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A ética – síntese
No plano da pessoa em si, a norma ética é de verdade absoluta, isto é, a mesma para todos os seres humanos em todos os tempos e todos os espaços, porque inerente a sua natureza. Ela cria uma disposição ética, um modo de vida ética que nos faz praticar tudo que é apropriado, próprio e adequado a nossa pessoa total, tudo que promove e aperfeiçoa o nosso ser em si e em todas suas relações. É a realização de nossa plenitude, no plano externo do mundo de fora, a norma ética torna-se uma inspiração constante uma vida fiel à verdadeira escala de valores que enriquecem nossa vida.
A consciência ética
O neurologista português , Antonio Damásio, afirma que: “O curioso é que a mesma consciência que nos faz saber que um dia morreremos, nos permite ter uma vida incrivelmente bela”.(DAMÁSIO, 2000). Nossa consciência inclui essa capacidade intelectual de pensar, julgar e resolver em casos concretos o que fazer ou não, o que querer ou não. É essa consciência ética que trata: a) dos atos concretos do aqui e do agora; b) dos atos pessoais e individuais. Esse julgamento supõe um EU-ideal, um EU que constrói ao longo do tempo e que serve de pedra de toque de todo meu agir.
Distanciamo-nos da teoria de Freud e de sua analise do id, ego e superego. Para Freud a consciência é heterônoma , porque totalmente dependente do superego, da realidade que existe fora de nós e que domina o id e o ego. Freud chamava isso o principio da realidade. Para nós a nossa consciência é autônoma , consequência da nossa racionalidade, da nossa inteligência e vontade, que aos poucos se desenvolve e aperfeiçoa desde a infância. 
A obrigação ética
A consciência nos diz como agir em casos concretos diários.
Surgem agora as perguntas, somos obrigados a agir conforme a nossa consciência? Qual é a natureza desse dever, dessa obrigação? A celebre questão da obrigação moral ou a “lei moral, a boa vontade” de Kant.
Olinto A. Pegoraro no seu livro “Ética e Justiça” dedica também um longo capitulo “ética das normas” a moral kantiana, mas que não nos convence no todo, ele afirma “desde os gregos, a ética fundou-se na ordem natural (cósmica e humana). Sem o conceito de natureza em geral e da natureza humana finalizada , em particular não existiriam os tratados da ÉTICA e da POLITICA de Aristóteles e a ética medieval (sobretudo tomista), sem as noções da natureza e da revelação que apontam para a mesma e suprema felicidade humana : a felicidade (temporal para o grego, eterna para o cristão), seria impensável.

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