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Fundamentos da Oclusão

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Fundamentos da Oclusão - Cap.2
Relação cêntrica
No tratamento conservador, o objetivo nos dentes posteriores é criar contatos oclusais que estabilizem a posição da mandíbula, não criando contatos que possam desestabilizá-la.
A oclusão na restauração deve ser feita em harmonia com a melhor posição condilar.
 A relação cêntrica: uma posição que há sustentação Antero-superior ao longo da eminência articular interposto entre o côndilo e a eminência articular da cavidade glenóide, com o disco articular interposto entre o côndilo e a eminência articular.
Curiosidades:
O osso glenóide é delgado na face superior, não estando apto a funcionar como área de sobrecarga. No entanto, a inclinação da eminência articular na face anterior da cavidade é composta de sustância cortical espessa capaz de suporta carga.
O disco articular é bicôncavo, sem nervos e sem vasos sanguíneos na região central, é robusto. Possui algumas fibras musculares inseridas na face anterior, provenientes da cabeça superior do músculo pterigoideo lateral.
O disco se insere nas faces medial e lateral do côndilo e deve ficar situado entre a este e a eminência articular quando em funcionamento.
O disco não é esférico, o qual ajuda a distribuir a carga por toda ATM.
Movimento mandibular
É decomposto por uma seria de deslocamentos que ocorrem em torno de três eixos:
Eixo Horizontal: este movimento, no plano sagital, ocorre quando a mandíbula em RC realiza um movimento de abertura e fechamento puramente rotacional em torno do eixo horizontal transversal que vai de um côndilo ao outro.
Eixo vertical: movimento ocorre no plano horizontal, quando a mandíbula se move em excursão lateral. O centro dessa rotação é um eixo vertical que atravessa o côndilo do lado de trabalho.
Eixo sagital: quando a mandíbula se move para um dos lados, o côndilo do lado oposto ao da direção do movimento desloca-se para frente. Ao fazer isso, encontra a eminência articular da cavidade glenóide e move-se para baixo simultaneamente. 
Quando a mandíbula desliza para frente de tal modo que os dentes anteriores superiores e inferiores fiquem em relação tipo, dar-se o nome de protusão. Idealmente, o segmento anterior da mandíbula se deslocará ao longo de um trajeto orientado pelos contatos entre os dentes anteriores com desoclusão completa dos dentes posteriores.
O movimento para um dos lados colocará a mandíbula em relação de trabalho ou de laterotrusão com esse lado e em relação ao de balanceio ou de mediotrusão com o lado oposto.( por exemplo, se a mandíbula é movida para a esquerda, o lado esq é do lado de trabalho, e o direito é o de balanceio.
Nesse movimento, o côndilo do lado de balanceio descreverá um arco de direção anterior e medial. Enquanto isso, o côndilo do lado de trabalho se moverá em direção lateral e geralmente, um pouco para trás. 
O movimento da mandíbula para o lado de trabalho foi descrito por Bennett.
O ângulo formado no plano horizontal entre o trajeto do côndilo no lado de balanceio e o plano sagital é chamado de ângulo de Bennett.
Após a translação lateral imediata, há mais um deslocamento gradual da mandíbula, a translação lateral progressiva, cujo grau é proporcional ao movimento do côndilo do lado de balanceio em direção anterior. Antes era chamado de ‘’deslocamento lateral progressivo’’ ou ‘’ movimento de bennet’’.
Determinantes do movimento mandibular
O determinante anterior, os dentes, orienta a mandíbula de diversas formas. Os dentes posteriores constituem os pontos de parada vertical para o fechamento mandibular. Também orientam a mandíbula para a posição de máxima intercuspidação, que pode ou não coincidir com a melhor posição dos côndilos na cavidade glenóides.
Os dentes anteriores (de um canino ao outro) ajudam a guiar a mandíbula nas excursões lateral direita e esquerda e nos movimento de protusão. Os dentes anteriores são especialmente aptos a essa orientação graças aos seguintes fatores.
Os caninos são os dentes que tem raízes mais longas e fortes em seus arcos.
A carga é reduzida pela distancia do fulcro- alavanca de classe III e,
O limiar proprioceptivo e os reflexos concomitantes reduzem a carga.
Quanto mais anterior for um dente, menor a influencia da articulação temporomandibular sobre ele e maior a da guia anterior.
Interferências oclusais
São contatos oclusais indesejáveis que podem produzir desvio mandibular durante o fechamento da mandíbula até a máxima intercuspidação ou então opor-se a transição suave para a posição de intercuspidação.
Há quatro tipos de interferências oclusais:
Centrica: é um contato prematuro que ocorre quando a mandíbula se fecha com seus côndilos na melhor posição nas cavidades glenóides. Provoca o deslizamento da mandíbula em direção posterior, anterior e lateral.
No lado de trabalho: quando há contato entre os dentes posteriores superiores e inferiores no mesmo lado da direção do movimento da mandíbula. Se o contato for suficientemente forte para causar a desoclusão dos dentes anteriores, será considerada uma interferência.
No lado de balanceio: é um contato oclusal entre os dentes superiores e inferiores no lado oposto ao da direção em que a mandíbula se move na excursão lateral. Trata-se de uma interferência de natureza particularmente destrutiva. 
Na protrusão: é um contato prematuro que ocorre entre as faces mesiais dos dentes posteriores inferiores e as faces distais dos posteriores superiores. A proximidade dos dentes em relação aos músculos e o vetor obliquo de forças, além de tornarem potencialmente destrutivos os contatos entre os dentes posteriores durante a protrusão, também interferem no uso adequado dos incisivos.
Oclusão normal e patológica.
Pouco mais de 10% da população há harmonia completa entre os dentes e as ATM.
Esse resultado baseia num conceito de RC no qual a mandíbula fica na posição de retrusão máxima. Segundo o conceito atual em que os côndilos ficam na posição mais superior e anterior com o disco interposto, os resultados poderiam ser diferentes.
na maioria da população a posição de máxima intercuspidação provoca deslizamento da mandíbula, que afasta de sua melhor posição.
Na ausência de sintomas, isso pode ser considerado fisiológico ou normal. Portanto, na oclusão normal haverá função reflexa do sistema neuromuscular, produzindo-se um movimento mandibular que evitará contatos prematuros.
Isso orienta a mandíbula para uma máxima intercuspidação na qual seus côndilos ficam numa posição que não pode ser considerada ótima.
O resultado será alguma hipertonicidade dos músculos próximos ou trauma da articulação temporomandibular, mas em geral isso se enquadra bem na capacidade fisiológica de adaptação da maioria das pessoas e não há desconforto.
É frequente observar-se atividade mandibular parafuncional, tais como apertamento dos dentes ou bruxismo, e uma oclusão normal pode transformar-se em patológica.
Os resultados de desarmonia oclusal são observados na forma de facetas de desgastes severas nas superfícies oclusais, fratura de cúspides e mobilidade do dente. Não há provas de que o trauma oclusal produza lesões periodontais primarias, mas sempre que houver trauma oclusal, a degeneração periodontal em resposta a fatores locais será mais grave do que seria se apenas os fatores locais estivessem presentes.
Depois de aliviar os sintomas agudos de um paciente com oclusão patológica, devem ser realizadas mudanças no esquema oclusal que previnam a recidiva dos sintomas.
É preciso ter cuidado na hora de se fazer restaurações oclusais em pacientes sem sintomas: o dentista não deve produzir oclusão patológica iatrogênica.
Na colocação de restaurações, o dentista deve esforçar-se para criar uma oclusão quase ótima, dentro das possibilidades de sua habilidade e das condições bucais do paciente. A oclusão ótima é aquela que exige um mínimo de adaptação por parte do paciente. Os critérios para atingi-la foram descritos por okeson.
No fechamento mandibular, os côndilos ficam na posição mais anterior e superior, contra os discos, e sobre a parteposterior das eminências articulares das cavidades glenoides. Os dentes posteriores ficam em contato bilateral simultâneo firme e uniforme, e os dentes anteriores mantÊm um contato ligeiramente mais leve.
As forças oclusais incidem sobre os eixos longitudinais dos dentes
Nas excursões laterais da mandíbula, os contatos no lado de trabalho (de preferência sobre os caninos) provocam desoclusão ou separam imediatamente os dentes do lado de balanceio.
Nas excursões protrusivas, os contatos entre os dentes anteriores provocam desoclusão dos dentes posteriores.
Na posição ortostática, os dentes posteriores tÊm contato mais efetivo que os anteriores.
Organização da oclusão
São 3 teorias aceitas para descrever o modo como os dentes devem ou não entrar em contato nas varias posições funcionais e excursivas da mandíbula.
Oclusão bilateral balanceada: 
Uma teoria que n tem tanto uso hj quanto teve no passado. De certa forma, não deixa de ser uma visão protética dizer que um numero maximo de dentes deve entrar em contato em todas as posições excursivas da mandíbula. 
Depois esse conceito foi aplicado a dentes naturais na reabilitação oclusal completa. Tentava-se reduzir a carga suportada por cada dente dividindo-a entre o maior numero de dentes possíveis. Logo se descobriu porem, que esse era um tipo de organização difícil de ser atingido: em consequência dos contatos múltiplos que ocorriam entre os dentes à medida que a mandíbula se movia em suas várias excursões, observava-se desgaste por atrição.
Oclusão unilateral balanceada ou Função de grupo
É um método amplamente aceito e utilizado de organização dos dentes nos procedimentos de restauração dentária hoje em dia. Schuler concluiu que não havendo necessidade de equilíbrio simétrico entre os arcos em dentes naturais, seria melhor eliminar todos os contatos entre os dentes do lado de balanceio. Assim, para que haja oclusão unilateral balanceada é preciso que todos os dentes do lado de trabalho fiquem em contato durante a excursão lateral, enquanto os do lado de balanceio ficam isentos de qualquer contato. 
A função de grupo dos dentes do lado de trabalho distribui a carga oclusal.
A ausência de contato no lado de balanceio evita que seus dentes sejam submetidos a forças destrutivas de direção obliqua observada nas interferências do lado de balanceio.
Também poupa as cúspides de contenção centrica (ou seja, as cúspides vestibulares dos dentes inferiores e as palatinas dos superiores) de desgaste excessivo. A vantagem óbvia é a manutenção da oclusão.
Oclusão de proteção mutua
Conhecida Tb como oclusão protegida pelo canino ou oclusão orgânica.
A posição de máxima intercuspidação coincide com a posição ótima dos côndilos nas cavidades glenoides. Todos os dentes posteriores ficam em contato com as forças direcionadas ao longo de seus eixos longitudinais. Os dentes anteriores entram em contato leve ou ficam sem contato, o que alivia as forças de direção obliqua que resultariam do contato.
Como consequência da proteção que os dentes anteriores aos posteriores em todas as excursões mandibulares e da proteção que os dentes posteriores dão aos anteriores na intercuspidação, esse tipo de oclusão passou a ser conhecido como oclusão mutuamente protegida. 
Desoclusão dos molares
Para evitar interferências oclusais e forças de direção não-axial sobre os molares durante os movimentos mandibulares excêntricos, a desoclusão dos molares deve ser igual ou superior aos desvios observados durante o movimento mandibular.
As oclusões naturais sadias apresentam separações que se acomodam a essas anomalias. 
Guia condilar
Entre os aspectos do guia condilar que mais impacto exercem sobre a face oclusal dos dentes posteriores os mais importantes são a inclinação da trajetória dos côndilos na protrusão e a translação lateral.
A inclinação da trajetória dos côndilos durante o movimento de protrusão pode variar muito nos diferentes pacientes. Se a inclinação protrusiva for grande, a altura da cúspide poderá ser maior. Se, no entanto, a inclinação for pequena, a altura da cúspide devera ser menor.
Translação mandibular (ou saída) lateral imediata é o deslocamento lateral que ocorre no inicio do movimento em lateralidade. Se a translação lateral imediata for grande, a altura da cúspide deverá ser menor. Com uma saída imediata mínima, a altura da cúspide poderá ser maior.
A direção das cristas e dos sulcos é afetada pela trajetória dos côndilos, sobretudo na translação lateral. Os efeitos são observados face oclusal de um molar e de um pré-molar inferior, e a trajetória é traçada pelas cúspides palatinas dos respectivos dentes oponentes superiores. O trajeto de trabalho é traçado sobre o dente inferior em direção lingual, e o trajeto de balanceio tem direção distovestibular.
Quanto mais próximo Antero-posteriormente o dente estiver do côndilo do lado de trabalho, menor será o ângulo entre os trajetos de trabalho e de balanceio. Quanto mais distante o dente estiver do côndilo do lado de trabalho, maior será o ângulo entre os trajetos de trabalho e de balanceio. Quanto aumenta a translação lateral imediata, o ângulo também torna-se mais obliquo.
Guia anterior
Durante o movimento de protrusão da mandíbula, as bordas incisais dos dentes anteriores inferiores movem-se para frente e pra baixo, ao longo das concavidades palatinas dos dentes anteriores superiores. A trajetória das bordas incisais desde a máxima intercuspidação até a oclusão de topo é chamada de trajetória protrusiva.
A guia anterior que está ligado a combinação de trespasse vertical e horizontal dos dentes anteriores pode afetar a morfologia da face oclusal dos dentes posteriores. Quanto maior trespasse vertical dos dentes anteriores, maior poderá ser a altura da cúspide posterior. Quando o trespasse vertical for menor, a altura da cúspide posterior deverá ser menor.
Quanto maior o trespasse horizontal dos dentes anteriores, mais curta deverá ser a cúspide. Com a diminuição do trespasse horizontal, a altura da cúspide posterior poderá ser maior.

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