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Hanseníase: Causas, Sintomas e Tratamento

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HANSENÍASE
Ensino Clínico – Saúde Coletiva
HANSENÍASE
• A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal
agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae).
• Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no
entanto poucos adoecem.
• A doença atinge pele e nervos periféricos podendo levar a sérias
incapacidades físicas.
HANSENÍASE
• É uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e
de investigação obrigatória.
• A principal via de eliminação dos bacilos é a aérea superior.
• O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e
epidemiológico:
• Análise da história e das condições de vida do paciente;
• Exame dermatoneurológico para identificar lesões ou áreas de pele com
alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos.
EXAME FÍSICO – AVALIAÇÃO 
DERMATONEUROLÓGICA
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E 
PROMOÇÃO EM SAÚDE
• Busca ativa, detecção e tratamento precoce do portador da hanseníase;
• Exame dos contatos intradomiciliares;
• Vacinação BCG para os contatos;
• Mobilização social e educação dirigida à população, comunidade e aos
profissionais de saúde.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Hanseníase Indeterminada: Paucibacilar (PB)/ Baciloscopia Negativa.
• Forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos ou
evolui para as chamadas formas polarizadas em cerca de 25% dos casos, o
que pode ocorrem em 3 a 5 anos.
• Áreas de hipo ou anestesia, parestesias, manchas hipocrômicas e/ou
eritemohipocrômicas, podendo ser acompanhadas de alopécia e/ou anidrose.
Mais comum em crianças.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Hanseníase Tuberculoide: PB / Baciloscopia Negativa.
• Placas eritematosas, eritemato-hipocrômicas, até 5 lesões de pele bem
delimitadas, hipo ou anestésicas, podendo ocorrer comprometimento de
nervos, ausência de sudorese e/ou alopécia.
• Pode ocorrer a forma nodular infantil, que acomete crianças em 1 a 4 anos,
quando há um foco multibacilar no domicílio. A clinica é caracterizada por
lesões papulosas ou nodulares, únicas ou em pequeno número, principalmente
na face.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Hanseníase virchowiana: Multibacilar – MB / Baciloscopia Positiva.
• Nestes casos a imunidade celular é nula e o bacilo se multiplica muito, levando
a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os
traumatismos.
• Eritema e infiltração difusos, placas eritematosas de pele infiltradas e de bordas
mal definidas, tubérculos e nódulos, madarose, lesões das mucosas, com
alteração de sensibilidade.
• Pode ainda ocorrer acometimento da laringe, com quadro de rouquidão e de
órgãos internos (fígado, baço, suprarrenais e testículos).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Hanseníase Virchowiana
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Hanseníase Dimorfa (ou Borderline): MB / Baciloscopia Positiva ou negativa.
• Características clínicas e laboratoriais que podem se aproximar do polo
tuberculoide ou virchowiano.
• O acometimento dos nervos é mais extenso podendo ocorrer neurites agudas
de grave prognóstico.
• Apresenta mais de 5 lesões, dentre elas, lesões pré-foveolares (eritematosas
planas com o centro claro). Lesões foveolares (eritematopigmentares de
tonalidade ferruginosa ou pardacenta), apresentando alterações de
sensibilidade.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Pré-foveolares (eritematosas planas 
com o centro claro).
Lesões foveolares
(eritematopigmentares de tonalidade ferruginosa 
ou pardacenta)
Hanseníase Dimorfa (ou Borderline):
ABORDAGEM CLÍNICA
• Acolhimento: realização da avaliação clínica e anamnese pela equipe de
enfermagem;
• Consulta médica é posterior ao acolhimento;
• Diagnostico Clínico: é realizado através da História Clínica; Exame físico
geral; Exame dermato-neurologico.
• Diagnóstico Laboratorial: BAAR.
EXAME COMPLEMENTAR
• Baciloscopia (BAAR):
• Esfregaço intradérmico para a classificação dos casos em PB ou MB.
• O resultado negativo da baciloscopia não exclui o diagnóstico da hanseníase.
• Pesquisar raspagem dérmica de lesão, lóbulos de orelhas e um cotovelo.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE 
INCAPACIDADES
• A avaliação neurológica deve ser realizada:
• No início do tratamento;
• A cada três meses durante o tratamento se não houver queixas;
• Sempre que houver queixas, tais como: dor em trajeto de nervos, fraqueza
muscular, início ou piora de queixas parestésicas;
• No controle periódico de pacientes em uso de corticóides, em estados
reacionais e neurites;
• Na alta do tratamento; e
• No acompanhamento pós-operatório de descompressão neural com 15
(quinze), 45 (quarenta e cinco), 90 (noventa) e 180 (cento e oitenta) dias.
ABORDAGEM CLÍNICA
• Tratamento:
• Prescrever os medicamentos e administrar as doses supervisionadas;
• Orientar sobre a dose diária auto-administrada;
• Agendar retorno a cada 28 dias, a fim de garantir a regularidade do tratamento
e acompanhamento do caso, visando diagnosticar e tratar intercorrências,
bem como prevenir e/ou tratar incapacidades e deformidades físicas
provocadas pela doença.
TRATAMENTO 
POLIQUIMIOTERÁPICO - PQT
• Esquema terapêutico para casos PAUCIBACILARES:
TRATAMENTO 
POLIQUIMIOTERÁPICO - PQT
• Esquema terapêutico para casos MULTIBACILARES:
ABORDAGEM CLÍNICA
• Atividades de Controle: Preencher as fichas de notificação, prontuário, 
cartão de aprazamento e boletim epidemiológico utilizados pelo programa; 
Agendar exame dos contatos intradomiciliares; Encaminhar para outras 
especialidades ou serviços quando o caso o requerer; Aplicação de BCG 
nos contatos.
• Consultas Subseqüentes: As consultas subseqüentes são mensais com 
objetivo de administrar a dose supervisionada, observar queixas gerais e 
encaminhar para avaliações se necessário.
• Os pacientes que não comparecerem à dose supervisionada deverão ser 
visitados em domicílio, no máximo em até 30 dias, buscando-se continuar o 
tratamento e evitar o abandono.
ABORDAGEM CLÍNICA
• Exame dos Contatos Intradomiciliares: pode ser realizado pelo médico e/ou
equipe de enfermagem constando de:
• Anamnese, dirigida a sinais e sintomas da Hanseníase;
• Exame dermato-neurológico (exame da superfície corporal, palpação de
troncos nervosos);
• Aplicação de duas doses da vacina BCG-ID a todos os contatos
intradomiciliares, observando se há ausência de cicatriz, fazendo, nesse caso,
duas doses com intervalo de seis meses; E na presença de uma cicatriz, faz-se a
segunda dose;
• Se o contato apresenta lesões suspeitas de hanseníase encaminhar para
consulta médica.
REFERENCIAS
• BRASIL, Ministério da Saúde. Informações Técnicas.
<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-
o-ministerio/705-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/hanseniase/11295-
informacoes-técnicas>.
• PORTARIA Nº 3.125, DE 7 DE OUTUBRO DE 2010. Aprova as Diretrizes para
Vigilância, Atenção e Controle da Hanseníase.
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt3125_07_10_2010.ht
ml>
• BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação
da Hanseníase como problema de saúde pública : manual técnico-
operacional [recurso eletrônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

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