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RESUMO DE HISTOLOGIA (HEMATOPOESE)

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HISTOLOGIA – CÉLULAS DO SANGUE E HEMOCITOPOESE
 Victória Calderon, FCM-SJC(T1)
Caso 5: Álvaro Mendonça – A2	 
Células do sangue 
O sangue está contido em um compartimento fechado, o aparelho circulatório, que o mantém em movimento unidirecional e regular. O volume total de sangue em uma pessoa saudável é de aproximadamente 7% do seu peso corporal. É um tipo de tecido conjuntivo especializado, pois sua matriz é totalmente fluída. É um fluido viscos, com PH entre 7,35 a 7,45, com concentração de NaCl de 0,9%. 
O sangue é formado por: 
Glóbulos sanguíneos
a. Glóbulos vermelhos Hemácias ou Eritrócitos 
b. Plaquetas
c. Glóbulos brancos Leucócitos 
Plasma 
Corresponde a 55% do sangue; É composto por nutrientes, dejetos, gases, água e eletrólitos sendo 7% proteínas, 91,5% água e 1,5% outros solutos. 
Hematócrito: Sedimentação do sangue através de uma coleta por punção venosa, onde é tratado com anticoagulante e em seguida centrifugado, separando-o em várias camadas diferentes. Possibilita estimar o volume de sangue ocupado pelos eritrócitos em relação ao sangue total. O plasma corresponde ao sobrenadante translúcido e amarelado. Os eritrócitos são mais densos que os glóbulos brancos e por isso depositam-se no fundo. As plaquetas repousam sobre os leucócitos. 
Funções do sangue:
Meio de transporte de nutrientes, hormônios, gases, células de defesa e dejetos do metabolismo. 
Por meio dele, leucócitos, células responsáveis por várias funções de defesa, percorrem constantemente o corpo atravessando por diapedese a parede das vênulas e capilares e concentrando-se rapidamente nos tecidos lesionados ou atacados por microrganismos. O sangue também transporta oxigênio ligado à hemoglobina das hemácias (eritrócito) ou dissolvido no plasma. O plasma, por sua vez. também transporta nutrientes e metabólitos dos locais de absorção ou síntese distribuindo pelo organismo. Transporta ainda, resíduos do metabolismo que são removidos do sangue pelos órgãos de excreção. Como veículo de distribuição dos hormônios o sangue possibilita as trocas de mensagens químicas entre os órgãos distantes. 
Papel regulador na distribuição de calor
Manutenção do equilíbrio ácido básico e no equilíbrio osmótico dos tecidos. 
Composição do plasma sanguíneo 
O plasma é uma solução aquosa que contém componentes de pequeno e elevado peso molecular que correspondem a 10% do seu volume. 
Componentes de elevado peso molecular: 
Proteínas plasmáticas 7%
Sais orgânicos 0,9%
Compostos orgânicos Aminoácidos, vitaminas, hormônios e glicose. 
Componentes de baixo peso molecular 
Estão em equilíbrio, através das paredes dos capilares e das vênulas, com o líquido intersticial dos tecidos. Por isso, a composição do plasma é um indicador da composição do líquido extracelular.
Principais proteínas do plasma 
Albumina Manutenção da pressão osmótica do sangue. Sua deficiência causa edema generalizado
Alfa, beta e gama globulinas Imunoglobulinas (Anticorpos)
Lipoproteínas
Protombina e Fibrinogênio Coagulação 
Glóbulos vermelhos 
ERITÓCRITOS (HEMÁCIAS) 
Células que conferem cor vermelha ao sangue e responsáveis pelo transporte de gases 
Produzidas na medula óssea por estímulo de um hormônio chamado eritropoetina. 
O citoplasma não possui organelas, apenas citoesqueleto, hemoglobina, enzimas glicolíticas e enzima anidrase carbônica conversão de 70% do CO2 em bicabornato. 
Não saem do sistema circulatório, permanecendo sempre no interior dos vasos. 
Possuem a forma de disco bicôncavo que proporciona grande superfície em relação ao volume Facilita as trocas de gases. 
São anucleadas. Durante a maturação na medula óssea, o eritrócito perde o núcleo e outras organelas, não podendo mais renovar suas moléculas. A Ao fim de 120 dias (em média) as enzimas já estão em nível crítico, o rendimento dos ciclos metabólicos geradores de energia é insuficiente e o corpúsculo é digerido pelos macrófagos, principalmente no baço.
A concentração normal de eritrócitos no sangue é de aproximadamente 4 a 5,4 milhões por microlitro (mm3), na mulher, e de 4,6 a 6 milhões por microlitro, no homem.
Glóbulos Brancos 
LEUCÓCITOS 
São células nucleadas, produzidas na medula óssea ou em tecidos linfoides e atuam na defesa do organismo. Permanecem temporariamente no sangue. 
Classificados em dois grupos: 
Granulócitos 
Neutrófilos: 55 a 60%
Eosinófilos: 2 a 3 %
Basófilos: -1%
Agranulócitos 
Linfócitos: 30 a 35%
Monócitos: 3 a 7%
O número de leucócitos por microlitro (mm3) de sangue no adulto normal é de 4.500 a 11.500. Chama-se leucocitose o aumento e leucopenia a diminuição do número de leucócitos no sangue. A contagem diferencial de leucócitos circulantes, feita rotineiramente no hemograma, pode indicar a existência de uma grande variedade de doenças; da mesma maneira, a análise morfológica do núcleo e citoplasma dos leucócitos pode ser determinante para o diagnóstico de diferentes doenças e síndromes.
Neutrófilos 
São leucócitos polimorfonucleares, arredondadas com diâmetros entre 12 e 15 μm, com núcleos formados por dois a cinco lóbulos (mais frequentemente, três lóbulos) ligados entre si por finas pontes de cromatina. Podem viver por cerca de 6 a 7 horas. 
A célula jovem possui núcleo não segmentado chamado de bastonete. Seu citoplasma contém grânulos específicos, que além de apresentar enzimas importantes no combate aos microrganismos também possuem componentes para reposição de membrana e auxiliam na proteção da célula contra agentes oxidantes. São ativos na realização de fagocitose Primeira linha de defesa da resposta inflamatória aguda 
Eosinófilos 
Apresentam núcleo bilobulado característico, e no citoplasma, grânulos acidófilos. Medem cerca de 12 a 15 um de diâmetro e respondem a estímulos quimiotáticos. 
Não são células especializadas pela fagocitose de microrganismos. Sua atividade defensiva se dá pela liberação seletiva do conteúdo de seus grânulos para o meio extracelular e pela fagocitose de complexos de antígeno-anticorpos que aparecem em casos de alergia. 
Destroem larvas de helmintos por fagocitose ou desgranulação no meio extracelular 
Participam do desencadeamento da asma brônquica 
Produzem enzimas capazes de neutralizar a histamina
Produzem um fator que inibe a desgranulação dos mastócitos e basófilos 
Basófilos 
Contém grânulos citoplasmáticos grandes e o núcleo volumoso e bilobulado, que, com frequência está encoberto pelos grânulos. Sua meia vida no sangue é de cerca de 1 a 2 dias, por isso, é difícil localizá-lo nos esfregaços sanguíneos. 
Possui ação imunomoduladora Acredita-se que por meio da secreção de citocinas os basófilos modulem a função de determinadas populações de linfócitos T.
Atuam na asma brônquica e nas alergias cutâneas 
Linfócitos
Responsável pela defesa imunológica do organismo. Essas células reconhecem moléculas estranhas existentes em diferentes agentes infecciosos. combatendo-as por meio de resposta humoral (produção de imunoglobulinas) e resposta citotóxica mediada por células.
São células com núcleos esféricos e classificas em dois subtipos 
Linfócitos B: Produzidos e amadurecidos na medula óssea. São as principais células da chamada imunidade humoral. São estimulados por antígenos, transformam-se em plamócitos Células secretoras de anticorpos
Linfócitos T: Produzidos na medula óssea e amadurecidos no timo antes da puberdade Também conhecidos por timócitos. São os principais responsáveis pela chamada imunidade celular, agindo de forma a estimular ou atenuar a produção de anticorpos pelos linfócitos B ou diretamente sobre antígenos e/ou células corporais infectadas por esses, fagocitando-os. 
Monócitos 
São os maiores leucócitos circulantes, com diâmetro entre 15 e 22 um. O núcleo ovoide tem formato de ferradura ou rim, e geralmente, é excêntrico e maisclaro do que os outros leucócitos. 
A superfície celular apresenta muitas vilosidades e vesículas de pinocitose. 
Movem-se na corrente sanguínea por poucas horas e depois entram no tecido periférico onde se transformam em macrófagos. Como células fagocíticas são mais eficientes do que os neutrófilos. 
Plaquetas 
Também chamadas de trombócitos. Não são células, mas sim, fragmentos dessas derivadas de células gigantes da medula óssea, os megacariócitos. Corpúsculo anucleado. Medem cerca de 2 a 4 um e atuam na coagulação do sangue e na reparação de paredes dos vasos sanguíneos. 
 
Hemocitopoese 
Hemocitopoese é o processo contínuo e regulado de produção de células do sangue, que envolve renovação, proliferação, diferenciação e maturação celular. As células do sangue têm vida curta e são constantemente renovadas pela proliferação mitótica de células localizadas nos órgãos hemocitopoéticos.
Existem três períodos hematopoéticos intra-uterinos: 
Período embrionário: 15º ao 18º dia A hematopoese ocorre no mesoderma do saco vitelínico 
Período hepatoesplênico ou fetal: Da 6ª semana ao 7º mês de vida A hematopoese ocorre no fígado e no baço
 Período medular fetal: A partir do 7º mês A hematopoese ocorre na medula óssea 
A hematopoese do período embrionário é caracterizada pelo desenvolvimento de eritroblastos primitivos e geralmente ocorre no interior dos vasos sanguíneos em desenvolvimento. A partir da sexta semana inicia-se a hemocitopoese definitiva. O fígado funciona temporariamente como órgão hemocitopoético e esta fase denomina-se hepática, caracterizada pelo desenvolvimento de eritroblastos, granulócitos e monócitos --> As primeiras células linfoides e megacariócitos aparecem. Órgãos como o baço, timo e linfonodos também contribuem para a hemocitopoese, especialmente para a produção de linfócitos e o baço também na produção de eritrócitos. Em contrapartida, no segundo mês de vida intrauterina a clavícula já começa a se ossificar e tem início a formação de medula óssea hematógena (vermelha) em seu interior, dando início à fase medular da hemocitopoese. A medida que a ossificação pré-natal do restante do esqueleto se avança, a medula óssea se torna cada vez mais importante como órgão hemocitopoético, alcançando um pico de atividade no período próximo ao nascimento. Na vida pós-natal, os eritrócitos, granulócitos, linfócitos, monócitos e plaquetas se originam a partir de células troncos na medula óssea vermelha. 
Os órgãos nos quais o desenvolvimento linfoide ocorre são classificados como primários Medula óssea e Timo e secundários. Todas as células são derivadas primariamente da medula óssea; linfócitos B se diferenciam na medula, enquanto linfócitos T provêm de células que migram da medula para o timo e ali se diferenciam. Em órgãos linfoides secundários, como o baço, linfonodos e agregados linfoides em diferentes órgãos, os linfócitos T e B proliferam intensamente, em geral estimulados por antígenos.
Na fase extra uterina, o fígado e o baço perdem a função produtiva e passam a participar do processo de destruição celular. 
Células-tronco, fatores de crescimento e diferenciação
As células troncos são caracterizadas por: 
Capacidade de autorrenovação Algumas células permanecem como células-tronco mantendo a população dessas células. 
Capacidade de gerar uma ampla variedade de tipos celulares Diferenciação em outros tipos celulares com características específicas. 
Admite-se que todas as células do sangue derivam de um único tipo celular da medula óssea, por isso chamada célula-tronco pluripotente. Estas células proliferam e formam duas linhagens: a das células linfoides, que forma linfócitos, e a das células mieloides, que origina os eritrócitos, granulócitos, monócitos e plaquetas.
 A proliferação das células-tronco pluripotentes origina células-filhas com potencialidade menor. Essas células-filhas são as células progenitoras multipotentes que produzem as células precursoras (blastos). É nas células precursoras que as características morfológicas diferenciais das linhagens aparecem pela primeira vez, pois as células-tronco pluripotentes e as progenitoras são indistinguíveis morfologicamente e se parecem com os linfócitos grandes. As células-tronco pluripotentes se multiplicam apenas o suficiente para manter sua população, que é reduzida. A frequência das mitoses aumenta muito nas células progenitoras e precursoras, que produzem grande quantidade de células diferenciadas maduras na medula óssea humana saudável. As células progenitoras, quando se dividem, podem originar outras células progenitoras e também células precursoras, mas as precursoras só originam células sanguíneas destinadas a amadurecer.
A hematopoese depende de microambiente adequado e de fatores de crescimento fornecidos por células do estroma dos órgão hematopoéticos. Esses fatores, denominados fatores de crescimento hemocitopoéticos, regulam a proliferação, a diferenciação e a apoptose de células imaturas, assim como a atividade funcional de células maduras. Entre esses fatores, destacam-se pelo menos 18 tipos de interleucinas; diversas citocinas e fatores estimuladores de colônias.
Linhagem de células sanguíneas: 
Células tronco pluripotentes Células tronco progenitoras multipotentes (Linhagem linfoide e Linhagem mieloide) Células precursoras (blastos) monopotentes Células maduras 
Células tronco pluripotentes
Dão origem a todos os tipos celulares do sangue 
Possuem baixa atividade mitótica
São auto renováveis e indiferenciadas 
Pouco numerosas na medula 
Proliferam para se auto renovarem ou originarem células progenitoras multipotentes linfoides e mieloides
Células progenitoras 
Proliferam para se auto renovarem ou originarem as células precursoras (blastos) monopotentes. 
Possuem grande atividade mitótica 
Não são auto renováveis
Frequentes na medula óssea e órgãos linfoides 
Células precursoras 
As células precursoras originam as células maduras 
Não se multiplicam
Frequentes na medula óssea e órgãos linfoides 
Questões do plano de aula: 
Resuma a participação das plaquetas no processo de coagulação do sangue (Da agregação à remoção do coágulo) 
Quando a parede de um vaso sanguíneo é lesionada, inicia-se um processo denominado hemostasia, que visa impedir a perda do sangue (hemorragia). A hemostasia é um fenômeno complexo que envolve a musculatura lisa do vaso lesionado, as plaquetas e diversos fatores do plasma sanguíneo, que promovem a coagulação do sangue. A contração do músculo liso é estimulada pela serotonina liberada pelas plaquetas. 
A participação das plaquetas na coagulação do sangue pode ser resumida da seguinte maneira:
Agregação primária: descontinuidades do endotélio produzidas por lesão vascular são seguidas pela absorção de proteínas do plasma sobre o colágeno adjacente. As plaquetas também aderem ao colágeno, formando tampão plaquetário
Agregação secundária: as plaquetas do tampão liberam ADP, que é um potente indutor da agregação plaquetária, fazendo aumentar o número de plaquetas do tampão
 Coagulação do sangue: durante a agregação das plaquetas, fatores do plasma sanguíneo, dos vasos lesionados e das plaquetas promovem a interação sequencial (em cascata) de cerca de 16 proteínas plasmáticas, dando origem a um polímero, a fibrina, e formando uma rede fibrosa tridimensional, que aprisiona eritrôcitos, leucócitos e plaquetas. Forma-se assim o coágulo sanguíneo, mais consistente e firme do que o tampão plaquetário. Um defeito hereditário na formação de uma das proteínas do plasma (fator VIII) resulta na doença hemorrágica conhecida como hemofilia
Retração do coágulo: inicialmente o coágulo provoca grande saliência para o interior do vaso, mas logo se contrai, graças à ação da actina, miosina e ATP das plaquetas
Remoção do coágulo: protegida pelo coágulo, a parede do vaso se restaura pela formação de tecido novo. Então o coágulo é removido principalmente pela enzimaplasmina, formada pela ativação da proenzima plasmática plasminogênio pelos ativadores do plasminogênio produzidos pelo endotélio. Enzimas liberadas pelos lisossomos das plaquetas também contribuem para a remoção do coágulo.
 
 
RESUMO Quando ocorre uma lesão em um tecido, como um corte que atinge tanto o tecido epitelial como a derme da pele, há uma hemorragia devido o rompimento dos tecidos. Assim, inicia-se o processo de coagulação sanguínea, também conhecido como cascata de coagulação, que consiste num conjunto de reações de ativações a fim de estancar o fluxo de sangue.
A primeira ação fisiológica do corpo é a vasoconstrição, com intuito de diminuir a perda de sangue. Além disso, as plaquetas aderem-se à lesão e liberam uma proteína fundamental para a coagulação: a tromboplastina.
A tromboplastina tem a função de ativar uma proteína que está localizada no fígado, que é a protrombina. A associação da tromboplastina, íons de cálcio e a vitamina K (vitamina lipossolúvel anti-hemorrágica), transformam a protrombina em trombina. A enzima trombina faz com que o fibrinogênio se transforme em fibrina. São essas fibrinas que se aderem na lesão, estancando o sangue.
Reconheça a linhagem de células progenitoras multipotentes na medula óssea que darão origem aos linfócitos, eritrócitos, granulócitos, monócitos e plaquetas 
 
Célula pluripotente hematocitopoiética 
Célula linfoide multipotente 
Célula mieloide multipotente 
Célula linfoide multipotente Célula linfocítica formadora de colônia Linfoblasto - Linfócitos T e B 
Célula mieloide multipotente 
Célula formadora de colônia eritrocítica --> Eritroblasto --> Hemácia ou Eritrócito 
Célula formadora do megacariócito --> Megacarioblasto --> Megacariócito 
Célula monocítica formadora de colônia --> Promonócito --> Monócito 
Célula granulocítica formadora de colônia --> Mielócito neutrófilo --> Granulócito neutrófilo
Célula eosinófila formadora de colônia --> Mielócito eosinófilo --> Granulócito eosinófilo 
Células Basofílicas formadoras de colônia --> Mielócito basófilo --> Granulócito basófilo
Relacione o aumento ou diminuição da concentração de células no sangue com as incidências das principais enfermidades ou doenças vinculadas
Plaqueta
O número elevado de plaquetas no sangue (trombocitose) geralmente sinaliza inflamação ou trauma, mas tem pouco significado clínico. Já a trombocitemia é uma doença rara caracterizada pela produção descontrolada de plaquetas, sendo um distúrbio hematológico grave e potencialmente fata. O baixo número de plaquetas, denominado trombocitopenia, é uma consequência comum do tratamento farmacológico prolongado e também de doenças infecciosas como a dengue hemorrágica, por exemplo, podendo ser fatal devido à propensão do paciente para lesões vasculares e hemorragias.
Monócitos
O aumento do número de monócitos circulantes denomina-se monocitose e pode sinalizar uma doença hematológica {como, por exemplo, a leucemia mielomonocítica crônica), infecção causada por alguns tipos de bactérias e parasitos ou doença autoimune. A diminuição do número de monócitos circulantes, denominada monocitopenia, é raramente observada, podendo ser ocasionada pelo tratamento com corticosteroides
Linfócitos 
O aumento do número de linfócitos no sangue denomina-se linfocitose e frequentemente está associado a infecções virais; nesses casos, há um aumento de linfócitos com diâmetro maior e cromatina menos condensada. Na leucemia linfoide crônica há linfocitose, mas estas células são pequenas e se rompem facilmente na confecção do esfregaço sanguíneo, gerando um aspecto "borrado". O número reduzido de linfócitos denomina-se linfopenia ou linfocitopenia e geralmente está associado a terapia farmacológica prolongada ou imunodeficiência.
Basófilos 
Embora os basófilos sejam os leucócitos menos abundantes na circulação, seu número se expande rapidamente na medula óssea em resposta a sinais inflamatórios, sendo mobilizados para o sangue, baço, pulmão e fígado. O aumento persistente do número de basófilos no sangu e, no entanto, é raro e denomina-se basofllia, que pode ocorrer devido a uma doença hematológica, como, por exemplo, a leucemia mieloide crônica. Pode também estar associada ao hipotireoidismo ou a doença renal.
Neutrófilos 
No sangue normal existem apenas poucos bastonetes, e o aumento da quantidade dessas células indica um aumento na produção de neutrófilos pela medula óssea vermelha. Os neutrófilos cujos núcleos têm mais de cinco lóbulos são chamados hipersegmentados e geralmente são células velhas. Embora em condições normais exista um paralelismo entre o número de lóbulos e a idade do neutrófilo, em certas doenças, como, por exemplo, na anemia megaloblásltica, é possível encontrar neutrófilos jovens, porém com o núcleo hipersegmentado. Os neutrófilos constituem a primeira linha de defesa do organismo, fagocltando, matando e digerindo bactérias e fungos. O aumento do número de neutrófilos é denominado neutrofilia e frequentemente indica uma infecção bacteriana. Uma forma de neutrofilia benigna, no entanto, frequentemente está associada a estresse, exercício físico intenso ou inge5tão de certos medicamentos à base de epinefrina e cortisona. A diminuição do número de neutrófilos denomina-se neutropenia e frequentemente é causada por tratamento farmacológico prolongado ou infecção viral
Eosinófilos 
Os eosinófilos fagocitam e digerem complexos de antígenos com anticorpos que aparecem em casos de alergia, como a asma brônquica, por exemplo. Experimentalmente foi observado que o eosinófilo não fagocita soroalbumina bovina (antígeno) nem seu anticorpo (gama globulina específica) isoladamente. Todavia, o eosinófilo fagocita o complexo desse antígeno com o seu anticorpo. Esses granulócitos são atraídos para as áreas de inflamação alérgica pela histamina, produzida principalmente por basófilos e mastócitos. Lá chegando, promovem a desgranulação nessas células e liberam mediadores inflamatórios. Níveis elevados de proteínas provenientes dos grânulos eosinófilos são encontrados no fluido bronquioalveolar de pacientes asmáticos. Principalmente devido ao seu papel na desgranulação de mastócitos e basófilos e pela liberação de citocinas acredita-se que o eosinófilo desempenhe um papel importante na patogênese da asma . Através da proteína básica e outras, os eosinófilos participam da defesa contra os parasitas, corno, por exemplo, o Schistowmo monwni e o Tryponosomo cruzi. Tanto nos parasitoses corno nos casos de alergia, aumenta o número de eosinófilos no sangue (eosinofilia). Os eosinófilos não são células especializadas para a fagocitose de microrganismos. Sua atividade defensiva é realizada pela liberação seletiva do conteúdo de seus grânulos para o meio extracelular e pela fagocitose e destruição de com plexos antígeno-anticorpo. Os corticosteroides (hormônios da camada cortical da adrenal) induzem uma queda imediata na concentração dos eosinófilos no sangue e nos locais de inflamação. Esses hormônios retardam a passagem dos eosinófilos da medula óssea, onde são produzidos, para a corrente circulatória. 
Eritrócitos 
As anemias são caracterizadas pela baixa concentração de hemoglobina no sangue, ou pela presença de hemoglobina não funcional, o que resulta em oxigenação reduzida para os tecidos. Muitas vezes, a anemia é consequência de uma diminuição no número de eritrócitos. No entanto, o número de eritrócitos pode ser normal, mas cada um deles conter pouca hemoglobina. Nesse caso, os eritrócitos se coram mal, e, por isso, este tipo de anemia é denomina do hipocrômica. As anemias podem ser causadas por: (1) hemorragia; (2) produção insuficiente de eritrócitos pela medula óssea; (3) produção de eritrócitos com pouca hemoglobina; (4) destruição acelerada dos eritrócitos. Cada uma dessas condições pode ter causas variadas, e, por esse motivo, muitas vezes as anemias são manifestações de outras doenças subjacentes.A identificação das causas da anemia exige a análise do histórico e dos sintomas do paciente, exame físico e testes laboratoriais como o hemograma completo, contagem de reticulócitos e análise do esfregaço de sangue periférico. Na análise do esfregaço sanguíneo, o tamanho, a forma, a coloração e as inclusões nos eritrócitos {geralmente contendo fragmentos de RNA, DNA, hemoglobina desnaturada ou ferro) são relevantes. A existência de núcleos nos eritrócitos circulantes sugere saída prematura dos reticulócitos da medula óssea, ocasionada por resposta da medula a uma forte anemia (frequentemente hemolítica ou associada a um processo tumoral). Em algumas parasitoses, como a malária, por exemplo, é possível a observação de inclusões nos eritrócitos, correspondentes aos parasitos.
*Reticulócitos: São eritrócitos imaturos recém-saídos da medula óssea, encontrados no sangue em pequenas quantidades. 
 4) Compare as células do sangue segundo a quantidade, morfologia e as funções. Inclua a composição dos grânulos presentes nos leucócitos.

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