Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LEUCORRÉIA Emily Tibães NORMAL Glândula de Bartholin e skene -lactobacilos produzem peróxido de hidrogênio e ác lático Ph ácido 4 - 4,5 Normalmente, secreções normais não têm odor. Geralmente, são esbranquiçadas ou ralas e claras. No decorrer da idade fértil, a quantidade e o aspecto podem variar durante o ciclo menstrual. Por exemplo, no meio do ciclo, quando ocorre a liberação do óvulo (na ovulação), o colo do útero produz mais muco, que é menos espesso. - VAGINOSE diminui lactobacilos e aumenta anaeróbios -gardnerella vaginalis -aumento de aminas -clue cells ph >4,5 NÃO É IST ODOR peixe podre não há processo inflamatório grande parte assintomático odor pelo menos 3: branco acinzentado,finoe homogêneo, fluido, bolhoso ou não,aumento do ph, teste aminas +, clue cells sintomas pioram após coito e menstruação TRATAMENTO: sintomáticas e/ou gestantes metronidazol 250 mg ,02 cp vo, 12/12hrs por 7 dias - efeitos colaterais; gosto metálico, náuseas, efeito antabuse- não ingerir álcool em até 01 dia dps da medicação acabar não trato parceiro -segunda opção: Clindamicina 300 mg, VO, 2xdia, por 7 dias TRICOMON ÍASE Tricomonas vaginalis é IST Pode contribuir para prematuridade ph entre 6-7 teste whiff + corrimento amarelado, abundante, bolhoso, odor fétido,irritação vulvar, disúria, dispareunia, sinusorragia-angramento durante as relações sexuais, colo em framboesa-Colpite difusa metronidazol 250 mg ,02 cp vo, 12/12hrs por 7 dias TRATAR PARCEIRO -( pode ser o mesmo ou fecnidazol 1g dose única azitromicina 1g- dose única ( tomar em jejum e ficar 1 hr sem comer) SOLICITAR SOROLOGIAS- sífilis,HIV, HEP B e C CANDIDÍAS E candida- fungo comensal não é ist mais de 4ep p/ano: recorrente não complicada: Esporádica ou infrequente, Provável agente infectante é a C. albicans,não imunocomprometida complicada:Infecção recorrente por cândida, grave fatores desencadeantes: -DM -ATB -HIV -IMUNOSSUPRES SÃO -GESTAÇÃO -OBESIDADE HIGIENE PROPICIE CALOR E UMIDADE -ALERGIAS PRURIDO queimação irritação valvar disúria dispareunia eritema vulvar corrimento branco, espesso, com grumos, sem odor exame KOH: hifas ph <4,5 gestante e lactante: o via vaginal posso associar corticóide para alívio cetoconazol/ fluconazol= candida albicans itraconazol= não albicans Miconazol creme a 2%, via vaginal, um aplicador cheio, à noite ao deitar-se, por 7 dias.Se recorrente,14 dias. CLAMÍDIA Corrimento uretral Chlamydia tracomatis, gram negativa intracelular obrigatória relacionados são idade menor que 25 anos, multiplici- dade de parceiros ou parceiro novo nos últimos 90 dias, solteiros, uso inconsistente de métodos de barrei- ra maioria assintomáicos -colo uterino friável e sangrante em coleta endocervical e com secreção mucopurulenta. O período de ncubação dura de 6 a 14 dias. É co- mum apresentarem queixa de dispareunia e dor à mobilização de colo uterino ao exame especular. As sequelas: esterilidade, gravidez ectópica, dor pélvica crônica. Clínico, através das manifestações, e laboratorial, através da pesquisa de DNA (PCR), captura híbrida ou teste rápido por PCR real time; Secreção uretral ou endocervical ou no exame de urina de (primeiro jato). 1a Doxiciclina 100 mg, via oral, de 12 em 12 horas por 7 dias 2a Azitromicina 1g, via oral, dose única ( inclusive para o parceiro) e primeira opção para gestantes GONORREI A Neisseria gonorrhoeae, diplococo gram negativo. Período de incubação de 2 a 5 dias. Cerca de 50% das pacientes são assintomáticas. a mucosa endocervical apresenta-se edemaciada, hiperemiada e sangrati- va ao toque da espátula, além de leu- correia purulenta saindo pelo orifício externo do colo uterino. DIP, disúria e dispareunia podem estar presentes Clínico e laboratorial. A bacteriosco- pia-gram com presença de diploco- cos gram negativos intracelulares é diagnostico de gonorreia. Caso ne- gativa, não exclui a infecção, já que a sensibilidade é de 30%. Primeira escolha: Ceftriaxone 250-500mg, intramuscular, dose única** Segunda opção ou pacientes alérgicas: Ciprofloxacina*** 500 mg, via oral, dose única DIP ascensão de microorganismos do trato genital inferior, através do colo uterino, comprometendo endométrio, anexos uterinos e/ou estrutu- ras contíguas. 90% das causas de DIP é secundária a agentes sexualmente transmissíveis, como Neisseria go- norrhoeae e Clamydia trachomatis Comprovação laboratorial de infecção cervical por gonococo ou clamídia CRITÉRIOS ELABORATIVOS Evidência histopatológica de endometrite Sugestão de abcesso por USG ou RM Laparoscopia com evidência de DIP (com coleção CRITÉRIOS MAIORES Dor em abdome inferior Dor à palpação de regiões anexiais Dor à mobilização de colo uterino CRITÉRIOS MENORES TA > 38°C, Conteúdo vaginal ou secreção cervical anormal, Massa pélvica, Mais de 5 leucócitos/campo com solução salina em secreção de endocérvice Leucocitose, PCR ou VHS elevados purulenta, aderências) Estágio I: Mulheres com endometrite e salpingite aguda sem peritonite Estágio II: Mulheres com salpingite e peritonite Estágio III: Mulheres com salpingite aguda com oclusão tubária ou comprometimento tubo-ovariano. Abcesso integro. Estágio IV: Mulheres com abcesso tubo-ovariano roto. estágio I, o tratamento é ambulatorial. Pode-se utilizar como primeira opção Ceftriaxona 500mg, IM, dose única + Doxiciclina 100mg,VO, 2x/dia, por 14 dias + Metronidazol 250mg, VO, 2x/dia, por 14 dias. Os estágios a seguir demandam conduta hospitalar, com Cefoxitina 2g, IV,4x/dia, por 14 dias + Doxiciclina 100 mg, VO, 2x/dia, por 14 dias. No estágio IV, há ainda associado, o tratamento é cirúrgico (videolaparoscopia ou laparotomia) _____________________________________________________________________ ITU microrganismo patogênico na urina- especialmente quanto às enterobactérias como E. coli. e, consequentemente, nas estruturas que compõem o aparelho urinário – uretra, bexiga, rim ou na próstata. CONCEITO! As bactérias gram-negativas são as principais responsáveis pelas ITU sendo a E. coli a principal responsável. O S. saprophyticus é o segundo mais prevalente em mulheres com vida sexual ativa. E, em ambiente hospitalar deve-se atentar para a possibilidade de infecção por Pseudomonas sp., Enterococcus e S. aureus. mais comum em mulheres devido a menor extensão da uretra feminina e sua proximidade com o ânus o que favorece a ascensão de patógenos pelo aparelho urinário,incidência de ITU aumenta nos homens acima de 50 anos, relacionada a doenças prostáticas. uma parcela relevante :bacteriúria assintomática, sprevalente em grávidas e, no sexo masculino, mais frequente em idosos, cateterismo vesical. CISTITE ADULTO - quando sintomática: algúria, polaciúria, noctúria, urgência miccional, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e dor suprapúbica. A febre é incomum nos casos de acometimento do trato urinário inferior. PIELONEFRITE (habitualmente inicia-se como cistite): Tríade: febre superior a 38oC, calafrios e dor lombar – sinal de Giordano (uni ou bilateral, que pode irradiar-se para abdome, flancos ou virilha). URINA: Aspecto turvo devido a piúria; Avermelhada na hematúria (consequente a inflamação ou cálculos associados a ITU). IDOSOS: Confusão mental – Delirium Bacteriúria assintomática: presença de bacteriúria significativa em crianças sem nenhuma sintomatologia relacionada. É caracterizada por 3 uroculturas consecutivas com bacteriúria significativa em um período de 3 dias a 2 semanas, podendo ser transitória ou persistente. As crianças não devem ser tratadas, pois podem desenvolver ITU sintomática e, muitas vezes, com germes de maior virulência. Confirmação deve ser feita por cultura de urina, que mostrará a proliferação dos microrganismos no trato urinário. Antes da administração de qualquer agente antimicrobiano, deve ser feita coleta de urina. A coleta de urina adequada é essencial e deve ser feita após limpeza da genitália com água e sabão, sem antissépticos. Nos pacientes com controle miccional, o jato médioé o ideal. Urocultura: o diagnóstico de ITU é confirmado pela bacteriúria significativa, O número de unidades formadores de colônicas considerado significativo é variável de acordo com o método de coleta adotado.-O resultado é positivo quando encontra-se uma contagem ≥ 10elevado a 5 Unidades Formadoras de Colônia por mL (UFC/mL). EXAMES IMAGEM: ausência de melhora da febre após 72h, ITU recorrente ou quando se suspeita de complicações, comopor exemplo os abscessos. Pode ser solicitada ultrassonografia que permite visualização de cálculos, cistos e abscessos. Ou tomografia que, apesar de ser menos solicitada também auxilia na melhor visualização destes processos patológicos. Cistite não complicada: Na presença de dois ou mais dos seguintes sintomas: disúria, urgência miccional, polaciúria, nictúria e dor suprapúbica, na ausência de leucorreia e irritação vaginal: INICIAR O TRATAMENTO EMPÍRICO. Opções para tratamento empírico de Itu não complicada Primeira Linha Nitrofurantoína 100mg de 6/6h via oral 5 dias Alternativas Cefalexina 500mg de 6/6h via oral via oral 3 dias SMX+TMP* 800/160 12/12h 3 dias Segunda Linha: Casos recorrentes ou resistência na cultura Norfloxacino** 400mg 12/12h 3 dias Levofloxacino 750mg 24/24h 3 dias Ciprofloxacino 500mg 12/12h via oral 3 dias * Se resistência local da E.coli <20%. **Primeira opção dentre as quinolonas. Fonte: European Association of Urology 2018 (Adaptado) • Tratamento: CISTITE NÃO COMPLICADA: ESQUEMA DE 3 DIAS COM QUINOLONAS SE MOSTRAM EQUIVALENTES AOS ESQUEMAS DE 7 DIAS TRADICIONAIS! FENAZOPIRIDINA (PYRIDIUM) (200mg 8/8h): usada como sintomático na ITU, seu uso não deve exceder 2 dias concomitantemente ao antibiótico, devido potencial nerfrotoxicidade. PIELONEFRITE: Paciente clinicamente estável (ausência de náuseas e/ou vômitos incoercíveis, desidratação, hipotensão) e sem condições agravantes (idosos, diabetes e gestantes) Tratamento ambulatorial por 5 a 14 dias e reavaliando a cada 48h. Primeira linha: • Ciprofloxacino 500mg 12/12h por 7 dias • Norfloxacino 400mg 12/12h por 7 dias • Levofloxacino 750mg 24/24h por 5 dias Segunda linha: • Cefalexina 500mg 6/6h por 10 dias • SMX-TMP 800/160 12/12h por 14 dias PIELONEFRITE: Paciente instáveis, idosos ou gestantes: Internação para antibioticoterapia endovenosa até que fique afebril por 48 a 72h, quando pode ser modificado esquema para antibiótico oral. Devem ser feitos na internação a coleta de hemoculturas e realização de ultrassonografia. Primeira linha de ATB EV: • Ciprofloxacino • Levofloxacino • Ceftriaxona • Cefotaxima • Tratamento: BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA: • PESQUISAR E TRATAR: • Gestantes; • Pacientes no pré-operatório de cirurgias urológicas: Devem receber tratamento para a bacteriúria guiado pelo antibiograma. OBS.: Não é indicado urocultura de rotina após o tratamento da bacteriúria assintomática, exceto em gestantes. • Tratamento: BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA: NÃO AVALIAR/TRATAR: • pacientes com diabetes mellitus bem controlado; • mulheres pós menopausa; • pacientes idosos; • pacientes com disfunção e/ou reconstrução do trato urinário inferior; • transplantados renais; • antes de cirurgias de artoplastia; • pacientes com infecção urinária recorrente. • GESTANTES: • BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA • Rastreamento mínimo: no primeiro e terceiro trimestre. • Tratamento conforme o antibiograma, sendo os principais antibióticos a serem utilizados na gestação: • Cefalexina 500mg 6/6h – 7 dias; • Nitrofurantoína 100mg 12/12h – 7 dias; • Ampicilina 500mg 6/6h – 7 dias; • Amoxicilina 500mg 8/8h – 7 dias; • Fosfomicina 3g Dose única; • Clindamicina 300mg 6/6h – 7 dias. • Controle de cura com urocultura após 1 semana de termino do ATB; repetida mensalmente até o término da gestação. • Se 2 ou mais episódios de bacteriuria ou ITU: PROFILAXIA até 2 semanas após o parto com Nitrofurantoína 100mg/dia ou Cefalexina 500mg/dia. • GESTANTES: • CISTITE • Tratamento empírico, porém deve se tentar sempre coletar primeiro amostra de urina para EAS e Urocultura antes de tomar a primeira dose do ATB • PRINCIPAIS ATBs SEGUROS NA GESTAÇÃO (eficácia semelhante): • Cefalexina 500mg 6/6h – 7 dias; • Nitrofurantoína 100mg 6/6h – 7 dias; • Ampicilina 500mg 6/6h – 7 dias; • Amoxicilina 500mg 8/8h – 7 dias; • Fosfomicina 3g – Dose única; • Clindamicina 300mg 6/6h – 7 dias. • Controle de cura com urocultura após 1 semana de termino do ATB; repetida mensalmente até o término da gestação. • PIELONEFRITE: INTERNAÇÃO HOSPITALAR! • ITU REPETIÇÃO E PROFILAXIA: São frequentes em mulheres, mesmo naquelas que não possuem alterações anatomofuncionais e em usuários de SVD permanente. É necessário o exame de urocultura positivo documentando os episódios, sendo: Dois ou mais episódios em seis meses ou; Três ou mais episódios ao ano. Tratamento: Medidas de higiene perivulvar Evitar o hábito de reter a urina Se necessário uso profilático de antibióticos de 3 a 12 meses (Nitrofurantoína 100mg/dia; SMX+TMP 200+40mg/dia; Cefalexina 250mg/dia). OBS.: a urocultura deve ser negativa antes de iniciar a profilaxia. Em caso de ITU relacionada ao coito uso de dose única do ATB após a relação sexual. Estrogenioterapia tópica em pós-menopáusicas com ITU de repetição. • ITU EM HOMENS: • Cerca de 50x menos frequente que nas mulheres • Propedêutica mínima SEMPRE recomendada EAS e UROCULTURA; • Ficar atento para fatores predispondentes/agravantes: • Práticas de sexo anal • Comprometimento imunlógico: HIV • Litíase do trato urinário (nefro, uretero ou cistolitíase) • Alterações prostáticas; • Diagnóstico diferencial com Uretrite; • Avaliar necessidade de outros exames: US, TC, RNM, Avaliação Prostática e referência à UROLOGIA. • TRATAMENTO: Nitrofurantoína, Cefalexina ou SMX/TMP: sempre por no mínimo 7 dias.
Compartilhar