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AULA ABORDAGEM SINDRÔMICA

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ABORDAGEM SINDRÔMICA DAS IST'SABORDAGEM SINDRÔMICA DAS IST'S
Aracaju 2016
ENFª TAMIRES DA SILVA CONCEIÇÃO
PÓS-GRADUADA EM ENFERMAGEM EM UTI PEDIÁTRICA E NEONATAL
ENSINO CLÍNICO II
o A abordagem sindrômica é baseada na identificação de grupos 
de sintomas e de sinais reconhecidos a partir dos dados do 
interrogatório e do exame físico.
o Esta alternativa para o tratamento dos casos de IST baseia-se na 
identificação e no tratamento dum dado problema de saúde.
 A abordagem sindrômica permite ao doente 
receber um tratamento sem demora e aumenta as 
suas probabilidades de cura. 
ABORDAGEM SINDRÔMICA DAS IST'SABORDAGEM SINDRÔMICA DAS IST'S
● ETAPAS DA ABORDAGEM SINDRÔMICA DAS IST
o Acolhimento / interrogatório ou anamnese;
o O exame físico;
o O diagnostico sindrômico;
o O tratamento;
o O aconselhamento;
o O convite ao(s) parceiro(s);
o O registo dos casos. 
ABORDAGEM SINDRÔMICAABORDAGEM SINDRÔMICA
o A presença de corrimento vaginal anormal é a manifestação 
duma vaginite e/ou duma Cervicite.
o VAGINITES:
 Cândida albicans – CANDIDÍASE
 Gardnerella vaginalis – VAGINOSE BACTERIANA
 Trichomas vaginalis – TRICOMONÍASE (IST)
o CERVICITES:
 Neisseria gonorrhoeae – GONORREIA (IST)
 Chlamydia trachomatis – CLAMÍDIA (IST)
SINDROME DO CORRIMENTO VAGINALSINDROME DO CORRIMENTO VAGINAL
o Vaginite 
CORRIMENTO VAGINAL: VAGINITE/CERVICITECORRIMENTO VAGINAL: VAGINITE/CERVICITE
o Cervicite 
CORRIMENTO VAGINAL: VAGINITE/CERVICITECORRIMENTO VAGINAL: VAGINITE/CERVICITE
Causas Característic
as Clínicas
 Orientação Tratamento Gestante/Nut
rizes
Observação
Candidíase Secreção vaginal branca, grumosa aderida à parede 
vaginal e ao colo do útero;
• Sem odor;
• Prurido vaginal intenso;
• Edema de vulva;
• Hiperemia de mucosa;
• Dispareunia de introito.
Orientar medidas 
higiênicas:
• uso de roupas íntimas 
de algodão (para 
melhorar a ventilação e 
diminuir umidade na
região vaginal);
• evitar calças apertadas; 
• retirar roupa íntima para 
dormir.
A primeira escolha:
• Miconazol creme a 2% – 
um aplicador (5 g) à noite, 
ao deitar-se, por 7 dias; 
OU 
• Nistatina 100.000 UI – 
um aplicador à noite, ao 
deitar-se, por 14 dias.
A segunda escolha:
• Fluconazol, 150 mg, VO, 
dose única; OU
• Itraconazol, 200 mg, VO, 
a cada 12 horas, por 1 
dia.
Miconazol creme a 2% um 
aplicador (5 g) à noite, ao 
deitar-se, por 7 dias; 
OU 
• Nistatina 100.000 UI – 
um aplicador à noite, ao 
deitar-se, por 14 dias;
A candidíase recorrente
(quatro ou mais episódios 
em um ano)
Fluconazol, 150 mg, VO,
1x/semana, por 6 meses; 
OU
• Itraconazol, 400 mg, VO,
1x/mês, por 6 meses; OU
• Cetoconazol, 100 mg, 
VO,
1x/dia, por 6 meses.
Vaginose 
Bacteriana
Secreção vaginal 
acinzentada, cremosa, 
com odor fétido, mais 
acentuado após o coito e 
durante o período 
menstrual.
Via oral:
Metronidazol, 500 mg, 
VO, a cada 12 horas, por 
7 dias;
OU
Via intravaginal:
Metronidazol gel vaginal, 
100mg/g, 1 aplicador (5 
g),
1x/dia, por 5 dias;
OU
• Clindamicina creme 2%, 
1
aplicador (5 g), 1x/dia, por 
7 dias.
Via oral:
(independentemente da 
idade gestacional e 
nutrizes): Metronidazol, 
250 mg, VO, a cada 8 
horas, por sete dias; OU
Metronidazol, 500 mg, a 
cada 12 horas, por sete 
dias; OU
Clindamicina, 300 mg, 
VO, a cada 12 horas, por 
sete dias.
Via intravaginal:
Clindamicina óvulos, 100 
mg, 1x/dia, por três dias 
OU Metronidazol gel a 
0,75%, 1 aplicador (5 g), 
1x/dia, por cinco dias.
• Orientar quanto ao efeito
antabuse – não fazer uso 
de bebida alcóolica antes, 
durante e após o 
tratamento.
Tricomonías
e
Secreção vaginal 
amarelo-esverdeada, 
bolhosa e fétida, prurido 
intenso, edema de vulva, 
dispareunia, colo com 
petéquias e em 
“framboesa”.
Fornecer informações 
sobre as IST e sua 
prevenção.
 Ofertar testes para HIV, 
sífilis, hepatite B,
 Ofertar preservativos e 
gel lubrificante.
 Ofertar vacinação contra 
Hepatite B.
 Convocar e tratar as 
parcerias sexuais. 
Notificação das IST.
Metronidazol, 2 g, VO, 
dose única; OU
• • Secnidazol, 2 g, VO, 
dose única; OU
• Tinidazol, 2 g, VO, dose 
única
Via oral:
(independentemente da 
idade gestacional e
nutrizes): • Metronidazol, 
2 g, VO, dose única; OU
• Metronidazol, 250 mg,
VO, a cada 8 horas, por 
sete dias; OU
• Metronidazol, de 400 a
500 mg, via oral, a cada 
12 horas, por sete dias
Orientar quanto ao efeito 
antabuse e o uso de 
álcool com todas as três 
drogas – não fazer uso de 
bebida alcoólica antes, 
durante e após o 
tratamento
• TODOS os parceiros 
devem ser tratados com 
dose única
• Atenção: 50% dos casos 
são assintomáticos.
Causas Características 
Clínicas
 Orientação Tratamento Gestante/Nutriz
es
Observação
Gonorreia
Cervicites são 
assintomáticas em 
torno de 70% a 80% 
dos casos.
• Nos sintomáticos:
- corrimento vaginal 
sangramento 
intermenstrual ou 
pós-coito, 
dispareunia e disúria.
- Achados ao exame 
físico: sangramento 
ao toque da espátula 
ou swab, material 
mucopurulento no 
orifício externo do 
colo e dor à 
mobilização do colo 
uterino.
Fornecer 
informações sobre 
as IST e sua 
prevenção.
 Ofertar testes para 
HIV, sífilis, hepatite 
B,
 Ofertar 
preservativos e gel 
lubrificante.
 Ofertar vacinação 
contra Hepatite B.
 Ofertar profilaxia 
pós exposição sexual 
para o HIV, quando 
indicado.
 Convocar e tratar 
as parcerias sexuais. 
Notificação das IST, 
conforme a Portaria 
nº1.271, de 6 de 
junho de 2014. As 
demais, se 
considerado 
conveniente, notificar 
de acordo com a lista 
estabelecida nos 
estados/municípios.
• Ciprofloxacina, 500 
mg, VO, dose única 
(não recomendado 
para menores de 18 
anos); OU
• Ceftriaxona, 500 
mg IM, dose única.
Primeira escolha:
• Ceftriaxona, 500 
mg IM, dose única 
Segunda escolha:
• Espectrinomicina, 2 
g IM, dose única OU
• Ampicilina 2 ou 3 g 
+ Probenecida, 1 g, 
VO, dose única OU
• Cefixima, 400 mg, 
dose única
TODOS os parceiros 
dos últimos 60 dias 
devem ser tratados 
com dose única
• As principais 
complicações da 
cervicite por clamídia 
e gonorreia, quando 
não tratadas, 
incluem: doença 
inflamatória pélvica 
(DIP), infertilidade, 
gravidez ectópica e 
dor pélvica crônica.
Clamídia
Azitromicina, 1 g, 
VO, dose única; OU
• Doxiciclina, 100 mg, 
VO, 2x/dia, por 7 a 
10 dias.
Primeira escolha:
Azitromicina, 1 g, 
VO, dose única.
Segunda escolha:
• Amoxiciclina, 500 
mg, VO, a cada 8 
horas, por 7 dias; 
OU
• Eritromicina 
estearato, 500 mg, 
VO, a cada seis 
horas, por 7 dias OU
• Eritromicina 
estearato, 500 mg, 
VO, a cada 12 horas, 
por 14 dias.
● As causas mais frequentes das ulcerações genitais são as seguintes:
 Sífilis (Treponema pallidum)
 Cancro mole (Haemophilus ducreyi)
 Herpes genital (Herpes simplex vírus) 
 O Cancro mole e a sífilis são as causas mais frequentes de ulceração genitais 
curáveis nas nossas regiões.
ULCERAÇÕES GENITAISULCERAÇÕES GENITAIS
● CANCRO MOLE - Cancroide
ULCERAÇÕES GENITAISULCERAÇÕES GENITAIS
ULCERAÇÕES GENITAISULCERAÇÕES GENITAIS
● Cancro mole
 Transmissão exclusivamente sexual;
 Agente etiológico: Haemophilus ducreyi;
 Caracteriza-se por lesões múltiplas (podendo ser única) e 
habitualmente dolorosas, mais frequentes no sexo masculino.
 A borda é irregular, apresentando contornos eritemato-
edematosos e fundo irregular recoberto por exsudato necrótico, 
amarelado, com odor fétido que, quando removido, revela tecido 
de granulação com sangramento fácil. 
ULCERAÇÕES GENITAISULCERAÇÕES GENITAIS
● CANCRO MOLE
 TRATAMENTO:
ULCERAÇÕES GENITAISULCERAÇÕES GENITAIS
 SÍFLIS PRIMÁRIA: período de incubacao e de 10 a 90 dias (media de 
tres semanas). A primeira manifestação e caracterizadapor uma ulcera, 
geralmente única.
 SÍFLIS SECUNDÁRIA (cancro duro): surge em media entre 
seis semanas e seis meses apos a infeccao. Podem ocorrer 
erupções cutâneas em forma de maculas (roséola) e/ou 
pápulas, principalmente no tronco; eritematosa palmo-
plantares; placas eritematosas branco-acinzentadas nas 
mucosas.
ULCERAÇÕES GENITAISULCERAÇÕES GENITAIS
 SÍFLIS
ULCERAÇÕES GENITAISULCERAÇÕES GENITAIS
● SÍFLIS
ULCERAÇÕES GENITAISULCERAÇÕES GENITAIS
● SÍFLIS
ULCERAÇÕES GENITAISULCERAÇÕES GENITAIS
● HERPES
 Os HSV (Herpes simplex virus) tipos 1 e 2 pertencem à família Herpesviridae, da 
qual fazem parte o Citomegalovírus (CMV), o varicela zoster vírus, o herpes vírus 
humano.
 Embora os HSV-1 e HSV-2 possam provocar lesões em qualquer parte do corpo, há 
predomínio do tipo 2 nas lesões genitais e do tipo 1 nas lesões periorais.
 É uma manifestação mais severa caracterizada pelo surgimento de lesões eritemato-
papulosas de um a três milímetros de diâmetro e que rapidamente evoluem para 
vesículas sobre base eritematosas, muito dolorosas e de localização variável.
ULCERAÇÕES GENITAISULCERAÇÕES GENITAIS
● HERPES
ULCERAÇÕES GENITAISULCERAÇÕES GENITAIS
● HERPES: TRATAMENTO:
HPVHPV
 É um DNA-vírus que pode induzir uma grande variedade de 
lesões proliferativas na região anogenital.
 Os tipos de HPV que infectam o trato genital são divididos em 
dois grupos, de acordo com o risco oncogênico e o tipo de lesão:
 baixo risco oncogênico: detectados em lesões anogenitais 
benignas e lesões intraepiteliais de baixo grau.
 alto risco oncogênico: detectados em lesões intraepiteliais de 
alto grau e, especialmente, nos carcinomas.
HPVHPV
ATA: Ácido tricloroacético
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica, Saúde Das Mulheres. INSTITUTO 
SÍRIO-LIBANÊS DE ENSINO E PESQUISA. 1ª edição. Brasília/DF, 2015. Disponível em 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/protocolo_saude_mulher.pdf 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Bolso das Doenças Sexualmente Transmissíveis, 
Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da 
Saúde. 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. 
Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da Saúde. 2005.
Brasil. Instituto de Desenvolvimento da Saúde , Universidade de São Paulo. Ministério da Saúde. 
Manual de Enfermagem. Brasília: Ministério da Saúde. 2001.
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
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