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Parasitologia - Medicina Veterinária

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PARASITOLOGIA 
2017.2
Maria Vitória dos Santos de Moraes
1
17/08/17
Parasitologia 
27/09 P1
01/11 P2
30/11 P3
07/12 P4 PRATICA (8) + 2 relatórios 
13/12 VS
Professora Beatriz Brener
Introdução a Parasitologia
Parasitismo: relação de dependência entre 2 seres vivos, de espécies diferentes onde um tem dependência metabólica do outro, por tempo relativamente longo.
Não tem como objetivo matar o hospedeiro, ele precisa do hospedeiro vivo. O parasito melhor adaptado é o que causa menos danos ao hospedeiro (praticamente um comensal).
Adaptação parasitaria: 
O hospedeiro como meio ambiente para o parasito.
Parasitismo: assintomático, oligossintomatico (poucos sintomas) ou francamente sintomático (doença propriamente dita).
Origem do parasitismo:
Ao acaso, provavelmente em função da evolução de uma relação de colaboração mútua (simbiose) ou até predatismo.
Ocorreram adaptações e o invasor (parasito) tende a depender de outro ser vivo (hospedeiro).
Principais adaptações ou modificações sofridas no processo evolutivo:
Morfológicas: 
Degenerações/ atrofias de aparelho locomotor, digestivo ou sensorial.
Hipertrofia em órgãos de fixação, resistência, reprodução ou proteção.
Biológicas :
Aumento da capacidade reprodutiva.
Diversos tipos de reprodução.
Resistência as agressões hospedeiro.
Ciclo de vida dos parasitos;
Ciclo monoxêmico: um único hospedeiro é necessário para completar o ciclo biológico do parasito.
Ciclo heteroxênico: o parasito necessita de mais de um hospedeiro para completar seu ciclo biológico.
Dixênico: a grande maioria das vezes.
Trixênico.
Especificidade parasitaria:
Estenoxênico: alta especificidade de hospedeiro. 
Eurixênico: baixa especificidade de hospedeiro.
Hospedeiro definitivo: alberga a fase adulta dos parasitos, fase de maturidade sexual ou de atividade sexual do parasito.
Hospedeiro intermediário: alberga a fase larvar ou assexual.
Nos casos de protozoários, só se pode utilizar esses termos quando ele fizer reprodução sexuada.
Hospedeiro paratênico (de transporte): hospedeiro no qual o parasito não sofre desenvolvimento.
Habitat: ecossistema local ou órgão onde determinada espécie ou população vive. 
Mecanismos de infecção (mecanismos de transmissão):
Forma de infecção: 
Passiva: parasito na agua, no alimento.
Ativa: a larva penetrando no hospedeiro, por exemplo. 
Via de infecção:
Oral (per os): parasito ingerido, passivo.
Cutânea (per cuten): se é o mosquito que inocula, passiva. Se é a larva que entra, ativa. 
Mucosa (per mucus)
Genital (per genus)
Transplacentária
Transmamária
Transfusional
Por transplantação
Infecção x infestação:
 Infecção: penetração, desenvolvimento ou reprodução de um agente biológico em outro ser vivo. Interna.
Infestação: externa.
Infecção x doença. 
A doença pode ou não acontecer quando o indivíduo é infectado, depende de muitos fatores.
Contaminação: ambiente, fômites.
Vetor mecânico x vetor biológico 
Vetor mecânico: apenas o aparelho bucal contaminado por exemplo.
Vetor biológico: hospedeiro intermediário.
Ações dos parasitos sobre o hospedeiro:
Ação espoliativa: quando o parasito absorve nutrientes ou tecidos (como sangue) do hospedeiro.
Ação traumática: ocasionada pelos movimentos e/ou passagem do parasito no hospedeiro.
Ação mecânica: ocasionada por obstruções ou compreensões pela presença do parasito.
Ação irritativa: sem causar lesões traumáticas irrita o local pela sua presença. 
Ação enzimática (lítica): enzimas utilizadas para favorecer a penetração ou digestão do parasito e que lesionam o hospedeiro.
Ação toxica: metabólicos que lesam o hospedeiro. 
Mecanismos de defesa do hospedeiro:
Defesa inespecífica:
Barreiras anatômicas ou fisiológicas: pele, mucosas, pH, secreções, movimentos ciliares do trato respiratório...
Inflamação: 
Aguda: predominância de fenômenos exsudativos.
Crônica: predominância de aspectos produtivos (proliferação fibroblásticas, capilares, e presença de células mononucleares.
Fatores que influenciam a resistência natural: pele, suco digestivo, fagocitose, fatores humorais, idade, dieta.
Epidemiologia: conjunto de fatores de importância no estudo dos determinantes e da frequência d uma doença parasitaria, a nível local, regional e mundial.
Conceitos:
Endemia: prevalência usual de determinada doença em determinada área. 
Epidemia: aumento do número de casos normalmente esperados de determinada doença em determinada área. 
Fômite: utensílios que veiculam o parasito entre hospedeiros.
Fonte de infecção: espécie animal objeto ou substância de onde um parasito Paes para m hospedeiro. 
Letalidade: número de óbitos em relação a população.
Morbidade: numero de doentes em relação a população.
Mortalidade: número total de óbitos, em determinado período de tempo em relação a população.
Parasito acidental: parasito presente em hospedeiro não usual.
Parasito errático: parasito que vive fora do de seu habitat normal.
Período de incubação : período entre a infecção e os primeiros sintoma clínicos. 
Período pre-patente: período entre a infecção e o aparecimento das primeiras form as detectáveis do agente infeccioso.
Prevalência: termo utilizado para caracterizar o número total de casos de uma ocorrência (doença) em uma população e tempos definidos. 
Profilaxia: conjunto de medidas que visam a prevenção, erradicação ou controle de doenças ou fatos prejudiciais aos seres vivos. 
Reservatório: hospedeiro capaz de manter uma determinação infecção com pouca patogenia. 
Zoonose: doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e homem. 
Antropozoonose: animal -> homem.
Zooantroponose: homem -> animal.
Grupos zoológicos:
Artrópodes.
Helmintos.
Protozoários.
Introdução ao Estudo dos Artrópodes
Reino Animalia
Filo Arthropoda
Corpo com simetria bilateral, dividido em: cabeça, tórax, abdome ou cefalotorax e abdome.
Exoesqueleto quitinoso.
Evolução por mudas (ecdise) – exúvia.
Ecdise mais mudança de forma: metamorfose.
Fase evolutiva: estádio 
Hemocele e hemolinfa
Circulação aberta e coração dorsal
Sistema nervoso formado por uma cadeia ganglionar.
CLASSE ARACNIDA
Cefalotórax e abdome
Sem antenas 
2 queliceras (perfuradoras)
4 pares de patas
1 par de palpos (apreensão de alimento ou sensorial)
ORDEM ACARI
4 pares de patas
Corpo fundido (gnatossomoma – falsa cabeça – e idiossoma – corpo propriamente dito)
Hipostomo (fixação)
Respiração pode traqueal ou tegumentar.
2
23/08/17
Ácaros causadores de sarna
Filo Arthropoda
Classe Aracnida 
Ordem Acari 
Sub-ordem Sarcopriformes ou Astgmata (sem estigma respiratório – respiram pelo tegumento).
Sarna: doença causada pelos artrópodes ácaros que causam lesões na pele. A Sarna não é o parasito, é a doença. 
Ácaros escavadores de galerias:
Vivem em galerias ou túneis na pele que eles mesmo produzem.
Família Sarcoptidae
Gênero Sarcoptes
Espécies: Sarcoptes scabei e suas variedades (S. scabei var. canis, e qui, bovis, cuniculli, suis, ovnis, caprae)
Gênero Notoedris
Espécie: Notoedris cati e Notoedris cativas cuniculli.
Morfologia:
Ácaro de corpo globoso, 4 pares de patas curtas.
Sarcoptes scabiei possui espinhos e estrias transversais no dorso. 
N. cati: apresentas ânus e estrias concêntricas no dorso.
Patas terminando em cerdas ou ventosas).
Ciclo Biológico:
Ovo – larva (3 pares de patas – hexapoda) – protoninfa – deutoninfa – adulto.
Entres as fases de ninfa há uma muda, a diferença entre elas é o tamanho.
Cópula ocorre na superfície da pele e a fêmea cava os túneis para botar os ovos e morre. Os ovos eclodem e as larvas vão escavando em direção a superfície.
Alimentação: linfa (corta os vasos durante a escavação – escava com as queliceras)
Ciclo: 20 dias 
Patogenia e manifestações clínicas:
Causa dermatite: pelas lesões das queliceras e pela saliva. Há a liberação de histamina que leva ao prurido, o que leva a escarificação da pele. Há a liberação de soro (exsudato) que ao entrar em contato com o ar, cristalizaformando crostas. A inflamação é mediada por imunoglobulinas, a primeira reação é mais demorada que as seguintes (quando o animal entra em contato novamente com o acaro).
Ag. Traumático 
 -> Reação inflamatória (dermatite) -> prurido 
Ag. Lítico
Ato de coçar -> Escarificação da pele -> exsudação de soro -> crostas
Alopecia e descamações. 
Infecções secundárias 
Ag. Antigênico -> reação de hipersensibilidade -> intensificação do prurido 
Infecção secundária: áreas de hiperqueratose.
OBS: o acaro consegue fazer a lesão em qualquer hospedeiro, porém só consegue se reproduzir no seu hospedeiro específico (exceção em imunossuprimidos).
Localização das lesões: 
Cão: bordos das orelhas, membros, podendo se espalhar pelo corpo.
Gato: bordo das orelhas, se espalhando pelas orelhas, membros e genitais, podendo se espalhar pelo corpo. 
Confirmação diagnóstica:
Raspado de pele (lâmina de bisturi) – procura-se lesões recentes pois as antigas são muito crostosas, e em mais de uma lesão. Deve ser profundo (alcançar os ácaros – indicado por sangramento capilar).
Clarificar: retira a queratina da pele e a quitina da carapaça do acaro -> Hidróxido e potássio a 10% (destrói o acaro com o tempo) ou lactofenol de Aman (lâmina dura).
Epidemiologia: 
Cosmopolitas.
Transmitidos pelo contato direto ou contato com utensílios (fômites) , principalmente na fase aguda (maior número de ácaros).
Pode sobreviver alguns dias no ambiente (em climas tropicais).
Todas as raças, sexos, e idades indistintamente.
Possuem alta especificidade por hospedeiro.
Tem maior incidência em aglomerados de animais pela facilidade de infestação. 
Em estações frias pode haver um aumento da incidência (animais se juntam para se aquecer).
Profilaxia: 
Isolar os animais parasitados e trata-los.
Desinfestar as instalações.
Evitar utilizar utensílios comuns a diferentes animais.
Ácaros de Superfície
Família Psoroptidae
Gênero Psoroptes
Espécie: Psoropodes equi e suas variedades (P. equi var. bovis, cuniculli, ovis, caprae).
Gênero Otodectes 
Espécie: Otodectes cynodes (conduto auditivo)
Morfologia:
Ácaro de corpo ovoide, patas desenvolvidas terminando em ventosas ou em cerdas (assim como os Sarcoptes) pedicélo (liga a pata a ventosa) do Otodectes é curto e o do Psoropodes é longo.
Família Psoroptidae:
Ciclo Biológicos: Ovo – larva – protoninfa – deutoninfa – adulto.
Ciclo: 10 dias – todo na pele.
Alimentação: fluidos tissulares (da própria pele que as enzimas digerem).
Gênero Psoropodes:
Patogenia e manifestações clinicas: 
Ag. Traumático 
 -> Reação inflamatória (dermatite) -> prurido 
Ag lítico 
Ato de coçar –> escarificações da pele –> exsudato de Soro –> crostas (produz mais crostas por ficar na superfície) –> infecções secundárias 
Stress: emagrecimento, anemia e fraqueza do animal.
Depreciação de couro e lã.
Localização das lesões:
Coelho: bordo da orelha e focinho.
Gênero Otodectes:
Patologia e manifestações clinicas:
Formação de cerumem em excesso.
Pode formar oto-hematomas.
Eventualmente há infecção secundária (indicativo: mal cheiro e alteração da cor do cerumen)
Confirmação clínica: 
Psoropodes sp: Raspado de pele superficial. Clarificar no laboratório.
Otodectes cynotes: otoscópio ou retirada de cerumem e observação do mesmo com o auxílio da lupa.
Epidemiologia:
Psoropodes: atenção aos animais de produção devido ao coro.
Otodectes: mais comum em filhotes.
Profilaxia: igual.
Ácaros que habitam o folículo pilo-seboso
Sub-ordem trombidiforme ou prostigmata (estigmata respiratória anterior ou ausente)
Família Demodicidae
Gênero Demodex
Especie: Demodex canis, phylloides, folliculorum,brevis, cati.
Morfologia: 
Ácaro pequeno, de aspecto vermiforme,patas atrofiadas, opistossoma anulado.
Ciclo Biologico:
Ovo –> larva –> protoninfa –> deutoninfa –> adulto.
Todo o ciclo dentro do folículo pilo-sebáceo.
Alimentação: célula epiteliais do folículo pilo-sebáceo.
Ciclo: 18-24 dias
Patogenia e manifestações clinicas:
O hospedeiro saudável consegue limitar o número de ácaros no folículo, para que a sarna se desenvolva é necessário que haja predisposição do hospedeiro (idosos, filhotes, com neoplasias, hereditários).
Alimentação do acaro leva agressão traumatica e lítio levando a foliculite, levando ao enfraquecimento e perda dos pelos e aumento da produção de sebo (facilita infecções secundarias).
Sebo + sujeira -> obstrução do folículo (comedão) – igual a um cravo. 
Esse comedão pode “explodir” e atingir vasos linfáticos, levando a esses achados, mas sem importância clínica.
Formas clinicas:
Forma escamosa ou seca ou localizada.
Forma pustulosa ou úmida ou generalizada.
Demodicose focal.
Confirmação diagnóstica:
Raspado de pele profundo (espremer antes).
Clarificar no laboratório (lactofenol de Aman por ser mais sensível).
Epidemiologia:
Cosmopolita.
Fatores predisponentes.
Aleitamento em mães já contaminadas.
Profilaxia:
Identificar os fatores predisponentes (hereditário apenas e controlado -> castrar).
O tratamento é só clínico e não profilático. 
3
24/08/17
Carrapatos
Taxonomia 
Filo Arthropoda.
Ordem Acari.
Sub-ordem: Ixodides.
Adultos: 4 pares de patas.
Larvas: 3 pares de patas (hexápodes).
Ninfas: 4 pares de patas (octopodes).
Todos as fases são hematofogos, são parasitos.
Visíveis a olho nu em todos os estadios.
Um par de estigmas respiratórios após o 3° ou 4° par de patas – envolto por peritremas (um desenho, serve para taxonomia).
Parasitos (necessitam estar parasitando).
Corpo globoso:
Convexo dorsalmente
Plano ventralmente.
Abdome não segmentado e fusionado ao cefalotorax:
Gnatossoma (ou capitulo): base e apêndice bucal:
Um par de queliceras – corta o tecido. 
 Mandíbulas.
Um par de palpos – sensorial.
 Maxilas.
Um hipostômio - fixação. 
Dentes recurvados.
Premir o fluxo de saliva e de sangue.
Ventral
Rostro - conjunto de estruturas do aparato bucal.
Idiossoma (onde estão inseridas as patas).
Família Ixodidae (escudo dorsal quitinoso, “carrapatos duros”)
Família Argasidae (sem escudo dorsal ,“carrapato mole”).
Vulgarmente conhecidos como “carrapatos duros”
Família Ixodide
Morfologia:
Escudo dorsal.
Macho: Recobre toda a superfície.
Fêmea: recobre o terço anterior.
Larva e ninfa: recobre metade do dorso.
Gnatossoma anterior.
Dimorfismo sexual.
Peritrema após 4º par de patas
Fêmea: uma ovopostura apenas (dura 15-20 dias) e após essa ovopostura ela morre. Libera 3-8 mil ovos.
Há apenas 1 estádio ninfal.
Festões: fica no bordo posterior, são áreas quadriculares (importantes para taxonomia).
Os carrapatos são classificados quanto ao número de hospedeiros 
UM ÚNICO HOSPEDEIRO - só precisa de um hospedeiro para completar seu ciclo biológico (monoxeno ou de uma queda): 
 Boophilus microplus: hospeda principalmente bovinos.
Anocentor nitens: hospeda principalmente equídeos.
 Ovo-> Larva (Ambiente) – larva extremamente ativo.
 Larva-> Ninfa -> Adulto (Hospedeiro) 
Macho vive em média 1 mês.
A fêmea fica pesada de tanto sangue – Fêmeas teleógenas (só tem escudo dorsal cobrindo o terço anterior do seu corpo) e cai no ambiente onde vai fazer sua ovopostura (15 a 20 dias) e morrer. Carrapato macho vive em média um mês.
Boophilus microplus/ Rhiphicephalus microplus - “Carrapato de boi”
Hospedeiro: bois.
Escudo com cor castanho avermelhada.
Peritremas circulares.
Não tem festões.
Machos tem dois pares de placas adanais e tem apêndice caudal.
Habitat: tegumento.
Anocenter nitens – “Carrapato da orelha dos equinos”
Habita o pavilhão auricular dos equinos.
Corpo elíptico.
Gnatossoma com rostro curto.
Peritrema em formato de disco de telefone.
Tem 7 festões.
Machos sem placas adanais.
Escudo do macho é castanho escuro.
Fêmas escuro castanho claro.
POSSUEM 3 HOSPEDEIROS:
Rhipicephalus sanguineus: hospeda principalmente cães. É o carrapato vermelho do cão (MAS parasita gatos e carnívoros silvestres). Corpo elíptico,base do gnatossoma hexagonal, peritremas em formato de vírgula. Tem festões. Machos com um par de placas adanais triangulares.
1° hospedeiro: larva.
Cai no ambiente para fazer a muda para ninfa.
2° hospedeiro: ninfa.
Cai no hospedeiro para fazer a muda para adulto.
3° hospedeiro: adulto.
Cai no ambiente para botar os ovos.
Amblyomma sp.: hospedeiros pouca especificidade parasitária.
Amblyomma cajennense: Muito conhecido. Existem mais de 33 espécies no Br. Tem baixa especificidade por hospedeiro. É o carrapato estrela. Gnatossoma alongada. Peritremas ovalados. Tem festões. Escudo escuro e no macho 
Patogenia:
Agressão traumática: pela quelíceras e inserindo o hipostoma (?) dilacera as células e tecido
Agressão mecânica: compressão de células pela presença do hipostoma 
Agressão lítica: saliva produz colagenase e proteases para diregir o tecido. A saliva também se solidifica e ajuda o carrapato a se fixar! 
Agressão tóxica: inoculação de substâncias de alto peso molecular (presente na saliva). É mais raro.
Agressão espoliativa: hematofagia
Todas essas agressões causam DERMATITE, com eritrema, prurido e consequentemente estresse.
Carrapatos se alojam em locais mais vascularizados, sombreados, na pele mais fina e onde animal tem dificuldade de lamber.
Manifestações clínicas:
Prurido: animal fica inquieto se coçando e lesa a pele facilitando infecções secundárias. Com a pele lesionada ocorre a desvalorização do couro também.
Anemia: a produção fica prejudicada (perda econômica na produção de leite e carne) pois há desvio de energia para recuperar o organismo.
Equinos: pode obstruir o conduto auditivo. Larva, ninfa e subst. produzida na ovopostura podem causar miíase – por que o Carrapato 
Carrapato também transmite outros agentes etiológicos: Babesia sp., Erlichia sp., Anaplasma sp., Rickettsia sp., Borrelia sp – transmissão transovariana e transestadial (entre os carrapatos).
Tendem a se alojar em locais mais vascularizados, sombreados, de pele mais fina e em locais onde o animal tem dificuldade de lamber.
Diagnóstico:
Observar lesões, observar o carrapato sobre o hospedeiro, lesões na pele e o próprio ambiente.
Epidemiologia:
Não esquecer na prova: nome, hospedeiros, habitat, mecanismo de transmissão, estrutura infectante etc. SÃO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS!!!!!!!!!!
No Brasil, há 57 espécies e 10 gêneros.
Temperatura e umidade influenciam o desenvolvimento do carrapato (quanto mais quente e úmido menor o ciclo biológico, ou seja, mais carrapato existente). Ocorre aceleramento de metabolismo e por isso encurta o ciclo – do carrapato do boi, no verão é de 21 dias.
Sobrevivem sem se alimentar no ambiente. Adultos podem viver até 19 meses assim. Ninfas: 8 meses. Larvas: 6 meses.
Maior parte do tempo sobrevive sobre o hospedeiro 
Riphicephalus sanguineus: tem distribuição mundial 
Amblyomma cajennense: pouca especificidade. Tem importância em saúde pública pois podem transmitir Borrelia burgdorferi (doença de Lyme) e Rickettsia rickettsi (Febre maculosa).
Fêmea suga 0,5 a 2 mL de sangue/dia.
Raças zebuínas são naturalmente mais resistentes que as europeias. 
Profilaxia:
Diagnóstico 
Tratar com subst. acaricidas sobre animal e ambiente
Tratamentos periódicos:
Banhos ou pulverizações com intervalos de 15 dias
Produtos spot on (30-45 dias) – pipetas
Vegetação baixa e fazer rotação de pastagem, assim como a queima da pastagem.
Drenagem em campos úmidos
Vacinação- B. microplus:
Extração de proteínas recombinantes do intestino do carrapato
Carrapato não é eliminado, é controlado. Deve ser controlado a longo prazo. 
Vacina dá respostas diferentes entre os rebanhos.
Pouquíssimo utilizada.
Família Argasidae
Vulgarmente conhecidos como “carrapatos moles” 
Não possui escudo dorsal de quitina
Tegumento mole, coriáceo e rugoso
Gnatossoma ventral (difícil diferir sexos) - Dimorfismo sexual pouco acentuado
Peritrema entre o 3º e 4º par de patas
Adulto não fica tempo todo no hospedeiro. Fica maior parte do tempo no ambiente. Cópula geralmente ocorre no ambiente também (ao contrário do carrapato duro).
Só vai ao hospedeiro durante a noite, tem habito noturno.
Ovopostura é parcelada, libera toda a vida 600 ovos, mas de pouco em pouco. Fêmea não morre depois da ovopostura.
Tem dois estágios ninfais (protoninfa e deutoninfa) – carrapato duro só tem um.
Argas miniatus
Hospedeiro: só aves (galinha, peru, pombo, aves silvestres).
Contorno ovalado.
Tegumento dorsal verrugoso e sem escudo.
Margens formadas por áreas quadrangulares (quadrados menores - não confundir com festões).
Ciclo Biológico:
Tem hábitos noturnos.
Adultos permanecem durante o dia em esconderijo. Adultos copulam e vão ao hospedeiro para se alimentar, o repasto sanguíneo (30-60 min. de alimentação) e voltam para o ambiente. As fêmeas fazem ovopostura no ambiente, mas como a fêmea não morre, pode fazer repetidas cópulas e ovoposturas (em torno de 150 ovos por ovopustura).
As larvas são hexápodes e vão ao hospedeiro para se alimentar e podem ficar no hospedeiro de 5-10 dias fazendo repasto sanguíneo em locais escondidos e com a pele mais fina como embaixo das asas (é diferente do adulto). Nos esconderijos, no ambiente, o carrapato muda para protoninfa, volta ao hospedeiro fazer novamente o repasto sanguíneo e depois esconderijo e depois muda pra deutoninfa. E depois muda paro hospedeiro depois ambiente e depois vira adulto que só vive no ambiente. 
Esses repastos sanguíneos são curtos (30-60 min) a exceção é a larva.
Esse ciclo dura em torno de 2 meses.
Patogenia:
Idem do Carrapato mole. Ag física, mecânica, toxica, lítica, espoliativa. Gera dermatite, prurido, anemia, etc.
A ave bica a pele e quebra as asas, oque predispõe infecções secundárias. Carrapatos têm hábitos noturnos, o momento que a ave descansa. Ave já é estressada, então agora sem descanso, dorme durante o dia quando devia estar se alimentando e também fica se bicando estressada. Pode gerar prejuízo econômico (menor produção de carne e ovos). Aves jovens podem ir a óbito ( anemia e estresse).
Transmite outros agentes: Borrelia sp.
Diagnóstico:
Procurar carrapato no ambiente (adulto e ninfa).
Nas aves procurar as larvas.
Observar lesões na pele também e penas quebradas – indicativo.
Carrapatos em aves são encontrados apenas em produções não tecnificadas.
Epidemiologia:
Distribuição geográfica em países tropicais, ocorre em aves principalmente galinhas e perus.
Não habita hospedeiros em todas as fases.
Maior parte do tempo fica em esconderijo.
Tipo de criação familiar pode facilitar a presença desse parasita.
Fêmea não morre após ovopostura.
Carrapato pode transmitir Borrelia sp.
Profilaxia:
Diagnóstico
Tratar com substancias acaricidas o ambiente, principalmente.
Por a ave em gaiola, retirar esconderijo dos carrapatos (remover a cama).
Trocar a palha constantemente.
CARACTERÍSTICAS MARCANTES
Ixodidae Argasidae
Parasitas mamíferos Parasitam principalmente aves
Escudo presente Escudo ausente
Gnatossoma apical Gnatossoma ventral
Ocelos nas bordas laterais do escudo Ocelos quando presentes ventrais 
Estigma após o 4º par de patas Estigma após o 3º par de patar
Ovopostura única, dps morre. 3-8mil ovos Ovopostura parcelada e de 600 ovos
Cópula no hospedeiro. Cópula no ambiente
Ingestão de sangue copiosa (muito sangue) Ingestão de sangue moderada
Um estágio ninfalDois estádios ninfais
Pulgas e Piolhos
Classe insecta:
Simetria bilateral
Exosqueleto de quitina
Adultos tem 3 pares de patas
Corpo: cabeça, tórax e abdômen.
Diferentes tipos de aparato bucal: lambedor, picador sugador e mastigador.
Podem ser alados ou ápteros (sem asa)
Ciclo pode ser: 
Holometabólico: Ovo – Larva – Pupa – Adulto.
Hemimetabólico: Ovo – Larva – Pupa – Adulto.
Ametabólicos: Ovo – Jovem – Adulto.
Pulgas
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Siphonaptera
Características metabólicas:
São holometabólicas
Corpo achatado latero-lateralmente 
Patas bem desenvolvidas, principalmente 3º par de patas (salto)
Adultos são hematófagos. Aparelho bucal picador sugador
Larvas: aparato bucal mastigador. Alimentam-se de detritos, poeira, fezes de pulgas adultas. 
Pulgas possuem olhos, sulco antenal, sensilium no abdômen (função sensorial).
Fêmea possui espermateca, que armazena os espermatozóides. 
Podem ou não possuir Ctenídeo pronotal ou genal (importância taxonomica).
Podem ou não possuir sensilum
Principais espécies:
Familia Pulicidae
Genero Ctenocephalides
Espécies: Ctenocephalides canis e Ctenocephalides felis (+ comum no Br)
Ambas parasitam tanto cães tanto gatos.
No Brasil a mais comum é a C. felis.
Podem transmitir o cestoide (parasita intestinal de cães e gatos) - Dipylidium caninum.
Também pode transmitir o nematoide Dipetalonema reconditum - confundido com Dirofilaria immitis.
 Pulex irritans:
Pulga do homem. Também pode parasitar cães, gatos, suínos.
Pode transmitir o cestoide Dipylidium caninum.
Xenopsylla cheopis
Pulga do rato. Também pode parasitar o homem.
Importância para saúde publica - pode transmitir a Yernisia pestis (Peste Bulbônica).
Tunga penetrans
Família Tungidae.
Gênero Tunga.
É a menor das pulgas. É o bicho do pé
Hospedeiros: homem, cão, suíno
Cópula: fêmea penetra na epiderme do hospedeiro e permanece fazendo hematofagia
Ciclo Biológico Geral:
Holometabólicas: Ovo- larva- pupa- adulto
Adulto: ovipostura no hospedeiro e/ou ambiente
Temperatura e umidade adequadas: eclosão dentro de +- 5 dias 
Larvas se deslocam por entre as fendas das paredes, tapetes, etc procurando lugares úmidos e escuro. Alimentam-se de matéria orgânica, detritos poeiras e fezes das larvas adultas.
Após +- 14 dias mudam para pupas
Pupa: capaz de sobreviver no ambiente por mais de 6 meses em casos de condições desfavoráveis.
Em condições favoráveis levam 5-10 dias para emergir em adultas.
Adultos alimentam-se de sangue através da picada.
Uma pulga adulta vive 3-4 meses, mas em épocas de carência pode “permanecer em letargia” e viver por até 1 ano e meio.
O ciclo de vida das pulgas demora de 12-14 dias ou pode chegar a 180 dias. Varia com temperatura e umidade. 
Uma pulga pode colocar até 2000 ovos durante a vida.
Pulgas tem preferência por sangue de animais de estimação e produção.
Animal/ Ambiente muito infestado: pulga também procura humanos.
Pulgas adultas representam apenas 5% da população
Patogenia:
Agressão traumática pela picada
Agressão lítica pela saliva
Agressão mecânico-compressiva: corpo da tunga comprime o tecido em volta – (Bicho do pé)
Agressão espoliativa (ingestão de sangue)
Isso resulta em inflamação: prurido e eritema 
Coçar – escoriações – pele vulnerável – infecções secundárias
Áreas de alopecia ou dermatite úmida (infecção bacteriana).
Em grandes infestações, animal fica estressado, reduz apetite, causa anemia (espoliação sanguinea).
Manifestações Clinicas:
DAPP (Dermatite alérgica a picada de pulga):
Animal apresenta hipersensibilidade aos antígenos da saliva da pulga.
Quadro alérgico.
Prurido intenso e rarefação pilosa principalmente no lombo do animal.
 Dermatite Miliar Felina:
Aparecimento de edemas e alopecia em todo o corpo do gato.
Tungíase (Tunga penetrans)
Provoca prurido e reação inflamatória de maior intensidade. Pode haver infecções secundárias.
Corpo da Tunga comprime o tecido em volta (agressão mecânico compressiva)
Diagnóstico:
Visual
Epidemiologia:
São insetos cosmopolitas, mas clima quente e úmido favorece sua presença.
Baixa especificidade de hospedeiro.
Potenciais transmissores de patógenos.
Profilaxia:
Tratamento (carbamatos, piretróides).
Uso de Drogas profiláticas em animais que vão a rua.
Combate no ambiente com substâncias inseticidas (piretróides, organofosforados, organoclorados).
Higienização do ambiente (aspirador de pó, dedetização).
Piso de taco - sintecacão ou troca por piso frio.
Não andar descalço (tungíase).
Piolhos
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Phthiraptera 
Subordens: 
Anoplura (hematófagos)
Amblycera 
Ischnocera Piolhos mastigadores, formavam a subordem Mallophaga 
Ryncophthirina
Características metabólicas:
São Hemimetabólicos: Ovo – ninfa – adulto.
Corpos são achatados dorso-ventralmente
São ápteros (s/ asas)
Olhos podem ou não estar presentes.
SUBORDEM ANOPLURA (piolhos hematofogos).
Hematófagos, chamados de Piolhos verdadeiros.
Aparato bucal picador sugador.
Parasitas eclusivos de mamíferos placentários.
Após se alimentarem ficam pretos de tanto sangue.
Cabeça mais estreita que o tórax, e as patas tem uma garra na extremidade. 
Família Haematopinidae
Gênero Haematopinus.
Espécies: Haematopinus suis (suínos).
Haematopinus asini (equídeos).
Haematopinus eurysternus (ovinos).
Tem coloração amarelo castanho com uma listra escura nas laterais.
Gêneros com os maiores piolhos domésticos (até 0,5 cm).
Amarelo-castanho com listras escuras nas laterais.
Família Linognathidae
Gênero Linognathus
Espécies: Linognathus vituls (Bovinos - na cabeça) 
Linognathus setosus (cães)
Coloração preta azulada
Família Pediculidae
Gênero Pediculus
Espécies: Pediculus humanus corporis (partes cobertas do corpo humano) - colocam ovos (ou lendias) nas fibras das vestes.
Pediculus humanus capitis (cabeça) - colocam ovos cimentados na base dos cabelos
Família Pthiridae
Gênero Pthirus
Éspecies Pthirus púbis (humanos)
Conhecidos como “chatos” 
Parasita principalmente em pelos pubianos e região perineal. Podem ser encontrados em axilas, barba, cílios, etc. 
Pode encontrar em cães, transmissão acidental.
Ciclo Biológico de todos os piolhos:
Ovo – ninfa 1º estágio – ninfa 2º estágio – ninfa 3º estgágio – adulto
Passam a vida toda em seu hospedeiro
Apresentam alta especificidade de hospedeiro
Ovos fixados firmemente nos pelos ou penas (hematófago não tem em ave, só piolhos mastigadores) do hospedeiro.
Ninfas são iguais aos adultos, mas sem maturidade sexual.
Sofrem metamorfose simples até atingirem a fase adulta.
Fêmea produz apenas um ou 2 ovos por postura. 
Ciclo se completa em torno de 21 dias (pouca influencia ambiental porque fica no corpo do hospedeiro).
Patogenia
Agressão traumática pela picada... Idem que nem pulga
Litica ou enzimática (saliva)
Espoliativa (ingestão de sangue).
Leva a resposta inflamatória – prurido e Eritrema
Podem ocorrer reações de hipersensibilidade.
Podem levar a infecções secundárias.
Infestacoes muito intensas: stress, redução de apetite, anemia, queda de produção.
Manifestação Clinica:
Descamação da pele, desvalorização de couro pelas lesões.
Stress, anemia, falta de apetite= queda de produção.
Diagnóstico
Visual
Epidemiologia:
Transmissão contato direto
Temperatura, odor e umidade estimulam mudança de hospedeiro
Criações intensivas favorecem a infestação
Deixam o hospedeiro quando este morre
Piolhos podem transmitir patógenos como: Rickettsia prowazeki (tifo exantemático), Bartonella quintana (febre das trincheiras), Borrelia recurrentis (febre recorrente epidêmica).
Piolhos Mastigadores
Antes era a Subordem Mallophaga
Agora são: Amblyocera, Ischinocera, Rhyncophthirina (piolhos de elefantes e do javali africano).
Parasitas de aves e mamíferos. Conhecidos como os falsos piolhos
Aparato bucal mastigador em posição ventral 
Cabeça mais larga que o tórax
Sub-ordem Ischinocera: se alimentam de penas e descamacões da pele.
Sub-ordem Amblycera: se alimentamde penas e descamacões da pele mas podem se alimentar de sangue eexsudaros da pele. Cortam a base das penas novas ou áreas mais finas da pele com a mandíbula. Hemorragia localizada.
Patas com garras pequenas na extremidade. Parasitas de mamíferos - 1 garra por pata. Parasitas de aves - 2 garras por pata
Subordem Amblycera.
 Família Menoponidae
 Gênero Menopon.
 Espécies: Menopon gallinae, M.pallidum, M.trigonocephalus.
 Hospedeiro: galinha doméstica.
Gênero Menacanthus.
 Espécie: Menacanthus stramineus.
 Sub-ordem: Ischinocera.
Família: Philopteridae.
 Gênero: Lipeurus.
 Hospedeiros: galinha d’Angola, galinha, Peru, faisão. 
 Parasita a pele fina do peito, coxa e ao redor da cloaca.
PIOLHOS mastigadores – mamíferos 
Subordem: Ischinocera
 Família: Trichodectiae 
 Gênero: Trichodectes canis (cão).
Gênero: Felicola
 Espécie: Felicola subrostratus (gato)
Gênero: Damalinia 
Espécie: Damalimia bovis (bovinos)
 Parasita a cabeça e o dorso.
Espécie: Damalinia equi 
 Parasita a crina e a base da cauda
Ciclo Biológico
Mesma coisa que os hematófagos
Patogenia e Manifestações clínicas:
Os piolhos podem digerir queratina. Mastigam os pelos e penas. 
Stress, redução de apetite, queda da produção – grandes infestações.
Aves – animais podem se ferir por arranhaduras e arrendamento de penas.
Desvalorização da plumagem: penas danificadas das aves ornamentais.
Mamíferos: animais parasitados se coçam e lesam a pele: desvalorização do couro.
Diagnóstico
Visual.
Importante identificar as espécies.
Epidemiologia
São cosmopolitas.
Alta especificidade de hospedeiro.
Contato animal-animal e até fômites.
O estimulo para que mudem de hospedeiro: temperatura, odor e umidade.
Criações intensivas favorecem a infestação
Deixam o hospedeiro quando esse morre, mas não sobrevivem muito tempo no ambiente
Pode transmitir o cestoide Dipylidium caninum. Animal se coça e come o piolho. 
Profilaxia de todos os piolhos
Usar inseticidas, medicamentos e shampoos
Trocar a cama em toda troca de lota: frangos e perus 
Tratamento em massa de todos os animais.
4
30/08/17
Ordem Díptera
Ordem Díptera 
Adultos:
Um par de asas verdadeiras (membranosas).
Um par de asas vestigiais (halteres ou balancis).
Equilíbrio.
2 olhos compostos:
Grandes e separados nas fêmeas (dicópticos).
Contíguo nos machos (holópticos).
Aparato bucal:
Picador-sugador ou lambedor.
Tromba ou probóscide para sucção de alimentos.
Disposição das nervuras das asas:
Taxonomia – o desenho permite a classificação taxonômica.
Ciclo holometabólico – realiza metamorfose completa.
Ovo – larva - pupa – adulto.
Larva forma o casulo.
Larva apóda:
Eucéfala: cabeça nítida – mosquitos.
Acéfala: cabeça atrofiada – moscas.
Subordem Cyclorrapha:
Vulgarmente conhecido como moscas.
Díptera mais evoluídos.
Adulto emerge do pupário fenda circular.
Três estágios larvares – entre cada estágio há uma muda (se diferenciam pelo tamanho).
Larva acéfala.
Antenas triarticuladas e Abdome robusto.
Fenda do tipo circular na pupa (onde ocorre a metamorfose completa) – se enterra para se proteger.
Família Muscidae 
Gênero Musca
Musca domestica. 
Morfologia 
Coloração cinzenta.
4 listras negras longitudinais no tórax.
Medem 5,5 a 7,5mm comprimento.
Aparato bucal lambedor.
Importância:
Transmissão mecânica de patógenos.
Pelo.
Vômito salivar.
Vivem em habitações animais e do ser humano.
Hospedeiro intermediário do habronema SP (Ferida de verão – equinos).
Distribuição munida,.
Frequente no verão.
Ciclo Biologico:
Fêmeas põem lotes de até 100 ovos.
Ovopustura ocorre em fezes ou matéria orgânica.
Eclosão de 12 a 24h.
Larvas esbranquiçadas.
Nutrem de matéria orgânica.
Ciclo está muito relacionado com a temperatura ambiental.
Duração do circo a 30°C – 10 dias.
Família Muscidae:
Gênero Stomoxys.
Stomoxys calcitrans
Mosca dos estábulos.
Semelhante a M. doméstica em tamanho e coloração.
Picador sugador – hematófaga.
Proboscida saliente.
Hospedeiros: mamiferos.
Equinos, suínos, bovinos, cães e homem.
Prefere baixa luminosidade.
Mais ativas pela manhã e ao entardecer.
Ovopusta em fezes e restos vegetais.
Importancia: 
Hematofogas.
Picada dolorosa.
Pica várias vezes.
Dolorosa.
Estresse.
Queda de produção.
Prejuízo econômico.
Pode transmitir diversos patogenos.
Anaplasma SP.
Anemia infecciosa equina.
Trypanossoma equinum.
Hospedeiro intermediário: Habronema sp. 
Problema no Brasil devido aos restos de cana largados no campo.
Gênero Haematobia:
Haematobia irritans
Mosca de chifres.
Morfologia: 
Semelhante a coloração da M. Domésticas.
4 a 5mm de comprimento.
Coloração cinzenta com listras escuras no tórax.
Hematofogo.
Aparato bucal apicador-sugador.
Hospedeiros: bovinos e bubalinos.
Fiz todo o temo sobre o hospedeiro.
Troca de hospedeiro.
Ovopostura.
Ovopostura em fezes frescas e matéria orgânica.
Importância:
Hematófagas: 500 moscas -60 ml/dia.
Irritação.
Queda da produção.
Lesiona a pele predispondo infecções secundárias.
Infestação por miíase.: depreciação do couro.
Pode transmitir o filarídeo cutâneo Stephanofilaria sp.
Atraídas por pelagem escuras e raças europeias.
Profilaxia (para as 3):
Higiene das instalações.
Evitar acúmulo de matéria orgânica.
Coleta de lixo.
Pulverização com inseticidas – piretróides.
Proteger os animais com lojas e ou telas.
Drenagem de campos alagadiços.
Miíases: infestações por larvas de dípteros.
Família Calliphoridae 
Gênero Cochilomya
Nome vulgar: mosca varejeira.
C. hominivorax – miíase primária.
Larva biontofaga – tecido vivo.
C. macellaria – miíase secundária ou facultativa.
Larva necrobiontófaga – tecido entrosado.
Mofologia:
Adultos.
Robustas.
8 a 10 mm de comprimento.
Coloração azul metálica.
Faixas longitudinais no tórax.
Aparato bucal lambedor.
Adulto vive em média 60 dias.
Parasitas mamíferos.
Habitat: tecido cutâneo em lesões pré-existentes.
OBS: Miíase só em animais vivos.
Ciclo Biológico:
Fêmea fecundado uma única vez.
Após 3-4 dias da saída do pupário, macho e fêmea faz em a cópula.
Ovopostura em bordos feridos.
12 a 24h sai a larva primária (L1) e fica se alimentando do tecido. Faz a muda para L2 e depois para L3 (isso tudo na lesão).
Espiraculos respiratórios voltados para fora.
A L3 cai e pupa no solo.
Larvas tem espiculas que grudam no animal. São estreitas na porção anterior e volumosa na porção posterior (onde estão os espiráculos).
Os ciclos são curtos, geralmente 1 mês.
Patogenia e manifestações clinicas: 
Agressão traumática – tem espinhos e ganchos, movimentação.
Agressão espoliativa – alimenta-se de tecidos do hospedeiro.
Agressão lítica – enzimas proteolíticas.
Agressão irritativa – exsúvia.
Levam ao agravamento da lesão inicial – várias larvas no local lesionado.
Resposta inflamatória.
Bordos elevados.
Odor repulsivo – atrativo para moscas do mesmo gênero.
Secreção que tornam os pelos aderimos a pele do animal.
Dolorosa.
Hemorragias.
Diversos tamanhos de larvas.
Sem infecções secundárias – substâncias antimicrobianos.
Ocorre principalmente na extremidade de membros, conduto auditivo e umbigo.
Diagnóstico – observação das larva na ferida.
Epidemiologia:
Vulgarmente conhecida como bicheira.
Ocorre nas Américas.
Baixa especificidade de hospedeiro.
Tropismo por lesões pre-existentes.
Tropismo por tecido vivo (miíase obrigatoria).
Tropismo por tecido necrosado (miíase facultativa).
Produz solução antimicrobianos.
Traz prejuízos econômicos – danifica o couro do animal.
Profilaxia:
Higiene das instalações.
Cuidado e higiene de ferimentos.
Esterilização de insetos machos raio Gama – fêmea faz ovopustura de ovos inférteis.
Inseticidas para matar as larvas.
Tratamento – retirada manual das larvas que permaneceram. Pode se usar sprays e comprimidos para matar a larva antesda retirada.
Gênero Dermatobia
D. hominis.
Nome vulgar: mosca berneira.
Mprfologia:
Adultos:
Robustas.
15mm de comprimento.
Tórax castanho escuro e Abdome azul metálico.
Faixas longitudinais no tórax.
Aparato bucal lambedor.
Adulto vive em média 8 a 12 dias.
Larva:
Aspecto de barril.
L1 – 1,5 mm de comprimento.
L2 – 4 mm de comprimento.
Lê – 18 a 24 mm de comprimento 
Sapinhos ao seu redor.
Ganhos nas extremidades anteriores.
Espiraculos respiratórios na porção posterior voltado para fora.
Hospedeiros – mamíferos e aves.
Habitat – tecidos subcutâneo (penetra pele integra).
Ciclo Biológico:
Ovopostura na barriga do inseto hematofogo – 25 ovos. Mosca captura um inseto de tamanho menor para fazer a ovopostura nele.
A larva que está dentro do ovo sente a temperatura do animal (quando o inseto faz hematofogia) e penetra no tecido íntegro (por penetrar em feridas tambem).
Faz as mudas para os outros estágios de larva no tecido subcutâneo.
Cai (a L3) para pupar no solo. 
Da pupa emerge o adulto. 
Patogenia e manifestacoes clinicas:
Agressão traumática – penetra na pele e tecido subcutâneo, foxa-se com ganchos e espinhos.
Ag. Litica - enzimas proteolíticas.
Ag. Irritativa – exsúvia.
Ag. Mecânica compressiva – larva cresce comprimido tecidos adjacentes.
Levam reação inflamatória de aspecto nodular. Dermatite furunculóide.
Lesão ao redor da larva:
Dermatite furunculóide:
Aspecto nodular.
Bordos elevados.
Avermelhada.
Dolorosa.
Extremidade posterior da larva – algumas vez projeta-se para o exterior.
Diagnóstico – visualização da lesão e da larva.
Epidemiologia:
Conhecida como Bernie.
Ocorre nas Américas.
Em locais úmidos.
Baixa especificidade por hospedeiro.
É mais frequente em locais de vegetação abundante.
Não precisa de lesão pré-existente.
Acomete principalmente bovinos de pelagem escura e de raça europeia.
Traz prejuízo econômico - danifica o couro do animal.
Profilaxia:
Higiene das instalações.
Frequência da mosca dificulta a profilaxia.
Uso de inseticidas.
Retirada larva.
Família Oestridae.
Gênero Oestrus.
O. Ovis.
Morfologia:
Adulto:
Robustas.
10 mm de comprimento.
Coloração cinza com manchas pretas no abdome.
Pernas amareladas e asas incolores.
Larva:
Pode atingir até 3cm.
Branco amareladas.
Hospedeiros: ovinos e caprinos.
Habitat: cavidades nasais e seios da face.
OBS: infestação – externa, pode até penetrar na pele mas não se multiplica ali no tegumento.
Ciclo Biológico:
Vivíparas – não colocam ovos, colocam diretamente a larva.
As moscas sobrevoam o animal e lançam jatos com a larva.
Larva faz as mudas para L2 e L3 (8 a 10 meses) – na cavidade nasal.
Cai no solo e pupa.
Da pupa emerge o adulto.
Fêmeas sobrevivem por 2 semanas. Liberam até 500 larvas. 
Patogenia e manifestações clinicas:
Ag. Traumática – penetram nos seios nasais, fixa-se com ganchos e espinhos.
Ag. Lírica – enzimas proteoliticas,
Ag. Irritativa – exsúvia, tegumento das larvas e migração.
Ag. Mecânica e compressiva – larva cresce comprometendo tecidos adjacentes.
Agressão toxica – algumas larvas morrem e se desintegram, liberando substâncias tóxicas.
Levam a rinite e sinusite. Pode penetrar no seio nasal e atingir neurônios e o cérebro.
Medo e inquietação.
Ovinos tentam se esconder da mosca.
Secreção nasal.
Movimentos bruscos.
Marcha cambaleante e vertigem.
Quedas.
Convulsões.
Ranger dos dentes.
Salivação Espumosa.
Deixam de se alimentar.
Emagrecem.
Sonolentos e prostrados.
Enfraquecem e morrem.
Diagnóstico – necropsia e espirros são sugestivos.
Epidemiologia:
Vulgarmente conhecida como mosca nasal das ovelhas.
Distribuição mundial.
Brasil – região Sul.
Principalmente em climas quentes – Primavera e verão época de maior frequência das moscas.
Hospedeiros: ovinos e caprinos.
Perda econômica – perda do animal.
Profilaxia:
Profilaxia difícil.
Tratamento profilático:
Higiene das instalações.
Inseticidas – em torno das narinas de ovinos e caprinos, na parede de estábulos.
Família Gasterophilidae.
Gênero Gasterophilus.
G. nasalis.
G. instetinalis.
G. haemorrhoidalis.
Morfologia:
Adulto:
Robustas.
12 a 13 mm de comprimento.
Cor escura e pilosa.
Tórax castanho escuro com reflexos dourados na face dorsal.
Asas pequenas, claras e transparentes.
Larva:
Cilíndrica.
Vermelho-alaranjado.
16 a 20 mm de comprimento.
Hospedeiros: principais equipes.
Hábitat: estomago podendo chegar ao duodeno.
Ciclo Biologico.
Fêmea libera ovos. O
Ovopostura submandibular (g.nasais e g. harmarrhodais).
Após 5-10 dias os ovos eclodem e L1 migra em direção a comissão labial através da lambedura.
Na mucosa da cavidade oral, penetra nos tecidos e faz migracaoate chegar próximo a faringe (L2).
Na faringe sai do tecido é deglutida e chega até o estômago.
G. Nasais piloto até o duodeno.
G. Instetinalis cardia
G. Haemorrhoidales glândulas do estômago
Pode ficar de 10 a 12 meses.
L3 abandonam o loca espontaneamente 
Patogenia e manifestacoes clinicas 
Ag. Traumática – penetração e migração das larvas.
Ag. Irritativa – exsúvia e tegumento das larvas e migração.
Ag. Espoliativa – absorção de alimentos no estômago.
Leva a gastrite e enterkte , mas muitas vezes sem sintomas.
Estomatite e ulcerações na língua,
Ulcerações no estômago.
Eventualmente fibrose e estenose do piloro.
G. haemorrhoidalis – irritação no reto.
Estresse perturbações – tentam se esconder.
Alterações digestivas – depende da carga parasitaria – cólicas, perda de peso.
Diagnostico: clínico (observação de ovos nos pelos dos animais e das larvas nas fezes).
Epidemiologia:
Distribuição nas Américas.
Brasil – mais encontrada G. Nasais.
Principalmente em clima quente – regiões tropicais.
Hospedeiros equinos.
Traz prejuízos econômicos – perda do animal.
Profilaxia:
Difícil.
Limpeza dos estábulos.
Banho nos animais com solucoes inseticidas (água morna)
Inseticidas no corpo e nas instalações.
Estabular os equinos durante as horas mais quentes do dia.
Outros D ipteros de importância em veterinária.
SUBORDEM Brachycera.
Família Tabanidae (mutucas).
Cabeça semicircular bem separada e mais larga que o tórax.
Robustas ( até 2,5 cm de comprimento).
Coloração escura podendo apresentar listras ou manchas escuras.
Gêneros: 
Tabanus – asas claras ou acastanhadas.
Haematopoda – asas salpicadas.
Chrysops – asas com faixas escuras e lado a lado.
Tabanídeos:
SUBORDEM Brachycera.
Família Tabanidae.
Cabeça semicircular, bem separadas e mais larga que o tórax.
Robustas (até 2,5 C de comprimenot)
Coloração escura podendo apresentar listras ou manchas escuras.
3 genereos:
Tabanus.
 Harmatopoda.
Chrysops.
Ovopostura
Em coleções de água pouco profundas.
Lama ou solo úmido.
Distribuição mundial.
Adultos voam be, - quilômetros – adultos tem até 2,5 cm de comprimento.
Há mais de 3.000 espécies de tabanídeos.
Hábito diurno – dias quentes e ensolarados.
Mais frequentes no calor e estação de chuvas
Importancia:
Picada profunda e dolorosa. 
Estresse.
Queda de produtividade.
Transmissão de patógenos – Trypanossoma cruzi.
5
30/08/17
Introdução ao estudo de Helmintos
Filo Plathyhelminthes (formato do corpo achatado dorso-ventralmente):
Simetria bilateral.
Sem cavidade celômica, com órgãos mergulhados em parênquima.
Sem sistema esquelético, circulatório e respiratório.
Maioria hermafrodita com aparelhos reprodutivos complexos.
Classe Digenea:
Tubo digestivo incompleto (um único orifício de entrada e saida).
Fasciola hepatica:
Coloração castanha acinzentada, aspecto foliáceo.
Pode chegar até 3,5 cm de comprimento x 1cm de largura.
Duas ventosas para fixação: ventosa oral e ventral 
Têm espinhos no tegumento
Ovo: É ovóide, operculado (tem opérculo – tampão), grande, amarelado, casca fina e lisa. Possui uma massa embrionária no interior.
Miracídio (forma larvar formada dentro do ovo) piriforme com cílios ao redor (locomoção em ambiente aquático).
Cercária (cabeça e cauda) – larva também.
Hospedeiro definitivo: ovinos, bovinos, caprinos,suínos, equino, coelho, homem... Baixa especificidade. Ovinos mais suscetíveis.
Hospedeiro intermediário: Caramujos (ex.: gênero Lymnaea que é aquático/anfíbio mas sobrevive na terra)
Habitat: Adultos – ductos biliares; Jovens - parênquima hepático
Ciclo Biológico:
Ovo -> miracídio -> esporocisto -> rédia -> cercária -> metacercária -> adulto.
O ciclo biológico é do tipo heteroxinênico. No Brasil, os caramujos do gênero Lymnae são os hospedeiros intermediários.
O parasito adulto põe ovos operculados 
São hermafroditas produzem ovos que se misturam na bile que vai pro intestino delgado. Assim os ovos acompanham todo o trato intestinal até atingir o ambiente. No meio ambiente, para os ovos se desenvolverem precisa de ambiente hídrico (não precisa de muita água, poça, etc. já facilita). No ambiente hídrico o ovo se torna Miracídio e procura o hospedeiro intermediário que é o caramujo. O mecanismo de infecção do hospedeiro intermediário é ativo-cutâneo sendo o miracidio a estrutura infectante. Depois que o miracidio penetra, vira esporocisto. Dentro desse esporocisto formam se várias rédias. Depois dentro de cada rédia formam se várias cercárias. As cercárias então abandonam o caramujo, chegam ao ambiente hídrico e buscam vegetação. Atingindo a vegetação, a cercaria perde a cauda, se adere a vegetação, forma uma casca (cisto) – modo de resistência. É chamada agora de metacercária. Animais comem essa vegetação com cercária e se infectam. Mecanismo infecção: passivo- oral pela pastagem contaminada. No intestino delgado, com as várias reações, as cercárias desincista (“perde cisto”) e se torna uma fascíola jovem. Perfura então o intestino delgado até peritônio e busca ir pro fígado, ducto biliar. (?Nao peguei direito?)
 Ciclo: 4-5 meses
Patogenia e Manifestações Clínicas: 
Formas jovens: 
Penetração no intestino delgado: agressão lítica e traumática (causa uma enterite assintomática)
Migração pela cavidade peritoneal: agressão irritativa, maior ainda já que tem espinhos (pode causar uma peritonite podendo ser assintomática ou sintomática).
Perfurações da capsula hepática e migrações: agressão traumática e mecânica (hepatite com hemorragia) 
A alimentação é por sangue e tecido hepática: agressão espoliativa (pode gerar anemia ou hipoproteinemia- diminuição das ptns séricas e assim líquido extravasa e causa ascite, ou seja, edemas).
Infecções crônicas: fibrose e cirrose (parênquima foi substituído por tecido conjuntivo). A cirrose é o preenchimento de tecido conjuntivo em grande parte do fígado.
Formas adultas: 
A quantidade de parasitos pode causar obstruções parciais ou totais (agressão mecânica obstrutiva). A bile começa a passar mais devagar e causa estase biliar. Quando a bile não está no seu funcionamento, há alteração de cor dos tecidos (icterícia). 
Todas as agressões que os parasitos acarretam em reações inflamatórias que causam espessamento da parede do ducto biliar (colangite). 
Sua alimentação é por sangue, bile, epitélio do ducto (agressão espoliativa que pode causar anemia, dificuldades digestivas e hipoproteinemia). 
- Geral:
Ovinos tem sintomatologia mais aparente. Febres, dores abdominais, indigestão, anorexia e icterícia. 
Migrações erráticas: a fascíola pode atingir outros órgãos
Fasciolose aguda: 2-3 dias e ocorre principalmente em ovinos jovens.
Fasciolose subaguda: caquexia em 6-10 semanas ocorre mais em ovinos mais velhos e bovinos jovens.
Fasciolose crônica: fígado torna-se fibrótico (cirrose hepática – queda na produtividade) 
Ovos causam granulomas quando ficam retidos na parede do ducto. 
Diagnóstico:
Copro-parasitológico: 
Sedimentação espontânea: fezes recentes, com menos contaminação possível, homogeneizar as fezes com água destilada, passar por um filtro com gaze no Cálice de Hoffman e colocar mais água. Aí sedimenta e vê no microscópio. 
Imunodiagnóstico: ELISA
Necrópsia.
Epidemiologia:
Cosmopolita mas está mais relacionado a ambientes com coleções de águas pequenas (várzeas, poças, açudes). Em criações extensivas é mais frequente pois não há controle do rebanho em relação as águas.
Infecção humana: alimento (agrião que é cultivado em grande quantidade de água).
Hospedeiro intermediário é o caramujo anfíbio
Baixa especificidade em relação ao hospedeiro definitivo, porém animais jovens e ovinos tem maior sensibilidade a esse parasito.
Mecanismo de infecção: passivo-oral pela pastagem contendo metacercária no hosp. definitivo
Ativo-cutâneo de miracídio no hosp. Intermediário
Há casos de infecção transplacentária em bovinos.
Profilaxia:
Diagnóstico.
Evitar criação conjunta de bovinos (+ resistentes, fazem contaminação do ambiente) e ovinos.
Evitar acesso do rebanho a áreas alagadiças.
Inserir aves que se alimentam de caramujos.
Combate ao caramujo apenas se a área for muito restrita.
Higienização das saladas. 
Tratamento (curiosidade só): Clorsulon.
6
13/09/17
Família Dicrocoelidade
Trematódeos pequenos. Até 1 cm de comprimento.
Lanceolados.
Ductos biliares ou pancreáticos.
Ovos já saem com miracídio formado.
Não possui estágio de rédia.
Eurytrema sp.
Taxonomia:
E. pancreaticum
E. coelomaticum.
Morfologia:
Adultos:
8 a 10mm de comprimento.
5 a 8 mm de largura.
Manchas escuras.
Ventosas grandes.
Ovos:
Ovais e o perculados, 
40-50 mm de largura.
Casca dupla.
Acastanhado com miracídio no interior.
Hospedeiros:
Hospedeiros intermediários:
1° caramujo terrestre gênero Bradybaena SP.
2° artrópodes (insetos como gafanhotos e formigas)
Hospedeiros definitivos:
Ruminantes.
Raramente suínos e homem.
Habitat:
Canais pancreáticos.
Ocasionalmente canais biliares. 
Ciclo biológico:
Caramujo ingere o ovo com o miracídio já formado, onde sofre mudanças morfológicas, perde a membrana ciliar e vai a forma de esporocisto (estrutura sacular, repleto de células germinativas). São formadas cercarias e formam vesículas no tegumento do caramujo de ontem saem ativamente. O insetos ingerem a metacercaria (cercária incistada), de onde infecta passivamente o ruminante (o ruminante ingere o inseto).
No intestino delgado do ruminante ela desincista e se torna um trematódeo juvenil que migra, se arrastando para os ductos pancreáticos.
Patogenia e Manifestações clínicas:
Ag. Traumática – ventosas e espinhos para fixação. 
Ag. Mecânica obstrutiva – parasitos e granuloma ao redor dos ovos.
Ag. Irritativa – tegumento do parasito e ovos encostando na mucosa.
Reação inflamatória: pancreatite aguda – assintomática, espessamento do epitélio. 
Pancreatite crônica: evolui para crônica – fibrose, problema na função secretora do pâncreas – dificuldade digestivas e sintomatologia: emagrecimento, apatia, caquexia.
Dicroelium dentriticum 
Morfologia:
Adultos: 
Menos de 1 cm de comprimento.
Lanceolados.
Semitransparentes
Ovos: 
Operculados.
35-40 micrometros x 29-30 micro metros.
Castanho escuro.
Uma face achatada.
Miracídio no interior.
Hospedeiros:
1° caramujos terrestres de diferentes gêneros.
2° formigas marrons (Formicas SP.)
Hospedeiros definitivos: Ovinos, bovinos, cervideos, coelhos, roedores, raramente o homem.
Habitat: canais e vesícula biliares.
Ciclo biologico: 
Ovo com o miracídio já formado é ingerido pelo caramujo. Dentro do caramujo o miracidio perde a membrana ciliar e vai evoluindo e vai se formando uma estrutura sacular Rica em células germinativas (esporocisto) de onde se formam cercarias. As cercarias induzem reação inflamatório no caramujo que produz quantidade excessivas de muco, expelido bolas mulacenógenas que vão junto às cercarias. As formigas integerem essas bolas com as cercarias, que se incistam, sendo metacercárias. As meta cercarias estão em todo o corpo da formiga, incluindo no cérebro, alterando o seu comportamento e levando a formiga a fica na ponta do capim (forma de infecção é a formiga com metacercária). No intestino a metacercaria se desincista formando trematóide jovens que migram para o ducto e vesícula biliar.
Patogenia e manifestações clinicas:
Ag. Traumática– ventosas e espinho para fixação. 
Ag. Irritativa – tegumento do parasito e ovos, 
Ag. Mecânica obstrutiva – tegumento do parasito e ovos obstruindo saída da bile.
Reação inflamatória:
Colangite – dilatação e espessamento dos ductos.
Hepatomegalia pode ocorrer – infecções extensas.
Incoerência e disfunção hepática. 
Cirrose.
Emagrecimento (acúmulo de gordura por falta de bile, leva a irritação do intestino, levando a diarreia).
Edemas.
Normalmente são achados de necropsia ou em abatedouro.
Platynosomum fastosum
Morfologia:
Adultos:
4 a 8 mm de comprimento. 
1,5 a 2,5 mm de largura.
Ventosas como órgão de fixação. 
Ovos:
Acastanhado 
Ovóides.
Operculado em um polo.
Casca dupla e Lisa. 
Hospedeiros:
Hospedeiros intermediários:
1° caramujo terrestre gênero Sublima sp. 
2° crustáceo terrestre. 
3° lacertídeo ou anfíbio.
Hospedeiros definitivos:
Felídeos.
Furões.
Habitat: ductos pancreáticos e biliares e vesicula biliar.
Ciclo biológico:
Ovos já com o miracídio formado, no ambiente o caramujo terrestre come o ovo com o miracídio que perde a membrana ciliar, formando cercarias que saem junto com as fezes do caramujo. As cercarias são ingeridas pelo tatuzinho e se incistam, formando metacercarias. Para se tornar uma estrutura infectante, a metacercaria precisa passar pelo anfíbio e pelo lacertideo ou anfíbio, onde sofre mudanças fisiológicas. Estrutura infectante: lacerertídeo ou anfíbio com metacercaria. Os felinos ingeremmo anfíbio ou lacertideo e no intestino desincista e o trematodeo jovem migra para os ductos.
Patogenia e manifestações clinicas:
Ag. Traumática – ventosas e espinhos para fixação. 
Ag. Irritativa – tegumento d parasito e ovos.
Ag. Mecânica obstrutiva – parasito e granuloma eosinofílico ao redor dos ovos – obstrução da passagem da bile e do suco pancreático.
Reação inflamatória: colangite, hepatomegalia, inapetência, diarreia, vômitos, icterícia progressiva, pancreatite. Infecções maciças – envenenamento por lagartixa.
Confirmação diagnostica (para todos):
Exames coproparasitológicos: sedimentação (ovos pesados).
Achados de necropsia: Adultos no habitat.
Biologia molecular: PCR – pouco utilizada na clínica.
Epidemiologia (para todos):
Ovos podem sobreviver no ambiente.
Eurytrema sp. e D. dentriticum.
Distribuição mundial.
Problema de saúde pública. 
Problema na produção animal – diminui a conversão alimentar.
Eurytrema sp.
Ocorre principalmente na Ásia e na América do Sul (Brasil e venezuela).
E. coelomaticum mais frequente no Brasil.
Ocorrência aumentou bastante nos últimos anos.
D. dentriticum
Ocorre principalemnte na África do Sul, Austrália e Europa. 
Altera o comportamento da formiga.
Platynosomum sp. 
América do Sul, Caribe, sul dos EUA, África ocidental, Malásia e Ilhas do Pacífico.
Profilaxia (para todos):
Diagnóstico e tratamento dos animais parasitados. 
Tratamento anti-helmintico regular.
Rotação de pastagens – Eurytrema pancreaticum e Dicrocoelium dentriticum.
Combate aos caramujos com molusquicidas – introdução de pastos e galinhas.
Alimentação adequada dos felideos – Platynosomum fastosum.
Medidas profiláticas difíceis em ciclos parasitarios em que há formigas – Eurytrema pancreaticum e Dicrocoelium dentriticum.
Schitossoma mansoni 
Taxonomia:
Filo Platyhelmites.
Classe frematosa.
Subclasse 
Mofologia:
Adulto: 
Dioicos.
Sexos separados.
Dimorfismo sexual.
Macho com 1cm de comprimento.
Fêmeas com 1,2 a 1,6 cm de comprimento.
Delgados.
Permanecem acasalados nos vasos.
300 ovos por dia.
Fixação: ventosas, tubérculos do tegumento.
Ovos:
Casca dupla.
Espinho lateral.
Miracídio no interior.
1/3 dos ovos chegam a luz intestinal.
Esquitossomulos (fase move):
Larva alongada.
Tegumento modificado.
Não possuem cauda.
Habitat: 
Venulas do intestino grosso.
Ramos das veias mesentericas. 
Sistema porta-hepática.
Hospedeiros intermediários: moluscos planorbídeos – gênero Bionphalaria.
Hospedeiros definitivos: homem, primatas, bovinos e roedores. 
Ciclo biológico:
Em cópula constante. Fêmea faz ovopostura na venula – os parasitos encostando no vasos gera a inflamação dos capilares e por conta da reação inflamatória os ovos passam pela parede do capilar e do intestino, chegando a luz do intestino grosso (1/3 chega a luz, o resto preso no capilar). Um ovo empurra o outro. Na água, o miracídio rompe o opérculo do ovo e fica mandando e infecta ativamente o caramujo penetrando na pele. No caramujo ele passa por mudanças morfológicas perdendo a membrana ciliar, evoluindo para esporocisto e dentro do esporocisto se formam as cercarias, que abandonam ativamente o caramujo. Forma de infecção: ativo-cutânea e a forma infectante é a cercária. No hospedeiro definitivo a cercária perde a cauda e evolui para esquitossomos e são carregados pela corrente sanguínea, alguns morrem e alguns chegam nos vasos intestinais. Alguns evoluem para machos e alguns para fêmeas, se unem através do canal ginecóforo. Único caso onde o macho carrega a fêmea rs.
Patogenia e Manifestações clinicas:
Maioria das infecções são assintomáticos.
Maioria das infecções sintomática ocorrem com visitantes em áreas endêmicas – fase aguda e fase crônica.
Fase aguda: alterações cutâneas – ag. Traumática, litica e irritativa - dermatite cercariana (papoulas eritrematosas, prurido).
Migração dos esquitossomos – morte – obstrução dos vasos, reação inflamatória – necrose do tecido.
ou 
Migração dos esquitossomos – produtos tóxicos, reação imunológica – reação inflamatória – febre, eosinofília, linfoadenopatia, esplenomegalia, urticária, hepatite.
Fase crônica:
Granuloma (pseudotubérculo) – reação inflamatória – deposição de fibrina de forma concentrica. Círculos na periferia do tubérculo. Isso gera obstrução da passagem de sangue.
Hepatomegalia – reação inflamatória, reduz o fluxo sanguíneo do território drenado pela veia porta.
Esplenomegalia – congestão venosa, hiperplasia das células do SFM.
Hipertensão porta – anastomoses, veias varicosas, edema na parede de estômago e intestino, ascite (diminui produção de proteínas plasmaticas).
A maioria dos casos assintomaticas. 
Sintomas: quadros clínicos intestinais (desconforto abdominal, perda de apetite, dispersia, diarreia ou disenteria, quadro hepatoesplênico (fígado e baço palpavel, emagrecimento, indisposição, descompensada - ascite), quadro cardiopulmonar (tosse seca).
Confirmação diagnóstica:
Coproparasitologico: pesquisa de ovos do parasito, qualitativas (sedimentação – técnica de Lutz), quantitativos (Stool-Hausher, Kato-Katz), biópsia retal.
Ideal coletar 5 amostras fecais.
Métodos imunológicos - ELISA, RIFI (imunofluorencia indireta).
Epidemiologia:
S. mansoni
Continente africano
Península arábica.
Ilhas caribenhas. 
América do Sul (Brasil: Nordeste, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). 
Evidenciada em 76 países - 80% na África. 
Brasil – 5 a 6 milhões de pessoas infectadas. Média de 500 óbitos por ano.
Vinculada a atividades profissionais: areias de rios, lavagem de roupa, atividades de lazer.
Falta de saneamento básico.
Profilaxia:
Diagnóstico e tratamento das pessoas.
Educação sanitária.
Saneamento básico.
Combate ao caramujo.
Evitar banhar-se em rios em locais endêmicas. 
Utilizar sempre sanitários.
7
14/09/17
Classe Cestoda
Platelmintos de corpo achatado, com aspecto de fita e corpo segmentado.
Não possui tubo digestivo.
Hermafrodita.
Todos são parasitas.
Adultos parasitam intestino delgado e podem medir de alguns milímetro a muitos metros.
Corpo dividido em:
Escólice 
“Cabeça.”
Com ventosas (4), alguns além das ventosas tem uma projeção com espinhos, o rastro (o rostrelo).
Colo:
parte mais curta com intensa proliferação celular para formação do estróbio. 
Estróbio (formado por proglotes – imatura, madura, grávida).
Proglotes podem se autofecundar ou realizar fecundação cruzada. 
Filo: Platyhelmintes.
Classe: Cestoda.
Ordem: Taeniidae
Gênero: Taenia 
Especies: T.soliume T. saginata
Nome popular: solitária.
Taenia solium
Hospedeiro definitivo: homem (intestino delgado).
Hospedeiro intermediário: suíno, eventualmente homem (musculatura, cérebro, tecido subcutâneo, tecido ocular).
Morfologia:
Pode chegar a 4m de comprimento, possui escólice com 4 ventosas e rostrelo cl 2 fileiras de acúleos.
Proglotes grávidas mais longas do que largas, com poucas ramificações uterinas.
Ovos pequenos, arredondados, de casca espessa e radicada, com embrião hexacanto no seu interior – alta resistência ao ambiente.
Fase larvaria: cisticerco (Cysticercus cellulosae).
Larva com protoescólice com espinhos.
Taenia saginata
Hospedeiro definitivo: homem (intestino delgado).
Hospedeiro intermediario: bovino (musculatura.
Morfologia:
Mede de 4 a 12m (pode chegar a 25m).
Não possui rostelo nem acúleos (“tênis desarmada ”).
Proglotes grávidas mais longas que largas com muitas ramificações uterinas, dicotomias.
Ovos semelhantes ao anterior.
Fase larvaria: cisticerco sem acúleos (Cysticercus bovis).
Teniase e Cisticercose:
São duas entidades mórbidas distintas, causadas, pela espécie, porém em fases de vida diferentes.
Teniase: fase de verme adulto (hospedeiro definitivo).
Cisticercose: fase larvaria (hospedeiro intermediário e acidentalmente o homem).
OBS: Ao se fixar no intestino, as tenias modular a resposta imunológica de forma que outras tênias 
Ciclo biológico:
Quando a proglote se destaca – apolise. T. solium – libera os proglotes em cadeia. T.saginata – libera os proglotes individuais e consegue liberar ativamente, não só na defecação
Quando a proglote é liberada e fica exposta no ambiente a musculatura e resseca, rompendo e liberando os ovos. 
Porcos : hábitos coprofagicos. Alta carga parasitaria.
Forma infectante: ovos. Infecção: passivo oral.
Ovo precisa passar pelo estômago, do suco gástrico, para que a casca do ovo comece a se romper. Termina de se romper no intestino e libera o embrião hexacanto que usa seus espinhos para chegar ao seu órgão alvo prla circulação (musculatura por exemplo), onde da origem ao cisticerco. 
O cisticerco (ingerido pelo humano) se rompe na mastigação ou mesmo depois e libera o protoescolice, no intestino. 
Ovo – larva – adulto. Se ingere o ovo tem cisticercose. Se ingere o cisticerco tem teníase.
Teníase: ingestão de carne bovina ou suína crua ou mal-cozida contendo cisticercos.
Cisticercose humana (apenas a solium): ingestão acidental de ovos viáveis de T. solium.
Heteroinfecção: alimentos contaminados. Mãos sujas – alimentos – boca.
Autoinfeccao endógena (interna): vômito e retroperistaltismo. Proglotes – movimentos antiperistalticos – estômago – ovos – cisticerco. 
Autoinfecção exógena (externa): mãos contaminadas e coprogfagia. Ânus – mão suja – boca. 
Patogenia e manifestações clinicas: 
Agressões:
Traumatica: ação ventosa e espinhos (T. Solium) durante fixação à mucosa intestinal.
Expoliativa: utiliza nutrientes que deixam de ser absorvidos pelo H.D.
Irritativa: contato do corpo do parasita com a mucosa intestinal.
Ocorre reação inflamatória na mucosa intestinal (enterite).
Hospedeiro definitivo (teníase):
Frequentemente assintomática.
Dor abdominal e náuseas.
Anorexia ou apetite exagerado.
Perda de peso.
Diarreias alternadas com constipação.
Hipersensibilidade cutânea.
Hospedeiro intermediário (cisticercose):
Agressão mecânica compressiva = RI.
No homem pode ocorrer no globo ocular, SNC, pele, e celular subcutâneo causando graves transtornos devido a sensibilidade do tecido.
Ocular: descolamento de retina, reações inflamatorias exaustivas e cataratas.
Confirmação do diagnóstico: 
Teníase: pesquisa de proglote (tamisação) , pesquisa de ovos.
Cisticercose: observação do cisticerco na carcaça ou por imagem ou testes imunológicos (baixa sensibilidade) e exame de fungo de olho.
Epidemiologia:
Cosmopolita: é uma zoonose caracterisitcas de regiões rurais. Ocorre em locais onde ocorre abate clandestino.
Os ovos são bastantes resistentes no meio ambiente (1 a 2 anos).
Comum em populações com hábito de comer carne e porco ou boi não inspecionados (abatedouro clandestinos mais frequentes).
Homem, animais domésticos e solo contaminado são os principais elementos para a manutenção desta parasitos.
Correlação entre a presença de cisticercose com a ausência de fossa, convívio com porcos.
Profliaxia: 
Parasita potencialmente erradicavel.
Educação sanitária e saneamento básico.
Não utilizar fezes humanas como adubo.
Diagnóstico e tratamento dos indivíduos parasitados. 
Fiscalização sanitária da carne. 
Evitar o consumo de carne de procedência duvidosa e não consumir carne crua ou mal passada (cozimento a 65°C).
Higiene dos alimentos (frutas, verduras).
Manejo adequado da suinocultura.
Família Anocephalidae
Genero: Anaplochephala
Espécies: A. perfoliata/ A. magna
Genero: Paranoplocephala
Espécie: P. mamillana
Hospedeiro intermediário: acaro que fica no capim
Hospedeiro definitivo: equideos.
Morfologia:
Escólice apresentando 4 ventosas. Não possui rostelo e nem acúleos.
Colo bastante curto.
PROGLOTES muito mais largos que longos.
Dimensoes: 
Perfoliata 7 a 8 cm
Magna até 30cm.
P. Mamillana até 5 cm.
Ovos irregulares, claros, com aparato piriforme.
Ciclo biológico:
Vários parasitos no intestino do equideo, PROGLOTES liberadas na defecacao geralmente em cadeia. Chegam ao meio ambiente contaminando água e pastagens. Há Há dissecação da estrutura muscular da proglote, espalhando os ovos. Os ácaros Oribatideas ingerem o ovo e dentro dele forma uma larva cisticercóide. O equino se contamina comendo o acaro. 
Para o acaro a estrutura infectante é o ovo e para o equino ê o acaro com a larva. Em ambos o mecanismo de infecção é passivo oral.
Patogenia e manifestacoes clinicas:
Agressão traumatica e espoliativa.
Infecções leves: emagrecimento, queda de produtividade e pelos sem brilho.
Infecções maciças: ulcerações da mucosa intestinal – cólica e diarreia mucosa.
Casos graves: intussuscepção e vôlvulos (aumento do peristaltismo); obstrução e perfuração intestinal.
Diagnostico:
Tamisação para encontrar proglotes. Não precisa de identificação porque o tratamento é o mesmo.
Epidemiologia:
Ampla distribuição mundial.
Podem ser acometidos equideos de todas as idades, mas os casos clínicos são registrados principalmente em animais de até três a quatro anos de idade.
Em países de climas quentes e úmidos o parasito está presente o ano todo, sem sazonalidade.
Profilaxia
Rotação de pastagens. 
Identificação e tratamento dos doentes.
VER DIFERENCA ENTRE AS PROGLOTES!!!!! 
TIPO DE RAMIFICAÇÃO. 
8
19/09/17
Filo Platyhelminthes
Filo (igual ao da fascíola hepática).
Simetria bilateral, achatado dorso ventralmente.
Sem cavidade celomática.
Classe Cestoda
Ordem Cyclophyllida
Corpo achatado dorso ventralmente
Formato de fita
Corpo segmentado. Dividido em:
Escólice/escólex ou cabeça; 
Colo ou pescoço (tem céls. germinativas que formam o corpo todo);
Estróbilo (corpo propriamente dito). Alguns cestoides tem rostelo que são umas projeções da escólex.
Estróbilo é dividido em proglotes (imaturos, maduros e grávidos). As mais longe do colo são as mais antigas. As porções iniciais são imaturas, as do meio são maduras sexuais e as ultimas albergam os ovos.
Não tem tubo digestivo, digestão ocorre pelo tegumento.
São hermafroditas
Tem órgãos de fixação: ventosas que podem estar acompanhadas de acúleos/ganchos
Adultos parasitam vertebrados, e as formas larvares podem estar presentes em vertebrados ou invertebrados. 
As formas larvares são muito variáveis: 
Protoescólex (uma vesícula) – cisticerco. 
Cenuro (forma uma vesícula com vários escólex).
Etc... 
Mais importantes: Cisticerco, cisto hidático, estrobilocerco, cisticercóide, cenuro...
Moniezia sp.
Filo Platyhelminthes.
Classe Cestoda.
Ordem Cyclophyllida.
Família Anoplocephalidae.
Gênero: Moniezia.
Espécies: Moniezia expanda, M. benedeni.
São dixenicos:
Hospedeiro definitivo: ruminantes (intestino delgado).Hospedeiro intermediário: ácaros de pastagens (Família Oribatidae).
Morfologia: 2 metros ou mais, com 4 ventosas, proglotes grávidos mais largos que longos. 
Ovos irregulares, claros, com casca espessa. Dentro do ovo se visualiza o embrião hexacanto com aparato piriforme associado – ajuda o embrião a romper a casca do ovo.
Ciclo Biológico:
Parasitos se reproduzem e os proglotes grávidos se desprendem junto com as fezes, na fezes podem ter ovos ou as proglotes (se for o proglote todo ele resseca No solo e libera os ovos). Estrutura infectante: ovo com estrutura com hexacante, que infecta os ácaros de vida livre. O ovo se abre o embrião se desenvolve até formar o cisticercóide. A forma infectante para o bovino e o acaro com o cisticercode. O acaro é digerido e o ciscticercóide fica livre. O cisticercóide se fixa na mucosa (já tem as ventosas) do intestino delgado e começa a desenvolver o estróbilo.
Tanto o hospedeiro definitivo quanto o intermediário: infecção passivo oral.
Período pré-patente: 1-2 meses
Ciclo todo demora em média: 2-4 meses 
Patogenia e Manifestações Clínicas:
Agressão traumática (ventosas se fixam)
Agressão irritativa (parasito muito grande, toca muito a mucosa e causa enterite).
Ambas levam a enterite que pode ser sintomática ou não, depende da idade do hospedeiro e da carga parasitaria- quando sintomática (animais jovens e com alta carga parasitária) – úlceras e diarreia mucosa. 
Agressão espoliativa (leva a animais com pelo opaco e etc).
Infecções maciças (alta carga parasitária): obstrução intestinal. 
Lesões crônicas: úlceras e diarreia mucosa.
Diagnóstico:
Visualização do parasito em diarreia mucosa.
Pesquisa de proglotes (tamização – lavagem das fezes e passa elas por uma malha onde ficam retidos os proglotes).
Pesquisa de ovos: ovos pouco densos- técnica de flutuação (Faust)- usa sulfato de zinco (1,180 de densidade). Pode-se usar NaCl supersaturado também (Willis).
Epidemiologia:
Cosmopolita, em países tropicais ocorre no ano todo. Presença do hospedeiro intermediário facilita a sobrevivência.
Em países tropicais ocorre o ano todo. 
Mais comum em criações extensivas.
Principalmente em animais jovens durante primeiro ano de vida, e menos frequência em animais mais velhos. Ocorre um desenvolvimento de resistência dos animais.
Profilaxia:
Diagnóstico e tratamentos dos animais parasitados.
Higiene ambiental.
Isolamento dos animais jovens. 
Criação intensiva: nutrição ser oferecida depois de silagem.
Ruminantes.
Dipylidium caninum
Filo Platyhelminthes
Classe Cestoda
Ordem Cyclophillida
Familia Dilepididae
Genero Dipylidium
Espécie: D. caninum
Morfologia: 
15-20 cm de comprimento. 
Escólex com 4 ventosas, rostelo retrátil armado com varias fileira de acúleos. 
Proglotes grávidas: mais longas do que largas. Útero se segmenta abraçando vários ovos. 
Cápsulas ovígeras (parece um casco de tartaruga no microscópio) com cerca de 20 ovos. 
Ovos arredondados de casca espessa contendo embrião hexacanto no interior. 
Forma larvar: cisticercóide (se desenvolve em invertebrado).
Hospedeiro definitivo: cães e gatos (homem Hospedeiro acidental).
Hospedeiro intermediário: invertebrados (pulga geralmente - Ctenocephalides canis, C. felis, Pulex irritans ou piolho Trichodectes canis).
Habitat: intestino delgado.
Ciclo Biológico:
Período pré-patente: 3-4 semanas
Pulgas (ovo – larva – pupa - adulto).
Proglotes eliminados pelas fezes ou saindo ativamente pelo ânus dos hospedeiro definitivo (nas fezes podem ter proglotes ou cápsulas ovígeras). No ambiente secam e liberam capsula ovígera. Larva da pulga ingere o ovo. Mecanismo de infecção passivo oral. Paralelamente a isso, o ovo vira cisticercóide, evolui junto com a pulga (ovo vira ciscticercóide quando a pulga é adults). O infectante vai ser a pulga adulta contendo cisticercóide. 
Piolho (ovo – ninfas - adulto): Mecanismo de infecção passivo oral do hospedeiro intermediário com cisticercóide. 
Forma infectante: pulga ou piolho contendo o cisticercóide, passivo oral. 
Homem pode se contaminar também pela ingestão também das pulgas e piolhos acidentalmente em contato com seu animal de estimação. 
Cisticercóide se fixa no intestino delgado e se reproduz. 
Patogenia e manifestações clínicas : 
Agressão traumática (fixação do parasito).
Agressão irritativa (movimentação).
Agressão espoliativa (principalmente em animais jovens e com alta carga parasitaria).
Somadas (agressão traumática e irritativa): enterite pode causar diarreia mucosa, depende da idade e carga parasitaria.
Obstrução: quando tem muito parasito.
Saída espontânea dos Proglotes pelo ânus = prurido.
Confirmação do diagnóstico: 
Visualização do Proglote no ânus.
Pesquisa por Proglote ou por capsulas ovígera nas fezes - sedimentação espontânea (Hoffman) .
Epidemiologia:
Cosmopolita, tem em todo o mundo.
Presença relacionada a presença de ectoparasitos
Profilaxia:
Diagnóstico e tratamento dos animais parasitados.
Profilaxia de ectoparasitos.
Echinococcus granulosus
Filo: Paltyhelmintes.
Classe: Cestoda.
Ordem: Cyclophyllida.
Família: Taenidade.
Gênero Echinococcus.
Espécie: Echinococcus granulosus.
Morfologia: 
Menor cestoide que existe (4-6 mm de comprimento).
Escólice com 4 ventosas e 3 coroas de acúleos localizados no rostelo.
Estróbilo com 3 proglotes geralmente pois é muito pequeno (uma em cada nível).
Ovo: casca radiada com embrião hexacanto no interior.
Cisto hidático: gera vários protoescólices. 
Hospedeiro definitivo: cães e canídeos silvestres. 
Hospedeiro intermediário: baixa especificidade. Ruminantes, principalmente ovino, suíno, equino e homem – principalmente fígado e pulmões.
Habitat: no hospedeiro definitivo: intestino delgado entre vilosidades. 
No hosp. Intermediário: órgãos, principalmente fígado e pulmões.
Ciclo Biológico:
Período pré-patente: 6-7 semanas 
Cisto hidático: Membrana interna, em seguida forma a membrana externa. Dessa membrana interna formam-se vesículas, e dentro delas formam os protoescólices. Cada protoescólice da origem a um parasito adulto. Esses protoescólices se soltam da membrana interna e a vesícula interna também tende a se soltar. 
Membrana interna = Membrana Germinativa/proliferativa
Vesícula = Vesícula Germinativa/proliferativa
Membrana externa = Membrana Anista.
Conjunto de vesículas com protoescólices = Areia hidática.
Cisto também tem liquido dentro entre as vesículas = Líquido hidático.
Parqsito dixenico.
Hospedeiro definitivo: cães e canídeos silvestres.
Hospedeiro intermediário: ovinos, bovinos, homem, suínos, equinos.
Ovinos formam cerca de 90% de hidáticos férteis! Por isso são tão acometidos!
Bovinos formam cerca de 10%, são pouco acometidos.
Em condições naturais, pequenos ruminantes são alimentos de outros animais, e acabam transmitindo. Abates mal feito também permitem que os animais da cidade se infectem, se alimentam de fígado/vísceras com cisco hidáticos férteis.
O cisto se fixa e forma o estróbilo no intestino delgado.
Habitat: no Hospedeiro definitivo – intestino delgado entre vilosidades, no intermediário – órgãos principalmente fígado e pulmão.
Ovo (geralmente ovos nas fezes, e não as proglotes) com embrião hexacanto no ambiente (infecção passivo oral, estrutura infectante: ovo com embrião hexacanto). No hospedeiro intermediário, no intestino delgado o embrião usa os acúleos para penetrar na mucosa e nos vasos sanguíneos até chegar ao fígado, geralmente. O cistos hidaticos ficam nas visceras do hospedeiro intermediario, que são ingeridas pelos canídeos (oferecido ou caçado). Foram infectante: vísceras com cistos hidáticas, passivo oral. 
No canídeo, as vísceras e o cisto hidático, liberando os protoescólices, que se fixam no intestino delgado.
Elimina um proglote por vez.
Patogenia e Manifestações Clínicas:
Hospedeiro Definitivo: Echinococose
Se fixa entre as vilosidades.
Agressão Traumática (fixação do parasito).
Agressão Irritativa.
Enterite assintomática (parasito pequeno).
Pouca agressão espoliativa.

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