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III.APOSTILA.PEÇAS.FINAL

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APOSTILA
PEÇAS PENAIS
I – NOÇÕES GERAIS
1. PEÇAS COBRADAS NAS ÚLTIMAS PROVAS
XXI EXAME DA ORDEM – RESPOSTA À ACUSAÇÃO
XX EXAME DA ORDEM – ALEGAÇÕES FINAIS
* XX REAPLICAÇÃO PORTO VELHO – ALEGAÇÕES FINAIS 
XIX EXAME DE ORDEM – CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
XVIII EXAME DA ORDEM -APELAÇÃO
XVII EXAME DA ORDEM – ALEGAÇÕES FINAIS
XVI EXAME DA ORDEM – AGRAVO EM EXECUÇÃO
XV EXAME DA ORDEM – QUEIXA-CRIME
XIV EXAME DA ORDEM – ALEGAÇÕES FINAIS
XIII EXAME DA ORDEM – APELAÇÃO
XII EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO
XI EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO
X EXAME DE ORDEM – REVISÃO CRIMINAL
IX EXAME DE ORDEM - ALEGAÇÕES
VIII EXAME DE ORDEM – RESPOSTA A ACUSAÇÃO
VII EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO
VI EXAME DE ORDEM - RELAXAMENTO
V EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO
IV EXAME DE ORDEM – APELAÇÃO
III EXAME DA ORDEM – RESE
II EXAME DA ORDEM – REPOSTA A ACUSAÇÃO
I – QUEIXA-CRIME
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada. 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal. 
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiála e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: ART. 30, 41 e 44 do CPP e Art. 100,§2º, CP Procuração com poderes especiais – art. 44, CPP 
* QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA - Fundamentação: Artigo 5º, Inciso LIX da CRFB, Art. 100, §3º do CP e Art. 29 e 41 do CPP. 
 2. PRAZO 6 meses – conhecimento da autoria do crime - decadencial *subsidiária: 6 meses do término do prazo do MP 
3. MOMENTO PROCESSUAL Início da ação penal, cabe: - Nos crimes de ação penal privada - Nos crimes de ação penal pública, diante da inércia do MP 
4. ENDEREÇAMENTO Perante o juiz competente para o crime. 
5. FINALIDADE - narração do fato criminoso e qualificação do querelado; 
-classificação do crime; - rol de testemunhas. Pedido: recebimento da ação; citação; condenação e notificação das testemunhas.
6. ESTRUTURA 
* EXCELENTÍSSIMO SR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____
EXCELENTÍSSIMO SR. JUIZ DE DIREITO DA ___ UNIDADE DO JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA COMARCA ___
** QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA
Fundamentação: Artigo 5º, Inciso LIX da CRFB, Art. 100, §3º do CP e Art. 29 e 41 do CPP.
Após o cabeçalho: “Cuida-se de crime descrito no artigo xxx do Código Penal, o qual comporta Ação Penal Pública Incondicionada (Condicionada), de titularidade do Ministério Público, apesar disso, verificada a inércia do “parquet” surge para o querelante o direito de oferecer queixa-crime subsidiária.”
*** NO caso do Juizados especiais, acrescentar o pedido da designação da audiência preliminar.
**** NÃO ASSINAR. Não identificar a peça.
PROVA
(XV.OAB) Enrico, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Enrico utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo. 
No dia 19/04/2014, sábado, Enrico comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos.
 Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Enrico. 
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”.
Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Enrico, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Enrico procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados cinco meses da data dos fatos, Enrico procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Enrico, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais. 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de impetração de habeas corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00 pontos)
 A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão.
II – RESPOSTA A ACUSAÇÃO
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (...) 
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (...) 
 
Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. § 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso de citação inválida ou por edital. § 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na queixa. § 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
- ART. 396, CPP; ART. 396-A, CPP (PEÇA OBRIGATÓRIA)
*Art. 406, §3º
2. PRAZO
- 10 DIAS – exclui o dia do começo e inclui o início;
- a partir dacitação e não da juntada do mandado – Súmula 710, STF - por edital conta-se do comparecimento do acusado ou defensor (art. 396, CPP).[1: S. 710, STF – “No processo penal, contam-se os prazos para a data da intimação e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.”.]
3. MOMENTO PROCESSUAL
- CITAÇÃO Após recebida a denúncia ou queixa;
* “SÚMULA 523 - NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIÊNCIA SÓ O ANULARÁ SE HOUVER PROVA DE PREJUÍZO PARA O RÉU.”
- procedimentos ordinários e sumários (INCLUI O JÚRI);
* No JECRIM, a resposta chama-se defesa preliminar e trata-se de peça não obrigatória, pode ser oferecida na forma oral ou escrita, na audiência de instrução e julgamento, objetiva a rejeição da denúncia ou queixa e a introdução de matéria técnica. (LEMBRE-SE QUE CABE APELAÇÃO PELA REJEIÇÃO DA INCIAL). E tem fundamento legal no artigo 81 da Lei 9.099/95 e não no artigo 396,CPP.[2: Enunciado nº 108 – O artigo 396 do CPP não se aplica ao Juizado Especial Criminal regido por lei especial (Lei nº 9.099/95) que estabelece regra própria”. (XXV FONAJE)]
4. FINALIDADE 
I. Arguir questões prejudiciais (art. 92 e 93, CPP); preliminares (art. 95, CPP – autos apartados – instrumento autônomo) – momento das nulidades (art. 564,CPP – pedido de anulação); 
* Na prática, os autos da exceção devem vir em apartado, todavia na elaboração deve-se incluir antes das preliminares. 
II. Introduzir a defesa técnica – todavia limitar as hipóteses do art. 397, CPP – absolvição sumária – aprofundar as teses defensivas nas alegações finais; 
* A absolvição sumária do artigo 397 por depender apenas dos elementos de informação (provas inquisitoriais) do IP e dos documentos acostados na defesa inicial é opção pouco utilizada pelo juiz, pois ele é feita antes da instrução da ação penal. Lembre-se que esta absolvição sumária é distinta da prevista no artigo 415,CPP realizada no Júri e feita após a instrução. 
* Fundamento da absolvição sumária: 
 INCISO I – excludente de ilicitude (art. 23, CP – legítima defesa; estado de necessidade; exercício regular do direito e estrito cumprimento do dever legal); 
INCISO II – excludente de culpabilidade (doença mental, coação moral irresistível, por ex. – salvo a inimputabilidade); [3: O art. 397 faz ressalva em relação ao inimputável, e a razão é a seguinte: caso o réu seja, por exemplo, esquizofrênico, a ponto de não ter discernimento do que fez, o juiz o absolverá (absolvição imprópria). No entanto, ele será submetido a medida de segurança. Para que se conclua pela inimputabilidade, é necessário o prosseguimento da ação para o julgamento do respectivo incidente (veja o art. 149 do CPP). Por esse motivo, não é possível absolvê-lo sumariamente, com imposição de medida de segurança, com fundamento em inimputabilidade]
INCISO III – o fato não constitui crime (fato atípico); 
INCISO IV – extinta a punibilidade (art. 107, CP – prescrição, decadência, perdão judicial, por ex. – tecnicamente é uma declaração de extinção de punibilidade – aqui temos um erro do legislador, pois prescrição por ex. gera declaração de extinção de punib. e não absolvição)
III. Juntar documentos, requerer diligências e arrolar testemunhas. 
8 testemunhas – proc. ordinário / 5 testemunhas – proc. sumário 
IV. Pedido de rejeição da denúncia – apesar de questionável – em informativo (2013 - abaixo4) recente do 
STJ conclui que é admissível o pedido do não recebimento da inicial acusatória na resposta acusação. 
OBS.: Desclassificação: o STJ tem aceito que o magistrado altere a classificação do crime no momento do recebimento da denúncia. Portanto, é possível, em resposta, pedir a desclassificação de um crime para outro – por exemplo, de homicídio para lesão corporal. 
 
6. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
6.1 DEFESA PRÉVIA DA LEI DE DROGAS 
- Art. 55 da Lei 11.343/06 – peça obrigatória apresentada após o oferecimento da denúncia, prazo de 10 dias, antes do recebimento da denúncia. Não há ação penal ainda, pois o juiz ainda não recebeu a inicial, por isso que não se pede absolvição neste momento. 
OBJETIVO: rejeição da inicial acusatória – art. 395,CPP 
Art.55 . Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
 
- Tese de defesa: art. 395, CPP - PEDIDOS: carência da ação; inépcia da exordial; meios de prova (rol de testemunhas) e exceções. (defesa formal) 
DENÚNCIA NOTIFICAÇÃO DEFESA PRÉVIA (10 DIAS) – RECEB. OU REJEIÇÃO DA DENÚNICA.
OBS¹: defesa preliminar dos crimes funcionais – art. 514 do CPP, e só é aplicável na hipótese de crime funcional – delito praticado por funcionário público contra a administração pública (CP, arts. 312/326). Como ela deve ser oferecida antes do recebimento da petição inicial, não há como pedir a absolvição do cliente, pois não há ação penal em trâmite. Nela, você estará limitado a demonstrar ao juiz que a denúncia oferecida pelo MP não merece ser recebida, com fundamento no art. 395 do CPP. “Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: I – for manifestamente inepta; II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou III – faltar justa causa para o exercício da ação penal.”. Exemplo: o MP ofereceu denúncia quando já prescrito o crime (falta de justa causa). Mas, nesse caso, o correto não seria pedir a declaração da extinção da punibilidade? Se estivéssemos na fase processual, sim. Mas, na peça em estudo, só poderá existir uma decisão favorável: o não recebimento da inicial. É o que deve ser pedido. Na prática: o problema descreverá a prática de um crime funcional e dirá que o MP OFERECEU a denúncia contra o seu cliente. Como ainda não há ação penal, o enunciado dirá que o acusado foi NOTIFICADO, e não CITADO.
6.2 DEFESA PRELIMINAR DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO (ou resposta por escrito) 
- Art. 514, CPP – peça apresentada após o oferecimento da denúncia, no prazo de 15 dias, mas antes do recebimento da denúncia, NOS CRIMES AFIANÇAVEIS. 
Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias. 
 - Súmula 330, STJ – “é desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial”. DIVERGÊNCIA SOBRE SUA NULIDADE ABSOLUTA OU RELATIVA.
DENÚNCIA (BASEADO EM PROC. ADMIN.) NOTIF. DEFESA PRELIMINAR (15 DIAS)
OBS²: Defesa Prévia de Lei de Drogas: há quem sustente que esta peça foi revogada com a reforma do CPP. Prevista no art. 55 da Lei 11.343/06, ela é semelhante à defesa preliminar dos crimes funcionais: é oferecida antes do recebimento da inicial. Portanto, as teses também estão limitadas ao art. 395 do CPP, e o seu pedido será um só: o não recebimento da inicial. Não há como falar em absolvição, pois não há ação penal em trâmite. Tanto na defesa preliminar quanto na defesa prévia, o enunciado trará uma situação em que houve o OFERECIMENTO da denúncia, mas não o recebimento. A defesa prévia da Lei de Drogas só é cabível no caso de acusação por tráfico de drogas. Na prática: veja os comentários à defesa preliminar dos crimes funcionais.
7. ESTRUTURA DA PEÇA
PROVA
(XXI.OAB) Gabriela, nascida em 28/04/1990, terminou relacionamento amoroso com Patrick, não mais suportando as agressões físicas sofridas, sendo expulsa do imóvel em que residia com o companheiro em comunidade carente na cidade de Fortaleza, Ceará, juntamente com o filho do casal de apenas 02 anos. Sem ter familiares no Estado e nem outros conhecidos, passou a pernoitar com o filho em igrejas e outros locais de acesso público, alimentando-se a partir de ajudas recebidas de desconhecidos. Nessa época, Gabriela fez amizade com Maria, outra mulher em situação de rua que frequentava os mesmos espaços que ela. No dia 24 de dezembro de 2010, não mais aguentando a situação e vendo o filho chorare ficar doente em razão da ausência de alimentação, após não conseguir emprego ou ajuda, Gabriela decidiu ingressar em um grande supermercado da região, onde escondeu na roupa dois pacotes de macarrão, cujo valor totalizava R$18,00 (dezoito reais). Ocorre que a conduta de Gabriela foi percebida pelo fiscal de segurança, que a abordou no momento em que ela deixava o estabelecimento comercial sem pagar pelos bens, e apreendeu os dois produtos escondidos. Em sede policial, Gabriela confirmou os fatos, reiterando a ausência de recursos financeiros e a situação de fome e risco físico de seu filho. Juntado à Folha de Antecedentes Criminais sem outras anotações, o laudo de avaliação dos bens subtraídos confirmando o valor, e ouvidos os envolvidos, inclusive o fiscal de segurança e o gerente do supermercado, o auto de prisão em flagrante e o inquérito policial foram encaminhados ao Ministério Público, que ofereceu denúncia em face de Gabriela pela prática do crime do Art. 155, caput, c/c Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal, além de ter opinado pela liberdade da acusada. O magistrado em atuação perante o juízo competente, no dia 18 de janeiro de 2011, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público, concedeu liberdade provisória à acusada, deixando de converter o flagrante em preventiva, e determinou que fosse realizada a citação da denunciada. Contudo, foi concedida a liberdade para Gabriela antes de sua citação e, como ela não tinha endereço fixo, não foi localizada para ser citada. No ano de 2015, Gabriela consegue um emprego e fica em melhores condições. Em razão disso, procura um advogado, esclarecendo que nada sabe sobre o prosseguimento da ação penal a que respondia. Disse, ainda, que Maria, hoje residente na rua X, na época dos fatos também era moradora de rua e tinha conhecimento de suas dificuldades. Diante disso, em 16 de março de 2015, segunda-feira, sendo terça-feira dia útil em todo o país, Gabriela e o advogado compareceram ao cartório, onde são informados que o processo estava em seu regular prosseguimento desde 2011, sem qualquer suspensão, esperando a localização de Gabriela para citação. Naquele mesmo momento, Gabriela foi citada, assim como intimada, junto ao seu advogado, para apresentação da medida cabível. Cabe destacar que a ré, acompanhada de seu patrono, já manifestou desinteresse em aceitar a proposta de suspensão condicional do processo oferecida pelo Ministério Público. 
Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade de advogado(a) de Gabriela, a peça jurídica cabível, diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo. (Valor: 5,00) 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
III – ALEGAÇÕES FINAIS
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. 
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. 
§ 2º Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
§ 3º O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. 
Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais. Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença. 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ART. 403, §3º, CPP 
 Haverá memoriais (peça escrita) – quando tratar-se de caso complexo ou em virtude do número de acusados. Ou no caso de terem sido requeridas novas diligências. Ou ter sido o interrogatório realizado por meio de carta precatória. 
 * no caso de ter sido transformado os debates orais por memoriais sem as circunstâncias cabíveis – cabe correição parcial (error in procedendo) 
 
2. PRAZO Orais – 20 mim Memoriais: 5 dias 
 3. MOMENTO PROCESSUAL FIM DA INSTRUÇÃO PENAL - AO FINAL DA AUDIÊNCIA UMA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. Em regra, serão apresentadas oralmente. Serão apresentados memoriais (escrito) no caso: 
a) A critério do juiz - complexidade do caso; 
b) A critério do juiz - número de acusados; 
c) Ordenada nova diligência.
* No procedimento sumário não há previsão legal da substituição das alegações orais pelos memoriais. Todavia, a praxe forense é de que em havendo acordo na substituição dos debates orais por memoriais, estes poderão ser apresentados. * No tribunal do Júri, as alegações serão orais e não gera nulidade sua ausência, pois poderá ser estratégia da defesa. Mas na prática, dada a complexidade 
 Súmula 523, STJ – “No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.”. 
 
4. FINALIDADE 
 # PEDIDOS para a DEFESA: 
1º ABSOLVIÇÃO (art. 386,CPP)*
 2º PEDIDOS ALTERNATIVOS (no caso do pedido principal não ser acolhido) 
** Preliminares: No procedimento ordinário, deve-se arguir as eventuais nulidades (art. 564 e art. 571,II, CPP) – não gera a absolvição, mas a anulação do ato viciado. A extinção de punibilidade (art. 107, CP) também deve ser arguida como preliminar, pois se trata de sentença declaratória e não absolutória, por isso pede-se a “declaração” e não “absolvição”.
* Absolvição (art. 386, CPP):
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: 
I - estar provada a inexistência do fato; 
II - não haver prova da existência do fato; 
III - não constituir o fato infração penal; 
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; 
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e §1º do art. 28, todos do Código Penal, ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; 
VII – não existir prova suficiente para a condenação.
Hipóteses: 
a) Inexistência do fato ou não haver prova da existência do fato (I e II); 
b) Não constituir o fato infração penal (III) – fato atípico; c) Ausência de prova da participação/autoria do acusado ou dúvida na sua participação (IV e V); 
d) Excludentes de ilicitude, de culpabilidade e causas de isenção ou dúvida sobre a sua existência (VI) - dúvida; 
e) Não existir provas suficientes para a condenação – trata-se de uma cláusula genérica. * Absolvição Sumária no Júri
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: 
I – provada a inexistência do fato; (materialidade) 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; (autoria)
III – o fato não constituir infração penal; 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
DENUNCIA – CITAÇÃO – RESPOSTA A ACUSAÇÃO – AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (DEBATES/MEMORIAIS) – SENTENÇA DE PRONUNCIA
Objetivo dos memoriais no Júri: evitar que o juiz pronuncie o acusado – evitar que chegue a segunda a fase – o julgamento perante o Conselho de Segurança: 
a) Demonstrar que não materialidade ou autoria – resultado: impronúncia;
 b) Desclassificar para outro crime, que não seja de competência do Júri; 
c) Absolver sumariamente, nos termos do art. 415, CPP (≠ Art. 397, CPP) 
** Pedidos alternativos – geralmente pede-se para enquadrar em um tipo penal mais brando, também se requere:a) Afastamento de agravante; 
b) Afastamento de qualificadora ou causa de aumento; 
c) Aplicação da pena no mínimo, com base no artigo 59,CP. 
d) Pedido de concessão de benefício, como a substituição para pena privativa de liberdade por restritiva de direito, outro regime que não o fechado; 
 
# PEDIDOS para a ACUSAÇÃO: (ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO)
1º Não restou provada a materialidade do crime ou autoria do réu: pede a ABSOLVIÇÃO. 
2º Provada a materialidade do crime e autoria do réu: CONDENAÇÃO (Deve demonstrar a adequação da conduta do réu com o tipo penal – bem como as agravantes e atenuantes; causas de aumento e diminuição)
5. ESTRUTURA
* Ou memoriais finais (A OAB tem aceitado ambas as terminologias).
** JÚRI: Art. 403, §3º e Art. 394, §5º, CPP
*** JÚRI: FUNDAMENTAÇÃO: falta de provas suficientes de autoria e materialidade do crime (impronúncia), existência de crime que não seja da competência do júri (desclassificação), ou existência de circunstância que exclua o crime ou isente a pena (absolvição). 
**** JÚRI: PEDIDOS – “postula-se pela sentença de”:
impronúncia, com fulcro no artigo 414 do CPP;
absolvição sumária, com fulcro no artigo 415 do CPP;
desclassificação, com fulcro no artigo 419 do CPP (não for da competência do Júri);
desclassificação (imprópria), com fulcro no artigo 413 do CPP;
exclusão das qualificadoras ou causas de aumento. 
PROVA
(XX.REAPLICAÇÃO) Bruno Silva, nascido em 10 de janeiro de 1997, enquanto adolescente, aos 16 anos, respondeu perante a Vara da Infância e Juventude pela prática de ato infracional análogo ao crime de tráfico, sendo julgada procedente a ação socioeducativa e aplicada a medida de semiliberdade. No dia 10 de janeiro de 2015, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Bruno se encontrava no interior de um ônibus, quando encontrou um relógio caído ao lado do banco em que estava sentado. Estando o ônibus vazio, Bruno aproveitou para pegar o relógio e colocá-lo dentro de sua mochila, não informando o ocorrido ao motorista. Mais adiante, porém, 15 minutos após esse fato, o proprietário do relógio, Bernardo, já na companhia de um policial, ingressou no coletivo procurando pelo seu pertence, que havia sido comprado apenas duas semanas antes por R$ 100,00 (cem reais). Verificando que Bruno estava sentado no banco por ele antes utilizado, revistou sua mochila e encontrou o relógio. Bernardo narrou ao motorista de ônibus o ocorrido, admitindo que Bruno não estava no coletivo quando ele o deixou. Diante de tais fatos, Bruno foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime de furto simples, na forma do Art. 155, caput, do Código Penal. A denúncia foi recebida e foi formulada pelo Ministério Público a proposta de suspensão condicional do processo, não sendo aceita pelo acusado, que respondeu ao processo em liberdade. No curso da instrução, o policial que efetivou a prisão do acusado, Bernardo, o motorista do ônibus e Bruno foram ouvidos e todos confirmaram os fatos acima narrados. Com a juntada do laudo de avaliação do bem arrecadado, confirmando o valor de R$ 100,00 (cem reais), os autos foram encaminhados ao Ministério Público, que se manifestou pela procedência do pedido nos termos da denúncia, pleiteando reconhecimento de maus antecedentes, em razão da medida socioeducativa antes aplicada. Você, advogado(a) de Bruno, foi intimado(a), em 23 de março de 2015, segunda-feira, sendo o dia subsequente útil. 
 Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de Habeas Corpus, no último dia do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00 pontos) 
 Obs.: O examinando deve indicar todos os fundamentos e dispositivos legais cabíveis. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.
IV – RELAXAMENTO.REVOGAÇÃO.LIBERDADE
Art. 5º (...)LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
1.1 NOÇÕES GERAIS – MEDIDAS CAUTELARES
MEDIDAS CAUTELARES: 	
Medidas cautelares privativa de liberdade: prisão temporária; preventiva e a domiciliar;
Medidas cautelares de contracautela: liberdade provisória com ou sem fiança
Medidas cautelares restritivas do art. 319, CPP
* a prisão em flagrante perdeu seu caráter cautelar para ser mero ato administrativo.
** prisão preventiva será sempre o último recurso. Ela poderá ser propriamente dita; oriunda em flagrante; decorrente de pronúncia ou de sentença condenatória recorrível.
1.2. PRISÃO EM FLAGRANTE E PROCEDIMENTO DO ART. 310, CPP
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 (ORDEM ECONÔMICA; ORDEM PÚBLICA; CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL; ASSEGURAR APLICAÇÃO DA LEI PENAL; PROVA DA MATERIALIDADE E INDICIOS DE AUTORIA) deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança – NOS TERMOS DO ART. 313, I – CRIME CULPOSO OU DOLO COM PENA IGUAL OU SUPERIOR E 4 ANOS; ART. 314, CPP – AMPARADO POR ILICITUDE; ART. 312, CPP – AUSENTE OS PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA.
DURAÇÃO: 24 HORAS – a autoridade policial deve comunicar em 24 horas a prisão a autoridade judiciária.
Art. 306, CPP – COMUNICAÇÃO; JUIZ, MP, FAMÍLIA, DP. Obs.: Apesar da maioria da doutrina entender que o flagrante torna-se ilegal se não houver a comunicação no prazo determinado, o STF entende que trata- se mera responsabilidade funcional.
PRISÃO EM FLAGRANTE 	Ilegalidade: RELAXAMENTO
				Liberdade provisória (prisão legítima, mas desnecessária)
PRISÃO TEMPORÁRIA	ilegalidade: RELAXAMENTO
				Desnecessidade: REVOGAÇÃO
PRISÃO PREVENTIVA		ilegalidade: RELAXAMENTO
				Desnecessidade	Conversão de PF: LIB. PROVISÓRIA
							Nas demais hipóteses: REVOGAÇÃO
* caberá liberdade provisória em PRISÃO PREVENTIVA somente quando esta vier de conversão anterior da prisão em flagrante.
1.3 PRISÃO PREVENTIVA
Espécie de prisão cautelar para assegurar a eficácia do feito. 
# Pressupostos (necessidade): 
a) fumus comissi delicti (indícios de autoria e materialidade do crime); 
b) periculum libertatis: 
b.1 garantia da ordem pública (quando ficar demostrada a reiteração delituosa – não considera clamor público ou social); 
b.2. garantia da ordem econômica (assemelha-se com a ordem pública – risco de reiteração delituosa, porém no tocante aos crimes contra a ordem econômica – Lei 1.512/51; Lei 7.134/83; Lei 7.492/86; Lei 8.078/90; Lei 8.137/90; Lei 8.176/91; Lei 9.279/96; Lei 9.613/98);
b.3) garantia de aplicação da lei penal: dados concretos que demonstrem que o acusado pretende fugir, inviabilizando a futura execução da pena. Não se pode presumir a fuga. Para os tribunais uma ausência momentânea, seja para evitar uma prisão em flagrante, seja para evitar uma prisão decretada arbitrariamente, não autoriza a decretação da prisão preventiva. 
b.4) conveniência da instrução criminal: visa impedir que o agente cause prejuízos a produção da prova.
b.5) descumprimento das cautelares diversas da prisão: em último caso. (Art. 282, §4º, CPP)
# Hipóteses: 
Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.
Parágrafo único.  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoaou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
crimes dolosos com pena máxima superior a 4 anos; (não cabe para furto simples);
investigado reincidente em outro crime doloso, observado o lapso temporal de cinco anos. Não há um quantum de pena mínimo.
quando o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. Para os tribunais o descumprimento das medidas protetivas, por si só não autoriza a decretação da prisão preventiva. Que deve ser conjugada com a garantia da ordem pública, garantia de aplicação da lei penal ou conveniência da instrução criminal.
Dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou não fornecimento de elementos para esclarecê-la. Crimes dolosos e culposos. Durar até obtida a identificação do agente. Lei 12.037/09 – identificação criminal. Não houve revogação tácita do art. 1º, II, da Lei 7.960 – prisão temporária.	Comment by BRUNA: Colocado imediatamente em liberdade após a identificação.
# Duração e o excesso de prazo na formação da culpa: AO CONTRÁRIO DA PRISÃO TEMPORÁRIA, A PRISÃO PREVENTIVA NÃO POSSUI PRAZO PRE-DETERMINADO, por conta desta indeterminação, os tribunais consolidaram o entendimento, segundo o qual estando o acusado preso os prazos processuais previstos no CPP devia ser observados, sob pena de caracterização do excesso de prazo na formação da culpa, autorizando o relaxamento da prisão sem prejuízo da continuidade do processo.
1.4 PRISÃO TEMPORÁRIA
ART. 1º, Lei 7.960/89
# HIPÓTESES: ART. 1º, III, Lei 7.960/89
		Hediondos e equiparados.
# PRAZO: 	5 DIAS + 5 dias, prorrogável por igual período.
		Hediondos: 30 dias + 30 dias
Obs.: É um prazo limite, significa que o juiz pode decretar a prisão por um período menor. Decorrido o prazo, o preso deverá ser colocado imediatamente em liberdade, salvo tiver sido decretada a sua prisão preventiva.
2. ILEGALIDADE – Se a prisão for ilegal, deve o juiz relaxá-la
2.1 VICIOS FORMAIS
ART. 304 A 308, CPP
ART. 5º, LXII A LXIV
Art. 5º (...) LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
Geram a nulidade do ato:
Art. 304, 1ª parte – “apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso;
Art. 304, 2ª parte e §2º - Oitiva de duas testemunhas que assistiram aos fatos ou que presenciaram a entrega dos presos (geralmente o condutor e autoridade que auxiliou);
Art. 304, parte final – Lavratura do auto pelo escrivão;
Presidência da autoridade policial – não pode delegar a presidência ao escrivão;
Presença do defensor público – para assisti-lo no momento da lavratura do APF;
Requisitos formais constitucionais.
2.2 VICIOS MATERIAIS
RELATIVOS A TIPICIDADE DA CONDUTA E AO ESTADO DE FLAGRÂNCIA  ART. 302, CPP
Atipicidade da conduta delituosa – a própria autoridade policial pode relaxar;
Falta de autorização legal para a lavratura do APF (juizados especiais);
Ausência da manifestação expressa da vítima ou de seu representante legal – nos delitos de ação penal privada ou pública condicionada à representação criminal – manifestação expressa da vítima;
Apresentação espontânea do agente à Delegacia de Polícia;
Não configuração do estado de flagrante delito – art. 302, CPP -   
Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
3. LIBERDADE PROVISÓRIA
- Medida de contracautela, benefício processual concedido ao acusado ou indiciado preso para que se lhe permita responder aos termos do processo penal, contra ele instaurado, em liberdade, podendo o benefício ser concedido mediante ou não na prestação de fiança.
Cabimento: art.5, º LXVI, CRFB e art. 310, III, CPP – flagrante regular, mas desnecessária a manutenção da prisão que autorizam sua conversão do art. 321, CPP.
	RELAXAMENTO
	REVOGAÇÃO
	LIBERDADE PROVISÓRIA
	Ilegalidade na imposição de qualquer restrição cautelar 
	Admissível apenas na prisão preventiva e prisão temporária
	Somente quando da comunicação da prisão em flagrante ou quando houver prisão preventiva decretada em razão de conversão anterior da prisão em flagrante.
Obs.: Deve-se verificar a origem da prisão preventiva. Se a prisão adveio da conversão da prisão em flagrante a contracautela será a liberdade provisória, todavia se das demais hipóteses da prisão preventiva (art. 312, CPP) a medida adequada será a revogação da prisão.
# ESPÉCIES: obrigatória (não se comina pena privativa de liberdade e menor potencial ofensivo); vedada (não existe – inconstitucional qualquer lei que proíba o juiz de conceder a LP – motivo da revogação dos crimes hediondos).
3.1 Liberdade provisória sem fiança
- é possível a concessão de LP sem exigência de fiança, respondendo em liberdade o acusado ou o indiciado aos termos do processo penal contra ele instaurado, quando AUSENTES OS REQUISITOS AUTORIZADORES DA PRISÃO PREVENTIVA, na forma do artigo 321 do CPP.
a) infrações penais as quais não se cominem pena privativa de liberdade (art. 283, §1º, CPP) e infrações de menor potencial ofensivo quando se comprometer ao comparecimento.
b) 
3.2 Liberdade provisória mediante prestação de fiança
Medida cautelar diversa a prisão: 
Nos delitos praticados, independente da pena cominada, desde que ausentes os requisitos do artigo 312 do CPP, CONFORME ILAÇÃO DO ARTIGO 321 DO CPP, e afigurar-se necessária a imposição da contracautela.
NÃO CABERÁ NAS HIPÓTESES ELENCADAS NO ARTIGO 323 E 324 DO CPP. Faz-se uma leitura a contrário senso, então caberá nas infrações que não estiverem indicadas nos artigos citados são consideradas afiançáveis.
CONDIÇÕES – ART. 327 E 328, CPP.
- Dispensa da fiança – art. 350, CPP
Obs.; Antes da Lei 12.403/11 – fiança era apenas uma medida de contracautela substitutiva de anterior prisão em flagrante. Depois da lei 12.403/11 – fiança poderá ser: autônoma (aquele que estava me liberdade); substitutiva de anterior prisão
4. FINALIDADE
ANULAR O AUTO DE PRISÃO RELAXAR A PRISÃO EXPEDIR ALVARÁ DE SOLTURA
	PRISÃO /REMÉDIO
	RELAXAMENTO DE PRISÃO (ILEGAL)
	PEDIDO DE REVOGAÇÃO (DESNECESSÁRIA)	Comment by BRUNA: Em tese é admissível a sua decretação, mas em concreto não há necessidade de cautelar.
	LIBERDADE PROVISÓRIA
	PRISÃO EM FLAGRANTE
	Fundamentação legal: Art. 5º, LXV, CF e Art. 310, I, CPP
* Vícios Materiais (Art.302, CPP) e Formais (art. 304 a 306, CPP)	Comment by BRUNA: NÃO HAVIA SITUAÇÃO DE FLAGRÂNCIA; LAPSO TEMPORAL ENTRE O CRIME E A PRISÃO; APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA; FLGRANTE PREPARADOOU PROVOCADO E FORJADO.	Comment by BRUNA: IRREGULARIDADES NO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, NOTA DE CULPA, COMUNICAÇÃO; INVERSÃO DA ORDEM DOS DEPOIMENTOS; FALATA DE ASSINATURA NO AUTO.
Pedido: Relaxamento e a expedição do alvará de soltura
	
	Fundamentação legal: Art. 5º, LXVI, CF e Art. 310, III, CPP
* Prisão em flagrante regular, mas desnecessária (Art. 321,CPP)
Pedido: Concessão da liberdade provisória com imposição, se for o caso, de medida cautelar diversa da prisão.
	PRISÃO PREVENTIVA
	Fundamentação legal: Art. 5º, LXV, CF.
* Art. 313, CPP (Cabimento da Prisão Preventiva) 	Commentby BRUNA: Ex.: crime culposo ou doloso cuja pena máxima seja menor ou igual a 4 anos. 
Pedido: Relaxamento e expedição do alvará de soltura.
	Fundamentação legal: Art. 316, CPP
* Art. 312, CPP (Ordem Pública, Ordem Econômica, por conveniência da instrução criminal, assegurar a aplicação da lei penal) e Art. 282, §4º (descumprimento das obrigações de outras medidas cautelares)
Pedido: Revogação da prisão, e caso não entenda, a concessão da liberdade provisória e impondo-se outras medidas cautelares previstas no art. 319, CPP.	Comment by BRUNA: Se entender estar presente alguma medida cautelar, que seja substituída pelas do art. 319, CPP.
	
	PRISÃO TEMPORÁRIA
	Fundamentação legal: Art.5º, LXV, CF
* Crimes do art. 1º, III da Lei 7.960/89 – Excesso de Prazo – outros vícios formais 	Comment by BRUNA: PRISÃO TEMPORÁRIA DECRETADA EM INQUÉRITO POLICIAL NO QUAL SE INVESTIGA CRIME DIVERSO DAQUELES ESTALECIDOS EM LEI.Excesso de prazo – Art. 2ºTemporária depois de encerrado o IP
Pedido: Relaxamento e expedição do alvará de soltura.
	Fundamentação legal: Art. 1º, Lei 7960/89.
* Desnecessidade quando ausentes a necessidade do art. 1º, I e II da Lei 7960/89 – Quando comprovada necessidade para as investigações. Periculum libertatis.	Comment by BRUNA: Não é necessária para as investigações, pois o investigado resolveu colaborar, tem residência fixa e identidade conhecida. 
Pedido: Revogação da prisão com a expedição do alvará de soltura.
	
5. ENDEREÇAMENTO
RELAXAMENTO DE PRISÃO: JUIZ DE PRIMEIRA INSTÂNCIA.
INDEFERE O RELAXAMENTO: HC
CONCEDE O RELAXAMENTO: RESE
6. ESTRUTURA DA PEÇA.RELAXAMENTO
5. ESTRUTURA DA PEÇA.REVOGAÇÃO
PROVA
4.1. (OAB/FGV – VII Exame de Ordem) No dia 10 de março de 2011, após ingerir um litro de vinho na sede de sua fazenda, José Alves pegou seu automóvel e passou a conduzi-lo ao longo da estrada que tangencia sua propriedade rural. Após percorrer cerca de dois quilômetros na estrada absolutamente deserta, José Alves foi surpreendido por uma equipe da Polícia Militar que lá estava a fim de procurar um indivíduo foragido do presídio da localidade. Abordado pelos policiais, José Alves saiu de seu veículo trôpego e exalando forte odor de álcool, oportunidade em que, de maneira incisiva, os policiais lhe compeliram a realizar um teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar. Realizado o teste, foi constatado que José Alves tinha concentração de álcool de um miligrama por litro de ar expelido pelos pulmões, razão pela qual os policiais o conduziram à Unidade de Polícia Judiciária, onde foi lavrado Auto de Prisão em Flagrante pela prática do crime previsto no artigo 306 da Lei 9.503/1997, c/c artigo 2º, inciso II, do Decreto 6.488/2008, sendo-lhe negado no referido Auto de Prisão em Flagrante o direito de entrevistar-se com seus advogados ou com seus familiares. Dois dias após a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, em razão de José Alves ter permanecido encarcerado na Delegacia de Polícia, você é procurado pela família do preso, sob protestos de que não conseguiam vê-lo e de que o delegado não comunicara o fato ao juízo competente, tampouco à Defensoria Pública. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso  concreto acima, na qualidade de advogado de José Alves, redija a peça cabível, exclusiva de advogado, no que tange à liberdade de seu cliente, questionando, em juízo, eventuais ilegalidades praticadas pela Autoridade Policial, alegando para tanto toda a matéria de direito pertinente ao caso.
2. LIBERDADE PROVISÓRIA
Wesley, estudante, foi preso em flagrante no dia 03 de março de 2015 porque conduzia um veículo automotor que sabia ser produto de crime pretérito registrado em Delegacia da área em que residia. Na data dos fatos, Wesley tinha 20 anos, era primário, mas existia um processo criminal em curso em seu desfavor, pela suposta prática de um crime de furto qualificado. Diante dessa anotação em sua Folha de Antecedentes Criminais, a autoridade policial representou pela conversão da prisão em flagrante em preventiva, afirmando que existiria risco concreto para a ordem pública, pois o indiciado possuía outros envolvimentos com o aparato judicial. Você, como advogado(a) indicado por Wesley, é comunicado da ocorrência da prisão em flagrante, além de tomar conhecimento da representação formulada pelo Delegado. Da mesma forma, o comunicado de prisão já foi encaminhado para o Ministério Público e para o magistrado, sendo todas as legalidades da prisão em flagrante observadas. 
Considerando as informações narradas, responda aos itens a seguir. 
A) Qual a medida processual, diferente de habeas corpus, a ser adotada pela defesa técnica de Wesley? (Valor: 0,50) 
B) A representação da autoridade policial foi elaborada de modo adequado? (Valor: 0,75)
V – APELAÇÃO
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:   
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;   
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; 
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando:  
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; 
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. 
Art. 416.  Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. (júri)
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 593, CPP – Art. 416, CPP
Art. 76, $5º - Art. 82, Lei 9.099/99
* DIFICULDADE: infinidade de teses – cabem teses de nulidade; de falta de justa causa; extinção de punibilidade etc.
* Súmula 347, STJ – “ o conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão”
2. PRAZO 
Regra: 5 dias. (para interposição) Para as razões: 8 dias.
- ART. 798, CPP; Súmula 310, STF
O momento de apresentação é realizado em momentos distintos. 
* A partir da intimação da decisão. Ou como regra, da audiência que profere a decisão.
OBS.: JUIZADO – prazo de dez dias para a interposição e para as razões.
3. TERMO DE INTERPOSIÇÃO – NÃO TEM JUÍZO DE RETRATAÇÃO
Para o juiz que emitiu a decisão – direcionado para o prolator da decisão.
Finalidade: recebimento, processamento e remessa ao TJ.
CONSEQUÊNCIAS: DENEGAR (RESE); RECEBER OU JULGAR DESERTA (RESE) 
	
4. ENDEREÇAMENTO
Interposição – juiz que proferiu a decisão recorrida – juiz a quo.
Razões – destinatário o tribunal (TJ/TRF)
(JUIZADO – Colégio Recursal)
5. FINALIDADE
REFORMA = ACÓRDÃO SUBTITUI A DECISÃO RECORRIDA
Art. 593, CPP
I – no caso de sentença condenatória e absolutória (inclusive absolvição sumária do júri –art.415,CPP) 
* É possível a defesa apelar de sentença absolutória (procurando decisão mais favorável, medida de segurança, fundamento mais favorável, reconhecido a inexistência do fato e não falta de provas – coisa julgada civil).
II – sentenças definitivas, mas que não condenam ou absolvem, desde que não seja caso de RESE (pronúncia)
III – contra o Tribunal do Júri – ao final do plenário:
Nulidade – posterior a pronúncia – antes da pronúncia serão atacadas por RESE sob pena de preclusão, exceto as nulidades absolutas. Havendo nulidade após a pronúncia, o pedido será de NOVO JULGAMENTO – em consonância com o princípio da soberania dos vereditos;
SENTENÇA que for contrária a lei ou a decisão dos jurados. Ex.: Jurados absolvem e juiz condena. Não se discute o veredicto, mas o erro do juiz. PEDIDO: REFORMA.
ERRO OU INJUSTIÇA NA APLICAÇÃO DA PENA OU MEDIDA DE SEGURANÇA. Também não se discute o veredicto, mas decisão do juiz. Ex.: Pena fixada acima do máximo legal, não tendo justificação. PEDIDO: REFORMA – CORREÇÃO da decisão para aplicação da pena correta. – ART. 593, §2º.
DECISÃO CONTRÁRIA AOS AUTOS – DISCUTE-SE O VEREDICTO. A decisão deverá ser uma aberração, como no caso de todas as provas apontarem para a absolviçãoe os jurados declara o réu culpado, por estarem influenciados pela opinião pública. Em decorrência ao princípio da soberania dos veredictos – PEDIDO: NOVO JULGAMENTO, pois o tribunal não poderá reformar a decisão. (Art. 593,§3º)
* JUIZADO – da decisão que rejeita denúncia e queixa e que aplica pena após a aceitação de transação penal: APELAÇÃO.
6. CONSIDERAÇÕES
# RESE X APELAÇÃO – ART. 593, §4º
O RESE cabe para decisão interlocutória e terminativa. Na dúvida, caso o problema não se encaixe nas hipóteses do art. 581, CPP, deve-se intepor APELAÇÃO. 
A apelação é residual, como o art. 593, II, CPP deixou claro, a não ser que seja caso de sentença absolutória ou condenatória que deverá ser sempre apelação. Ou seja, não cabe para as decisões terminativas ou com força de definitivas, para as quais não seja previsto RESE. Ex.: Impronúncia, indeferimento de pedido de restituição de coisas apreendidas ou de levantamento de sequestro.
# APELAÇÃO NO JURI
A apelação no inciso III é para a segunda fase do procedimento. Todavia caberá na primeira fase nos casos de absolvição sumária e de impronúncia.
# APELAÇÃO – DENEGADA OU DESERTA : RESE
# APELAÇÃO – INDEFERIMENTO – EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE : PARA A DEFESA, VOTAÇÃO NÃO UNÂNIME.
7. ALGUMAS TESES
1ª Tese e pedido: nulidade: as nulidades estão previstas no art. 564 do Código de Processo Penal. Se o enunciado trouxer alguma, alegue-a preliminarmente, antes mesmo de tratar sobre a absolvição. O pedido deve ser a declaração de nulidade do processo desde o ato viciado (se a nulidade ocorreu no recebimento, a anulação deve ser “ab initio”). 
2ª Tese e pedido: extinção da punibilidade: as hipóteses estão previstas no art. 107 do Código Penal. Também é tese preliminar, devendo ser alegada antes da falta de justa causa. O pedido é a declaração de extinção de punibilidade.
3ª Tese e pedido: falta de justa causa: impõe a absolvição do apelante. As hipóteses são aquelas do artigo 386 do CPP:
Art. 386.  O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
I - estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
A dúvida aqui é em relação à materialidade: o crime existiu ou não existiu? Não havendo prova de sua existência, ou havendo prova inequívoca de que ele não ocorreu, a absolvição deverá ser imposta. Ex.: "A" é acusado por lesão corporal. No entanto, não se constatou na vítima, "B", em exame de corpo de delito, qualquer lesão.
III - não constituir o fato infração penal;
Fato atípico. Ex.: crime impossível (art. 17 do CP).
IV –  estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;
Aqui, a dúvida não é quanto à materialidade - o crime existiu, de fato -, mas quanto à autoria ou participação, que pode se dar por ausência de prova ou por negativa de autoria comprovada pelo réu. Ex.: "A" , "B" e "C" estão sendo acusados pela prática, em concurso de pessoas, do crime de roubo. "C", no entanto, demonstra que não estava na cidade na época em que o crime foi cometido. 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência;
Presentes as hipóteses de exclusão de ilicitude ou de culpabilidade, ou existindo causa de isenção de pena, o acusado deverá ser absolvido. Em razão do final do dispositivo, se o juiz tiver dúvida sobre a existência de uma das causas, deverá absolver.
VII – não existir prova suficiente para a condenação.
O último inciso é genérico. Nos anteriores, temos previsão expressa em relação à negativa de materialidade, de autoria, de coautoria ou participação, de existência de hipóteses que excluem a ilicitude e a culpabilidade e isentam o réu de pena. Provavelmente, em um pedido de absolvição, a sua tese encontrará amparo entre os incisos I e VI. Caso contrário, adote o VII, que, em suma, quer dizer: in dubio pro reo.
4ª Tese e pedido: autoridade arbitrária: algum direito foi negado ao réu na sentença. É o caso, por exemplo, de negativa de sursis. Não há qualquer incompatibilidade com as outras teses – é possível pedir a absolvição e, subsidiariamente, caso o tribunal não entenda nesse sentido, a concessão do direito.
5ª Tese e pedido: punição excessiva: é o caso em que o juiz impõe ao réu pena desproporcional. Deve-se pedir a redução da pena ou a desclassificação para outro crime. Assim como no caso da autoridade arbitrária, não há qualquer incompatibilidade com as demais teses, devendo ser pedida subsidiariamente, se for o caso. Exemplos: redução da pena no patamar mínimo, exclusão de agravante, majorante ou qualificadora; reconhecimento de atenuante, minorante ou privilegiadora; fixação de regime mais favorável; concessão de benefício negado; substituição de privativa de liberdade em restritiva de direitos ou negação.
* pode-se pedir também que o réu aguarde em liberdade. (FONTE VANZOLINI, 2014)
PROVA
5.1 Durante o carnaval do ano de 2015, no mês de fevereiro, a família de Joana resolveu viajar para comemorar o feriado, enquanto Joana, de 19 anos, decidiu ficar em sua residência, na cidade de Natal, sozinha, para colocar os estudos da faculdade em dia. Tendo conhecimento dessa situação, Caio, vizinho de Joana, nascido em 25 de março de 1994, foi até o local, entrou sorrateiramente no quarto de Joana e, mediante grave ameaça, obrigou-a a praticar com ele conjunção carnal e outros atos libidinosos diversos, deixando o local após os fatos e exigindo que a vítima não contasse sobre o ocorrido para qualquer pessoa. Apesar de temerosa e envergonhada, Joana contou o ocorrido para sua mãe. A seguir, as duas compareceram à Delegacia e a vítima ofertou representação. Caio, então, foi denunciado pela prática como incurso nas sanções penais do Art. 213 do Código Penal, por duas vezes, na forma do Art. 71 do Estatuto Repressivo. Durante a instrução, foi ouvida a vítima, testemunhas de acusação e o réu confessou os fatos. Foi, ainda, juntado laudo de exame de conjunção carnal confirmando a prática de ato sexual violento recente com Joana e a Folha de Antecedentes Criminais (FAC) do acusado, que indicava a existência de duas condenações, embora nenhuma delas com trânsito em julgado. Em alegações finais, o Ministério Público requereu a condenação de Caio nos termos da denúncia, enquanto a defesa buscou apenas a aplicação da pena no mínimo legal. No dia 25 de junho de 2015 foi proferida sentença pelo juízo competente, qual seja a 1ª Vara Criminal da Comarca de Natal, condenando Caio à pena privativa de liberdade de 10 anos e 06 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado. Na sentença consta que a pena base de cada um dos crimes deve ser aumentada em seis meses pelo fato de Caio possuir maus antecedentes, já que ostenta em sua FAC duas condenações pela prática de crimes, e mais 06 meses pelo fato de o acusado ter desrespeitado a liberdade sexual da mulher, um dos valores mais significativos da sociedade, restando a sanção penal da primeira fase em 07 anos de reclusão, para cada um dos delitos. Na segunda fase, não foram reconhecidas atenuantes ou agravantes. Afirmou o magistrado que atualmente é o réu maior de 21 anos, logo não estaria presente a atenuante do Art. 65, inciso I, do CP. Ao analisar o concurso de crimes, o magistrado considerou a pena de um dos delitos, já que eram iguais, e aumentou de 1/2 (metade), na forma do Art. 71 do CP, justificando o acréscimo no fato de ambos os crimes praticados serem extremamente graves. Por fim, o regime inicial para o cumprimento da pena foi o fechado, justificando que, independente da pena aplicada, este seria o regime obrigatório, nos termos do Art. 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90. Apesar da condenação, como Caio respondeu ao processo em liberdade, o juiz concedeu a ele o direito de aguardar o trânsito em julgado da mesma forma. Caio e sua família o (a) procuram para,na condição de advogado (a), adotar as medidas cabíveis, destacando que estão insatisfeitos com o patrono anterior. Constituído nos autos, a intimação da sentença ocorreu em 07 de julho de 2015, terçafeira, sendo quarta-feira dia útil em todo o país. Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de Habeas Corpus, no último dia do prazo para interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5.00 pontos)
5.2. Diogo está sendo regularmente processado pela prática dos crimes de violação de domicílio (artigo 150, do CP) em concurso material com o crime de furto qualificado pela escalada (artigo 155, § 4º, II, do CP). Isso porque, segundo narrou a inicial acusatória, no dia 10/11/2012 (sábado), Diogo pulou o muro de cerca de três metros que guarnecia a casa da vítima e, então, após ingressar clandestinamente na residência, subtraiu diversos pertences e valores, a saber: três anéis de ouro, dois relógios de ouro, dois aparelhos de telefone celular, um notebook e quinhentos reais em espécie, totalizando R$9.000,00 (nove mil reais). Na audiência de instrução e julgamento, realizada em 29/08/2013 (quinta-feira), foram ouvidas duas testemunhas de acusação que, cada uma a seu turno, disseram ter visto Diogo pular o muro da residência da vítima e dali sair, cerca de vinte minutos após, levando uma mochila cheia. A defesa, por sua vez, não apresentou testemunhas. Também na audiência de instrução e julgamento foi exibido um DVD contendo as imagens gravadas pelas câmeras de segurança presentes na casa da vítima, sendo certo que à defesa foi assegurado o acesso ao conteúdo do DVD, mas essa se manifestou no sentido de que nada havia a impugnar. Nas imagens exibidas em audiência ficou constatado (dada a nitidez das mesmas) que fora Diogo quem realmente pulou o muro da residência e realizou a subtração dos bens. Em seu interrogatório o réu exerceu o direito ao silêncio. Em alegações finais orais, o Ministério Público exibiu cópia de sentença prolatada cerca de uma semana antes (ainda sem trânsito em julgado definitivo, portanto), onde se condenou o réu pela prática, em 25/12/2012 (terça-feira), do crime de estelionato. A defesa, em alegações finais, limitou-se a falar do princípio do estado de inocência, bem como que eventual silêncio do réu não poderia importar-lhe em prejuízo. O Juiz, então, proferiu sentença em audiência condenando Diogo pela prática do crime de violação de domicílio em concurso material com o crime de furto qualificado pela escalada. Para a dosimetria da pena o magistrado ponderou o fato de que nenhum dos bens subtraídos fora recuperado. Além disso, fez incidir a circunstância agravante da reincidência, pois considerou que a condenação de Diogo pelo crime de estelionato o faria reincidente. O total da condenação foi de 4 anos e 40 dias de reclusão em regime inicial semi-aberto e multa à proporção de um trigésimo do salário mínimo. Por fim, o magistrado, na sentença, deixou claro que Diogo não fazia jus a nenhum outro benefício legal, haja vista o fato de não preencher os requisitos para tanto. A sentença foi lida em audiência. O advogado(a) de Diogo, atento(a) tão somente às informações descritas no texto, deve apresentar o recurso cabível à impugnação da decisão, respeitando as formalidades legais e desenvolvendo, de maneira fundamentada, as teses defensivas pertinentes. O recurso deve ser datado com o último dia cabível para a interposição. (Valor: 5,0).
VI – RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
ART. 581, CPP
Encontramos também no art. 294, § único, CTB; Art. 6º, § único, Lei 1508/51 e no art. 561, CPPM.
Obs.: As decisões interlocutórias são irrecorríveis, exceto as que constam no rol do artigo 581, CPP.
Obs.: Os itens em vermelho são hipóteses híbridas. Dependendo do momento poderão ser impetrados contra eles Agravo em Execução.
Termos de imposição e razões: RESE; Apelação e Agravo em Execução.
Demais recursos: Embargos; Embargos Infrigentes e de Nulidade; Protesto por novo júri; Carta Testemunhável; Correição Testemunhável; Correição Parcial; Rext e Resp; R. Ordinário e Constitucional.
2. PRAZO – art. 586, CPP
Regra: 5 dias. (para interposição) Para as razões: 2 dias.
Inc. XIV: 20 dias. 
3. TERMO DE INTERPOSIÇÃO - JUÍZO DE RETRATAÇÃO
Para o juiz que emitiu a decisão – oportunidade para rever seu posicionamento. Será pedida na interposição.
Termo de interposição – direcionado para o prolator da decisão.
	
4. ENDEREÇAMENTO
Interposição – juiz que proferiu a decisão recorrida – juiz a quo.
Razões – destinatário o tribunal (TJ/TRF)
5. FINALIDADE
REFORMA = ACÓRDÃO SUBTITUI A DECISÃO RECORRIDA
NULIDADE = VOLTA PARA FAZER NOVAMENTE – tem que dizer onde está a nulidade e que parte do processo será anulado.
Ex.: RESE para decisão que rejeita Denúncia. Motivo: não motivou – nulidade.
O PEDIDO É A RAZÃO QUE ENSEJOU O RECURSO. O PEDIDO PODERÁ TER MAIS DE UMA TESE.
6. CONSIDERAÇÕES
# RESE X APELAÇÃO – ART. 593, §4º
O RESE cabe para decisão interlocutória e terminativa. Na dúvida, caso o problema não se encaixe nas hipóteses do art. 581, CPP, deve-se intepor APELAÇÃO. 
# RESE X AGRAVO DE EXECUÇÃO
Agravo – art. 197, LEP. Cabe contra as decisões do juiz da execução.
Inciso: XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII.
# EFEITO SUSPENSIVO: PERDA DE FIANÇA E QUANDO DENEGAR OU JULGAR DESERTA A APELAÇÃO.
7. HIPÓTESES – ART. 581, CPP
I - que não receber a denúncia ou a queixa;
Trata-se de decisão terminativa do processo, e não de decisão interlocutória, provando que a máxima “o RESE é o agravo do processo penal”, dita, com frequência, em faculdades por aí, não é verdadeira. As hipóteses de rejeição da renúncia ou da queixa estão previstas no art. 395 do CPP. Da decisão que recebe a inicial, não há recurso previsto. No entanto, nada impede que a decisão seja atacada por habeas corpus.
II - que concluir pela incompetência do juízo;
É hipótese de decisão interlocutória, que não põe fim ao processo, mas apenas modifica a competência. Quando declarada por exceção, a fundamentação será a do inciso III. No júri, se, após terminada a instrução do processo, o juiz desclassificar a conduta para outra que não seja de competência do Tribunal do Júri (ex.: de homicídio para lesão corporal), o embasamento legal será o inciso II.
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
As exceções estão previstas no art. 95 do CPP. São elas: a) suspeição; b) incompetência de juízo; c) litispendência; d) ilegitimidade de parte; e) coisa julgada. Exceto na primeira hipótese, da decisão que conceder a exceção cabe RESE. Quanto à incompetência, atenção: se a competência ocorrer por força de desclassificação, a fundamentação será a do inciso II.
IV – que pronunciar o réu;
Encerrada a primeira fase do rito do júri, caso o juiz fique convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, deverá pronunciar, em decisão fundamentada, o réu. A pronúncia faz com que o julgamento seja submetido ao Tribunal do Júri. Contra a decisão de pronúncia, cabe RESE. No último Exame de Ordem, a OAB trouxe uma situação em que o acusado foi absolvido sumariamente. Neste caso, e na hipótese de impronúncia, a peça cabível é a apelação.
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; 
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
Incisos V e VII: decisões interlocutórias, recorríveis por RESE. Como as hipóteses estão bem claras, não há motivo para um estudo aprofundado.
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
As hipóteses de extinção da punibilidade estão previstas no art. 107 do Código Penal.Da decisão que as reconhece ou as indefere, cabe RESE.
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
É cabível, somente, quando a decisão for proferida por juiz de primeira instância. Se o HC for impetrado diretamente no tribunal, em caso de ordem negada, a peça cabível será o recurso ordinário constitucional, e não o RESE.
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
Segundo o art. 157 da LEP, a concessão ou não de sursis (art. 77 do CP) deve ser apreciada na sentença condenatória, recorrível por apelação, e não por RESE. Entretanto, caso a decisão a respeito do assunto seja do juiz da vara de execução, a peça cabível é o agravo em execução. Portanto, tanto em uma hipótese quanto em outra, a peça não será o RESE.
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
Trata-se de matéria pertinente à execução. Como já comentado, qualquer decisão do juiz da execução é atacável por agravo, e não RESE.
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
Pode ocorrer de uma das partes não ter interesse na anulação do processo, total ou parcial. Sendo o caso, a peça cabível é o RESE. As causas de nulidade estão previstas no art. 564 do CPP.
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
Considerada a clareza da redação, não há motivo para análise. A única peculiaridade é o prazo, que é de vinte dias.
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
A denegação da apelação pode ocorrer quando ausente requisito do recurso (ex.: tempestividade). Já a deserção diz respeito à falta de recolhimento de preparo.
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
As questões prejudiciais devem ser analisadas antes do julgamento do mérito da ação penal, pois influenciam diretamente na tipicidade (ex.: não há como julgar um caso de bigamia quando existir dúvida acerca da existência de casamento anterior). Cabe RESE da decisão que determina a suspensão do processo criminal em razão de questão prejudicial.
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
Questão referente à execução da pena. Portanto, hipótese de agravo em execução.
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
Trata-se de decisão interlocutória, pois não põe fim ao processo. Os incidentes de falsidade estão previstos nos arts. 145/148 do CPP, e, sobrevindo decisão, o recurso cabível será o RESE.
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
Todas as questões são pertinentes à execução penal. Portanto, agravo em execução como recurso, e não RESE.
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
Não é mais possível a conversão de multa em detenção ou prisão simples. Por isso, o inciso XXIV não é mais aplicável.
PROVA
Jerusa, atrasada para importante compromisso profissional, dirige seu carro bastante preocupada, mas respeitando os limites de velocidade. Em uma via de mão dupla, Jerusa decide ultrapassar o carro à sua frente, o qual estava abaixo da velocidade permitida. Para realizar a referida manobra, entretanto, Jerusa não liga a respectiva seta luminosa sinalizadora do veículo e, no momento da ultrapassagem, vem a atingir Diogo, motociclista que, em alta velocidade, conduzia sua moto no sentido oposto da via. Não obstante a presteza no socorro que veio após o chamado da própria Jerusa e das demais testemunhas, Diogo falece em razão dos ferimentos sofridos pela colisão. 
Instaurado o respectivo inquérito policial, após o curso das investigações, o Ministério Público decide oferecer denúncia contra Jerusa, imputando-lhe a prática do delito de homicídio doloso simples, na modalidade dolo eventual (Art. 121 c/c Art. 18, I parte final, ambos do CP). 
Argumentou o ilustre membro do Parquet a imprevisão de Jerusa acerca do resultado que poderia causar ao não ligar a seta do veículo para realizar a ultrapassagem, além de não atentar para o trânsito em sentido contrário. A denúncia foi recebida pelo juiz competente e todos os atos processuais exigidos em lei foram regularmente praticados. Finda a instrução probatória, o juiz competente, em decisão devidamente fundamentada, decidiu pronunciar Jerusa pelo crime apontado na inicial acusatória. O advogado de Jerusa é intimado da referida decisão em 02 de agosto de 2013 (sexta-feira). 
Atento ao caso apresentado e tendo como base apenas os elementos fornecidos, elabore o recurso cabível e date-o com o último dia do prazo para a interposição. (A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não pontua.)
VII – AGRAVO EM EXECUÇÃO
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. (Lei 72100/84) 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: (CPP) 
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; (Quando for concedida na sentença caberá apelação; no Juízo de Execução – Agravo) 
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; 
XVII - que decidir sobre a unificação de penas; (Na Sentença – Apelação; Juizo de Execução-Agravo) 
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774; 
XXII - que revogar a medida de segurança; 
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
ART. 197, LEP De todas as decisões do juiz da execução penal.
 Do indeferimento da petição nos autos: pedido indeferido – cabe agravo. 
Exemplo de petição nos autos: pedido de progressão; pedido de livramento condicional; pedido de remição; pedido de saída temporária. Execução das penas em espécies: privativa de liberdade; restritiva de liberdade; multa; medida de segurança. 
FORMA DE PROCESSAMENTO: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
2. PRAZO – art. 586, CPP Súmula 700 - 5 dias. (para interposição) Para as razões: 2 dias. Da intimação da decisão. 3. LEGITIMIDADE APENANDO E O MP.
4. COMPETÊNCIA
 SUMULA 192, STJ - Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos à administração estadual.
A competência é determinada pela unidade prisional em que o apenado cumpre sua pena. Assim, caso tenha sido condenado pela justiça federal, mas cumpre pena em presídio estadual, a competência será no juiz estadual. 
5. TERMO DE INTERPOSIÇÃO - JUÍZO DE RETRATAÇÃO 
Para o juiz de execução que emitiu a decisão – oportunidade para rever seu posicionamento. Será pedida na interposição. Termo de interposição – direcionado para o prolator da decisão.
6. FINALIDADE
REFORMA = ACÓRDÃO SUBTITUI A DECISÃO RECORRIDA
NULIDADE = VOLTA PARA FAZER NOVAMENTE – tem que dizer onde está a nulidade e que parte do processo será anulado.
OBS.: DA DECISÃO DENEGATÓRIA CABE CARTA TESTEMUNHÁVEL.
7. HIPÓTESES 
Competência do juiz de execução: art. 66, LEP. ROL NÃO TAXATIVO.
Art. 66. Compete ao Juiz da execução:
 I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; 
II - declarar extinta a punibilidade; 
III - decidir sobre: a) soma ou unificação de penas; b) progressão ou regressão nos regimes; c) detração e remição da pena; d) suspensão condicional da pena; e) livramento condicional; f) incidentes da execução. 
IV - autorizar saídas temporárias;
V - determinar: a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execução; b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade; c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos; d) a aplicação da medidade segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança; e) a revogação da medida de segurança; f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 86, desta Lei.
VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança;
VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade;
VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando em condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos desta Lei;
IX - compor e instalar o Conselho da Comunidade.
X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir. 
Cabimento: Art. 581, XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII E XXII, CPP.
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
Segundo o art. 157 da LEP, a concessão ou não de sursis (art. 77 do CP) deve ser apreciada na sentença condenatória, recorrível por apelação, e não por RESE. Entretanto, caso a decisão a respeito do assunto seja do juiz da vara de execução, a peça cabível é o agravo em execução. Portanto, tanto em uma hipótese quanto em outra, a peça não será o RESE.
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
Trata-se de matéria pertinente à execução. Como já comentado, qualquer decisão do juiz da execução é atacável por agravo, e não RESE.
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
Questão referente à execução da pena. Portanto, hipótese de agravo em execução.
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
Todas as questões são pertinentes à execução penal. Portanto, agravo em execução como recurso, e não RESE.
8. ESTRUTURA
9. SÚMULAS
STJ
Súmula 439. Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada.
Súmula 441. A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional.
Súmula 471. Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.
Súmula 491. É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional.
SÚMULA 535 - A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto.
SÚMULA 534- A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração.
SÚMULA 533 - Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado.
SÚMULA 562 - É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa, ainda que extramuros.
STF
SÚMULA VINCULANTE 26 - Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.
SÚMULA VINCULANTE 56 - (Debate de Aprovação pendente de aprovação) - A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. 
PROVA
(XVI.OAB) Gilberto, quando primário, apesar de portador de maus antecedentes, praticou um crime de roubo simples, pois, quando tinha 20 anos de idade, subtraiu de Renata, mediante grave ameaça, um aparelho celular. Apesar de o crime restar consumado, o telefone celular foi recuperado pela vítima. Os fatos foram praticados em 12 de dezembro de 2011. Por tal conduta, foi Gilberto denunciado e condenado como incurso nas sanções penais do Art. 157, caput, do Código Penal a uma pena privativa de liberdade de 04 anos e 06 meses de reclusão em regime inicial fechado e 12 dias multa, tendo a sentença transitada em julgado para ambas as partes em 11 de setembro de 2013. Gilberto havia respondido ao processo em liberdade, mas, desde o dia 15 de setembro de 2013, vem cumprindo a sanção penal que lhe foi aplicada regularmente, inclusive obtendo progressão de regime. Nunca foi punido pela prática de falta grave e preenchia os requisitos subjetivos para obtenção dos benefícios da execução penal. 
No dia 25 de fevereiro de 2015, você, advogado(a) de Gilberto, formulou pedido de obtenção de livramento condicional junto ao Juízo da Vara de Execução Penal da comarca do Rio de Janeiro/RJ, órgão efetivamente competente. O pedido, contudo, foi indeferido, apesar de, em tese, os requisitos subjetivos estarem preenchidos, sob os seguintes argumentos: a) o crime de roubo é crime hediondo, não tendo sido cumpridos, até o momento do requerimento, 2/3 da pena privativa de liberdade; b) ainda que não fosse hediondo, não estariam preenchidos os requisitos objetivos para o benefício, tendo em vista que Gilberto, por ser portador de maus antecedentes, deveria cumprir metade da pena imposta para obtenção do livramento condicional; c) indispensabilidade da realização de exame criminológico, tendo em vista que os crimes de roubo, de maneira abstrata, são extremamente graves e causam severos prejuízos para a sociedade. Você, advogado(a) de Gilberto, foi intimado dessa decisão em 23 de março de 2015, uma segunda-feira. 
Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último dia do prazo para sua interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00) 
(XI.OAB) Marcos, jovem inimputável conforme o Art. 26 do CP, foi denunciado pela prática de determinado crime. Após o regular andamento do feito, o magistrado entendeu por bem aplicar medida de segurança consistente em internação em hospital psiquiátrico por período mínimo de 03 (três) anos. Após o cumprimento do período supramencionado, o advogado de Marcos requer ao juízo de execução que seja realizado o exame de cessação de periculosidade, requerimento que foi deferido. É realizada uma rigorosa perícia, e os experts atestam a cura do internado, opinando, consequentemente, por sua desinternação. O magistrado então, baseando-se no exame pericial realizado por médicos psiquiatras, exara sentença determinando a desinternação de Marcos. O Parquet, devidamente intimado da sentença proferida pelo juízo da execução, interpõe o recurso cabível na espécie. 
A partir do caso apresentado, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
A) Qual o recurso cabível da sentença proferida pelo magistrado determinando a desinternação de Marcos? (Valor: 0,75) 
B) Qual o prazo para interposição desse recurso? (Valor: 0,25) 
C) A interposição desse recurso suspende ou não a eficácia da sentença proferida pelo magistrado? (Valor: 0,25) 
VIII – EMBARGOS INFRIGENTES E DE NULIDADE
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária. 
Parágrafo único.  Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos

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