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Hipoglicemiantes Orais

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Quando se fala de diabetes e quando se fala de hipertensão tem que se entender duas coisas: 
1 – o nível de escolaridade está muito relacionado. Pessoas com nível de escolaridade menor são mais propensas a ter diabetes ou hipertensão;
2 – aumento da idade a possibilidade de desenvolver diabetes e hipertensão aumenta.
Para determinar a diabetes tipo 1 e tipo 2 eu tenho que saber se o paciente está com falta de insulina ou se a insulina, de alguma maneira, não está conseguindo fazer o seu efeito.
Quem toma insulina é quem não produz insulina ou quem produz menos.
O paciente que é diabetes tipo 2 também pode tomar insulina dependendo do momento que ele esteja.
Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas – isso é tudo no organismo. Até porque, quando não se tem glicose, é preciso fazer a gliconeogenese pra poder transformar proteína e lipídio em carboidrato. O cérebro só usa carboidrato para fornecer energia. Se não tem carboidrato o SNC não funciona.
Existe um padrão chamado de pré diabética. Ou a pessoa se cuida e cura ou fica diabética.
A diabetes tipo 1 é uma coisa genética, e muitas vezes em criança é complicado. Mas, o adulto, pra ficar diabético, ou ele tem um descontrole muito intenso na vida: come demais, não pratica exercícios físicos... Isso faz, de alguma maneira, com que você possa desenvolver diabetes ou a pré diabetes e futuramente uma diabetes.
HAS – hipertensão arterial sistêmica.
São coisas relacionadas a diabetes.
26% dos pacientes em diálise são diabéticos – efeito da glicose em excesso nos rins.
Fígado é um lugar importante para o armazenamento da glicose. 
Pâncreas é região onde ele vai liberar a insulina, glucagon, soma, somatostina e outras substâncias que vão servir para controlar a glicemia no sangue.
São sintomas característicos de quem desenvolve diabetes.
Glicosuria – Glicose na urina. Um aumento de glicose na urina. Esse aumento pode causar várias lesões nos rins.
A glicose indo pra urina tá causando uma aumento da osmolaridade no organismo. A água sai junto com a glicose. 
Polidipsia – sede excessiva, provocada por diabetes.
Poliúria – Muita urina pra compensar a glicose que está indo embora. Se eu perco muita água eu tenho que beber muita água pra poder compensar a perda, o que causa a polidipsia.
O que acontece com o organismo? Você come, as células ficam repletas de glicose, em uma pessoa hiperativa a glicose vai sempre para o sangue...Quando a pessoa não tem insulina não armazena glicose e a glicose que entra sai. Quando ela sai, o organismo precisa de glicose e aí a pessoa tem que comer.
Polifagia – Aumento do apetite. 
São praticamente relacionados a diabetes tipo 1.
Tipo 1 – algumas doenças autoimunes atacam as células do pâncreas, principalmente as células beta que liberam insulina fazendo com que a pessoa perca a função de liberar insulina e se torna diabético tipo 1.
Tipo 2 – a pessoa não está secretando a quantidade correta de insulina posso o secretador, o receptor não consegue capturar a insulina (muita gente é diabética por conta do peso, a camada de gordura é tão grande que a glicose não consegue penetrar para fazer o efeito dela)
O PAPEL DA INSULINA É COLOCAR A GLICOSE PARA DENTRO DA CÉLULA. Mas a insulina também é extremamente importante para o desenvolvimento do corpo.
O excesso de glicose faz que as células do pâncreas sejam destruídas.
Hemoglobina glicada – normalmente está em 3,8% no corpo. É quando você tem a glicose que pega a hemoglobina e você sofre uma glicação e ela vira hemoglobina glicada. Esse teste é importante pra saber como a pessoa está controlando a diabetes, pela porcentagem que se tem de hemoglobina glicada. Quanto mais glicose mais reação da hemoglobina maior é a concentração de hemoglobina glicada. 
Pode ser o indicado o teste de intolerância a glicose para esse perfil.
Diabetes insipidus – presença de poliúria
Não tem nada a ver com hiperglicemia.
Ou é causada pela deficiência do hormônio antidiurético, conhecido como vasopressina. Ou porque você não produz o hormônio ou porque os rins não conseguem capturar o hormônio. 
57m11s
Diabetes insipidus tem poliúria e polidipsia, por isso ele é chamado de diabético, não tem nada a ver com a hiperglicemia. 
Diabetes insipidus não tem nada a ver com glicose.
Na diabetes mellitus você tem os sintomas associados a hiperglicemia.
Diagnóstico: quando se tem glicosúria a urina fica extremamente densa.
O teste de privação de água é feito para diagnosticar diabetes insipidus. É determinado se essa água...Se eu urino muito porque estou fazendo muita ingestão de líquido ou porque eu tenho um defeito na formação do hormônio antidiurético ou um defeito na resposta renal desse hormônio. 
Desmopressina = hormônio antidiurético.
A partir do momento que é determinado que a neurohipófise não produz, o individuo precisa tomar vasopressina na veia porque ele não tem a produção do hormônio.
Quando se tem um defeito na resposta renal, isso quer dizer que, eu tenho o hormônio mas eu não consigo capturar esse hormônio, acontece a diabete central e gestacional que respondem a desmopressina e a diabetes dipsogênica ou a nefrogênica que a desmopressina não surte efeito, isso quer dizer que, nesses dois casos: dipsogênica (anomalia no centro regulador da sede), nefrogênica (quando você tem os rins que não capturam a desmopressina), por isso essas pessoas não usam desmopressina, ela já tem desmopressina, ela tem a vasopressina no corpo, porém, não responde porque ela tem um problema lá no centro da sede ou nos rins. Quem vai tomar é a gestacional ou o central porque o efeito é na neurohipófise, ele não produz o hormônio e é preciso tomar o hormônio, a desmopressina (análogo da vasopressina). 
A neurohipófise produz a vasopressina que se liga os rins e faz seu papel, aumenta a filtração, aumenta a reabsorção, absorve mais água (ele é antidiurético). 
Se o individuo tem um problema na neurohipófise, que é chamado de central, ele não produz a desmopressina, então, nesse caso, ele precisa tomar a desmopressina. 
Mas, se o individuo tiver algum problema no centro regulador da sede, a desmopressina não está conseguindo chegar nos rins e fazer o papel dela, mas ela existe, se ela existe não é preciso tomar a desmopressina. 
Pâncreas
A insulina é o hormônio que vai tirar a glicose do sangue.
Glucagon retira da célula e coloca a glicose no sangue.
Somatostatina controla a liberação a insulina e o glucagon.
Se liberar muita insulina o individuo entra em hipoglicemia.
A insulina (sequencia de aminoácidos e é por isso que não se usa insulina por via oral porque o aminoácido é digerido pelo ácido do estômago) exógena não tem o peptídeo conector (não tem muita função no organismo) que serve para saber se o individuo é diabético ou não. Porque a partir do momento que não se encontra o peptídeo conector no sangue, isso significa que o individuo não produz insulina, se ele usa insulina é de maneira exógena.
Quando a insulina entra e se liga ao receptor tirosina-quinase melhora a ação da glicose. O GLUT-4 é um tipo de receptor de glicose que transloca e faz uma fusão e a glicose é capturada. 
A partir do momento que a insulina ligou, foi aberta uma “passagem secreta” para insulina. 
O diabetes tipo 2 ou tem algum problema no receptor e quando liga não faz esse efeito de segundo mensageiro ou o individuo tem uma capa de gordura tão forte que a insulina não consegue chegar no receptor. Nas duas situações o individuo não tem insulina não tem glicose. As vezes é necessário apenas diminuir a gordura.
Uma pessoa magra que vai fazer o exame e tem a presença do peptídeo C significa que ela tem diabetes, ela é diabetes tipo 2 relacionada ao medicamento.
Só muda o local.
A insulina é pra armazenar glicose.
Coração não armazena, apenas utiliza glicose.
Esses são os efeitos que a insulina pode exercer. 
Tudo isso faz a insulina. O individuo que é diabetes tipo 1 o inverso disso.
Inibe a glicogenólise porquese eu tenho glicose pra que eu vou transformar proteína em carboidrato e glicose?!
Sempre que se tem um alimento digerido, aminoácido, glicose, ácidos graxos...Observa-se que todos eles em suas melhores partes, serão absorvidos. Sempre que eles estimulam, que estão na corrente sanguínea, eles vão estimular células beta do pâncreas que libera insulina. Com a presença dessa substância a insulina é liberada. E a própria insulina faz o feedback negativo, ou seja, se continuar liberando insulina mais do que você se alimentou, entra em hipoglicemia, isso é um controle normal do organismo, ela faz o feedback negativo. 
O glucagon tem um efeito positivo na células beta. A somatostatina que serve para inibir tanto a liberação de glucagon quanto a liberação de insulina. 
Nervos parassimpáticos muscarínicos tem efeitos positivos na insulina. Nervos adrenérgicos tem efeitos negativos, ou seja, eles impedem a liberação de insulina. 
Os medicamentos que atuam em beta ou os glicorticóides eles podem inibir a atividade da enzima porque a resposta adrenérgica é inibitória. 
Cada um deles vai estimular, assim como as sulfoniluréias estimulam as células beta. A própria insulina depois de liberada diminui sua liberação, é um controle, o feedback negativo. 
Os nervos parassimpáticos estimulam a liberação da insulina. Nervos adrenérgicos inibem. 
Os medicamentos que atuam em receptores beta podem inibir a liberação de insulina porque ele vai fazer uma atividade negativa. 
A insulina imita o efeito da insulina endógena. O que se tem hoje é insulina com um tempo maior de ação , uma insulina de ação rápida, insulina de ação ultra rápida. Isso depende de cada paciente e da necessidade que ele tem. 
Quanto maior o tempo de ação da insulina maior a probabilidade de se causa a hipoglicemia. 
Hipoglicemiante oral só vai ser usado, normalmente, em pessoas que são diabetes tipo 2. Alguns diabéticos tipo 1 podem usar , mas não os hipoglicemiantes que vão liberar insulina, aqueles que vão atuar em receptor, sim. 
Da classe das biguanidas só se usa a metformina. 
De primeira geração o que mais se vê hoje é a clorpropamida. Esses medicamentos tem um possibilidade maior de causar hipoglicemia.
As sulfoniluréias estimulam a secreção de insulina. Partindo do princípio que diabetes tipo 1 não usam esse medicamento. Esses medicamento é pro tipo de pâncreas que não consegue liberar insulina.
Na célula, sódio entra e potássio sai. Quando o sódio entra a célula despolariza e quando o potássio sai a célula vai repolarizando até a ação da bomba de sódio e potássio. O canal de potássio fecha, a sulfoniluréia não deixa abrir o canal de potássio: O sódio entrou impediu que o potássio saia e a célula fica despolarizada e ela começa a estimular o cálcio e ele contrai o granulo para poder secretar a insulina. Então, as vezes, de alguma maneira, o corpo não consegue essa liberação e esses medicamentos ajudam, são as classes conhecidas como secretadores de insulina, eles ajuda a secretar insulina, por ter esse mecanismo ele não pode ser usado por diabético tipo 1, se o diabético tipo 1 não tem insulina como é que ele vai secretar insulina?! O medicamento ajuda a secretar insulina e não a produzir insulina. Aqui o cálcio entra com a função de secretar a insulina, ele entra no momento que a célula está despolarizada, e a célula que se mantém despolarizada com o fechamento do canal de potássio. A partir do momento que o cálcio sai e a célula se repolariza o cálcio já vai ser liberado pra fora da célula e aí não tem secreção de insulina. Sempre na célula beta.
O jeito que a insulina tem de sair da célula é através da despolarização que acontece quando o sódio entra e o potássio sai. Quando o sódio entra o meio fica totalmente positivo e a célula é estimulada, estimula a fazer o trabalho dela, nesse caso entrou o cálcio, só que o efeito não demora muito porque o potássio sai e aí a célula vai repolarizando. O meio vai perdendo carga positiva e vai ficando mais negativo e acontece uma repolarização, o efeito vai diminuindo, a estimulação vai diminuindo. E, quando se tem a bomba de sódio e potássio que joga o sódio pra fora e o potássio para dentro a célula volta ao normal (positivo do lado de fora e negativo do lado de dentro. Ao lado de fora tem mais moléculas positivas que é o sódio, dentro tem proteínas que puxam a carga positiva por isso que a membrana interna fica sempre negativa). Se eu abro o canal de potássio, o potássio sai e célula fica mais negativa, um efeito inibitório. Se eu fecho o canal de potássio, o potássio não sai, então, a célula fica despolarizada e não repolariza porque a carga positiva ainda está dentro da célula. E isso que está dentro da célula faz com que o cálcio entre e comprima a célula e contraia a célula que libera a insulina que estão presos nos grânulos como pró insulina que é produzida no retículo endoplasmático pré-pró insulina e depois vai para pró insulina e ela fica armazenada nos grânulos que é preciso contrair pra poder sair e fazer seu efeito.
A sulfoniluréia fecha o canal de potássio pra poder tentar fazer a estimulação mais intensa porque algumas pessoas não conseguem liberar. 
A bomba de sódio e potássio é dependente de ATP porque ela age contra um gradiente de concentração, ela pega o potássio que está fora da célula e coloca para dentro e o sódio que está dentro joga para fora onde é o lugar normal dele por isso ela gasta ATP. Quando a entrada do sódio é aberta tem-se um gradiente de concentração, o sódio está mais concentrado fora do que dentro. 
Quando a célula fica despolarizada o potássio tá fora e o sódio tá dentro e não há como atravessar porque o canal iônico está fechado e só tem um jeito, a bomba pega duas moléculas de sódio e leva para fora e pega duas de potássio de fora e coloca para dentro para poder voltar a membra no estado de repouso, é mais sódio fora e mais potássio dentro, sempre a favor de um gradiente de concentração.
Travei o sódio e abri o potássio, o potássio sai, não entrou carga positiva então ficou mais negativo que é inibitório.
Na membrana temos sódio (fora) e potássio (dentro), fora a concentração de potássio é menor e dentro a concentração de sódio é menor. Só pode de fora para dentro. Só que o sódio é íon e íon não atravessa membrana, então para o sódio entrar é necessário abrir o canal de sódio., Dentro da membrana é negativo porque existem proteínas dentro da membrana que puxam a carga positiva para ela, então a membrana fica mais negativa. O sódio tem uma direção que é entrar e o potássio sair. Entra carga positiva e o meio fica totalmente positivo e para compensar e ir diminuindo aos poucos o potássio sai e quantidade de carga positiva vai diminuindo e vai repolarizando e aos poucos vai perdendo a atividade. 
A bomba pega 1 potássio e joga para dentro e dois sódios e joga para fora porque a concentração de sódio é maior do que potássio. Quando o sódio volta todo para fora e o potássio voltar todo para dentro a membrana fica em estágio inicial , membrana de repouso. Isso é necessário pra poder estimular a célula. 
No coração, quando sódio entra é necessário mobilizar cálcio porque quem faz a contração é o cálcio, aqui é a mesma coisa, quem está contraindo a célula é o cálcio, mas depois que impede o potássio de sair. 
Imagine que o sódio não entre e o potássio saia, não tá entrando carga positiva e ainda está saindo carga positiva a carga que ficará no meio é negativa, inibitório. Por isso que os medicamentos que abrem canal de potássio tem efeito inibitório. 
Se eu tenho uma eliminação hepática e renal, o paciente que tiver algum tipo de problema renal ou hepático não deve usar clorpropamida.
O medicamento que tem uma eliminação hepática, se o problema dele for hepático vai aumentar o tempo de meia vida, mas se o problema dele for renal, nada vai alterar, a não ser que, o medicamento seja metabolizado em um metabolito ativo que vai ser eliminado pelos rins. 
Quanto maior o tempo de ação maior é a probabilidade de o individuo desenvolver hipoglicemia.A clorpropramida e a glibenclamida, a clorpropramida tem muito mais condição de causar hipoglicemia quando relacionada a glibenclamida. Os dois tem o mesmo mecanismo de ação, eles inibem canal de potássio. Todos são sulfaniluréias. 
29m25s

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