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Ludicidade e Educação Slide aula 1

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PROFESSORA
MARLIZETE CRISTINA BONAFINI STEINLE
Doutoranda em Educação
LUDICIDADE EM EDUCAÇÃO
Aula 1
Revisitando a História
do Surgimento do Jogo 
REVISITANDO A HISTÓRIA 
DO SURGIMENTO DO JOGO 
ATIVIDADE EM SALA
Conversem com seus colegas e respondam
as seguintes perguntas:
a) A criança nasce sabendo brincar?
b)A criança aprende a brincar da mesma forma 
que ela aprende a andar?
c) A criança aprende a brincar
brincando
com outras pessoas?
A BRINCADEIRA ENTRE OS ANIMAIS
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POR QUÊ AS BRINCADEIRAS 
INFANTIS OCORREM SOMENTE 
EM MAMÍFEROS?
Primeiro: porque entre os grupos animais 
somente eles apresentam infância 
propriamente dita: aves, répteis, invertebrados 
e outros não dependem de indivíduos adultos 
quando nascem e, quando dependem, é por 
um curto período de tempo. 
Segundo: porque os mamíferos não nascem 
com o sistema sensório‐motor plenamente 
desenvolvido. 
Terceiro: porque são, essencialmente, animais 
sociais. Essas três características, juntas, 
podem explicar a razão da existência 
da brincadeira entre mamíferos
ATENCÃO
As brincadeiras no mundo animal não ocorrem 
somente com objetos ou insetos; acontecem também 
entre os animais mais jovens e entre estes e outros 
membros do grupo. Esse tipo de brincadeira, além 
de obviamente exercitar o sistema sensório‐motor, 
também é uma forma de o jovem compreender o seu 
lugar e o seu papel no grupo: 
brincando com outros indivíduos, 
o jovem animal é capaz 
de conhecer sua força 
e compará‐la com a de seus 
semelhantes. 
PARA SABER MAIS: 
Brincar na infância é fundamental para que um 
mamífero tenha êxito na vida adulta. 
De acordo com Vygotsky e Luria (1996, p. 57):
Estes animais (vertebrados superiores) 
são os primeiros em que se encontra a plasticidade 
das capacidades inatas; surge a infância no sentido 
próprio da palavra e, ligada a ela, o brinquedo 
infantil. Sendo ele próprio um tipo de atividade 
instintiva, o brinquedo é também 
um exercício para outros instintos, 
a escola natural para o animal 
jovem, sua auto‐instrução
ou auto‐treinamento. 
O QUE É PLASTICIDADE?
A plasticidade a que se referem os autores 
estabelece  a base para que possam surgir 
formas culturais de comportamento, uma vez 
que pode alterar o meio em que vive, a partir 
de sua plasticidade, inaugura uma nova forma 
de evolução, qualitativamente distinta, da qual 
é, ao mesmo tempo, sujeito 
e objeto. 
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ATIVIDADE EM SALA
Convercem com seus colegas de sala
e respondam:
a)As crianças sempre brincaram?
b)Em que momento do desenvolvimento
infantil as crianças começam a brincar?
COMO SURGEM AS BRINCADEIRAS 
DAS CRIANÇAS? 
PARA ELKONIN (1972):
Historicamente, o faz‐de‐conta emerge num 
momento social específico, quando muda 
a posição da criança na sociedade. A criança, 
evidentemente, sempre fez parte da sociedade 
mas a sua posição 
e o seu estatuto, 
muda, no curso 
da história
PARA ELKONIN (1972):
O elo entre a criança e a sociedade era direto 
e imediato – desde os anos mais remotos, 
as crianças viviam uma vida em comum 
com os adultos.
O elo, anteriormente direto, passou a ser 
mediado pela educação 
e normas de criação.
PARA ELKONIN (1972):
O conjunto de relações caracterizadoras da "criança 
na sociedade" foi, assim, obscurecido e dissimulado 
pelo sistema de relações "criança‐família" e, dentro 
desta, pelas relações "a criança e o indivíduo adulto". 
ARIÈS (1978)
Apresenta‐nos uma série de evidências históricas 
a respeito dessas mudanças no estatuto 
da infância na sociedade.
A.Na sociedade medieval, não existia o senti‐
mento da infância, sentimento este definido 
como "consciência da particularidade infantil [...] 
particularidade 
que distingue 
essênci‐ almente a criança 
do adulto, mesmo jovem" 
(p. 156).
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B. A consciência coletiva acerca da infância: 
desencadeia‐se com a emergência de dois 
sentimentos em relação à criança 
("paparicação X desprazer) que surgi ao final 
do século 16 e 17, e de suas contradições 
que se passa a entender como não mais 
desejável "que as crianças se misturassem 
com os adultos, especialmente na mesa – sem 
dúvida porque essa mistura permitia 
que fossem mimadas 
e se tornassem 
mal‐educadas" (Ariès, 1978, 
p. 161). 
PARA SABER
Pelo fato de não haver a separação entre crianças 
e adultos, pois, as crianças participavam 
ativamente, junto com os adultos, de brigas 
de galo, de representações dramáticas; 
freqüentavam tavernas e bordéis; apostavam 
e jogavam a dinheiro (há registro deste costume 
de apostar até 1830, em escolas 
públicas inglesas). 
PARA SABER
Os adultos, por sua vez, também realizavam, 
com seus pares ou com crianças, brincadeiras 
que, hoje, vemos como puramente infantis: 
esconde‐esconde, cabra‐cega, berlinda, entre 
inúmeras outras brincadeiras.
ATIVIDADE EM SALA
Conversem e respondam:
1) Qual o brinquedo que vocês mais gostavam?
2) Porque ele era tão importante? 
COMO SURGIRAM OS BRINQUEDOS?
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SURGIMENTO DOS BRINQUEDOS
Os brinquedos construídos como 
representação, em miniatura, de objetos 
e pessoas da vida cotidiana eram tanto 
destinados aos adultos quanto às crianças 
a origem do que chamamos bibelô e que, hoje, 
usamos como elemento 
de decoração 
em nossas casas.
PARA SABER
o bibelô antigo era um brinquedo destinado 
a um mesmo corpo social que, na atualidade, 
decompomos em criança e adulto.
HISTÓRIA DAS BONECAS
No século 16, as bonecas serviam às mulheres 
elegantes como manequim de moda. Uma 
curiosidade interessante para destaque 
a respeito da boneca é que, nos anos de 1600, 
tanto meninas como meninos brincavam 
com ela. 
BONECA 
DE MADEIRA 1700
EM SÍNTESE .....
Ha interpretação históricas  que revelam que "por 
volta de 1600, as brincadeiras antigas pertenciam 
apenas a primeira infância.
Depois dos 3 ou 4 anos, ela se atenuava 
e desaparecia. A partir dessa idade, a criança jogava 
os mesmos jogos e participava das mesmas 
brincadeiras dos adultos, quer 
entre crianças, 
quer misturada aos adultos.
PARA CONCLUIR
Do que foi exposto até aqui, importa destacar 
que, contemporaneamente, o que nos aparece como 
uma atividade tipicamente infantil, realizada entre 
crianças ou, individualmente, por uma criança, 
no passado, foi uma atividade coletiva, desenvolvida 
por adultos e crianças que constituíam, 
indistintamente, um único corpo social. “A 
especialização ou tipificação 
das brincadeiras como infantis é, 
na verdade, uma das 
manifestações concretas 
da emergência e evolução 
histórica do conceito de infância”.
CONSTRUÇÃO CONCEITUAL 
DO JOGO 
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HISTÓRIA DO JOGO
Antiguidade os jogos foram considerados 
hábitos superficiais, sem utilidade e mal vistos 
aos olhos daqueles comprometidos com coisas 
importantes, limitando‐se a momentos 
de recreação e ao relaxamento.
Na Idade Média o jogo 
também não aparece 
de forma positiva, sendo 
considerado não‐sério. 
HISTÓRIA DO JOGO
Com o Renascimento o jogo passa a ser visto 
como atividade indicada para ensinar conteúdos 
nas escolas.
Comenius e Locke, do século XVII, reconhecem 
que as crianças deveriam sim ter objetos para 
brincar, mas que estes deveriam 
ser poucos e seu uso deveria 
ser controlado, pois, também 
o considera 
inútil.
HISTÓRIA DO JOGO
Rabelais e Montaigne destacam o caráter 
educativo do lúdico, considerando‐o como 
instrumento importante para ensinar 
conteúdos.
No entanto, nunca em toda a história 
o brinquedo esteve tão 
presente na vida das crianças 
como na Modernidade. 
HISTÓRIA DO JOGO
Na infância contemporânea destaca‐se 
a tecnologização crescente que abarca 
o brinquedo e suas configurações 
na sociedade.
A Psicologia , como campo do conhecimento 
que se firma como ciência 
no início do século XX tenta 
fundamentar cientificamente 
o valor de educaçãooutorgado à brincadeira. 
FRIEDRICH FROEBEL
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(1782 – 1852) A brincadeira é a atividade 
espiritual mais pura do homem neste estágio 
e, ao mesmo tempo, típica da vida humana 
enquanto um todo – da vida espiritual interna 
no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, 
liberdade, contentamento, descanso externo
e interno, paz com o mundo... 
FRIEDRICH FROEBEL (1782 – 1852)
A criança que brinca sempre, com determinação 
auto‐ativa, perseverando, esquecendo a sua fadiga 
física, pode certamente tornar‐se um homem 
determinado, capaz de auto‐sacrifício para 
a promoção do seu bem e de outros... Como 
sempre indicamos, o brincar em qualquer tempo 
não é trivial, é altamente sério 
e de profunda significação. 
(FOREBEL, 1912, p. 55)  
John Dewey 1859  ‐ 1952
“O valor educativo das brincadeiras tormam‐se 
óbvias, na medida em que ensinam as crianças
a respeito do mundo em que vivem. Brincando
as crianças observam mais atentamente
e deste modo fixam na memória e em hábitos
muito mais do que se elas simplesmente
vivessem indiferentemente todo o colorido
da vida ao redor, (1924) ”. 
MARIA MONTESSORI  (1870 – 1952)
BRINQUEDOS PEDAGÓGICOS
Criados por Montessori tem papel preponderante 
no seu trabalho educativo pois pressupõem 
a compreensão das coisas a partir delas mesmas, 
tendo como função a estimular e desenvolver 
na criança, um impulso interior que se manifesta 
no trabalho espontâneo do intelecto.
JOHAN HUIZINGA
(1872 ‐ 1945) 
[...] o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, 
exercida dentro de certos limites de tempo 
e de espaço, segundo regras livremente consentidas, 
mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim 
em si mesmo, acompanhado de um sentimento 
de tensão e de alegria e de uma consciência de ser 
diferente da “vida cotidiana” 
(2001, p. 33).
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JOGO E DESENVOLVIMENTO HUMANO: 
CONTRIBUIÇÕES DE JEAN PIAGET
É importante compreendermos o que este autor 
apresenta sobre o desenvolvimento humano, 
pois, em sua teoria o Jogo é o meio utilizado 
para explicá‐lo.
O desenvolvimento é um processo contínuo 
que busca uma forma final, ou melhor, 
um pensamento operatório 
formal.
PARA QUE ESTE DESENVOLVIMENTO 
OCORRA ALGUNS FATORES SÃO 
DETERMINANTES
A Maturação Biológica
A ação, possibilita ao indivíduo construir 
melhores estruturas e esquemas 
por meio a Interação com o Meio.
A Relação Social 
Experiência Física 
e a Equilibração
(Equilíbrios E Desequilíbrios). 
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO 
SEGUNDO PIAGET
Ao de discutir sobre a Epistemologia Genética (teoria 
formulada por Jean Piaget), geralmente se pensa 
nos estágios, sendo eles:
Sensório motor
Pré‐operatório 
Operatório concreto 
Operatório formal 
Vale lembrando que em cada 
uma destas estruturas estão 
presentes a assimilação 
e a acomodação que 
possibilitarão a adaptação. 
O JOGO NA PERSPECTIVA DE PIAGET
Piaget apresenta três estruturas contínuas 
do Jogo denominadas por ele de: 
Jogo do exercício
Jogo simbólico  
Jogo de regra 
PARA REFLETIR
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