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A corte interamericana dos direitos humanos

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A corte interamericana dos direitos humanos
Trata-se de uma instituição judiciaria autônoma que tem por objetivo aplicação e interpretação da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Juridicamente é regida pelos artigos 61, 62 e 63 da Convenção e sua função consultiva se rege pelo artigo 64 da Convenção.
 A Corte Interamericana exerce uma função contenciosa, dentro da qual se encontra a resolução de casos contenciosos e o mecanismo de supervisão de sentenças; e a função de ditar medidas provisórias.
A primeira reunião da Corte foi realizada em 29 e 30 de junho 1979 na sede da OEA em Washington, D.C.
A sede da corte está localizada em San José, Costa Rica, entretanto, as reuniões podem acontecer em qualquer Estado membro da Organização dos Estados Americanos (OEA). A Sede pode ser mudada com o voto de dois terços dos Estados Partes da Convenção na Assembleia Geral da OEA. 
A Corte é composta por sete Juízes nacionais dos Estados membros, estes devem ter alta competência, moral incontestável e cada um deve pertencer uma nacionalidade.
 Os Juízes são eleitos a título pessoal pelos Estados partes, em votação secreta e pela maioria absoluta dos votos, durante a Assembleia Geral da OEA
Os juízes são eleitos para mandatos de seis anos podendo ser reeleitos por mais seis anos. Poderão se manter conhecedores de casos que tiverem se dedicado e que se encontram em fase de sentença após seu mandato, nesses casos não serão substituídos por novos juízes.
Os juízes não podem conhecer casos de sua nacionalidade, entretanto em casos interestatais é possível que os Estados nomeiem um juiz ad-hoc da nacionalidade dos Estados envolvidos 
A Convenção Americana entrou em vigor em 1º de janeiro de 1980. Ela rege os direitos e deveres que devem ser respeitados pelos Estados parte, dentre eles, reconhece os seguintes direitos e liberdades: direito ao reconhecimento da personalidade jurídica; direito à vida; direito à integridade pessoal; proibição da escravidão e da servidão; direito à liberdade pessoal; princípio da legalidade e da retroatividade; direito à indenização; proteção da honra e da dignidade; liberdade de consciência e de religião; liberdade de pensamento e de expressão; direito de retificação ou resposta; direito de reunião; liberdade de associação; proteção à família; direito ao nome; direitos da criança; direito à nacionalidade; direito à propriedade privada; direito de circulação e de residência; direitos políticos; igualdade perante a lei; proteção judicial e desenvolvimento progressivo dos direitos econômicos, sociais e culturais. 
 Fazem parte da Convenção Americana: Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Dominica, Equador, El Salvador, Grenada, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Trinidad e Togabo, Uruguai e Venezuela. 
Funções da Corte Interamericana
A corte tem competência litigiosa. Dentro de sua função contenciosa a Corte determina se um Estado incorreu em responsabilidade internacional pela violação de algum dos direitos reconhecidos na Convenção Americana ou em outros tratados de direitos humanos aplicáveis ao sistema interamericano.
A corte também é responsivel pela supervisão do cumprimento das sentenças, isso implica que esta solicite informações ao Estado referente as providências tomadas para a execussão do que foi decidido em corte, assim como recolher as observações da Comissão, das vitimas ou de seus representantes. Com essas informações a Corte pode verificar se a decisão esta sendo cumprida e orientar os Estado para execussão de tais sentenças. A Corte também deve informar a Assembléia Geral sobre o status dos casos. 
Atualmente a Corte realiza quarto períodos ordinários de sessões ao ano e dois periods extraordinarios. Um procedimento de caso contencioso tem em media a duração de dezoito meses, desde a data de submissão de um caso perante a corte, até a data de emissão de sentença. As sentenças são definitivas, inapelaveis e vinculantes. 
As deliberações são privadas e permanecem secretas, podem estar presents, além dos juizes, o Secretario, o Secretario adjunto, assim como o pessoal da secretaria requerido. Aos demais, serão admitidos apenas por decisão especial da Corte e juramento prévio ou declaração solene. 
 
As informações publicas são: sentenças, votos fundamentados, dissidentes ou concordantes, as peças do expediente, exceto as que sejam consideradas irrelevantes ou inconvenientes, desenvolvimento das audiências através do meio tecnológico que corresponda. Os casos ja sentenciados são acessiveis ao público, salvo que a Corte tenha tornado essas informações privadas. 
Casos Brasileiros na Corte Interamericana de Direitos Humanos 
O Brasil conta com 9 (nove) casos que tiveram tramitação ou estão em processamento perante a Corte
Vladimir Herzog e outros, Brasil. Caso 12.879. Data: 22 de abril de 2016;
Pueblo Indígena Xucuru e seus membros, Brasil. Caso 12.728 Data: 16 de março 2016;
Cosme Rosa Genoveva, Evandro de Oliveira e outros (Favela Nova Brasília), Brasil. Caso 11.566. Data: 19 de maio 2015;
Trabalhadores da Fazenda Brasil Verde, Brasil. Caso 12.066; Data: 6 de março de 2015;
Julia Gomes Lund y Otros (Guerrilha do Araguaia), Brasil. Caso 11.552. 26 de março de 2009;
Sétimo Garibaldi, Brasil. Caso 12.478. 24 de dezembro de 2007;
Arley José Escher y Otros, Brasil. Caso 12.353. 20 de dezembro de 2007
Gilson Nogueira de Carvalho, Brasil. Caso 12.058. 13 de janeiro de 2005
Damião Ximenes Lopes, Brasil. Caso 12.237. 1 de outubro de 2004.

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