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EXTINCAO, VICIO REDIBITORIO E EVICCAO

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 CONTRATOS 
EXTINÇÃO, VÍCIOS REDIBITÓRIOS E EVICÇÃO
 Profa. Adriana Martins Silva 
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Relatividade dos efeitos: o contrato só cria direitos e obrigações para aqueles que dele fazem parte.  
◦ Estipulação em favor de terceiro (art. 436 e ss.) 
◦ Terceiros não podem prejudicar o cumprimento do contrato (tutela externa do crédito). 
◦ Promessa de fato de terceiro (art. 439 e ss.). 
◦ Contrato com pessoa a declarar (art. 467 e ss.) 
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REVISÃO DO CONTRATO 
O Direito brasileiro consagra a necessidade de preservação do equilíbrio contratual. 
CDC – arts. 6º, V; 39 e 51, IV e §1º; 
Lesão (art. 157 CCB e Lei nº 1521/1951 e Medida Provisória 2172-32 de 23/08/2001); 
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REVISÃO DO CONTRATO
Onerosidade excessiva – art. 317 CCB; 
Teoria da Imprevisão – art. 478 CCB; 
Matriz constitucional: justiça social e dignidade da pessoa humana. 
O próprio CDC prevê a possibilidade de revisão judicial do contrato: art. 6º, V. 
 
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REVISÃO DO CONTRATO
Onerosidade excessiva – art. 317 CCB; 
 A decretação da nulidade não é necessária, é possível que haja a “sanação” do vício. 
◦ “As nulidades instituídas a favor do consumidor não serão decretadas se provada a utilidade da cláusula para o beneficiário.” 
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CONSERVAÇÃO DO CONTRATO 
utile per inutile non vitiatur (art. 184 CCB; art. 51, §2 CDC). 
Redução do negócio jurídico – que consiste em afastar a incidência de cláusulas abusivas ou ilícitas, ou mesmo parte delas, de modo a manter o contrato evitando-se a declaração de invalidade de todo o negócio (ex. art. 51 CDC). 
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CONSERVAÇÃO DO CONTRATO 
Conversão substancial do negócio - que consiste na técnica de reconhecer alguma extensão de eficácia a negócio juridicamente ineficaz por meio de sua aceitação como diverso negócio (art. 170 CCB) 
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EXTINÇÃO DO CONTRATO 
Ao contrário dos direitos reais que tendem à perpetuidade, as relações obrigacionais são passageiros; 
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EXTINÇÃO DO CONTRATO 
Em regra o contrato se extingue pela execução, que é o chamado “meio” normal de extinção. 
A execução é comprovada pela quitação (art. 320). 
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EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
a) Cumprimento
b) Rescisão – vícios
c) Revogação – retirada da vontade (555 – ingratidão / inexecução do encargo)
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EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
d) Resilição
bilateral = distrato – 472
unilateral = denúncia – 473
e) Resolução - 475
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EXTINÇÃO DO CONTRATO SEM CUMPRIMENTO
a.1) Causas anteriores ou concomitantes à formação do contrato. 
a.1.1 Nulidade absoluta – ausência de elemento essencial ao ato. Nulidade relativa – imperfeição da vontade. 
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EXTINÇÃO DO CONTRATO SEM CUMPRIMENTO
1.2 Cláusula resolutiva – presumida ou expressa. É a faculdade de qualquer dos contratantes pedir a resolução do contrato quando do inadimplemento contratual (art. 475). Notificação (art. 474). Judicial. 
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EXTINÇÃO DO CONTRATO SEM CUMPRIMENTO
a.1.3 Arrependimento. Arras (art. 420). Art. 49 CDC. 
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EXTINÇÃO DO CONTRATO SEM CUMPRIMENTO
a.2) Causas supervenientes à formação do contrato. 
a.2.1 Resolução. Justificada pela inexecução (culposa ou não). É instrumento adequado para rompimento de vínculo mediante intervenção judicial. Efeitos ex tunc (ex nunc para contratos de trato sucessivo). 
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EXTINÇÃO DO CONTRATO SEM CUMPRIMENTO
Deve ser razoável e o descumprimento não justificado. 
Há hipótese de resolução por onerosidade excessiva (art. 478 e ss.). 
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EXTINÇÃO DO CONTRATO SEM CUMPRIMENTO
a.2.2 Resilição. Não decorre do inadimplemento, mas do distrato (bilateral – art. 472).
 Pode ser unilateral (denúncia), dependendo do caso: contratos por prazo indeterminado; execução continuada; execução ainda não iniciada; contratos benéficos e contratos de atividade. 
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EXTINÇÃO DO CONTRATO SEM CUMPRIMENTO
Independe de pronunciamento judicial, produzindo efeitos ex nunc. Deve ser notificada (condição de eficácia). Pode ser condicionada à justa causa. Art. 473. 
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EXTINÇÃO DO CONTRATO SEM CUMPRIMENTO
a.2.3 Morte de um dos contratantes. Dissolução dos contratos personalíssimos. Efeitos ex nunc. 
a.2.4 Rescisão. Dissolução de contrato por lesão ou estado de perigo. 
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Exceptio non adimpleti contractus  
Aplicável a contratos bilaterais de prestações simultâneas. 
Proíbe que um dos contratantes exija a prestação alheia sem antes cumprir a sua (art. 476). 
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Exceptio non adimpleti contractus  
Existe a exceção do contrato não cumprido de modo satisfatório – quando desrespeitada a forma de cumprimento. Se contrapõe a teoria do adimplemento substancial. 
Exceção de inseguridade – quando o patrimônio da outra parte tenha variado de forma a colocar em dúvida o cumprimento da obrigação (art. 477).
 
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VÍCIOS REDIBITÓRIOS 
Possibilidade de enjeitar a coisa recebida em virtude de contrato comutativo por defeito ou vício oculto que a tornem imprópria ao uso ou diminua seu valor (art. 441) – ação redibitória. 
 
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VÍCIOS REDIBITÓRIOS 
Aplicável também às doações onerosas. 
 Defeito anterior a alienação e perdurar quando da reclamação. 
 Pode-se pretender abatimento do preço (art. 442) – ação quanti minoris ou aestimatoria. 
 
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VÍCIOS REDIBITÓRIOS 
Se fosse do conhecimento do alienante, estará obrigado a indenizar por perdas e danos (art. 443) 
 Prazo decadencial (art. 445) 
 Tratamento distinto no CDC: prazos diferenciados (30 dias e 90 dias); defeito não precisa ser grave, nem oculto. 
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EVICÇÃO
Perda da propriedade ou posse de coisa transmitida onerosamente em razão de decisão judicial ou administrativa. (art. 447). 
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EVICÇÃO
Aplica-se também a hasta pública (art. 447). 
 A garantia independe da vontade, mas pode ser reforçada, diminuída ou excluída. (art. 448) 
Abrangerá preço, frutos, despesas e custas judiciais (art. 449) 
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EVICÇÃO
Se for considerável poderá optar entre resolução e a restituição (art. 455) 
Não faz jus a evicção aquele que sabia que a coisa era alheia ou litigiosa (art. 457). 
 
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CONTRATOS ALEATÓRIOS 
Contrato no qual as prestações são incertas quanto a quantidade e existência. 
Também chamado de contrato de risco. 
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CONTRATOS ALEATÓRIOS 
Venda emptio spei (esperança) – art. 458. Dever de pagar mesmo que nada venha a existir. 
Venda emptio rei sperata (coisa esperada) – art. 459. Deve de pagar apenas se algo (em qualquer quantidade) venha a existir. 
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CONTRATOS ALEATÓRIOS 
Coisa sujeita a risco também pode ser alienada, invertendo-se por cláusula a regra do “res perit domino” (art. 460). 
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CONTRATOS PRELIMINARES 
Aquele contrato que tem por objeto a celebração de um contrato definitivo. 
Estabelece obrigação de fazer – declarar vontade. 
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CONTRATOS PRELIMINARES 
Dotado de execução específica – adjudicação compulsória (compromisso de compra e venda) – art. 463 e 464. 
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CONTRATOS PRELIMINARES 
Deve conter todos os requisitos do contrato definitivo, salvo a forma (art. 462).

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