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Resumo Dilema de Ação Coletiva, (OLSON, caps 2, 3, 4)

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A Lógica de Ação Coletiva – Olson. Caps 1,2,4
	O proposito das organizações. Uma característica comum de todas as organizações é que elas buscam maximizar os interesses comuns de seus membros. Uniões trabalhistas, organizações agrarias e o próprio Estado são exemplos de algumas organizações. Organizações grandes podem ter interesses individuais também, mas tem de ter algum interesse comum para ser maximizado.
	Olson argumenta que o interesse individual auto-centrado não interferem na ação de buscar os interesses comuns, para explicar isso ele faz uso da analogia de um mercado competitivo. Sob o estado de competição perfeita, um grande numero de produtores produzem bens idênticos, que todos eles vendem por um preço determinado pelo mercado, o que leva a um lucro econômico zero. Logo, as empresas poderiam entrar em acordo e aumentar o preço, o que reduziria a demanda, mas aumentaria o lucro, o que é um interesse comum. Isso não acontece por que cada empresa também tem interesses pessoais, o que nesse caso seria vender o quanto fosse possível enquanto o custo marginal for menor que o preço. A empresa poderia aumentar os preços pedindo aos governos para impor um preço mínimo, ou cobrar tarifas. Isso requereria um “lobbying” que custaria dinheiro e tempo, se o lobbying for bem sucedido o beneficio será para todas as empresas do mercado, mesmo as firmas que agem de forma egoísta e deixa para as outras empresas promoverem dinheiro e tempo para o lobbying.
	A teoria tradicional dos grupos. Não oferece nenhuma distinção entre grupos pequenos e grandes, desconsidera o tamanho dos grupos e acredita que tanto os grupos grandes quanto os pequenos possuem características similares e são igualmente efetivos em promover os interesses de seus membros. A teoria casual e a teoria formal são duas vertentes da teoria tradicional.
	A teoria casual acredita que o grupos são encontrados em todos os lugares porque é do instinto humano formar associações para se fortalecer, enquanto a teoria formal explica a formação de grupos através da evolução das sociedades modernas industriais. Nos tempos primitivos existiam os grupamentos familiares e grupos de parentesco e a medida que a evolução aconteceu os grupos secundários surgiram, performando funções sociais parecidas.
	O autor destaca a dificuldade de analisar a relação entre o tamanho e comportamento do grupo. O peso atribuído a um bem comum por um individuo é a dificuldade. De maneira geral, um bem comum será provido se o grupo se beneficia dele mais do que o custo de manter aquele bem. A condição ótima para prover um bem coletivo é que o custo marginal deveria ser igual ao beneficio marginal para cada individuo, qualquer outra combinação será sub-ótima.
	Olson diferencia bens públicos e bens públicos exclusivos. Em uma situação sem mercado, quando a provisão do bem publico aumenta proporcionalmente ao tamanho do grupo, o bem publico é um bem publico inclusivo. Um bem publico exclusivo existe em uma situação de mercado, onde membros de grupos tentam reduzir o tamanho do grupo porque o bem publico possui um tamanho limitado.
	Em situações de Mercado, os grupos poderiam ser classificados sob um oligopolio ou competição perfeita. Um oligopólio é quando as ações de uma empresa tem efeitos consideráveis nas outras empresas. A competição perfeita acontece quando nenhuma empresa afeta as outras dentro dos grupos. 
	Em situações sem mercado, grupos poderiam ser classificados em grupos privilegiados e grupos intermediários. Os grupos privilegiados se beneficiam se o bem coletivo fosse oferecido ao mercado, mesmo que eles tivessem que arcar com os custos. Os grupos intermediários não se beneficiam do bem coletivo.
	Em grupos grandes, os participantes sabem que seus esforços individuais terão efeito pequeno, ou efeito nenhum, no funcionamento do grupo e mesmo assim receberão os benefícios do grupo, independente do seu esforço. Participantes também não fazem estudos ou pesquisas em relação ao assunto sendo discutido e querem que a reunião acabe logo, como resultado, as organizações preferem grupos pequenos quando o objetivo é a tomada de decisões. Grupos pequenos são melhores para tomar decisões e grupos grandes são melhores para abarcar diversos pontos de vista.
O perfeito consenso é um fator essencial para o acordo dos grupos para as teorias tradicionais, Olson discorda dessa premissa. Alcançar um consenso perfeito é muito raro, e uma tomada de decisão eficiente depende de diversos outros fatores.
Os incentivos sociais podem influenciar as tomadas de decisões, similarmente a incentivos econômicos. Prestigio, respeito e amizade são alguns dos incentivos sociais. Normalmente, incentivos sociais tendem a funcionar melhor em grupos pequenos do que grandes por duas razões. Primeiro, em grupos grandes os indivíduos não fazem uma diferença significativa no processo de tomada de decisão; segundo, não é possível conhecer todos a um nível pessoal para os incentivos sociais serem efetivos. A única forma de um incentivo social funcionar em um grupo grande é fazer um grupo federal. Um grupo federal é um grupo grande dividido em grupos menores, e cada grupo menor tem interesses comuns para trabalhar, nesse contexto os incentivos sociais poderiam ser usados para influenciar os indivíduos nesses grupos menores para contribuir de forma a beneficiar todo o grupo federal.
É a era do comercio, e as uniões trabalhistas estão maiores, muito embora elas não eram grandes no principio. Eram grupos pequenos e locais, ao invés de grupos nacionais. O movimento trabalhista nas américas, assim como os britânicos, foram uma combinação de pequenas uniões que tinham seus próprios interesses e eram independentes umas das outras. Acredita- se que as uniões são uma parte significante em grandes fabricas, onde as chances de existir uma relação pessoal é pequena. As explicações para os fatores que embasam o padrão histórico do crescimento trabalhista podem ser numerosas, mas podem ser parcialmente descritas pela premissa de que grupos pequenos são considerados mais qualificados para promover bens coletivos para si do que grupos grandes. As condições de trabalho em uniões trabalhistas pequenas aumentariam seu circulo social, o que permitiria que eles também gozassem dos benefícios coletivos, e proveria um incentivo maior para formar a união. A força politica de uma união nacional é maior do que de uma união local, em um caso em que um individuo é membro de uma união nacional muda de um empregador para o outro, ele continua sendo membro da união.
É uma falsa percepção de que instrumentos como “union shop” e “closed shop” são instrumentos modernos, eles existem desde os primeiros dias da emergência das uniões trabalhistas e também estavam presentes nas uniões locais pequenas. Embora a emergência das primeiras uniões trabalhistas não possam ser somente consideradas como um resultado de uma participação mandatória, existe uma possibilidade de que uniões pequenas possam ter surgido sem obrigatoriedade, e mais tarde tenha estendido seu tamanho e poder usando a obrigatoriedade. 
O fato de que os “strikebreakers” ganham mais que o usual, enquanto aqueles na greve não ganham, desenvolve as questões de que usar a coerção para parar os “strikebreakers” é a única opção, ou existe uma alternativa? Uma alternativa sugerida pelo autor é fazer o que for votado por uma maioria, e fazer o contrario do que for votado dever ser feito ilegal. Uma outra alternativa é de que bens não coletivos como seguros de saúde sejam providos pela união por aqueles que fizerem parte dela. Esses incentivos econômicos podem ser usados para impedir que os strikebreakers furem a greve. Apesar da maioria das uniões serem legalmente permitidas a representar todos os trabalhadores (membros ou não), é difícil garantir que os não membros recebam os mesmos destaques que os membros. O grande número de membros são drenados pela coerção e participação compulsória. O conceito de “free-riding” é destacado por Olson, ao dizer que as uniões funcionam paraos benefícios coletivos dos trabalhadores, mas não oferecem nenhum incentivo especial para se filiar, uma vez que se a união conquistar algo será compartilhado por todos. Uniões são exemplos de instituições que trabalham para o benéfico coletivo de grupos grandes.

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