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LUZ E COR

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Professora Cristina Cardoso 
8º Ano- EDUCAÇÃO VISUAL 
Escola Básica e Secundária 
D. Martinho Vaz de Castelo Branco 
LUZ E COR 
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A cor é um produto cultural; não existe se não 
for percebida, isto é, se não for, não apenas 
vista com os olhos, mas também e sobretudo 
descodificada com o cérebro, a memória, os 
conhecimentos, a imaginação. 
 
(M. Pastoureau) 
Cor é simultaneamente forma e motivo. 
(R. Delaunay) 
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Os seus trabalhos foram o ponto de partida para o 
conhecimento que temos, hoje em dia, sobre luz e 
cor. 
Demonstrou que a luz branca do Sol era uma 
mistura aditiva de cores-luz através da experiência 
com o prisma ótico. 
Foi o primeiro a organizar as cores num círculo que 
possuía sete cores principais (vermelho, laranja, 
amarelo, verde, azul, anil, violeta) que estavam 
relacionadas com os sete planetas e as sete notas 
musicais. 
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– Foi escritor e político no entanto foi como 
poeta que ficou mais conhecido. 
Foi o primeiro a confrontar as ideias de Newton 
pois via as cores como um fenómeno puramente 
físico. 
 
– Considerava que para além da luz, a sombra 
também tinha o seu papel como condicionante 
das cores, e por isso, a sua teoria relevou-se de 
fácil compreensão para o mundo da pintura cuja 
matéria-prima é a tinta, o pigmento. 
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– A sua Teoria das Cores (Zur Farbenlehre) foi 
publicada originalmente em 1810 e aborda as 
cores em 3 secções: cores fisiológicas, cores 
físicas e cores químicas. 
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– Pintor e professor americano. 
 
– Implementou um sistema de classificação da cor que 
era baseado em e qualidades distintas: 
 
Matiz (ou tom) que é a qualidade que distingue uma cor 
da outra e depende do comprimento de onda dominante; 
 
Saturação (ou croma) que é correspondente ao grau de 
intensidade ou de pureza da cor, as cores mais saturadas 
são as que possuem pigmentos mais puros; 
 
Valor (ou brilho) que corresponde ao grau de claridade 
ou obscuridade da cor. 
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– 5G-5/8 representa um tom (matiz) de verde 
(green), com um valor médio na escala de valor 
(brilho) e com 8 graus distante do cinza neutro. 
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– Artista plástico e professor na Bauhaus onde 
desenvolveu e aplicou a sua teoria da cor. 
 
O seu círculo cromático é formado por 12 cores: 
as 3 primárias, as 3 secundárias e 6 terciárias. 
A partir dos modos de ação característicos das 
cores estabeleceu sete contrastes diferentes: da 
cor em si, claro-escuro, quente-frio, de 
complementares, simultâneo, de quantidade, de 
qualidade. 
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Desenvolveu também uma estrela de cores onde, 
num modelo bidimensional, representa a gradação 
das 12 cores em direção ao preto e ao branco. 
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– Artista plástico, considerado o primeiro pintor 
abstracionista, e professor na Bauhaus. 
 
– Começa por estudar isoladamente as cores, 
sobretudo os seus efeitos psíquicos. 
 
– Privilegia os efeitos cromáticos quase sempre 
numa analogia com o som (música), o movimento 
e os estados de espírito. 
 Distingue quatro grandes contrastes: quente/frio, 
claro/escuro, verde/vermelho e laranja/violeta. 
Faz a associação entre cores e formas geométricas. 
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Músico, artista plástico e professor na Bauhaus. 
 
A sua teoria da cor resulta da planificação das suas 
aulas. 
 
A sua teoria da cor tem por base o arco-íris e, 
também, associa a cor à música. 
 
Os pares de cores complementares (vermelho-
verde, laranja-azul e amarelo-violeta) são 
verdadeiros pares de cores e entre cada um desses 
pares de cores encontra-se o cinza neutro. 
Cada uma das três cores primárias influencia as 
cores que estão à sua volta, estendendo-se a dois 
terços do círculo cromático. 
Apresenta-nos o seu círculo cromático de doze cores 
hierarquizadas pela sua importância. 
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Artista plástico e professor na Bauhaus, onde começou a 
desenvolver a sua teoria da cor que consolidou na 
Universidade de Yale e publicou sob o título “Interação da 
Cor”. Parte do princípio que a cor nos engana. 
Interessa-lhe, principalmente, o que acontece entre as 
cores, como se influenciam. 
Levava os alunos a chegar às teorias da cor através da 
experimentação. 
Não usava tintas mas recortes de papéis coloridos. 
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TEORIA DA COR 
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Cores primárias e secundárias 
Cor-Luz 
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Cores primárias e secundárias 
Cor-Pigmento 
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Círculo cromático 
Cores primárias 
1 – Amarelo 
2 – Azul Ciano 
3 – Magenta 
Cores secundárias 
4 - Verde 
5 – Violeta 
6 – Laranja 
Cores terciárias 
7 – Verde amarelado 
8 – Verde azulado 
9 – Violeta azulado 
10 – Violeta avermelhado 
11 – Laranja avermelhado 
12 – Laranja amarelado 
Cores quentes 
Cores frias 
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Contrastes cromáticos 
Nesta tabela de cores podemos verificar quanto 
uma cor pode mudar conforme a cor do fundo 
em que se encontra. 
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Contrastes cromáticos 
Contraste da cor em si – contraste de cores 
puras, vivas e saturadas. 
Contrastes de cores quentes e frias – resulta 
da possibilidade de se obterem sensações de 
temperatura no domínio da impressão ótica 
das cores. 
Contraste simultâneo – resulta da perceção 
provocada por cores que se justapõem. 
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Contrastes cromáticos 
Contraste claro-escuro – explora a 
luminosidade e o valor tonal das cores. 
Contraste de quantidade – associado às 
relações de luminosidade da cor e da 
dimensão da forma que ocupa. 
Contraste de cores complementares – resulta 
da associação de duas cores que, em 
pigmentos e se misturadas, nos dão o cinza 
(anulam-se). 
Contraste de qualidade – associado ao grau 
de pureza ou saturação da cor. 
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Cores como modificadores de ambiente 
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Contrastes de cores em produções plásticas 
Franz Marc 
Os Pequenos Cavalos Azuis, 1911 
Óleo sobre tela, 61x101 cm 
Hamburgo, Coleção particular 
Franz Marc 
Cavalo numa Paisagem, 1910 
Óleo sobre tela, 85 x 112 cm 
Essen, Museum Folkwang 
 
 
ALBERS, Josef – A interação da cor. S. Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. ISBN 978-85-7827-045-2. 
AREAL, Zita; MOREIRA, Ágata - Visualmente 7/8/9. Porto: Areal Editores, 2012. ISBN 978-989-
647-401-0. 
BARROS, Lilian Ried Miller – A Cor no processo criativo: Um estudo sobre a Bauhaus e a teoria 
de Goethe. 4ª ed. S. Paulo: Editora Senac, 2011. ISBN 978-85-7359-877-3. 
GOETHE, Joahann Wolfgang von – Traité des couleurs: accompagné de trois essais théoriques. 
3º ed. Paris: Centre Triades, 1986. ISBN 2-85248-084-0. 
GRAÇA, Cristina Carrilho [et al.] - Ver, Desenhar e Criar. Lisboa: Raiz Editora, 2012. ISBN 978-
972-680-906-7. 
ITTEN, Johannes – Art de la couleur. Paris: Dessain et Tolra, [1973]. ISBN 2-249-25014-6. 
KANDINSKY, Wassily – Do Espiritual na Arte. 9ª ed. Alfragide: Publicações Dom Quixote, 2013. 
ISBN 978-972-20-4003-7. 
KLEE, Paul – Notebooks, volume 1, The thinking eye. Londres: Lund Humphries Publishers 
Limited, 1973. 
MUNSELL, Albert H. – A Grammar of Color. New York: Van Nostrand Reinhold Company, 1969. 
NOGUEIRA, Ana; BRITO, José - Educação Visual: 3º ciclo. Santillana Constância, 2012. ISBN 
978-989-708-163-7. 
RODRIGUES, Francisco Carlos; SOUSA, Isabel Susana; LOBO, Rui Castro - Visual: Educação 
Visual 3º ciclo. Lisboa: Texto Editores, 2012. ISBN 978-972-47-4735-4. 
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