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O papel da controladoria na gestão tributária

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
52	MUDANÇAS SIMPLES NACIONAL 2018	�
52.1	Novos Limites de Faturamento	�
52.2	Novas alíquotas e anexos do SN	�
62.3	Já o anexo V será totalmente novo:	�
72.4	O novo fator R	�
72.5	Novas atividades no SN	�
72.6	Mudanças na Fiscalização	�
82.7	Novo redutor de receita	�
82.8	Novas regras para o MEI	�
92.9	investidor anjo	�
92.10	Exportações	�
102.11	Licitações no novo Simples Nacional 2018	�
102.12	Data única para vencimentos FGTS e INSS	�
102.13	Orçamento exclusivo em bancos públicos para ME/EPP	�
102.14	as vedações ao ingresso no simples nacional:	�
132.15	Definição de microempresa e de empresa de pequeno porte	�
143	CALCULO DO DAS	�
14Emprsa Fox Indústria de Alimentos Ltda EPP	�
164	A RELEVÂNCIA DA CONTROLADORIA PARA O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO	�
185	A IMPORTÂNCIA DOS CONTROLES INTERNOS	�
196	AS DUAS CATEGORIAS DE AUDITORIA FISCAL	�
207	CONCLUSÃO	�
218	REFERÊNCIAS:	�
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INTRODUÇÃO
 As empresas modernas e que se preocupam com um processo de gestão bem desenvolvido, necessitam de uma estrutura organizacional bem delineada para a sua sobrevivência.  Neste novo cenário surge um órgão interno cuja finalidade é garantir que as informações sejam adequadas ao processo decisório e que esteja sempre pronta a apoiar a diretoria da entidade no processo de gestão. É claro que estamos falando da controladoria!
A necessidade de manter a empresa sempre competitiva exige uma equação que une produtividade e eficiência, à alta lucratividade a custos menores; então, uma função que antes era apenas de suporte, passa a ter uma importância estratégica, mas suprir a demanda por controladoria tem sido um dos grandes problemas para as empresas.
Para ser um bom controller é necessário ter o conhecimento em gestão organizacional, de recursos humanos, supply e produção, por exemplo. Este conhecimento vem de um controle preciso de indicadores da empresa, que envolvem um melhor gerenciamento da contabilidade, dos custos, das finanças e da tecnologia da informação, dentre outros. O controle precisa envolver auditorias complexas e que cheguem ao nível de detalhes não demonstrados diretamente em relatórios contábeis.
O controller precisa demonstrar a capacidade de prever os problemas que poderão surgir e de coletar as informações necessárias para a tomada de decisões, visando  à implantação de ações de melhorias. Precisa fornecer as informações em linguagem clara, simples e direta aos usuários e principalmente traduzir os fatos, uma vez que os números isolados não auxiliam a administração da empresa.
O que as empresas vêm buscando é um profissional que esteja capacitado e disposto a assumir o papel de conselheiro imparcial e não de um crítico insatisfeito.
A controladoria é um papel gerencial que precisa ser desenvolvida por um profissional contábil capacitado e com um conhecimento amplo. A busca contínua por atualização e por novas soluções são apenas o começo de um caminho para quem pretende seguir neste mercado.
 	
Mudanças Simples Nacional 2018
Os limites de faturamento vão aumentar
O anexo VI deixará de existir
Os anexos III e V vão passar por fortes alterações.
Mas não é só isso
O fator R vai fazer com que sua empresa possa estar em anexos diferentes dependendo do faturamento do mês.
E ainda teremos novas atividades sendo incluídas no regime, novos limites para o MEI e regras para exportações.
Novos Limites de Faturamento
A grande mudança que poderá ter impacto na vida de todos é o limite de faturamento. A partir de 2018, o teto de faturamento para o Simples Nacional aumentará para até R$4,8 milhões por ano.
Existe, porém, uma ressalva.
Quando o faturamento exceder R$3,6 milhões acumulados nos últimos 12 meses, ICMS e ISS serão cobrados em separado do DAS e com todas as obrigações acessórias de uma empresa normal. Quando isso ocorrer, apenas os impostos federais terão recolhimento unificado.
Novas alíquotas e anexos do SN
Além dos limites, outra mudança bem impactante vai ser nas alíquotas de imposto. Algumas sofrerão importantes alterações. Vou te contar quais são elas:
A alíquota inicial permanece a mesma nos anexos de comércio (anexo I) e indústria (anexo II), bem como os anexos de serviços III e IV.
Todas as atividades do SN passam a ter uma alíquota progressiva quando o faturamento ultrapassar R$180 mil no acumulado dos últimos 12 meses. Na medida em que o faturamento aumentar, a alíquota será diferente.
Já o anexo V será totalmente novo:
Extingue-se o anexo VI e as atividades passam para o novo anexo V.
Via de regra, tudo era do anexo V passou para o anexo III, e tudo que era do anexo VI passou para o V.
Mas existem algumas exceções, que passarão do VI para o III. São elas:
atividades de arquitetura e urbanismo, medicina, odontologia, psicologia, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e bancos de leite.
Essa medida tornará a cobrança mais justa, pois a alíquota será proporcional ao faturamento acumulado.
Até 2017, uma empresa com faturamento de R$360 mil e outra com faturamento de R$180 mil que tivessem o mesmo faturamento no mês, R$ 10 mil, por exemplo, pagariam o mesmo valor de imposto. Agora, este cálculo levará em conta todo o faturamento acumulado.
Isso quer dizer que, dependendo das movimentações do seu faturamento (negócios com alta sazonalidade, por exemplo), o anexo e a alíquota em que o seu negócio será tributado podem variar de um mês para o outro.
O novo fator R
Para atividades que até 2017 foram tributadas nos anexos V e VI, o fator R terá uma grande importância: definir qual será o novo anexo desta atividade.
No Novo Simples Nacional, cria-se uma nova relação entre folha de pagamento e faturamento, ambos relativos aos últimos 12 meses.
A partir de 2018, se a folha de pagamento for maior ou igual a 28% do faturamento, sua empresa será tributada no “novo” anexo III.
Agora, se esta conta resultar em uma porcentagem menor do que 28%, a empresa ficará no “novo” anexo V.
Novas atividades no SN
Boa notícia para micro e pequenos produtores e atacadistas de bebidas alcoólicas (cervejarias, vinícolas, licores e destilarias): a partir de 2018, eles poderão optar pelo Simples Nacional, desde que inscritos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
Mudanças na Fiscalização
O novo Simples libera a troca de informações entre a Fazenda Pública da União (Receita Federal) e a dos Estados (Receita Estadual) e Municípios (Prefeituras e DF). Esta integração entre os órgãos fará com que as fiscalizações fiquem mais fáceis.
O planejamento e a execução de procedimentos fiscais ou preparatórios será integrado, mas sem prejudicar as ações fiscal individuais de cada um.
Outra importante mudança é com relação às multas: a LC 155 diz que a fiscalização sobre assuntos trabalhistas, metrológico, sanitário, ambiental, de segurança, de relações de consumo e de ocupação de solo será prioritariamente orientadora, quando a atividade ou situação for de baixo risco.
Ou seja, ao invés de ser multado direto, se o fiscal entende que não há risco iminente no seu problema, ele deve dar-lhe prazo para regularização antes de aplicar uma multa.
Novo redutor de receita
Essa mudança vai impactar empresários que contratam profissionais como cabeleireiros, barbeiros, esteticistas, manicures, pedicures, depiladores e maquiadores. Hoje, os salões pagam impostos sobre o valor cheio, inclusive sobre aquele pago aos profissionais, o que deixará de ocorrer.
Os salões que atuam em parceria pagarão imposto apenas sobre o valor líquido. Isso quer dizer que se o salão fatura R$ 100,00 do corte de cabelo, mas tem um contrato de parceria com a cabeleireira de R$ 30,00 por corte, os impostos incidirão apenas nos R$70, que são o valor líquido do salão. Bacana,né?
Até 2017, o salão pagaria imposto sobre os R$100. A partir de 2018, ele vai pagar apenas em cima de R$70, pois o valor da parceria será descontando.
Novas regras para o MEI
Para o MEI o que muda são, basicamente, duas coisas:
Um novo teto de faturamento de até R$ 81.000 por ano ou proporcional (nos casos de abertura de empresa).
A inclusão do micro-empreendedor Rural. 
investidor anjo
Entre as alterações na Lei Complementar n° 123/2006 (Lei do Simples Nacional), que entraram em vigor no dia 1º de janeiro, está à possibilidade da figura do investidor anjo. Trata-se de um investidor, pessoa física ou jurídica, que realiza aportes financeiros na empresa, porém não é sócio. Mas se aporta valores e não é sócio, não seria o caso de um mero empréstimo, algo que sempre foi admitido pela legislação?
“A diferença é que no empréstimo a remuneração do investidor vem dos juros,  um percentual que incide sobre o valor emprestado. Com o investidor anjo, a remuneração não está atrelada ao montante emprestado, mas ao lucro obtido pela empresa. Ou seja, participa do risco do negócio. Na inexistência de lucro ele nada recebe, podendo até perder. Em resumo, o investidor anjo busca obter um retorno financeiro maior do que apenas um valor de juros, “, explica Marco Aurélio Medeiros, diretor jurídico da Múltipla Consultoria, especializada em contabilidade e assessoria tributária.
Além disso, o empréstimo possui prazo de devolução de acordo com o contrato, em geral um prazo curto. O investidor anjo realiza aportes para participar do sucesso ou infortúnio da empresa pelo prazo de até sete anos. Depende do acordo entre as partes, e enquanto houver dinheiro aportado, o investidor segue recebendo suas participações nos resultados.
Exportações
O novo simples nacional vai trazer mais facilidade em importação e exportação. Quando uma empresa do Simples Nacional contratar uma empresa de logística internacional, a empresa de fora do país poderá realizar suas atividades de forma simplificada e por meio eletrônico. Isso vai impactar diretamente numa provável redução de custos do serviço aduaneiro.
Licitações no novo Simples Nacional 2018
Não será mais preciso apresentar certidões negativas para participar de licitações. A declaração só será exigida para a empresa vencedora, no ato da assinatura do contrato. E se não estiver tudo certo com a sua certidão, haverá um prazo de 5 dias úteis para regularização da documentação (pagamento, parcelamento, etc.) e emissão das certidões negativas ou positivas com efeito de negativas (em caso de parcelamentos).
Data única para vencimentos FGTS e INSS
Abre-se a possibilidade da unificação do FGTS e do INSS com uma data única de vencimento/pagamento. Isso já é uma preparação ao e-Social, que será um facilitador na declaração da folha de pagamento das empresas.
Orçamento exclusivo em bancos públicos para ME/EPP
Os bancos comerciais e múltiplos públicos com carteira comercial, a CEF (Caixa Econômica Federal) e o BNDES deverão ter um orçamento exclusivo para linhas de créditos só para ME e EPP.
Ou seja, novas linhas de crédito devem surgir junto ao Novo Simples Nacional, inclusive ainda em 2017 - vale a pena procurar a respeito.
 
as vedações ao ingresso no simples nacional:
que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente anterior ou no ano-calendário em curso, receita bruta no mercado interno superior a R$ 4.800.000,00 ou ao limite adicional de igual valor para exportação de mercadorias e serviços;
que tenha auferido, no ano-calendário de início de atividade, receita bruta no mercado interno superior ao limite proporcional de R$ 400.000,00 multiplicados pelo número de meses em funcionamento no período, inclusive as frações de meses, ou ao limite adicional de igual valor para exportação de mercadorias e serviços;
de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00;
cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada pela Lei Complementar nº 123, de 2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00;
cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00;
constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
que participe do capital de outra pessoa jurídica;
que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-calendário anteriores;
constituída sob a forma de sociedade por ações;
cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade;
que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
que tenha sócio domiciliado no exterior;
de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;
que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto quando na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes ou trabalhadores;
que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;
que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
que exerça atividade de importação de combustíveis;
que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes, cervejas sem álcool e bebidas alcoólicas (exceto, a partir de 2018, as produzidas ou vendidas no atacado por micro e pequenas cervejarias, micro e pequenas vinícolas, produtores de licores e micro e pequenas destilarias);
que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis;
que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de serviços tributados pelo ISS;
com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível.
DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE
Consideram-se microempresa ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil Brasileiro), devidamente registrados no registro de empresas mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que dentro dos limites de receita bruta previstos na legislação.
Calculo do DAS 
Empresa Fox Indústria de Alimentos Ltda. EPP
ANEXO II INDÚSTRIA 
	Receita Bruta em 12 Meses(em R$) 
	Alíquota 
	Valor a Deduzir (em R$) 
	1ª Faixa 
	Até 180.000,00 
	4,50% 
	– 
	2ª Faixa 
	De 180.000,01 a 360.000,00 
	7,80% 
	5.940,00 
	3ª Faixa 
	De 360.000,01 a 720.000,00 
	10,00% 
	13.860,00 
	4ª Faixa 
	De 720.000,01 a 1.800.000,00 
	11,20% 
	22.500,00 
	5ª Faixa 
	De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 
	14,70% 
	85.500,00 
	6ª Faixa 
	De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 
	30,00% 
	720.000,00 
	
	Faixas 
	Percentual de Repartição dos Tributos 
	IRPJ 
	CSLL 
	Cofins 
	PIS/Pasep 
	CPP 
	IPI 
	ICMS 
	1ª Faixa 
	5,50% 
	3,50% 
	11,51% 
	2,49% 
	37,50% 
	7,50% 
	32,00% 
	2ª Faixa 
	5,50% 
	3,50% 
	11,51% 
	2,49% 
	37,50% 
	7,50% 
	32,00% 
	3ª Faixa 
	5,50% 
	3,50% 
	11,51% 
	2,49% 
	37,50% 
	7,50% 
	32,00% 
	4ª Faixa 
	5,50% 
	3,50% 
	11,51% 
	2,49% 
	37,50% 
	7,50% 
	32,00% 
	5ª Faixa 
	5,50% 
	3,50% 
	11,51% 
	2,49% 
	37,50% 
	7,50% 
	32,00% 
	6ª Faixa 
	8,50% 
	7,50% 
	20,96% 
	4,54% 
	23,50% 
	35,00% 
	– 
	
	Faturamento no mês: R$ 312.769,45 
Receita Bruta acumulada nos 12 meses anteriores: R$ 2.845.333,17 
(RBA12 x ALIQ) – PD / RBA12
(2.845.333,17x14,7%)-85.500,00/2.845.333,17%=
11,6999% → Alíquota efetiva.
312.769,45x11,6999%=
R$ 36.593,71 → DAS
Partilha de cada tributo:
IRPJ = 11,6999 X 5,50% = 0,6435%
IRPJ = R$ 2.012,67
CSLL = 11,6999 X 3,50% = 0,4095%
CSLL = R$ 1.280,79
COFINS = 11,6999 X 11,51% = 1,3466%
COFINS = R$ 4.211,75
PIS = 11,6999 X 2,49% = 0,2913%
PIS = R$ 911,10
CPP = 11,6999 X 37,50% = 4,3875%
CPP = R$ 13.722,76
IPI = 11,6999 X 7,50% = 0,8775%
IPI = R$ 2.744,55
ICMS = 11,6999 X 32,00% = 3,7440 %
ICMS = R$ 11.710,09
a relevância da Controladoria para o Planejamento Tributário
O sucesso na economia legal de tributos, por meio do planejamento tributário, está vinculado à integração de todos os departamentos da organização. Ao elaborar diversos estudos e criar alternativas lícitas de redução da carga tributária, as pessoas que fazem parte do processo precisam ser comunicadas e envolvidas em todas as fases pertinentes ao planejamento tributário, caso contrário, o processo de redução da carga tributária torna-se ineficaz. Sendo assim, a controladoria é de suma importância na coordenação e execução do planejamento tributário, pois faz parte da sua missão a coordenação dos esforços para o atingimento global do resultado. Conforme Mosimann e Fisch (1999, p. 90) “a missão da controladoria é otimizar os resultados econômicos da empresa para garantir sua continuidade, por meio da integração dos esforços das diversas áreas”.
A relevância dos tributos no resultado das organizações é evidente e ao mesmo tempo preocupante, pois representa um custo elevado, que quando reduzido torna-se uma grande vantagem competitiva e estratégica. Para Nascimento e Reginato (2007, p. 257) “pode-se dizer que o impacto das legislações tributárias no resultado econômico da empresa tem muita influência em qualquer planejamento estratégico e na gestão tributária, pois freqüentemente surgem novas leis, decretos, atos normativos entre outros, que podem impactar as operações da empresa”. A ligação presente entre planejamento tributário e planejamento estratégico reflete a necessidade específica de relação dos tributos com o resultado, ou seja, no planejamento do resultado de exercícios futuros deve-se considerar como oportunidade as alternativas de redução da carga tributária. Planejamento tributário O planejamento tributário deve ser abrangente, de tal modo que se leve em consideração todos os tributos incidentes na operação empresarial. Assim, será possível definir indicadores de desempenho que confrontem a redução da carga tributária de forma individualizada por tributo. Conforme Young (2006) “podemos entender que o planejamento tributário é um artifício utilizado de forma preventiva, buscando a economia tributária, onde especialistas analisarão as opções dadas no ordenamento jurídico e indicarão a melhor, menos onerosa”. Desta forma, para ter uma eficácia da redução legal da carga tributária, se faz necessário a integração de todos os profissionais que participarão das diversas fases do planejamento tributário. Para Sillos (2005, p. 10) “o planejamento tributário é a expressão utilizada para representar o conjunto de procedimentos adotados pelo contribuinte com o objetivo de eliminar, reduzir ou diferir para momento mais oportuno a incidência de tributos”. A questão tributária tem sido alvo de preocupação por parte das organizações nacionais, uma vez que o custo tributário presente nas atividades operacionais afeta diretamente o resultado financeiro e econômico de forma relevante. As oportunidades de redução da carga tributária de forma legal existem e podem ser utilizadas com responsabilidade e conhecimento profundo da legislação tributária vigente, no entanto, as atividades de elisão fiscal não devem ser confundidas com as ilegalidades oriundas da sonegação fiscal. A sonegação fiscal ou evasão fiscal está vinculada a práticas ilegais de redução do ônus tributário, por meio de simulação ou fraude. Para Peixoto (2004, p. 73) “em ocorrendo um fato jurídico tributário, isto é, um fato gerador, a expressão Evasão Fiscal trata-se de uma forma de não pagar o tributo, neste caso, por meio de simulação, dolo ou fraude”. A evasão fiscal difere da elisão fiscal, pois, enquanto a evasão fiscal reduz a carga tributária de forma ilícita, através de simulação, dolo ou fraude, a elisão fiscal ou planejamento tributário possibilita a redução de carga tributária por meio de alternativas legais e não vedadas pela legislação vigente. Conforme Amaral (2004, p. 57) “a elisão decorre, sempre, de ato jurídico lícito. Em contraponto podemos afirmar que o ilícito poderá surgir evasão, nunca elisão”. A doutrina tributária não deixa dúvida com relação às diferenças entre elisão fiscal ou planejamento tributário e evasão fiscal ou sonegação fiscal, portanto, na prática não deve haver equívocos com relação aos referidos conceitos.
Finalidades e aplicação do planejamento tributário A principal finalidade do planejamento tributário é reduzir a carga tributária e consequentemente melhorar o resultado da organização. Neste contexto, Amaral (2007) descreve que são três as finalidades do planejamento: 
1) evitar a incidência do tributo; 
2) reduzir o montante do tributo; e 
3) retardar o pagamento do tributo.
a importância dos controles internos
A importância do controle interno pode ser entendida a partir do momento em que se verifica que é ele que pode garantir à continuidade do fluxo de operações com as quais convivem as empresas, assim a contabilidade dos resultados gerados por tal fluxo assume vital importância para os empresários que se utilizam dela para a tomada e decisões, (CREPALDI, 2004). 
Entende-se então que todas as empresas que têm controle interno adequado podem ter com exatidão as informações necessárias para uma melhor gestão, auxiliando os administradores no aperfeiçoamento as operações em busca dos objetivos a serem atingidos, aprimorando a eficiência dos processos produtivos com redução de custos e melhoria na qualidade dos produtos e serviços, tornando a empresa cada vez mais competitiva no mercado. 
Em uma organização o controle interno representa os procedimentos ou rotinas cujos objetivos são proteger os ativos, produzir os dados contábeis confiáveis e ajudar na condução ordenada dos negócios da empresa, representando os controles contábeis e administrativos de maneira clara e prática. 
Pois o controle interno gira em torno dos aspectos administrativos, que influencia diretamente sobre os aspectos contábeis, assim é preciso considerá-los conjuntamente para determinar um aspecto de controle interno adequado, (CREPALDI, 2004). 
Dessa forma,as organizações devem manter um sistema de controle interno eficiente que possibilite a detecção de eventuais falhas, erros ou fraudes, para que sejam tomadas as providências cabíveis, evitando prejuízos à empresa, (RIBEIRO e RIBEIRO, 2011). 
as duas categorias de Auditoria Fiscal
Assim, existem duas categorias de auditoria fiscal:
Aquela feita internamente, pela própria empresa ou por consultoria contratada, de caráter preventivo ou em busca de detectar fraudes internas e;
A auditoria tributária, externa e a cargo de agentes da Receita Federal, quando o órgão detecta indícios de irregularidades.
CONCLUSÃO
O Controle Interno também deve verificar e assegurar a proteção do patrimônio e a veracidade e fidedignidade das informações contábeis e não contábeis da organização, através de conciliação de documentos e planos de contas.
É necessário também analisar se as normas e procedimentos estabelecidos estão sendo cumpridos por pessoal qualificado com treinamento para desenvolver suas atividades e devidamente supervisionado pelos supervisores de cada setor. E averiguar mediante as situações que surgirem nos departamentos qual o melhor caminho a ser seguido, indicando aos responsáveis por cada departamento qual é a melhor maneira para efetuar determinada operação, para reduzir custos e atingir o maior grau de Eficiência e Eficácia dos sistemas operacionais. 
Mas para a empresa atingir suas metas e políticas estabelecidas e atingir o desejado grau de eficiência e eficácia dos sistemas operacionais é muito importante que tenha um quadro de funcionários com pessoas treinadas, qualificadas e motivadas, para que a eficiência dos sistemas não seja comprometida.
REFERÊNCIAS:
SAGAZ, F. R. A Controladoria Coordenando as Atividades de Planejamento Tributário e Contribuindo para a Gestão Tributária Eficaz.
LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
GONÇALVES; RICCIO, 2009
Sistema de Ensino Presencial Conectado
ciências contábeis
ivanete aparecida de andrade	
8º SEMESTRE
controladoria na gestão tributária E O NOVO SIMPLES NACIONAL 2018
Itapetininga
2018
ivanete aparecida de andrade
CONTROLADORIA NA GESTÃO TRIBUTÁRIA E O NOVO SIMPLES NACIONAL 2018
Trabalho de Direito Tributário; Planejamento Tributário; Controladoria; Auditoria e Perícia; apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Ciências Contábeis.
Orientador: Vanessa Vilela Berbel; Antônio Ricardo Catânio; Agnaldo Pereira; Valdeci 
Itapetininga
2018

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