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DIREITO NATURAL, DIREITO POSITIVO E FONTES (ORGANOGRAMA)

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CONCEITO DE DIREITO NATURAL
conceito apresentado por Norberto BOBBIO, conforme sintetizado por Guido Fassò, em Dicionário de Política, in verbis:
O Jusnaturalismo é uma concepção segundo a qual existe e pode ser conhecido um ‘direito natural’ (ius naturale), ou seja, um sistema de normas de conduta intersubjetiva diverso do sistema constituído pelas normas fixadas pelo Estado (direito positivo). (BOBBIO,
1992, p. 655).
Neste sentido, o direito natural tem validade em si, é anterior e superior ao direito positivo. Para essa concepção, em caso de conflito entre as noções do direito natural e as normas positivadas, é aquele que deve prevalecer.
DIREITO NATURAL
TRÊS VERSÕES FUNDAMENTAIS SOBRE A DEFINIÇÃO DO JUSNATURALISMO:
Uma lei “natural” em sentido estrito, para todos os seres vivos (naturalismo ou cosmologia);
Uma lei estabelecida por vontade da divindade (Deus) e por esta revelada aos homens (origem sobrenatural);
Uma lei ditada pela razão, específica, portanto inerente ao homem que a encontra autonomamente dentro de si (racionalismo).
Norberto Bobbio, em Dicionário de Política (1992, p. 656), explana que há três concepções sobre o Direito natural: Cosmológico, Teológico e Antropológico.
ANTROPOLÓGICO ou RACIONAL: desenvolvida a partir do renascimento, baseia-se no homem, na sua racionalidade.
TEOLÓGICO: o Direito natural é a expressão da lei eterna, divina. Origina-se em Deus.
DIREITO NATURAL
COSMOLÓGICO: o direito origina-se de uma ordem natural das coisas.
DEFINIÇÃO DO DIREITO NATURAL (NORBERTO BOOBIO)
“O Direito Natural prescreve ações cujo valor não depende do juízo que sobre elas tenha o sujeito, mas existe independentemente do fato de parecerem boas a alguns e má a outros.”
O Direito natural consistem em um conjunto de normas de observância necessária, entretanto não é suficiente para garantir uma convivência harmônica entre os seres humanos. Assim sendo, o próprio direito natural evoca uma complementação por meio do direito positivo.
O direito positivo, assim criado, é fruto da vontade soberana da sociedade, que deve impor a todos os cidadãos normas voltadas para a assegurar às relações interpessoais a ordem e a estabilidade necessárias para a construção de uma sociedade justa. Dessa forma, a vontade do soberano contribui para a efetivação da justiça, de tal forma que ela deve ser observada sempre que não colidir com os mandamentos do direito natural, pois ele é a fonte da sua legitimidade.
O conceito de direito positivo não deve ser limitado ao direito escrito nem ao legislado. O que torna positiva uma norma não é o fato de ela ser fruto da atividade legislativa, pois essa atividade gera apenas as leis, que as regras jurídicas caracterizada por serem impostas pela autoridade política. Porém, são igualmente positivos os costumes e os contratos, pois ambos são formas de criação histórica do direito, a partir do exercício do poder normativo social.
Direito Natural: é um conjunto de princípios basilares, que não são fruto da criação da sociedade, nem do Estado, sendo, pois, um Direito que surge por exigências da natureza. Esse Direito advém da própria natureza e suas regras serão sempre imutáveis e universais, como o direito à vida e liberdade. Esses princípios de Direito natural é que devem nortear a criação das leis.
DIREITO POSITIVO:
O direito positivo, observa-se fruto da sociedade, devendo impor à todos normas que discipline a conduta social bem como as inter-relações humanas, na busca da ordem da sociedade e da justiça.
Segundo Alexandre Araújo Costa: 
“O conceito de direito positivo não deve ser limitado ao direito escrito nem ao legislado. O que torna positiva uma norma não é o fato de ela ser fruto da atividade legislativa, pois essa atividade gera apenas as leis, que as regras jurídicas caracterizada por serem impostas pela autoridade política. Porém, são igualmente positivos os costumes e os contratos, pois ambos são formas de criação histórica do direito, a partir do exercício do poder normativo social.”
Norberto Bobbio assim definiu o que seja o Direito positivo:
O Direito positivo, ao contrário, é aquele que estabelece ações que, antes de serem reguladas, podem ser cumpridas indiferentemente de um modo ou de outro mas, uma vez reguladas pela lei, importa (isto é: é correto e necessário), que sejam desempenhadas do modo prescrito em lei. 
Aristóteles dá este exemplo: antes da existência de uma lei ritual é indiferente sacrificar a uma divindade uma ovelha ou duas cabras; mas uma vez existente uma lei que ordena sacrificar uma ovelha, isto se torna obrigatório; é correto sacrificar uma ovelha, e não duas cabras, não por que esta ação seja boa por sua natureza, mas porque é conforme a uma lei que dispõe desta maneira.
Direito Positivo: são as leis que devem ser seguidas em um determinado local e época, por imposição estatal. Vale dizer que não são somente as leis escritas, pois há países, que embora não possuam leis escritas e organizadas, em códigos, essas decorrem dos costumes e tem a mesma força de uma lei escrita.
FONTES DO DIREITO
A palavra FONTES provém do latim, fons, fontis e significa nascente de água. No âmbito de nossa Ciência é empregada como metáfora.
Distinguimos três espécies de fontes do Direito: históricas, materiais e formais.
Indicam a gênese das modernas instituições jurídicas: a época, local, as razões que determinaram a sua formação.
Segundo: Sternberg, “aquele que quisesse realizar o Direito sem a História não seria jurista, nem sequer um utopista, não traria à vida nenhum espírito de ordenamento social consciente, senão mera desordem e destruições”.
FONTES HISTÓRICAS
INDIRETAS: FATORES JURÍDICOS – fatos sociais, problemas que emergem na sociedade e que são condicionados pelos chamados fatores do Direito, como a Moral, a Economia, a Geografia, entre outros.
FONTES MATERIAIS
FONTES DO DIREITO
DIRETAS: órgãos elaboradores do Direito Positivo, como a sociedade, que cria o Direito
consuetudinário, o Poder Legislativo, que elabora as leis, e o Judiciário, que produz a jurisprudência.
IMEDIATAS: As normas legais.
FONTES FORMAIS
MEDITAS: os costumes, os  princípios gerais do direito a jurisprudência e a doutrina.

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