Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Questão 11 (V) A sociedade em nome coletivo deverá adotar firma como nome empresarial, que incluirá o nome de pelo menos um dos sócios, sendo facultativo o aditivo & Companhia, caso todos os sócios sejam nominados. Justificativa: CC, art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura. Se o nome de todos os sócios não estiver constando na firma, é possível adotar a firma de maneira que conste um dos sócios no nome e no final do nome a expressão “& Companhia” ou “& Cia”. Questão 12 (F) A denominação social é uma espécie de nome empresarial, também conhecida como “nome de fantasia”, porque nela não se inclui nome patronímico, apenas palavras ou expressões designativas do objeto social. Justificativa: Não podemos confundir “nome empresarial” com “nome fantasia”. CC, art. 1.158. (...) § 2º. A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. Questão 13 (F) Nas sociedades cujo capital é dividido em ações, é proibido o uso da firma social como nome empresarial, somente sendo permitido o uso da denominação com a indicação do objeto social. Justificativa: CC, art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste Capítulo, e opera sob firma ou denominação. Questão 14 (F) A sociedade em comandita por ações é obrigada a adotar denominação como nome empresarial. Justificativa: CC, art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma, adotar denominação designativa do objeto social, aditada da expressão "comandita por ações". Nome empresarial • Proteção: a proteção ao nome empresarial é estadual (art. 1.166, CC) mas pode se estender a todo território desde que registrado na forma de lei especial (art. 33, Lei nº 8.934/94 – Lei de Registros). CC, art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial. Lei nº 8.934/94, art. 33. A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou de suas alterações. Nome empresarial • Princípios (Lei de Registros - Lei nº 8.934/94, art. 34) Lei nº 8.934/94, art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade. – Princípio da Veracidade; – Princípio da Novidade. Princípio da Veracidade • Conceito: impõe que o nome empresarial da firma individual seja composta pelo nome do empresário; o da firma social seja composta pelo nome de um, alguns ou todos os sócios; além do que, tanto na firma como na denominação, a partir do nome empresarial se extraia a modalidade de responsabilidade e, se for o caso, os sócios que respondem ilimitadamente. ex.: consequência desse princípio: CC, art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social. Lei nº 8.906/94, art. 16. (...) § 1º. A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. Princípio da Veracidade • Identificação da responsabilidade: – Resp. Limitada: LTDA (art. 1.158, CC), S.A. (art. 1.160, CC) CC, art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura. (...) Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente. – Res. Ilimitada: todos os demais tipos societários que operam sob firma. CC, art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura. Princípio da Novidade • Conceito: ao registrar um nome empresarial é necessário inovar, não podendo registrar nomes idênticos (homógrafos e/ou homófonos) ou parecidos. – Homófono: é uma palavra que tem a mesma pronúncia que outra, mas que possui um significado diferente. – Homógrafo: é uma palavra que tem a mesma grafia que outra, mas que possui um significado diferente. – Parecidos: é uma palavra que possui grafia e/ou pronúncia parecida e com o mesmo significado. ex.: manga (fruta) e manga (de camisa) são homófonos e homógrafos. ex.: coser (costurar) e cozer (cozinhar) são homófonos mas não homógrafos. ex.: sede (principal estabelecimento) e sede (vontade de beber) são homógrafos mas não homófonos. ex.: McDonald’s e Mequidonaldis são semelhantes. Princípio da Novidade • Ação anulatória: CC, art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar designação que o distinga. (...) Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato. • Subprincípios: – Princípio da anterioridade: quem registrou primeiro é o dono. – Princípio da especificidade: a inovação deve acontecer no mesmo segmento de atividade. ex.: Líder (Colégio); Líder (Autoescola), etc. é possível pois são segmentos distintos. Nome empresarial • Cancelamento da inscrição do nome empresarial: CC, art. 1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de qualquer interessado, quando cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da sociedade que o inscreveu. Nome empresarial • Inalienabilidade: a alienação isolada do nome é vedada (art. 1.164, caput, CC), mas, em conjunto com o estabelecimento, é possível desde que precedido do nome do adquirente e da expressão “sucessor(es) de” (art. 1.164, parágrafo único, CC). CC, art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor. ex.: Negrão e Cia sucessores de Rocha, Silva e Cia Nome do adquirente Nome do alienante expressão Proteção às Marcas • Marca de alto renome (Lei de Propriedade industrial - Lei nº 9.279/96, art. 125): a lei não conceitua, mas para ser assim considerada deve haver prova. Lei nº 9.279/96, art. 125. À marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada proteção especial, em todos os ramos de atividade. • Marca Notoriamente Conhecida (Lei de Propriedade industrial - Lei nº 9.279/96, art. 126): a lei não conceitua e não há necessidade de prova (§ 2). Lei nº 9.279/96, art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art. 6º bis (I), da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial, goza de proteção especial, independentemente de estar previamente depositadaou registrada no Brasil. § 1º. A proteção de que trata este artigo aplica-se também às marcas de serviço. § 2º. O INPI poderá indeferir de ofício pedido de registro de marca que reproduza ou imite, no todo ou em parte, marca notoriamente conhecida. * A diferença é o registro e os ramos de atividade. Proteção Penal • Crimes por uso indevido de nome empresarial e marca: Lei nº 9.279/1996, art. 191. Reproduzir ou imitar, de modo que possa induzir em erro ou confusão, armas, brasões ou distintivos oficiais nacionais, estrangeiros ou internacionais, sem a necessária autorização, no todo ou em parte, em marca, título de estabelecimento, nome comercial, insígnia ou sinal de propaganda, ou usar essas reproduções ou imitações com fins econômicos. Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou expõe ou oferece à venda produtos assinalados com essas marcas. (...) Art. 194. Usar marca, nome comercial, título de estabelecimento, insígnia, expressão ou sinal de propaganda ou qualquer outra forma que indique procedência que não a verdadeira, ou vender ou expor à venda produto com esses sinais. Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem: (...) V - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências; (...) Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. Nome das Sociedades Simples Nome das Sociedades Simples • Equiparação: CC, art. 1.155. (...) Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações. Nome das Sociedades Simples • Regras da denominação: – Sociedade Simples: ex.: Ruggiero & Ruggiero consultores. CC, art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará: (...) II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; Nome das Sociedades Simples • Regras da firma: – Sociedade Simples: ex.: R. Ferreira. e R. Moreno Advocacia. CC, art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará: (...) II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; CJF, Enunciado nº 213: o art. 997, inc. II, não exclui a possibilidade de sociedade simples utilizar firma ou razão social. Lei nº 8.906/94, art. 16. (...) § 1º. A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. Nome das Sociedades Simples • Regras da firma (continuação): – Sociedade Unipessoal de advocacia: ex.: R. Ferreira Sociedade Individual de Advocacia. Lei nº 8.906/94, art. 16. (...) (...) § 4º. A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. (Incluído pela Lei nº 13.247, de 2016) – Cooperativas: ex.: Cooperativa Cultura Universitária. CC, art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo "cooperativa". Questões para exercitar Questão 1 (F) A respeito do nome empresarial e à luz do Código Civil brasileiro, é correto afirmar que a sociedade cooperativa funciona sob firma integrada pelo vocábulo “cooperativa”. Justificativa: CC, art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo "cooperativa". EIRELI (art. 980-A, CC) EIRELI • Capital mínimo: 100 vezes o maior salário mínimo; • Composição: uma pessoa física (ou jurídica?): • Responsabilidade: limitada ao capital integralizado. CC, art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) EIRELI • Nome empresarial: firma ou denominação social. ex.: João da Silva EIRELI. ex.: Global Entretenimentos EIRELI. CC, art. 980-A. (...) § 1º. O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) EIRELI • Limitação na constituição: só pode constituir um única empresa. CC, art. 980-A. (...) § 2º. A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) EIRELI • Regramento supletivo: as regras das sociedades limitadas. CC, art. 980-A. (...) § 6º. Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) EIRELI • Transformação de Sociedade em EIRELI: CC, art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer: (...) IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias; CC, art. 980-A. (...) § 3º. A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) Sociedades Sociedade • Conceito (doutrinário): é o ajuste societário (contrato ou estatuto social) em que duas ou mais pessoas mutuamente se obrigam a contribuir com bens, dinheiro ou serviços, para o exercícios de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Classificação quanto a personalidade • Sociedades não personificadas: não têm personalidade jurídica nem autonomia patrimonial. – Sociedade em comum: cujos atos constitutivos não foram registrados (arts. 986 a 990, CC). Regida subsidiariamente pelas regras da sociedade simples. Não aplicável às sociedades por ações. • Sociedades de fato: não têm ato constitutivo. • Sociedades irregulares: têm ato constitutivo, mas não foi registrado. – Sociedade em conta de participação (art. 991 a 996, CC). • Sociedades personificadas: têm autonomia negocial, processual e patrimonial. – Sociedades simples: registro, em regra, no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, salvo sociedade de advogados (registro na OAB) e cooperativa (registro na Junta Comercial). O Registro é obrigatório. – Sociedades empresárias: registro na Juntas comerciais, o Registro Público de Empresas Mercantis. • Urbanas: o registro é obrigatório (efeito declaratório). • Rurais: o registro é facultativo (efeito constitutivo). Sociedades Não Personificadas Sociedades Não Personificadas • Sociedade em comum; • Sociedade em conta de participação. Sociedade em Comum (art. 986 a 990, CC) Sociedade em Comum • Responsabilidade: – Entre os sócios: solidária e ilimitada – art. 990, CC; e – Entre sócios e sociedade: subsidiária – art. 1.024, CC, salvo quem contratou pela sociedade (solidária). CC, art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024,aquele que contratou pela sociedade. (...) Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais. Esquema Adm Primário Secundário Sociedade em Comum • Provas da existência da sociedade: – Para os sócios: por escrito. – Para terceiros: qualquer modo. CC, art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo. • Regramento subsidiário: sociedade simples (art. 997 a 1.038, CC). CC, art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples. Sociedade em Conta de Participação (art. 991 a 996, CC) Sociedade em Conta de Participação CC, art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão- somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. Sociedade em Conta de Participação • Sujeitos: – Sócio ostensivo: • Exerce unicamente o objeto social; • Responsabilidade exclusiva; e • Age em seu nome individual. – Sócio participante (ou oculto): • Participa dos resultados correspondentes. ex.: a maioria dos Flats. A Construtora X não tem dinheiro para construir um Flat, então constitui uma Sociedade em Conta de Participação. Construtora será a sócia ostensiva e recebe investimentos dos sócios participantes. Sociedade em Conta de Participação • Eventual inscrição: em geral, a sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição no registro próprio (art. 985, CC), salvo a Sociedade em Conta de Participação (art. 993, CC). CC, art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). (...) Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade. Sociedade em Conta de Participação • Vedação de nome empresarial às Sociedade em conta de participação: é vedado à sociedade em conta de participação o uso de firma ou denominação uma vez que não tem personalidade jurídica. CC, art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação. Sociedade em Conta de Participação • Provas da existência da sociedade: CC, art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. • Vedação ao sócio participante: CC, art. 993. (...) Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier. Sociedade em Conta de Participação • Regramento subsidiário: sociedade simples (art. 997 a 1.038, CC). CC, art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual.
Compartilhar