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Comunicação Organizacional

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Aula 1: Administração da Linguagem
As relações interpessoais são essenciais ao ser humano e a necessidade de comunicação é inevitável, seja na vida pessoal ou profissional.
No caso das empresas, a boa comunicação entre seus colaboradores é um fator essencial e pode ser o diferencial que vai fazer com que a organização atinja seus clientes e tenha um bom relacionamento com seus fornecedores.
Nesta aula, você verá a conceituação dos princípios de: eficiência, eficácia e efetividade, a partir da visão da linguagem no meio empresarial.
A comunicação quando feita de maneira correta, proporciona eficiência, eficácia e efetividade à instituição. Mas qual seria a maneira correta de se comunicar dentro de uma organização?
O autor da Teoria Clássica da Comunicação, Roman Jakobson demonstrou que seis são os elementos necessários para interagir de forma adequada, a fim de alcançar o êxito no ato comunicativo. Contudo, atualmente, não basta apenas deter as técnicas da Teoria Clássica da Comunicação, é necessário muito mais que isso. 
Veremos agora dois aspectos que se tornam primordiais para que a comunicação ocorra dentro e fora das empresas de forma satisfatória.
1-Quem escreve ou fala deve adequar sua escrita ou oralidade ao contexto, às situações da realidade social, evitando a promoção de Ruído Comunicativo.
2-Outro aspecto importante é a influência da tecnologia sobre o uso da palavra, determinando novas formas de comunicação, em que a palavra se mescla com outras linguagens para alcançar o êxito na expressão.
Reparou que falamos anteriormente em ruído comunicativo?
Você sabe o que um ruído pode representar na comunicação?
Ruído é a má interação entre os elementos da comunicação, que  poderá gerar ausência de mensagem ou deturpação da mensagem. Por isso, é muito importante saber escolher os elementos que estarão no ato comunicativo, percebendo, com clareza, a importância de cada um.
Comunicação Empresarial é um diferencial competitivo e um dos recursos mais importantes, para a obtenção do sucesso da organização. Por isso, é essencial que no ambiente profissional o indivíduo administre o seu comportamento, principalmente a sua fala e escrita, utilizando a pontuação de forma correta, evitando tons agressivos, gerúndio, pleonasmo etc.
Quantas vezes você já ouviu uma pessoa “falando bonito” em um discurso totalmente vazio?
Muitas vezes é isso que encontramos nas empresas: uma comunicação que não é eficaz, pois não diz absolutamente nada.
Veja este exemplo:
Caros colegas, a constante expansão da nossa atividade nos obriga à análise interdisciplinar do sistema de participação geral. Por outro lado, a facilidade dos novos meios eletrônicos de comunicação oferece uma ótima oportunidade para a verificação das novas proposições, em função das múltiplas inteligências. 
Viu? Isso não afirma nada. É só um amontoado de palavras.
Você poderá formar até 28.561 frases diferentes. O que dá, aproximadamente, 120 horas garantidas de um “discurso maravilhosamente vazio”.
Aula 2: Noções de gramática no contexto empresarial
Às vezes, na hora de escrever, você fica com dúvidas, não é mesmo? Isso é mais comum do que você imagina. Pior é quando a dúvida nem nos alerta sobre a possibilidade de estarmos escrevendo algo errado e só nos damos conta quando alguém nos corrige.
Essa aula, vai te auxiliar nessa questão, pois fará uma revisão sobre crase, regência, pronomes de tratamento, colocação pronominal e pontuação. Assuntos que sempre geram dúvidas e nos confundem na hora da escrita.
Você pode pensar que terá apenas mais uma aula de gramática, mas o conteúdo será voltado para a adequação desses tópicos aos contextos empresariais ― a partir de práticas de leitura e produção textual.
Reparou que a colocação pronominal utilizada em nosso dia a dia é distante da Norma ?
O humor da tirinha é decorrente da ação de uma das cobras com relação ao uso equivocado dos pronomes. 
A situação nos mostra que a colocação pronominal é mais um elemento a ser tratado com atenção dentro de uma organização. 
Costumamos falar de um jeito e escrevemos de outro, por isso, temos que nos dedicar mais à maneira escrita, mesmo a utilizando menos.
Você já ouviu falar de próclise, ênclise e mesóclise?
Próclise -- Ocorre quando o pronome vem antes do verbo. Como norma geral, deve-se colocar o pronome átono antes do verbo, quando antes dele houver uma palavra pertencente a um dos seguintes grupos, chamados de palavras atrativas .
Ênclise-- Ocorre quando o pronome deve vir após o verbo. As formas verbais do infinitivo pessoal, do imperativo afirmativo e do gerúndio exigem a ênclise pronominal.
Veja: Cumpre comportar-se bem.
Essas ordens devem cumprir-se rigorosamente.
Aqui estão as ordens: cumpra-as.
Aventurou-se pelo desconhecido, afastando-se dos objetivos iniciais.
Mesóclise -- Ocorre quando o pronome deve vir no meio do verbo. Na Mesóclise usa-se o pronome no meio da forma verbal, quando esta estiver no futuro simples do presente ou do pretérito do indicativo.
Exemplo: 
Quando for possível, transmitir-lhes-ei mais informações.
Ser-nos-ia útil contar com o apoio de todos.
Já é possível perceber que é preciso ter muito cuidado com prováveis erros cometidos durante o ato comunicacional, principalmente em relação ao emprego dos pronomes, não é mesmo?
Lembre-se do básico
Na próclise, o pronome surge antes do verbo.
Emprega-se a mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo, desde que não se justifique a próclise. O pronome fica intercalado ao verbo.
A ênclise pode ser considerada a colocação básica do pronome, pois obedece à sequência verbo-complemento. Assim, o pronome surge depois do verbo.
A pontuação também é assunto de suma importância no que diz respeito à comunicação. E isso, lógico, inclui a comunicação nas empresas. 
Quando falamos, usamos recursos que ajudam nosso interlocutor a compreender o conteúdo da mensagem que queremos transmitir, não é mesmo? 
Por não haver essa possibilidade na linguagem escrita, utilizamos uma série de sinais gráficos ― chamados de sinais de pontuação ― que reproduzem os recursos da fala.
Apesar de existirem regras que nos auxiliam a pontuar, não é possível fixar todas as normas que envolvem o emprego dos sinais de pontuação, pois, muitas vezes, há razões de ordem subjetiva, isto é, pessoal, que determinam sua utilização.  
O estilo do autor, sua intenção e a criatividade acabam interferindo nesse aspecto, sem configurar necessariamente um erro gramatical.  
Porém, no mundo empresarial, as regras não são tão flexíveis. Dessa forma, precisamos compreender o que é aceitável e o que não é em relação à pontuação.
Aula 3: Como Evitar os Desvios Sintáticos
Nesta aula vamos esmiuçar os vícios de linguagem cometidos no cotidiano da prática discursiva ― seja na modalidade escrita, seja na oral. 
Serão explorados o arcaísmo, o cacófato, o solecismo, o estrangeirismo e o pleonasmo, vícios de linguagem que comprometem a coerência de um texto.
Vamos verificar também que as frases mal construídas, muitas vezes, não são percebidas pelos seus emissores, já que estes conhecem o teor da mensagem. Em contrapartida, o destinatário da informação recebe-a truncada e com dificuldades de decodificação.
Para contextualizar esses problemas, serão utilizados textos de natureza empresarial.
Há muitos outros defeitos encontrados em textos empresariais que prejudicam a comunicação. 
Esses defeitos, chamados vícios de linguagem, são, segundo o gramático Napoleão Mendes de Almeida, palavras ou construções que deturpam, desvirtuam, ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor.
E, obviamente, algo que deturpa e dificulta a comunicação não deve ser utilizado, não é mesmo?
Arcaísmo-- Arcaísmos são palavras ou expressões que já não são mais usadas. O vício de empregá-las deve ser evitado, pois compromete a clareza do texto.
Não podemos contar que os nossos leitores tenham conhecimentosda história da língua e conheçam um vocabulário que não é mais usado. Por isso, o nosso texto deve sempre facilitar o entendimento do público em geral. 
O objetivo da escrita é atingir todos os níveis de leitores. Deste modo, precisamos adequar nosso discurso ao contexto.
cacófato -- Cacófato é um acidente fonético, em que as sílabas finais de uma palavra e as iniciais da palavra seguinte formam uma terceira palavra de som desagradável e muitas vezes obsceno.
Veja alguns exemplos: por cada, amo ela, boca dela, vi ela, vou-me já, ela tinha, como as concebo, essa fada etc. 
O vício de linguagem da cacofonia deve ser evitado tanto na linguagem coloquial quanto na escrita. Além de empobrecer o texto, dispersa o seu interlocutor. Com certeza, ele notará o cacófato e deixará de prestar atenção em sua mensagem por algum tempo.
Solecismo -- são os erros que vão contra as normas de concordância, de regência ou de colocação.
Estrangeirismo -- o processo que introduz palavras de outros idiomas na língua portuguesa. Enquanto essas palavras não forem absorvidas em nosso idioma, serão consideradas um vício de linguagem. 
Isso acontece quando fica claro que não há necessidade de recorrer a uma palavra estrangeira para definir algo que possui uma palavra em português, que ainda é muito usada. 
A maioria das palavras da língua portuguesa tem origem latina, grega, árabe, espanhola, italiana, francesa ou inglesa. Essas palavras são introduzidas em nossa  língua por diversos motivos: históricos, socioculturais e políticos, modismos ou mesmo por causa dos avanços tecnológicos. Porém, enquanto isso não acontece, precisamos nos policiar para evitá-las e preferir as palavras que já fazem parte do vocabulário da Língua Portuguesa.
Pleonasmo-- Também conhecido como Pleonasmo vicioso, tautologia ou simplesmente redundância, o Pleonasmo é o vício de linguagem relacionado ao uso de uma expressão redundante, isto é, trata-se da repetição desnecessária de um termo ou ideia. 
Por isso, para não se dizer a “mesma coisa” duas vezes, devemos nos expressar de forma atenta e objetiva.
Vamos analisar agora outros desvios em relação à sintaxe que, assim como os vícios de linguagem, também podem comprometer o processo de comunicação.
Provavelmente você já criou alguma frase siamesa e nem sabe. Ela aparece quando começamos a escrever sem muita atenção e acabamos esquecendo de pontuar ou utilizar conectivos para fazer a ligação entre as frases, transformando-as em algo sem sentido. 
Já aconteceu com você, não é?
Observe esta frase:
A garota estava apavorada teria de enfrentar o pai furioso.
Ela é um bom exemplo do que chamamos de frase siamesa, em analogia a irmãs siamesas. 
Esse tipo de construção caracteriza-se por apresentar ideias ligadas incorretamente, ou seja, são frases distintas que possuem enunciado completo, mas apresentadas como se fosse uma só, por não haver elemento de ligação entre elas, como os sinais de pontuação ou os conectivos. 
Em alguns momentos, principalmente devido à pressa, acabamos construindo frases segmentadas que dificultam muito o entendimento da mensagem. 
Algo segmentado é algo incompleto, certo? Composto por apenas uma parte do todo, não é? Frase segmentada, portanto, é aquela quebrada por pontuações incorretamente, isto é, dividida por uma pontuação que separa enunciados incompletos.  
Essas frases resultam em textos sem sentido, gerando a famosa incoerência.
Frases centopeicas ou labirínticas recebem esse nome devido ao seu comprimento, e, por serem muito extensas, acabam perdendo a sua ideia-núcleo.
Aula 4: Recursos coesivos e fatores de coerência
Nesta aula continuaremos nosso trabalho relacionado à produção textual, explorando o uso dos conectivos e apresentando os recursos de coesão e coerência textuais, tão importantes aos textos.
Veremos formas práticas de emprego dos conectivos, assim como a identificação dos diversos mecanismos de coesão e coerência textuais.
Vamos estudar também que a coesão e a coerência tem a ver com a harmonia das informações, ou seja, que as informações devem ser organizadas de um modo que façam sentido para quem lê.
A coerência, como você já sabe, é a ligação de cada uma das partes do texto com o seu todo, de forma que não haja contradições ou erros que gerem incompreensão, mal-entendido ou até mesmo falha na comunicação. 
A coerência diz respeito à intenção comunicativa do emissor, interagindo, de maneira cooperativa, com o seu interlocutor. 
Podemos organizar, de acordo com Ingedore Koch , a coerência em quatro tipos:
Coerência semântica
Refere-se à relação entre os significados dos elementos das frases em sequência. 
A incoerência aparece quando esses sentidos não combinam ou quando são contraditórios. 
É estabelecida entre os significados dos elementos do texto através de uma relação logicamente possível.
Coerência sintática
Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a coerência semântica: conectivos, pronomes etc. 
Trata da adequação entre os elementos que compõem a frase, o que inclui também atenção às regras de concordância e de regência.
Coerência estilística
Vem da utilização de linguagem adequada às possíveis variações do contexto. Na maioria das vezes, esse tipo de coerência não chega a perturbar a interpretabilidade de um texto. 
É uma noção relacionada à mistura de registros linguísticos (formal x informal, por exemplo). É desejável que quem escreve ou lê se mantenha em um estilo relativamente uniforme.
Coerência pragmática
Podemos dizer que esse tipo de coerência é verificado através do conhecimento que possuímos da realidade sociocultural, que inclui também um comportamento adequado às conversações. 
Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Para haver coerência nesta sequência, é preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua vez de falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, de forma a manter a expectativa de conteúdo de acordo com a situação em que o texto é usado.
Um texto pode ser incoerente em determinada situação se seu autor não consegue estabelecer um sentido ou uma ideia através da articulação de suas frases e parágrafos e por meio de recursos linguísticos (pontuação, vocabulário etc.). 
Como vimos na última aula, pode-se concluir, por esse motivo, que um texto coerente é aquele que é capaz de estabelecer sentido. Por isso, a coerência é entendida como um princípio de interpretabilidade. 
Incoerência semântica  
A casa que desejo comprar é bastante jovem. 
Essa frase é incoerente quando levamos em consideração o significado da palavra jovem.  
Embora tenha o sentido de coisa nova, o vocábulo jovem só é empregado para caracterizar seres humanos; e não seres inanimados, como é o caso de casa.  
Para essa caracterização, a palavra nova seria mais apropriada, concorda?
Incoerência sintática  
As pessoas que têm condições procuram o ensino particular, onde há métodos, equipamentos e até professores melhores.
Apesar de haver comunicabilidade, já que possível compreender a informação, a coerência desse período está inadequada. 
Ela poderia ser restabelecida se fosse feita uma alteração: a troca do pronome relativo onde, específico de lugar, para no qual ou em que (ensino particular, no qual/em que há métodos).
Incoerência estilística 
O ilustre advogado observou que sua petição não prosperaria, haja vista seu cliente ter enfiado o pé na jaca.   
Imagine iniciar uma fala, em um contexto formal, com palavras mais “sofisticadas” e depois misturar com uma forma de linguagem bem popular, usando gírias. 
Esta incoerência poderia parecer inclusive uma brincadeira, modificando o sentido que o autor da frase desejava.
Incoerência pragmática 
Veja esta conversa entre amigos:  
― Maria, sabe dizer se o ônibus para o Centro passa aqui?
― Eu entendo, João. Hoje faz um ano que minha avó faleceu.  
Note que Maria, na verdade, não responde a pergunta feita por João, pois não estabeleceu uma sequência na conversa. 
Ela propôsoutro assunto, irrelevante para a pergunta feita. 
Assim, percebemos que na sequência de falas deste exemplo não há coerência.
Coesão sequencial e a relação com o sentido
Quando falamos que um texto se caracteriza por apresentar uma ideia completa, queremos dizer que as informações estão conectadas umas às outras coerentemente, ou seja, estabelece-se relações lógicas entre as ideias contidas no texto.
A coesão sequencial que garante a textualidade é facilitada pela utilização de conectivos, como preposições e conjunções. Veja agora novos exemplos de coesão sequencial, clicando nas caixas abaixo: 
Adição/proporcao/conformidade/condição/finalidade
Aula 5: Técnicas de redação empresarial
Você acha que os profissionais que se comunicam bem nasceram sabendo? Acredita que é apenas um dom ou crê que podem haver técnicas que nos ajudem a nos comunicar melhor?
Nesta aula veremos que o processo de elaboração textual possui características mecânicas possíveis de serem utilizadas facilmente.
Analisaremos modelos de parágrafos para que você possa construir estruturas escritas como resultado de processos lógicos de observação, análise, leitura e escolhas sintático-lexicais.
Trataremos também das técnicas de paráfrase e resumo para que você possa utilizar esses recursos em seu dia a dia corporativo com mais segurança.
Pode parecer um assunto que todos dominam, mas a decodificação de informações e sua transmissão ainda é uma dificuldade para muitas pessoas, principalmente no ambiente coorporativo, que exige do profissional rapidez e atenção a inúmeros outros detalhes.
Uma situação muito comum, por exemplo, é quando temos que sintetizar informações para superiores, fornecedores, colaboradores etc. Nesse caso, temos de nos valer dos recursos da paráfrase e do resumo, mesmo sem nos dar conta.
Por isso, nesta aula, vamos aprender a transmitir informações da forma mais clara e concisa possível e começaremos pelo parágrafo, peça chave em nossa escrita.
Parágrafos são as estruturas formadas por unidades autossuficientes de um discurso que compõem um texto, apresentando basicamente uma ideia, pensamento ou ponto principal que o unifica.
Essas unidades são chamadas de tópico frasal, que é acompanhado por detalhes que o complementam.
A organização do texto em parágrafos permite que o leitor detecte as ideias principais do texto e acompanhe como foram desenvolvidas em seus diferentes estágios.
Veja os tipos mais comuns de tópicos frasais que auxiliam na hora de iniciar um parágrafo:
Declaração inicial 
O autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa ou negativa.
Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação.
Definição
Trata-se de um bom recurso didático. Define-se algo quando se delimita o seu significado dentro de um campo semântico.
Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos dissertativos/informativos. 
Exemplo: O jornal é um meio de comunicação periódico constituído por notícias, reportagens, crônicas, entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público.
Divisão 
O parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, indicando como será tratado em seu desenvolvimento. 
Serve para vários tipos de texto.
Exemplo: As informações tomam dois caminhos para atingir o receptor: o jornal impresso e a televisão.
Interrogação 
O autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado a um determinado tema, mediante uma pergunta.
Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos.
Exemplo: O crescente uso da internet provocará o fim do jornal impresso?
Alusão/Citação  
O autor faz referência a um fato histórico, às palavras de outra pessoa, usa um exemplo, uma lenda ou, até mesmo, uma piada, com o objetivo de prender a atenção do leitor. 
Serve para vários tipos de texto.
Exemplo: Conta a tradição que comer manga e, em seguida, tomar leite tem como resultado morte certa.
 Resumo, diferente da paráfrase que estudamos agora, é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto. 
Significa reduzi-lo ao que é essencial, mas sem perder de vista três elementos:
• Cada uma das partes essenciais do texto;
• A progressão em que elas acontecem;
• A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes.
Quem resume deve exprimir somente o que é essencial no texto, por isso, assim como a paráfrase, não podemos fazer comentários ou julgamentos.
Muitas pessoas julgam que resumir é produzir frases ou partes do texto original, construindo uma espécie de “colagem”. Porém, isso não é um resumo. 
Resumir é apresentar, com suas próprias palavras, apenas os pontos que julgamos relevantes no texto, sendo obrigatoriamente menor do que o original.
Lembrando que um resumo deriva da capacidade de leitura daquele que vai realizá-lo. A compreensão de um texto depende da competência do receptor. 
Essa competência envolve recursos culturais, experiência anterior e conhecimento prévio armazenado na memória.
Como elaborar um resumo?
A elaboração de um resumo exige mais habilidade de leitura do que de escrita. 
Para fazer um resumo é essencial compreender o contexto geral do texto. Interpretá-lo.
E aqui vai uma dica importante: 
Não é possível ir resumindo à medida que se vai fazendo a primeira leitura, pois assim não sabemos se o que está sendo lido naquele momento realmente compõe a parte mais relevante do todo.
É necessário fazer uma leitura prévia de todo o texto e destacar as partes que julgamos mais importantes para depois iniciar o resumo.
Resumo indicativo ou fichamento
O resumo indicativo ou fichamento caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É conhecido também como descritivo. Refere-se às partes mais importantes do texto. Pode ser usado, por exemplo, para adiantar o assunto de um anexo de e-mail. Indica as principais ideias em torno das quais o texto foi elaborado. Normalmente é utilizado em propagandas, catálogos de editoras, livrarias e distribuidoras ou ainda em breves exposições de determinadas obras.
Resumo informativo
O resumo informativo, também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura do texto original. 
Apresenta o objetivo da obra, métodos e técnicas empregados, resultados e conclusões. 
Nele evitam-se comentários pessoais e juízos de valor. 
Apresenta todas as informações, de forma sintética, que o autor usou para criar o texto.
Indispensavelmente deve conter: 
 • Assunto;
 • Problema e/ou o objetivo;
 • Metodologia;
 • Ideias principais em forma sintética;
 • Conclusões.
É o mais utilizado em universidades.	
Aula 6: Leitura de Textos
Com o vídeo demos o pontapé inicial e compreendemos o que é texto, contexto e intertexto. 
Agora precisamos perceber que a leitura não se constitui exclusivamente de processos escritos. Por isso, esta aula traz a construção leitora por meio de códigos não verbais ou mistos.
Cada vez mais, o mundo corporativo nos exige que sejamos mediadores e articuladores de informações. Isso nos obriga a relacionar rapidamente conteúdos muito variados. 
Assim, a intertextualidade, característica muito desenvolvida nos estudos literários, será também trazida à discussão, como recurso para aprofundar essa competência tão necessária ao mercado de trabalho.
Além disso, serão apresentados textos de natureza narrativa, descritiva e dissertativa para que você perceba que tipos diferentes de texto podem despertar ou intensificar habilidades linguísticas utilizadas no mercado ou fora dele.
Vamos começar pelo contexto.
É ele que pode definir o sentido do discurso e, normalmente, orientar tanto a produção quanto a recepção.
Em determinadas circunstâncias, um texto menos complexo, e até aparentemente menos claro, pode funcionar melhor, ser mais adequado, do que outro mais completo que contenha muitas informações. 
Isso acontece, por exemplo,com as placas de trânsito. Elas são mais apropriadas para passar uma mensagem ao motorista, que obviamente está ocupado dirigindo, do que um longo texto explicativo ou persuasivo que o motorista sequer teria tempo para ler.
Como neste caso, é importante que o contexto esteja de acordo com a situação comunicativa e que o interlocutor tenha as referências adequadas para fazer a leitura.
Conceituando gêneros textuais e tipologia textual
Os gêneros textuais podem ser encarados como as diversas formas que um texto pode assumir para cumprir seus objetivos, ou seja, para informar, entreter, comover etc.  
Sendo assim, podemos admitir que diferentes formas de textos fazem parte de nosso cotidiano, levando em conta que a comunicação atende a vários propósitos.  
Os gêneros textuais são praticamente infinitos, visto que são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento, em um determinado contexto.
O tipo de texto, por sua vez, é limitado, pois se refere à estrutura composicional da língua. 
De forma geral, temos cinco tipos textuais (narração, argumentação, exposição, descrição e injunção), que aprofundaremos ainda nesta aula. 
Não se esqueça de que um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual. Aliás, um único gênero pode conter mais de um tipo de texto. 
Uma carta, por exemplo, pode ter passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante.
Vamos agora analisar os tipos textuais 
A narração é um tipo de texto em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu em um determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.  
Há uma relação de anterioridade e posterioridade e, normalmente, apresenta-se verbalmente no passado.
De início, é bom você procurar sempre contá-los de uma maneira bem diferente, bem inteligente, fugindo dos “lugares comuns”.
Em uma empresa, podemos ter, por exemplo, a necessidade de se contar a história dela em um site ou ainda fazer um relatório.
A argumentação é um tipo de texto através do qual o emissor da mensagem tenta convencer o ouvinte/leitor. 
O texto argumentativo defende uma ideia específica.
No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta.
A exposição é um tipo de texto que apresenta uma ideia, uma reflexão, um conhecimento, uma explicação sobre um objeto (pessoa, fato, circunstância). 
Como traz informações específicas sobre um tema, também é chamada de texto informativo.
A descrição apresenta um objeto do discurso (pessoa, coisa, circunstância, fato etc.), realçando suas características. 
A sua técnica implica uma contemplação e uma apreensão de algo objetivo ou subjetivo.
O redator, ao descrever, capta o mundo, exterior ou interior, conforme a sua sensibilidade.
Numa visão mais mercadológica, para cada empresa ou situação empresarial há de se fazer uma descrição condizente com a intencionalidade do texto.
É fato que a maioria das empresas deve primar pela objetividade a fim de se fazerem entender suas mensagens. Mas, como tudo depende do contexto, também podem ser necessárias as descrição subjetivas.
A injunção é uma tipologia textual que se caracteriza por determinar, indicar, orientar como se realiza uma ação. 
Temos como exemplos de textos injuntivos as questões de prova, as receitas culinárias, os manuais de instrução, algumas propagandas, instruções de jogos etc.
Aula 7: Estrutura e Estética da Redação Administrativa
Nesta aula, estudaremos os formatos ideais de correspondência empresarial. 
Analisaremos o modelo de carta, ofício, e-mail, memorando (ou comunicação interna), que são tipos de comunicação que você frequentemente utilizará em seu trabalho.
Vamos focar principalmente na estrutura estética destes textos, isto é, tanto no tratamento da linguagem como em sua apresentação física. Para esse fim, serão utilizados textos de natureza empresarial.
Carta comercial é um documento de correspondência externa usado como meio de comunicação formal entre duas empresas ou uma empresa e uma pessoa (ou vice-versa), cujo conteúdo se relaciona a assuntos comerciais e/ou financeiros de interesse de uma ou ambas as partes envolvidas.
A redação de uma carta comercial de boa qualidade leva em consideração dois aspectos essenciais: o que dizer e como dizer. 
A Carta comercial, ou empresarial, há séculos impulsiona negócios e direciona riquezas incalculáveis, além de permitir a comunicação diária entre empresários.
É a mais importante das modalidades de correspondências empresariais, devendo acompanhar a constante modernização das empresas. 
Uma carta comercial bem-feita pode ser o ponto de partida para a concretização de bons negócios; da mesma forma, uma carta mal redigida e “desastrada” pode levar a empresa a perder um bom cliente ou um parceiro comercial significativo. 
Por isso, a tarefa de preparar esse tipo de correspondência exige habilidade, conhecimento das técnicas de redação e profissionalismo.
Ao começar uma carta comercial, é importante que se vá direto ao assunto, usando os verbos para iniciar e comandar as ações propostas.
Não utilize expressões do tipo: 
        “Venho por meio desta...”
        “Servimo-nos da presente para...”
        “Esta tem a finalidade de...”
É simples: se tiver que comunicar, comunique. Se tiver que avisar, avise. Sem embromação.
O importante é que sejam objetivas (sem palavras inúteis), educadas e adequadas ao destinatário.
Dependendo do conteúdo da carta, são usuais, entre tantas outras, as seguintes aberturas:
• Em resposta à sua solicitação (ou pedido, carta etc.), temos a informar que...
• Comunicamos a V. Sa. que...
• Atendendo ao seu pedido nº...
• Lamentamos informar aos senhores que...
• Recebemos sua carta, na qual V. Sa. ...
• Represento, nesta região, a empresa...
• Solicitamos de V. Sas. providências no sentido de...
• Cumpre-nos comunicar que...
• Relativamente à sua solicitação, informamos que...
• É do conhecimento de V. Sa. que...
Ao encerrar uma carta comercial, também é importante ser eficiente na comunicação, evitando, por exemplo:
        “Sem mais para o momento...”
        “Subscrevo-me...”
        “Aproveitamos para renovar nosso sentimento de...”
        “Fico no aguardo” 
Lembre-se sempre: os fechos devem ser simples (sem palavras inúteis), educada e apropriada ao destinatário.
Atenciosamente/cordialmente/respeitosamente 
Há três tipos de comunicação que se diferenciam mais pela finalidade do que pela forma. São eles o ofício, o aviso e o memorando. Para uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que segue o que chamamos de padrão ofício.
Você sabe qual é a diferença entre Aviso e Ofício?
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. 
A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia e o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. 
Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo. 
Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Senhora Ministra
Senhor Chefe de Gabinete
Devem constar no cabeçalho ou no rodapé do ofício as seguintes informações do remetente: 
• Nome do órgão ou setor;
• Endereço postal;
• Telefone e endereço de correio eletrônico.
Os ofícios, por serem endereçados a órgãos públicos, não devem ser modificados em sua estrutura. São mais rígidos, por assim dizer.
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. 
Trata Sua característica principal é a agilidade e simplicidade de procedimentos burocráticos.
Para evitar desnecessário aumento do númerode comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. 
Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões. Permitindo também que se faça um histórico do andamento do assunto tratado nele -se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
Aula 8: O Processo de Comunicação nas Organizações
O sucesso de qualquer estratégia empresarial depende, substancialmente, de um bom desempenho da comunicação. 
E não se trata, aqui, apenas das atividades do departamento de comunicação empresarial das organizações, mas principalmente da cultura de comunicação da empresa, ou seja, da função comunicação que é exercida por todos da organização. 
Vamos analisar nesta aula, portanto, a importância da comunicação para que uma estratégia de negócios seja efetivamente implementada. 
Será apresentado o entendimento conceitual sobre o processo de comunicação na sociedade, em geral, e no ambiente empresarial, de forma mais específica. 
Trabalharemos a escolha adequada das ferramentas de comunicação e o relacionamento, que é a palavra-chave para o sucesso de qualquer empresa.
Dentro do conceito de cultura de comunicação, cabe à empresa não apenas fortalecer o seu departamento ou gerência de comunicação como também considerar em seus relacionamentos as influências que surgem de todos os lados, de todos os públicos de interesse. 
Mais do que a formalização de sua estrutura de comunicação, cabe reconhecer que a informação deve ser tratada como um bem estratégico da organização e, principalmente, que seus fluxos independem da vontade e dos encaminhamentos da direção da empresa. 
Segundo Paulo Nassar (2004), diretor-geral da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), “do porteiro ao presidente”, todos fazem comunicação na empresa, o que reforça o conceito de função da comunicação.
O relacionamento empresarial
Se o sucesso de uma estratégia de negócio depende de um bom processo de comunicação empresarial, e se este processo de comunicação é bem mais amplo que a estrutura organizacional (departamento, gerência, setor, assessoria etc.); entende-se que o mais nobre nesta relação é a percepção que o público de interesse tem sobre a empresa. 
Isso quer dizer que o relacionamento é, na verdade, o grande objetivo e desafio de toda e qualquer iniciativa de comunicação empresarial. 
Portanto, o relacionamento empresarial, que depende de um bom processo ou cultura de comunicação, é bem mais amplo e importante do que uma relação pontual de compra e venda, ou uma ação eventual de interesse institucional ou, ainda, algum programa isolado para o público interno. 
Este relacionamento promete e persegue a perpetuação da marca e dos negócios, a consolidação da empresa junto a todos os seus públicos de interesse.
Transparência, ética e diálogo
A transparência, a ética e o diálogo são  aspectos fundamentais no dia a dia da empresa.
Estes são atributos de uma boa marca e exigem da área de comunicação uma atenção a mais na sua prática. 
Além de dar visibilidade a produtos e/ou serviços e ações da empresa, cabe ao  departamento de comunicação influenciar o processo produtivo da empresa para que, de fato, ela tenha somente coisas positivas para evidenciar junto a seus públicos de relacionamento.
Stakeholders significa “partes interessadas”. Trata-se de um termo usado em diversas áreas como gestão de projetos, administração e arquitetura de software.
Este termo abrange todos os envolvidos em um processo organizacional...
Um ponto fundamental nesta cultura de relacionamento é a visão de stakeholders.
Ao reconhecer que todos os seus públicos de interesse exercem influência sobre sua marca, a empresa deve organizar seu processo de comunicação de forma a definir estratégias de conversação para cada um deles, em particular. 
Nem todos os públicos necessitam da mesma informação, da mesma forma que nem toda informação interessa igualmente a todos os públicos. 
Segmentar sua mensagem de acordo com seus interesses é fundamental para que a organização amplie seu entendimento com os stakeholders.
Informação e comunicação
Embora inicialmente essas palavras possam parecer sinônimos, na prática têm significados diferentes. A informação disponibilizada por uma pessoa ou empresa somente se transformará em comunicação quando a outra parte da relação participar efetivamente do processo.
O que isso quer dizer?
Para a comunicação se concretizar ela depende do processamento e entendimento que é feito da informação recebida.
Tal conclusão demonstra a atribuição de valor que é dada pelo outro da relação.
Isso significa, então, que a empresa não é soberana na relação com seus públicos de interesse. Cada público de relacionamento é que vai atribuir valor para a relação com a empresa. 
Desta forma, é fundamental que a empresa reconheça esta importância em cada um de seus públicos de relacionamento. 
Afinal, podemos disponibilizar informação à vontade, mas sua confirmação em comunicação depende do interesse do outro com o qual nos relacionamos.
Imagem é a projeção que a empresa faz de sua marca, produtos, serviços etc. 
Reputação é o reconhecimento coletivo daquilo que a empresa projeta.
As definições de imagem e reputação que acabamos de ver mostram que novamente depende-se do entendimento do outro. 
Isso significa que as empresas precisam exercitar seu poder de escuta a fim de considerar os interesses de seus públicos de relacionamento.
Pensar na função comunicação, muito além da estrutura funcional implantada nas empresas, é considerar os mais diversos elementos abstratos que compõem o processo de relacionamento de uma empresa.
Percebemos que o sucesso de qualquer estratégia empresarial depende diretamente da comunicação e que todos os envolvidos são responsáveis por ela. 
Podemos concluir, seguindo as ideias pregadas por Paulo Nassar (2004, pág. 75), que “administrar, além de tudo, é  comunicar”. 
Segundo ele, “trata-se da comunicação que tem como base um processo profundo, cotidiano e permanente de conhecimento recíproco entre o emissor e o receptor organizacional”. 
E claro que isso tem tudo a ver com o que acabamos de estudar, pois estamos falando, mais uma vez, do relacionamento que deve ser construído a cada dia pelas organizações que pretendem perpetuar suas marcas e mercados.
Aula 9: Estratégias de Comunicação 
A Comunicação tem enorme relevância para o sucesso de qualquer empresa. Para tanto, é fundamental entendê-la de forma estratégica esaber desenvolver formas adequadas de atuação. 
Nesta aula, serão analisados os elementos para ajudá-lo a compreender como a comunicação estratégica pode auxiliá-lo a ter sucesso nesse mercado empresarial.
A preparação da estratégia
Antes de ser praticada pelas empresas, uma boa estratégia de comunicação necessita de planejamento. 
Na teoria, trata-se de um roteiro básico a ser seguido de forma a construir a estratégia de comunicação da organização. 
Tudo começa com a explanação e o conhecimento que você tem sobre a empresa. Esta apresentação deve incluir aspectos como marca, mercado ou negócios, histórico, força de trabalho, presença geográfica etc. A ideia é que o funcionário levante todas essas informações, para situar a empresa de forma clara e consistente.
É importante entender que esse planejamento deve ressaltar a visão, a missão e os valores praticados por esta empresa. Não se trata de apenas copiar tais aspectos, mas principalmente garantir que o restante dessa idealização tenha coerência com a promessa que é feita nessas descrições.
Porém antes de continuarmos, é importante que você saiba no que consiste a visão, a missão e os valores, pois estes elementos fazem parte da comunicação institucional e da identidade organizacional.
A missão é tida como o detalhamento da razão de ser da empresa, ou seja, é o porquê da empresa. 
Na missão, tem-se acentuado o que a empresa produz, sua previsão de conquistas futuras e como espera ser reconhecida pelos clientes e demais stakeholders.
De acordo com o consultor Sergio Luiz de Jesus, a missão de uma empresa está tão ligada ao lucro quanto ao seu objetivo social. Ainda segundo o consultor, toda missão dever orientar os objetivos financeiros, humanos e sociais da organização.
A visão é algo responsável por nortear a organização. É um acumulado de convicções que direcionam sua trajetória. 
O professor de empreendedorismo Louis Jacques Filion define visão como “a imagem projetada no futuro do espaço de mercado futuro a ser ocupado pelos produtos e o tipo de organização necessária para se alcançar isso”.
Em suma, a visão pode ser percebida como a direção desejada, o caminho que se pretende percorrer, uma proposta do que a empresa deseja ser a médio e longo prazo e, ainda, de como ela espera ser vista por todos.
Os valores incidem nas convicções que fundamentam as escolhas por um modo de conduta tanto de um indivíduo quanto em uma organização. 
Richard Barrett, ex-diretor do Banco Mundial, declara que em uma organização os valores “dizem” e os comportamentos “fazem”.
 Assim sendo, os valores organizacionais podem ser definidos como princípios que guiam a vida da organização, tendo um papel tanto de atender seus objetivos quanto de atender às necessidades de todos aqueles a sua volta.
Como construir o planejamento?
Um planejamento é um sistema feito antes da realização de uma ação, em que você, terá como objetivo conduzir e organizar um projeto. 
Ele permite que a organização consiga e aplique os recursos necessários para atingir seus objetivos, de acordo com os métodos escolhidos e ainda permite tomar medidas necessárias para corrigir eventuais erros.
Os primeiros passos envolvem a seleção dos objetivos para a organização e depois o estabelecimento dos programas para se ter sucesso na tarefa.
Nesse momento deve-se perguntar: 
Em quais cenários daquela empresa este planejamento será construído? 
Para responder a essa pergunta, o planejamento deve se apropriar de, no mínimo, três cenários que envolvem a empresa. 
De preferência, deve-se escolher um cenário mercadológico, outro institucional e outro sobre o público interno ou organizacional. 
Dos dados sobre a empresa para as informações essenciais à comunicação, o planejamento deve focar nas motivações ou problemas de comunicação a serem resolvidos.
Mas o que são as estratégias propriamente ditas?
Estratégias não representam algo concreto, certo?
Elas pertencem, portanto, ao campo das ideias, concorda? 
Por isso, as perguntas que devemos fazer neste momento são:
O que fazer? Que caminhos percorrer?
As respostas a essas perguntas envolvem a seleção das ferramentas de comunicação que dão conta dos objetivos propostos, das metas fixadas, da definição dos públicos-alvo, do posicionamento pretendido, do mercado de atuação e do momento da empresa/produto. 
É importante frisar que para cada ferramenta deve ser estabelecido, em relação ao todo, um objetivo específico, seu público-alvo, orçamento e metas de intenção.
A função da estratégia, deste modo, é orientar  a comunicação e o caminho a ser seguido.
Se no objetivo definimos O QUE pretendemos, na estratégia determinamos COMO proceder, ou seja, resolvemos a melhor forma de nos comunicar para atingir os objetivos traçados.
A estratégia é, portanto, a forma pela qual pretendemos alcançar o objetivo, ou as ações que serão empreendidas para se conseguir atingir toda empresa e realizar o objetivo pré-definido.
Basicamente, 90% das ações de comunicação usam os tipos de estratégias descritas a seguir, para atingir, por exemplo, o seu público-alvo:
Estratégia de pressão (push) -- Trabalhar em estratégias de pressão (push) significa que nossos esforços estarão direcionados e comunicados aos nossos canais de distribuição (revendedores, distribuidores etc.) para que eles se interessem em trabalhar com nossos produtos e serviços de forma eficiente e, assim, oferecê-los aos nossos consumidores.
Estratégia de atração (pull) -- As estratégias de atração (pull) são ações destinadas e orientadas aos consumidores como forma de fazê-los se interessar pelo produto ou serviço e assim gerar demanda aos canais de distribuição (revendedores, distribuidores etc.).
Se estivermos trabalhando com produtos e serviços com finalidade mercadológica, teremos que definir inicialmente uma “pré-estratégia” — se trabalharemos em ações de pull (atração) ou de push (pressão). 
É óbvio que você pode trabalhar com as duas, mas não se esqueça de que públicos distintos possuem interesses diferentes e precisam de informações diferentes para ações diferentes e necessitam disso por canais e modelos de condução diversos. 
Não dá nem para sonhar em usar a mesma comunicação em pull e push.
Estratégia de informação -- Essa estratégia caracteriza-se pela prioridade que dá às informações de um produto ou empresa.
É utilizada, geralmente, no lançamento de um produto novo ou inédito, na explicação de novos benefícios ou serviços ou na abertura de novas empresas. 
Pode-se utilizá-la também quando um produto for reformulado ou quando sofrer uma alteração em sua embalagem. 
Normalmente, visa construir conhecimento e compreensão de atributos ou apresentar fatos ainda não percebidos pelo público-alvo. 
É importante frisar que essa estratégia deve informar algo (o que é o produto, suas vantagens e benefícios, o serviço, o que a empresa faz).
Estratégia de testemunho (ou testemunhal) -- Essa estratégia é bastante aplicada para construir credibilidade à imagem e à proposta. 
O uso de celebridades pode trazer um bom retorno à campanha, entretanto, pode-se fazer uso também do testemunho do consumidor anônimo, com depoimentos sobre aquilo que se pretende realçar. 
Nesses casos, é muito comum utilizar demonstrações ou testes comprovando o fato proposto. Estratégia comparativa (ou comparação) -- Como o próprio nome diz, compara os atributos de um produto, serviço ou empresa com os do seu concorrente. 
É importante lembrar que a estratégia de comparação não ataca o concorrente,
apenas faz comparações.
Note também que a estratégia de comparação, na maioria das vezes, beneficia ambos os produtos: o anunciado e o comparado. É preciso, no entanto, muito cuidado para não denegrir a imagem do concorrente.
Normalmente traz problemas frente ao Conar, já que, em sua maioria, as empresas comparadas não são muito cordiais com esse tipo de prática.
Estratégia de humor -- Embora seja “a cara” do brasileiro e de sua comunicação, de um jeito ou de outro, deve ser utilizada com muito cuidado,pois depende muito do público-alvo a ser atingido, dos problemas a serem resolvidos na mensagem e do tipo de humor a ser trabalhado.
Mesmo atraente, pode encobrir o conteúdo informativo e persuasivo da comunicação. 
Além disso, se usada em grande frequência, pode cansar o consumidor. Mas, se bem estruturada e bem-feita, pode trazer excelentes resultados.  
O humor pode ser retratado por um trocadilho, por uma piada ou outro tipo de humor. A sátira, no entanto, provou ser a mais adequada.
Estratégia ofensiva (ou de combate) -- Caracteriza-se pela ousadia. Compreende o ataque ao concorrente, tentando atingir sua vulnerabilidade.
Pode romper a ação da concorrência, mostrando o lado frágil do concorrente.
Para utilizá-la, é preciso conhecer muito bem o mercado e o concorrente e/ou o produto que será alvo do ataque, suas fraquezas e suas potencialidades. 
Com base nesse conhecimento, a estratégia ofensiva oferece ao consumidor o que esse concorrente não está em condições de realizar ou não quer apresentar.
Ela é, normalmente, utilizada para ganhar participação de mercado de um concorrente maior.
Estratégia defensiva (ou de defesa) -- Embora possua este nome, sua tradução literal lhe empurrará para erro de função. 
Uma estratégia defensiva busca, na verdade, se antecipar e prevenir ataques a partir do reforço das potencialidades e diferenciações competitivas de uma marca, empresa, produto ou serviço. 
É normalmente utilizada pelos líderes de mercado, com grande posição competitiva. É a forma de repelir de forma antecipada um ataque através do aproveitamento das forças empresariais.
Os líderes, além de utilizá-la, mantêm constante inovação tecnológica a fim de manterem sua posição.
Estratégia indiferenciada -- Essa estratégia não prioriza as vendas, mas a imagem da marca, sendo recomendada para fixar marcas de empresas ou linhas de produto quando os mercados, ou mesmo os produtos, não apresentam tanta (ou qualquer) percepção de diferenciação ou mesmo não possuem (ou não percebem) diferentes segmentos de mercado. 
É o caso da água mineral e do fósforo, por exemplo.
Estratégia de posicionamento / reposicionamento -- Procura destacar um lugar para o produto ou empresa na mente do consumidor.
Ao trabalhar essa estratégia, deve-se ter em mente que as pessoas não compram produtos, mas a solução para algum problema que tem.
Seguindo este raciocínio, a marca deve ser associada a uma palavra ou expressão na mente do consumidor relacionada à solução que ele oferece. 
Quando você consegue associar isso à marca de seu produto, dificilmente um concorrente poderá utilizá-la. 
Ao lado, por exemplo, vemos uma marca que conseguiu se vincular com sucesso à ideia das “1001 utilidades”, não é mesmo?  
Aula 10: Plano Básico de Comunicação
Planejar é conveniente em qualquer momento, mas torna-se especialmente importante nos dias de hoje em função de todos os avanços sociais e tecnológicos que mudam a nossa rotina constantemente.
Nos tempos de crise que vivenciamos, quando os riscos são maiores, os recursos mais difíceis, maiores as incertezas e o mercado apresenta um comportamento que se modifica com regularidade, ter um plano nos ajuda a evitar uma situação caótica. 
Agora que já vimos algumas variáveis importantes ao universo da comunicação, nesta última aula vamos entender como planejar nossa comunicação e como construir um plano capaz de transmitir estas intenções com eficiência.
O plano de marketing analisará mais especificamente os aspectos das variáveis externas à empresa, realizará o diagnóstico e poderá prever possíveis cenários (como resultado dessa análise), além de estudos sobre as condições que a empresa precisa ter para melhorar o seu desempenho, influenciando assim todas as suas áreas e abordando mais detalhadamente questões sobre o produto a que se refere, incluindo sua parte financeira sobre faturamento e resultados, no planejamento de comunicação todo esse estudo já existe.
E é com base nele e a partir dele que será elaborada a estratégia de comunicação que estudamos na aula passada. 
Portanto, o planejamento de comunicação parte do princípio de que já exista um plano de marketing.
Características de um bom planejamento
O planejamento é um sistema de trabalho que trata da previsibilidade e está sujeito às variáveis incontroláveis externas, devendo, portanto, estar preparado para admitir correções ao curso de sua aplicação, dando continuidade ao planejado anteriormente.
Para ter sucesso ele deve reunir as seguintes características:
• Manter o equilíbrio entre o proposto e a realidade de mercado; 
• Servir como padrão de referência para as ações propostas;
• Possuir a flexibilidade necessária para se adaptar às possíveis mudanças de mercado;
• Manter a consistência das ações e a sua continuidade;
• Ser um instrumento de trabalho do dia a dia dos executivos.
Como vimos, nossos objetivos e metas gerais partirão do Plano de Marketing, certo? 
Por isso, precisamos, em primeiro lugar, analisar o problema a ser resolvido.
Isso significa procurar entender qual o problema em questão, quais as suas dimensões, qual a sua contextualização e seus impactos para o nosso negócio.
A partir disso, precisamos buscar compreender quais tipos de ameaças e oportunidades se constroem ou se apresentam no mercado. 
Construída essa etapa, e sempre baseados nos objetivos do plano de marketing, precisamos agora descobrir o que é para ser feito a partir deste problema.
Objetivos da Comunicação
Quais os objetivos da comunicação? 
O que se pretende por resultados? 
O que precisamos fazer na comunicação para contribuir para os resultados de mercado esperados?
Para responder a essas perguntas, os objetivos da comunicação precisam ser claros e descritos em relação ao alcance pretendido.
Veja estes exemplos:
• Apresentar e explicar os diferenciais da marca/empresa;
• Aumentar a percepção do público para determinada ação;
• Conscientizar a sociedade para os perigos de algo;	
E quais seriam as Tarefas da Comunicação?
• Envolver-se e responsabilizar-se por gerar conhecimento e conscientização;
• Construir percepção e lembrança;
• Alterar hábitos e atitudes;
• Buscar a mudança de comportamentos de mercado ou o reforço de decisões e atitudes;
• Desenvolver comportamento lúdico ou emocional;
• Gerar simpatia e boa vontade às ações pretendidas e/ou à imagem proposta a fim de construir preferência e motivar a ação.
Público-alvo
Para que essa comunicação possa se materializar, precisamos saber com quem vamos falar, não é mesmo?
Afinal, se não sei com quem vou falar, como saberei de que forma, onde, quando e como vou falar?
Além disso, se não souber quem é meu destinatário, não saberei encaixá-lo frente aos meus objetivos de marketing e de comunicação e, portanto, não saberei, sequer, o que falar.
Uma tentativa de aumento de vendas, por exemplo, pode ter diferentes estratégias e ações, dependendo do público que se pretende atingir, concorda?
Por isso, nosso próximo passo é determinar o público-alvo de nossa comunicação (target group).
Definir corretamente o target (público-alvo) e saber descrevê-lo com a maior riqueza de detalhes possível contribuirá determinantemente para o sucesso e uma maior efetividade dos resultados.
Porém, errar esta determinação gerará, com certeza, o fracasso dos objetivos e, mais, um grande problema a ser revertido.
Imagine só você precisar falar a um target, estrategicamente, e falar a outro?
Não vá adiante com o seu plano enquanto você não estiver consciente e tranquilo de que tudo está correto quanto à determinação, segmentação e descrição do target de sua comunicação, ok?
Determinando o caminho e o que precisa ser dito
Neste ponto do plano, além de determinar o “caminho” que será percorrido para se atingir o target, também é preciso determinar e expressar o que precisa ser dito.
Escolher o conteúdo que deve ser apresentado e passado ao target e a cada segmento de público é essencial.
Não pense que montar uma estratégia é pensar em uma grande “sacada”, emuma ideia genial para fazer o objetivo acontecer. 
Acho que a esta altura do campeonato você já sabe que não é assim que as coisas funcionam. Planejamento é o lema, lembra-se?
A Influência das Redes Sociais
A primeira delas diz respeito à mudança na posição do público. 
De simples espectador ou consumidor, na maioria das vezes passivo, ele passa agora a coautor da comunicação e muitas vezes o principal agente dela. 
Fritz Henderson, presidente da General Motors, disse, certa vez, que as redes sociais democratizaram o boca a boca fazendo-o chegar a milhões.
Isso significa dizer que hoje nosso público é interconectado, possui razoável acesso à informação e tecnologia e que, por isso, tudo é rapidamente checado e avalizado por meio de suas redes de relacionamento. 
Inverdades, deslizes e ruídos sustentam-se por muito pouco tempo e são disseminados na “velocidade da luz” a públicos numerosos, causando estragos gigantes à imagem e ao negócio de empresas que não atentarem à nova dinâmica propiciada por estes canais e não estiverem preparadas a se comunicar à altura e ao jeito deste “novo” público.
A hora de fazer as contas
Pensar orçamento é pensar a disponibilidade e alocação de recursos financeiros para o plano e sua consequente distribuição ao longo deste. 
É óbvio que os recursos disponíveis serão sempre proporcionais ao produto/empresa, mercado e objetivos a serem alcançados. Simples de explicar, difícil de fazer.
Chegamos enfim à variável capaz de mexer em tudo o que se pensou até agora. Chegou a hora de fazer as contas. 
Afinal, ao chegar aqui, tudo que se pensou anteriormente precisa estar coerente e alinhado ao orçamento proposto.
Caso contrário, precisaremos rever todo o “quebra-cabeças” de comunicação imaginado com vistas a adequá-lo às possibilidades e realidades financeiras.
Os recursos
Determinar o volume de recursos a ser empregado é talvez a parte mais difícil do plano.
Difícil em função de se projetar a eficiência para o dinheiro investido e difícil muitas vezes em obter medidas de retorno do investimento (para agregar valor ao seu produto). 
A Comunicação, portanto, deve sempre ser pensada sob o foco e o prisma de investimento e isto significa que ela deve, obrigatoriamente, dar retorno. 
Tenha sempre em mente: 
“Tudo aquilo que não agrega, custa”.
Combinação Fatal
Apesar de tantas opções de planejamento para a construção de orçamento, ainda tem muita empresa, principalmente micro, pequena e média, que, em verdade, não tem nenhum planejamento orçamentário. 
Simplesmente movem-se por necessidades, sem qualquer previsão e põem a “mão no bolso” a cada vez que precisam desenvolver ações de comunicação, deslocando recursos “sabe Deus de que departamento ou função”. 
Exatamente por não possuírem nenhum estudo ou previsão, tendem a achar tudo excessivamente caro. 
A consequência disso são esforços minimizados e a despotencialização de ferramentas possíveis ou utilizadas, subempregado a comunicação. 
O que é uma combinação fatal, concorda?
Outra ocorrência bem parecida e igualmente preocupante é basear o orçamento no recurso disponível. Seguindo a ideia “do que tem pra hoje”. 
Simplesmente levanta-se a disponibilidade de recursos e aplica-se. 
Pode ser muito ou pode ser pouco frente às necessidades, ou mesmo pode ter as necessidades adequadas a ele, mas será, sempre, imprudente do ponto de vista profissional e de longo prazo e baseado sempre na incerteza e na falta de previsibilidade.
Controle e Avaliação
O controle e a avaliação configuram a última parte do plano.
O controle consiste em estimar um determinado resultado, montar um sistema de medição do assunto em pauta e, por comparação, avaliar se o que realmente aconteceu atingiu as previsões ou não. 
Nesse processo está a necessidade de quantificação, sem a qual não se terá noção do sucesso ou do fracasso alcançado.
O momento em que deve ser feita a avaliação depende do interesse em monitorar o andamento do projeto com maior ou menor grau de detalhamento.
As medições feitas antes do término de um projeto, geralmente, são consideradas preventivas. 
Elas são úteis para se avaliar algum desvio em relação ao que se deseja conseguir, o que permitiria ajustar o rumo para chegar ao final mais próximo do planejado.
Essas correções evitariam os desperdícios porque certas ações poderiam ser canceladas por não estarem produzindo os resultados esperados, permitindo realocar os valores em outras mais efetivas ou criando novas alternativas.
Porém, sem dúvida, mesmo que acompanhe os resultados ao longo do trabalho, sempre deve ocorrer algum tipo de avaliação ao final, se for o caso, para saber se os objetivos realmente foram alcançados.

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