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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde ICBS Prof. Wiliam Régis FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO VISÃO GERAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO VISÃO GERAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO FUNÇÃO PRINCIPAL Transferir nutrientes, água e eletrólitos dos alimentos ingeridos para o ambiente interno do corpo Alimentos ingeridos células geram ATP (tranporte ativo, contração, síntese e secreção) Sequência de aquisição de nutrientes: Ingestão digestão absorção distribuição utilização VISÃO GERAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO PROCESSOS DIGESTIVOS BÁSICOS 1. Mobilidade Contrações musculares que misturam e movimentam o conteúdo do TGI a) movimentos propulsores: impulsionam ou empurram o conteúdo para frente no TGI b) movimentos de mistura: promovem a digestão dos alimentos misturando- os com os sucos digestivos e facilitam a absorção por exposição de todas as partes do conteúdo intestinal às microvilosidades VISÃO GERAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO PROCESSOS DIGESTIVOS BÁSICOS 2. Secreção Glândulas exócrinas e endócrinas a) Secreções digestivas (enzimas, sais biliares e muco) b) Secreções endócrinas (hormônios gastrointestinais controle da mobilidade digestiva e secreção das glândulas exócrinas) VISÃO GERAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO PROCESSOS DIGESTIVOS BÁSICOS 3. Digestão Ingestão de carboidratos, proteínas e lipídios (moléculas muito grandes, não conseguem atravessar a membrana para serem absorvidas necessidade de hidrólise em moléculas menores). • Carboidratos: hidrolisados em monossacarídeos (glicose, frutose, galactose) • Proteínas: hidrolisadas em aminoácidos e pequenos peptídeos • Lipídios: hidrolisados em triglicerídeos (glicerol acoplado à 3 ácidos graxos) VISÃO GERAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO PROCESSOS DIGESTIVOS BÁSICOS 4. Absorção No intestino delgado ocorre o final da digestão e a maior parte da absorção Processo absortivo consiste em transferência das pequenas unidades absorvíveis resultantes da digestão juntamente com a água, vitaminas e eletrólitos do lúmen intestinal para o sangue ou linfa (lipídios) VISÃO GERAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO Órgãos digestórios acessórios I. Glândulas salivares II. Pâncreas exócrino III. Sistema biliar ( fígado e vesícula biliar) São chamados de acessórios porque ficam fora do trato digestório e despejam suas secreções através dos dutos no lúmen do TGI. Trato digestório inclui: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (ceco, apêndice, cólon e reto) e ânus. VISÃO GERAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO Sistema biliar Pâncreas VISÃO GERAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO Camadas principais de tecido da parede do TGI Mucosa: (a mais interna) reveste a superfície luminal do TGI é dividida em: a) membrana mucosa: secreção de sucos digestivos, secreção de hormônios gastrintestinais e absorção de nutrientes. b) lâmina própria: tecido linfóide associado ao intestino (GALT), defesa imunológica (bactérias intestinais patogênicas) Submucosa: distensibilidade e elasticidade do TGI. Plexo submucoso Muscular externa: camada circular interna (reduz diâmetro do lúmen) e camada longitudinal externa (encurta o tubo) movimentos de propulsão e mistura. Plexo mioentérico Serosa: (a mais externa): lubrificação entre os órgãos digestores e vísceras VISÃO GERAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO ÓRGÃO DIGESTÓRIO MOBILIDADE SECREÇÃO DIGESTÃO Boca e glândulas salivares Mastigação Saliva A digestão de carboidratos amilase começa muco lisozima Faringe e esôfago Deglutição Muco Nenhum Estômago Relaxamento receptivo Suco gástrico Digestão de carboidratos Peristaltismo HCl Inicia a digestão de proteínas Pepsina Muco Fator intrínseco Pâncreas exócrino - Enzimas digestivas pancreáticas - Tripsina, quimotripsina Carboxipeptidase, amilase Lipase, secreção de NaHCO3 pancreática aquosa Fígado - Bile A bile não digere nada Sais biliares porém os sais biliares Secreção alcalina facilitam a digestão e Bilirrubina a absorção de gorduras no lúmen duodenal Intestino delgado Segmentação; complexo Suco entérico No lúmen sob influência das de mobilidade migratória Muco e sal enzimas pancreáticas e biliares Enzimas do intestino delgado A digestão de carboidratos dissacaridases e aminopeptidases e proteínas continua e a digestão não são secretadas, mas funcionam de gorduras é completamente dentro da membrana de borda realizada; na membrana de borda em escova em escova, a digestão de carboidratos e proteínas é concluída Intestino grosso Contrações haustrais Muco Nenhum movimentos de massa Funções dos componentes do sistema digestório Regulação da função digestiva O sistema gastrointestinal é controlado pelos sistemas: • Nervoso autônomo simpático • Nervoso autônomo parassimpático Controle extrínseco • Nervoso entérico (próprio do sistema gastrointestinal) Plexo submucoso Plexo mioentérico Controle intrínseco Regulação da função digestiva Os nervos autônomos (simpático e parassimpático) influenciam a mobilidade e secreção do TGI alteram o nível de secreção de hormônios gastrointestinais e atuam diretamente sobre o músculo liso e glândulas. O sistema nervoso entérico (plexo submucoso e mioentérico) atuam na mobilidade diretamente (de todo o TGI), nas secreções de sucos digestivos e secreção de hormônios gastrointestinais. Regulação da função digestiva Fibras nervosas parassimpáticas: chegam ao TGI principalmente através do nervo vago aumento da mobilidade do músculo liso e promove a secreção de enzimas digestivas e hormônios Fibras nervosas simpáticas: dominante em situações de “luta ou fuga” associação com situações de emergência tende a inibir ou desacelerar a contração e secreção do TGI Sistema nervoso entérico: neurônios excitatórios e inibitórios: Acetilcolina: promove contração do músculo liso do TGI Óxido nítrico e peptídeo intestinal vasoativo: atuam em conjunto para causar relaxamento Regulação da função digestiva Hormônios gastrointestinais Exercem influências excitatórias ou inibitórias sobre o músculo liso e as células glandulares exócrinas. Os hormônios são: Gastrina Secretina Colecisticina (CCK) Peptídeo inibidor gástrico (GIP) Regulação da função digestiva Influências externas Mudanças locais no trato digestório + Receptores no trato digestório Plexos nervosos intrínsecos Nervos autônomos extrínsecos Hormônios gastrointestinais Músculo liso (contração para mobilidade) Células glandulares exócrinas (secreção de sucos digestivos) Células glandulares exócrinas (secreção de hormônios gastrointestinais e pancreáticos) = Reflexo curto = Reflexo longo = Via hormonal PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde ICBS FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO PARTE II Fisiologia do sistema digestório 1. Boca ou cavidade oral Entrada para o trato digestório Língua Controle voluntário (auxilio na mastigação e deglutição) , presença de papilas gustativas 2. Faringe Comum ao sistema digestório e respiratório (passagem alimento e ar) Tonsilas ou amigadalas (tecidos linfóidesligados à defesa do organismo. Fisiologia do sistema digestório 3. Esôfago Passagem do bolo alimentar até chegar ao estômago Se estende entre a faringe e o estômago Esfincteres (estruturas musculares anelares, quando fechados evitam a passagem pelo tubo que protegem. Secreção: Muco, função protetora contra bordas agudas do alimento, ácidos e enzimas gástricas (caso haja refluxo) • Esfíncter faringoesofágico (superior) • Esfíncter gastroesofágico (inferior) Digestão Inicial Saliva Inicia a digestão dos carboidratos Composição da saliva: 99,5% de água e 0,5% de eletrólitos e proteínas Baixa concentração de NaCl (importância na percepção de sabores salgados) Ausência de glicose (associado à percepção de sabores doces) Proteínas salivares mais importantes: amilase, muco e lisozima Amilase salivar: enzima que decompõe polissacarídeos em maltose Muco: lubrificação de partículas de alimentos Lisozima: ação antibacteriana (lise ou destruição de bactérias) Fisiologia do Sistema digestório Controle do sistema nervoso autônomo sobre a secreção salivar Respostas simpáticas e parassimpáticas nas glândulas salivares não são antagonistas. Estimulação simpática e parassimpática aumentam a secreção salivar (diferença consiste em quantidade, características e mecanismos) ESTIMULAÇÃO PARASSIMPÁTICA: Se dominante fluxo imediato ou abundante de saliva aquosa e rica em enzimas ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA: Se dominante Produz volume menor de saliva espessa e rica em muco (sensação de boca seca) Situações de estresse IMPORTANTE: A secreção salivar é a ÚNICA secreção digestiva sob controle totalmente neural. Fisiologia do sistema digestório Resumo do processo de digestão na boca Digestão é mínima, NÃO HÁ ABSORÇÃO DE NUTRIENTES Hidrólise de polissacarídeos em dissacarídeos pela amilase salivar Amilase salivar é desativada pelo pH ácido do estômago Alguns medicamentos são absorvidos pela mucosa oral Ex: nitroglicerina (vasodilatador utilizados por pacientes cardíacos no alívio de ataques de angina associados à isquemia do miocárdio Fisiologia do sistema digestório A deglutição Mobilidade associada à faringe e ao esôfago DEGLUTIÇÃO Processo de levar alimento da boca através de todo o esôfago e estômago Reflexo do tipo “Tudo ou nada” Fisiologia do sistema digestório Bolo ou liquido forçado voluntariamente pela língua • Chegada na faringe • Estimulo de receptores de pressão Impulsos aferentes ao CENTRO DE DEGLUTIÇÃO Ativação reflexa dos músculos da deglutição (Controle involuntário) Bolo alimentar entra no estômago através do esôfago A deglutição Fase orofaríngea • Alimento é impedido de entrar nas vias erradas • Movimentação do bolo da boca através da faringe e até o esôfago • Ações coordenadas impedem que o alimento entre em outras vias ou retorne à boca Fisiologia do sistema digestório Lingua contra palato duro (alimento não retorna à boca) Úvula se eleva e veda passagem nasal da faringe (alimento não entra no nariz) Fechamento da glote Epiglote se desloca para trás e para baixo (alimento não entra nas vias respiratórias) MÚSCULOS DA FARINGE SE CONTRAEM E FORÇAM O BOLO PARA O ESÔFAGO A deglutição FASE OROFARÍNGEA • Esfíncter faringoesofágico (superior) Contração tônica mantém entrada para o esôfago fechada (evita entrada de ar no esôfago e estômago durante a respiração) Eructação (arroto): entrada de ar nas vias digestórias Na deglutição: Esfíncter se abre e permite a passagem do bolo para o esôfago Termina a fase orofaríngea da deglutição Fisiologia do sistema digestório A deglutição FASE ESOFÁGICA • Esfíncter gastroesofágico (inferior) Reduz chance de refluxo do conteúdo gástrico ácido para o esôfago Azia Falha no esfíncter Conteúdo gástrico retorna acidez estomacal irrita o esôfago e causa o desconforto esofágico • FASE ESOFÁGICA: SE INICIA LOGO APÓS A OROFARÍNGEA Fisiologia do sistema digestório Centro da deglutição + Onda peristáltica primária Peristaltismo Impele bolo alimentar para frente até a extremidade inferior do esôfago Inervação nervo vago ou pneumogástrico A deglutição FASE ESOFÁGICA Ondas peristálticas secundárias Não envolvem o centro da deglutição Acontece quando o bolo alimentar é de maior volume e “pegajoso” É estimulado pela distensão do esôfago estímulo de receptores de pressão dentro das paredes do esôfago Fisiologia do sistema digestório Plexos nervosos intrínsecos (mioentérico e submucoso) + Ondas peristálticas secundárias Bolo alimentar preso é deslocado e movido para frente (fortes ondas peristálticas secundárias + lubrificação pela saliva adicional) Fisiologia do sistema digestório 4. Estômago Situado entre o esôfago e intestino delgado Dividido em três partes: Fundo (acima da abertura esofágica); Corpo (parte média); antro (parte inferior) Esfíncter pilórico: barreira entre o estômago e o duodeno Fisiologia do sistema digestório Fisiologia do sistema digestório Principais funções do estômago Armazenamento de alimentos ingeridos até estarem aptos a entrar no ID Secreção de HCl (ácido clorídrico) e enzimas INÍCIO DA DIGESTÃO DE PROTEÍNAS Conversão do bolo alimentar em QUIMO NÃO HÁ ABSORÇÃO DE NENHUM NUTRIENTE NO ESTÔMAGO, APENAS DE ÁLCOOL E ASPIRINA Fisiologia do sistema digestório Mobilidade gástrica Enchimento relaxamento receptivo (aumenta capacidade do estômago de acomodar o volume adicional de alimento). Estimulado pelo ato de comer e mediado pelo nervo vago Armazenamento células intersticiais de Cajal (potenciais de onda lenta) contrações peristálticas Mistura ocorre no antro do estômago contrações peristálticas fortes formação do quimo Esfíncter pilórico tônus mantém quase fechado (passagem livre de água e fluidos). Esvaziamento Regulado por fatores gástricos e duodenais Fisiologia do sistema digestório Esvaziamento Gástrico FATORES MODO DE REGULAÇÃO EFEITOS SOBRE A MOBILIDADE E O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO DENTRO DO ESTÔMAGO Volume do quimo Distensão: efeito direto sobre a excitabilidade O maior volume estimula a do músculo liso gástrico, além de atuar por meio mobilidade e o esvaziamento dos plexos intrínsecos, do nervo vago e da gastrina Grau de fluidez Efeito direto; o conteúdo deve estar em forma Maior fluidez permite esvaziamento fluida para ser evacuado mais rápido DENTRO DO DUODENO Presença de gordura, ácido, Inicia o reflexo enterogástrico ou ativa a liberação Esses fatores no duodeno inibem hipertonicidade ou distensão de enterogastronas (secretina, colecistocinina) maior mobilidade gástrica e esvaziamento até que o duodeno tenha lidado com fatores já presentes FORA DO SISTEMA DIGESTÓRIO Emoção Altera o equilíbrio autônomo Estimula ou inibe a mobilidade e o esvaziamento Dor intensa Aumenta a atividade simpática Inibe a mobilidade e o esvaziamento FATORES QUE REGULAM A MOBILIDADE E O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO Fisiologia do sistema digestório CONTROLE NEURAL E HORMONAL DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO RESPOSTA NEURAL • Plexos nervosos intrínsecos (reflexo curto) • Nervos autônomos (reflexo longo) COLETIVAMENTE FORMAM O REFLEXO ENTEROGÁSTRICO RESPOSTA HORMONAL• Enterogastronas ( Hormônios do intestino delgado) 1. Secretina: (células S) 2. Colecistocinina (células I) Fisiologia do sistema digestório Secreções gástricas CELULAS SECRETÓRIAS GÁSTRICAS EXÓCRINAS 1. Células mucosas: Secretam muco fino e aquoso 2. Células principais: secretam o precursor da enzima pepsina chamado de pepsinogênio 3. Células parietais ou oxínticas: secretam HCl e fator intrínseco ESSAS SECREÇÕES SÃO LIBERADAS NO LÚMEN GÁSTRICO E COMPÕEM O SUCO DIGESTIVO GÁSTRICO TIPO DE CÉLULA SECRETÓRIA PRODUTO SECRETADO ESTÍMULOS PARA FUNÇÃO DO PRODUTO SECREÇÃO SECRETÓRIO Células mucosas Muco alcalino Estimulação mecânica pelo Protege a mucosa contra conteúdo ferimentos mecânicos, da pepsina e do ácido Células principais Pepsinogênio ACh, gastrina Quando ativado, inicia a digestão das proteínas Células parietais Ácido clorídrico ACh, gastrina Ativa o pepsinogênio histamina decompõe tecido conjuntivo, desnatura proteínas, mata micro- organismos Fator intrínseco Facilita a absorção de vitamina B12 Células semelhantes à histamina Histamina ACh, gastrina Estimula células parietais enterocromafim (ECL) Células G Gastrina Produtos protéicos Estimula células parietais ACh principais e ECL Células D Somatostatina Ácido Inibe as células parietais G e ECL MUCOSA ESTOMACAL E GLÂNDULAS GÁSTRICAS Células exócrinas Células endócrinas/parácrinas Fisiologia do sistema digestório Vias regulatórias que influenciam as células parietais e principais Células G Secretam gastrina + Células parietais e principais Promove secreção do suco gástrico ácido Células ECL Secretam histamina Acelera secreção de HCl e potencializa ações da ACh e da gastrina Células D Secretam somatostatina Retroalimentação Inibe secreção das células parietais , células G e ECL Acetilcolina (ACh) neurotransmissor liberado pelos plexos intrínsecos em resposta a reflexos locais curtos e à estimulação vagal (parassimpático). Estimula as células parietais e principais, e também as células G e ECL. Fisiologia do sistema digestório Digestão no estômago Acontecem dois processos digestivos 1. No corpo contrações peristálticas fracas (não ocorre mistura com o suco gástrico) Digestão dos carboidratos pela amilase salivar (a que ainda não foi desativada pela acidez estomacal) 2. No Antro contrações peristálticas mais efetivas (bolo alimentar é misturado com as secreções gástricas: HCl e pepsina) início da digestão das proteínas. Fisiologia do sistema digestório Órgãos digestórios acessórios e intestino delgado SECREÇÕES PANCREÁTICAS E BILIARES PÂNCREAS: Localizado atrás e abaixo do estômago, acima da primeira alça do duodeno Parte exócrina: secreta enzimas digestivas e solução alcalina aquosa rica em NaHCO3 As enzimas secretadas são proteolíticas (digestão de proteínas); amilase pancreática (digestão de carboidratos) e lipase pancreática (digestão de lipidios) Parte endócrina: secreção de insulina e glucagon Fisiologia do sistema digestório Órgãos digestórios acessórios e intestino delgado Fisiologia do sistema digestório Controle da secreção exócrina pancreática Principalmente por controles hormonais Presença do quimo no intestino delgado estimula liberação de SECRETINA E COLECISTOCININA (CCK) Gordura, ácido, hipertonicidade e distensão + SECRETINA (estímulo principal é o ácido no duodeno) + Secreção de NaHCO3- Para neutralizar acidez do quimo que chegou no duodeno Gordura, produtos protéicos + COLECISTOCININA (CCK) (estímulo principal são os lipídios) + Células acinares pancreáticas secreção de enzimas digestivas pancreáticas (lipase e enzimas proteolíticas) Fisiologia do sistema digestório Órgãos digestórios acessórios e intestino delgado FUNÇÕES PRINCIPAIS DO FÍGADO 1. Secreção de sais biliares (auxílio na digestão e absorção de lipidios) 2. Processamento metabólico dos principais nutrientes (CHO, LIP e PTN) 3. Desintoxicação ou degradação (detritos corporais,hormônios, medicamentos, etc) 4. Síntese de proteínas plasmáticas (incluindo as de coagulação sanguínea, transporte de colesterol, de hormônios esteróides e da tireóide) e angiotensinogênio 5. Armazenamento de glicogênio, gorduras, ferro, cobre e muitas vitaminas 6. Ativação da vitamina D, conjuntamente com os rins 7. Remoção de bactérias e glóbulos vermelhos desgastados (macrófagos) 8. Secreção dos hormônios trombopoietina (prod.de plaquetas; hepcidina (inibe a absorção de ferro pelo intestino) 9. Produção de proteínas da fase aguda na inflamação 10. Excreção de colesterol e bilirrubina (produto de composição dos glóbulos vermelhos) Fisiologia do sistema digestório Órgãos digestórios acessórios e intestino delgado Fisiologia do sistema digestório Órgãos digestórios acessórios e intestino delgado VESÍCULA BILIAR A vesícula biliar armazena a bile produzida pelo fígado Esfíncter de Oddi: protege a abertura do duto biliar no duodeno evita que a bile entre no duodeno (com exceção durante a digestão das refeições) Depois da refeição a bile entra no duodeno (efeitos combinados do esvaziamento da vesícula e do aumento da secreção de bile pelo fígado) Fisiologia do sistema digestório Órgãos digestórios acessórios e intestino delgado A circulação enterohepática Bile contém componentes orgânicos (sais biliares, colesterol, lecitina e bilirrubina) e fluido aquoso alcalino Sais de bile são derivados de colesterol (após participação na digestão e absorção de gordura, sua maior parte é reabsorvida no sangue e retornam ao fígado via sistema porta hepático, onde será novamente secretado na bile) Esta reciclagem de sais biliares entre o intestino delgado e o fígado é chamada de CIRCULAÇÃO ENTEROHEPÁTICA. Efeito: mantém a reserva de sais biliares constante Fisiologia do sistema digestório Órgãos digestórios acessórios e intestino delgado A circulação enterohepática Os sais da bile secretados são compostos por 95,0% de sais de bile velhos e 5% de sais de bile recém sintetizados 95% dos sais de bile são removidos pelo íleo terminal Os sais da bile reabsorvidos são reciclados pela circulação enterohepática 5% dos sais de bile são perdidos nas fezes Fisiologia do sistema digestório Órgãos digestórios acessórios e intestino delgado SAIS BILIARES AJUDAM NA DIGESTÃO E NA ABSORÇÃO DE GORDURAS Ação detergente (emulsificação) Facilitam a absorção de gorduras participando de micelas A emulsificação consiste na capacidade dos sais biliares transformarem glóbulos grandes de gordura em uma emulsão lipídica Efeito: aumenta a área de superfície disponível para ataque da lipase pancreática Pâncreas secreta juntamente com a lipase, o polipeptídeo COLIPASE (parte lipossolúvel e outra solúvel em água) se liga à liga à lipase, “ancorando” a enzima ao local de ação. Glóbulos de gorduras são compostos principalmente por moléculas de triglicérides não digeridas Fisiologia do sistema digestório Órgãos digestórios acessórios e intestino delgado ESTÍMULO DA SECREÇÃO BILIAR Aumento por mecanismos químicos, hormonais e neurais Mecanismo químico (sais de bile) Substâncias coleréticas ( secreção da bile pelo fígado) Colerético mais potente: sais biliares Mecanismo hormonal (secretina) estimula secreção de bile alcalina aquosa pelos dutos hepáticos Mecanismo neural (nervo vago) estimulação vagal do fígado, promove aumento no fluxo de bile do fígado antes que o alimento chegue ao estômago ou ao intestino. Fisiologia do sistema digestório Órgãos digestórios acessórios e intestino delgado VESÍCULA BILIAR ARMAZENA E CONCENTRA A BILE ENTRE AS REFEIÇÕES E ESVAZIA DURANTE AS REFEIÇÕES Presença do quimo no intestino delgado (especialmente produtos de lipídios) ativa a liberação de CCK CCK estimula a contração da vesícula e o relaxamento do esfíncter de Oddi bile é descarregada no duodeno (auxilia na digestão e absorção adequadas de lipídios) Fisiologia do sistema digestório Intestino delgado LOCAL EM QUE OCORRE A MAIOR PARTE DA DIGESTÃO E ONDE OCORRE A ABSORÇÃO DE NUTRIENTES Dividido em DUODENO, JEJUNO E ÍLEO Mobilidade do ID inclui: segmentação mistura com os sucos digestivos e exposição do quimo às superfícies absorventes da mucosa do ID SEGMENTAÇÃO: Principal método de mobilidade do ID durante a digestão de uma refeição mistura e impulsiona lentamente o quimo SEGMENTAÇÃO: Contrações oscilantes do músculo liso circular por todo o comprimento do ID. Alternância de relaxamento e contração de uma parte do ID (o quimo é cortado, agitado e completamente misturado) Fisiologia do sistema digestório Intestino delgado Fisiologia do sistema digestório Iniciação e controle da segmentação A segmentação é iniciada pelas células marcapasso do ID Produção de Ritmo Elétrico Básico (REB) Grau de reatividade do músculo liso circular ou seja a intensidade das contrações de segmentação são influenciadas por: 1. Distensão do intestino (segmentação duodeno e íleo) 2. Hormônio gastrina (segmentação do íleo vazio Reflexo gastroileal) 3. Atividade nervosa extrínseca (Parassimpático segmentação Simpático segmentação) Fisiologia do sistema digestório Digestão no Intestino Delgado Enzimas do ID completam a digestão dentro da membrana de borda em escova Enzimas pancreáticas Microvilosidades formam a borda em escova A membrana plasmática da borda em escova contém três categorias de proteínas integrais que funcionam como enzimas I. Enteroquinase: ativa tripsinogênio (enzima proteolítica pancreática) II. Dissacaridases (maltase, sacarase e lactase) hidrólise de maltose, sacarose e lactose) III. Aminopeptidases: hidrolisam peptídeos em aminoácidos PROCESSOS DIGESTIVOS DAS TRÊS PRINCIPAIS CATEGORIAS DE NUTRIENTES Nutrientes Enzima para digestão Fonte de enzimas Local de ação das Ação das enzimas Unidades de nutrientes do nutrientes enzimas absorvíveis CARBOIDRATOS Amilase Glândulas salivares Boca Hidrolisa polissacarídeos em dissacarídeos Pâncreas exócrino Lúmen do ID Dissacaridases Células epiteliais Borda em escova Hidrolisam dissacarídeos Monossacarídeos, especialmente (maltose,sacarose, do ID do ID em monossacarídeos a glicose lactose) PROTEÍNAS Pepsina Células principais Antro do estômago Hidrolisa proteína em do estômago fragmentos de peptídeo Tripsina, quimotripsina Pâncreas exócrino Lúmen do ID Atacam diferentes fragmentos carboxipeptidase de peptídeos Aminopeptidases Células epiteliais Borda em escova Hidrolisam fragmentos de Aminoácidos e alguns do ID do ID peptídeos em aminoácidos peptídeos pequenos LIPÍDIOS Lipase Pâncreas exócrino Lúmen do ID Hidrolisa triglicerídeos Ácidos graxos e monoglicérides em ácidos graxos e monoglicérides Sais biliares Fígado Lúmen do ID Emulsificam grandes glóbulos de gordura para ataque pela lipase pancreática Fisiologia do sistema digestório Intestino Grosso Formado por cólon, ceco, apêndice e reto Cólon é dividido em 3 partes: cólon ascendente, cólon descendente e cólon transversal Cólon sigmóide cólon descendente assume formato de um S Se endireita e forma o reto Conteúdo que chega ao cólon consiste em resíduos alimentares não digeríveis Cólon extrai água e sal do conteúdo Restante é eliminado na forma de fezes Principal função do IG: armazenar as fezes antes da defecação Fisiologia do sistema digestório Intestino Grosso MOVIMENTOS DO INTESTINO GROSSO • Contrações haustrais: movem lentamente o conteúdo do cólon para frente e para trás • Movimentos lentos e não propulsores • Contrações haustrais são a principal mobilidade do cólon • Iniciam-se pela ritmicidade autônoma das células do músculo liso do cólon • Movimentos de massa impulsionam as fezes por longas distâncias levam o conteúdo do cólon para a parte distal do IG Fisiologia do sistema digestório Intestino Grosso REFLEXO DA DEFECAÇÃO • Movimentos de massa do cólon movem as fezes para o reto • Distensão do reto estimula receptores de estiramento na parede retal inicia o reflexo da defecação • Esfíncter anal interno (controle involuntário) relaxa reto e cólon sigmóide contraem- se vigorosamente • Se o esfíncter anal externo (controle voluntário) relaxar defecação • Se o esfíncter anal externo contrair (circunstâncias desfavoráveis à defecação) a defecação é evitada. • Defecação adiada parede retal distendida relaxa ocorrerá posteriormente outro reflexo de defecação (geralmente em 12hs) Fisiologia do sistema digestório Intestino Grosso REFLEXO DA DEFECAÇÃO • Movimentos de massa do cólon movem as fezes para o reto • Distensão do reto estimula receptores de estiramento na parede retal inicia o reflexo da defecação • Esfíncter anal interno (controle involuntário) relaxa reto e cólon sigmóide contraem- se vigorosamente • Se o esfíncter anal externo (controle voluntário) relaxar defecação • Se o esfíncter anal externo contrair (circunstâncias desfavoráveis à defecação) a defecação é evitada. • Defecação adiada parede retal distendida relaxa ocorrerá posteriormente outro reflexo de defecação (geralmente em 12hs) Fisiologia do sistema digestório RESUMO DA MOTILIDADE, SECREÇÃO, DIGESTÃO E ABSORÇÃO EM DIFERENTES REGIÕES DO SISTEMA DIGESTÓRIO CAVIDADE ORAL E ESÔFAGO M: mastigação e deglutição S: saliva (glândulas salivares), lipase D: carboidratos, gorduras (mínima) A: nenhuma ESTÔMAGO M: mistura peristáltica e propulsão S: HCl (células parietais); pepsinogênio e lipase gástrica (células principais); muco e HCO3- (celulas mucosas da superfície) gastrina (células G); histamina (células ECL) D: proteínas; gorduras A: substâncias lipossolúveis, como álcool e aspirina LEGENDA M: motilidade S: secreção D: digestão A: absorção Fisiologia do sistema digestório RESUMO DA MOTILIDADE, SECREÇÃO, DIGESTÃO E ABSORÇÃO EM DIFERENTES REGIÕES DO SISTEMA DIGESTÓRIO LEGENDA M: motilidade S: secreção D: digestão A: absorção INTESTINO DELGADO M: mistura e propulsão principalmente por segmentação S: enzimas; HCO3- e enzimas (pâncreas); bile (fígado) muco (células caliciformes); hormônios: CCK, secretina e GIP D: carboidratos, gorduras, polipeptídeos, ácidos nucléicos A: peptídeos por tranporte ativo; aminoácidos, glicose e frutose por transporte ativo secundário; gorduras por difusão simples; água por osmose; íons, minerais e vitaminas por transporte ativo INTESTINO GROSSO M: mistura segmentar; movimento de massa para propulsão S: muco (células caliciformes) D: nenhuma (exceto por bactérias A: íons, água, minerais, vitaminas e pequenas moléculas orgânicas produzidas por bactérias
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