estrutura é significativa.
Os títulos executivos extrajudiciais estão elencados no art. 784, de forma taxativa. 
Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; requisito cumulativo
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. Há títulos que não estão aqui, mas devem estar expressos em outro dispositivo para serem extrajudiciais. 
	
A propositura de uma ação qualquer não inviabiliza a execução. Posso ter uma ação revisional e uma execução, uma não impede a outra. 
Títulos executivos concretizados no estrangeiro podem ser cumpridos no Brasil? Mas não precisa ser homologado para serem considerados como títulos. O que é necessário que este título tenha requisitos de títulos no lugar de sua formação e que tenha determinado que seja cumprido no Brasil. 
Eu tenho um título extrajudicial, posso entrar direito com o processo de execução. Mas também posso entrar com o processo de conhecimento, desde que o objetivo não seja apenas concretizar a execução, e sim obter um título executivo judicial. (Art.785 NCPC).
Exigibilidade da execução
A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível. A preocupação é que a execução só poderá se estiverem presentes esses elementos. Ou seja, eu preciso ter o título e que o devedor não satisfaça a obrigação, para que assim, a execução seja plenamente possível. 
Se a obrigação for bilateral, o credor não pode exigir a execução sem que antes tenha efetuado o seu dever e que o devedor esteja inadimplente. Caso ocorra, o credor deve provar que houve o cumprimento de sua obrigação, e que o devedor não satisfez a contraprestação. 
O credor não poderá iniciar a execução ou nela prosseguir se o devedor cumprir a obrigação. Ou seja, se o devedor cumprir, seja antes ou no curso da execução, a ação deverá ser extinta. Contudo, o credor poderá recusar o recebimento da prestação caso ela seja diferente da pactuada (não posso obrigar a alguém a receber algo diverso do que foi contratado).

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