Buscar

resumo do livro de hans kelsen

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

TEORIA PURA DO DIREITO- HANS KELSEN	
DIREITO E NATUREZA CAPÍTULO 1
KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito. 6ªed. Trad. João Baptista Machado. São Paulo: Martins Fontes,1999, 1-41 p. Título original: Reine Reehtslehre.
A teoria pura do direito está baseada num Direito positivo, que busca entender exclusivamente o seu próprio objeto, excluindo assim tudo que não se caracteriza como tal. Qualquer fato classificado como jurídico ou que tenha alguma ligação com o Direito distingue-se em dois elementos: o ato e a sua significação jurídica. O sentido jurídico recebe o fato por intermédio de uma norma que se refere ao seu conteúdo. A norma classifica-se em cinco partes, que são elas: A norma como esquema de interpretação; norma e produção normativa; vigência e domínio de vigência da norma; regulamentação positiva e negativa e norma e valor. A conduta de um indivíduo pode ou não está relacionada com um ou vários indivíduos, ou seja, ele se comporta de determinada maneira em face de outros indivíduos, essa relação é uma ordem social. Vista de uma perspectiva psicossociologica, a função de qualquer ordem social consiste em obter uma determinada conduta por parte daquele que a esta ordem está subordinada, fazer com que essa pessoa omita determinadas ações consideradas como socialmente prejudiciais, e, pelo contrário, realize determinadas ações consideradas socialmente úteis. Quando uma ordem social, prescreve uma conduta pelo fato de estatuir como uma sanção para a hipótese da conduta oposta, podemos descrever esta situação dizendo se deve seguir determinada sanção. Com isto já se afirma que a sanção é proibida e a conduta oposta é prescrita. As sanções numa ordem social são tanto transcendentes como imanentes, ambas correspondem a ideia de retribuição, prêmio e castigo. Uma outra característica comum às ordens sociais a que chamamos Direito é que elas são ordens coativas, dizer que o Direito é uma ordem coativa não significa que pertença à essência do Direito “forçar”. O Direito passou por uma evolução considerável até alcançar o seu estado moderno, no seu mais alto grau de evolução encontra-se uma tendência comum as ordens jurídicas. Essa tendência é a proibição, que acaba aumentando com o decorrer da evolução, tanto com o emprego da coação física, quanto com o uso da força por um indivíduo contra o outro. Nas ordens jurídicas modernas encontram-se normas que prescrevem uma determinada conduta sem que a conduta oposta seja tomada como pressuposto de um ato coercitivo que funcione como sanção. Portanto, existem deveres jurídicos sem sanção. Por isso o Direito, ainda por esta razão, não tem caráter exclusivamente prescritivo ou imperativista.
	TEORIA PURA DO DIREITO- HANS KELSEN	
DIREITO E MORAL CAPÍTULO 2
KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito. 6ªed. Trad. João Baptista Machado. São Paulo: Martins Fontes,1999, 42-49 p. Título original: Reine Reehtslehre.
Além das normas jurídicas, existem outras normas que também regulamentam a conduta dos homens entre si, isto é, as normas sociais, essa podem ser abrangidas sob a designação de Moral e a disciplina dirigida ao seu conhecimento e a descrição pode ser designada como Ética. Assim como o Direito é confundido com a ciência jurídica, a Moral é confundida com a Ética. O caráter social da Moral além de identificar a conduta do indivíduo com os outros ao seu redor, ela ainda prescreve uma conduta do homem em face de si mesmo, um bom exemplo deste caso é a norma que proíbe o suicídio. Entretanto, o suicídio não pode ser apenas proibido pela moral, mas tem de ser também pelo Direito. Ambas as ordem fazem menção a condutas externas e internas. Os deveres do homem para consigo próprio também são chamados de deveres sociais. Uma distinção entre o Direito e a Moral não pode encontrar-se naquilo que as duas ordens sociais prescrevem ou proíbem, mas no como elas prescrevem ou proíbem uma determinada conduta humana. Ambas as condutas foram elaboradas através dos costumes ou por meio de uma elaboração consciente. O Direito positivo deve corresponder a um determinado sistema de Moral entre os vários sistemas morais possíveis. Uma justificação do Direito positivo pela Moral apenas é possível quando entre as normas da Moral e as do Direito possa existir contraposição, quando possa existir um Direito moralmente bom e um Direito moralmente mau. A tese de que o Direito deve ser moral, de que uma ordem social imoral não é Direito, pressupõe, porém, uma Moral absoluta, isto é, uma Moral válida em todos os tempos e em toda a parte. Essa tese é descartada pela Teoria Pura do Direito, isso porque ela conduz a uma acrítica da ordem coercitiva que constitui uma comunidade. A afirmação de que o Direito é, por sua essência, moral, não significa que ele tenha um determinado conteúdo, mas que ele é norma e uma norma social que estabelece uma determinada conduta humana. Então, neste sentido relativo, todo o Direito tem caráter moral, todo o Direito constitui um valor moral. 
	TEORIA PURA DO DIREITO- HANS KELSEN	
DIREITO E CIÊNCIA CAPÍTULO 3
KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito. 6ªed. Trad. João Baptista Machado. São Paulo: Martins Fontes,1999, 50-76 p. Título original: Reine Reehtslehre.
Quando se afirma que o objeto da ciência jurídica é o Direito, afirmasse também que as normas jurídicas são o objeto da ciência jurídica. A ciência jurídica tem como intuito aprender algo juridicamente, ou seja, aprender algo como norma jurídica. A medida em que uma ciência descreve e explica uma conduta humana, essa é classificada como ciência social e como tal não pode ser distinta das ciências naturais. O Direito é delimitado em face da natureza, essa por sua vez determina a ordem das coisas, ou seja, designa o princípio da causalidade. Se existir uma ciência social diferente da natural, ela não deve seguir o princípio da causalidade. Na descrição da ordem normativa da conduta dos homens é aplicado outro princípio ordenador, a imputação. Tal como a ciência natural a uma proposição jurídica liga dois elementos, conduto a forma lógica é diferente da causalidade da ciência natural. Na proposição jurídica existe a forma “A é, então B deve ser, mesmo quando B efetivamente não seja”. A diferença se dá porque a ligação dos elementos na proposição jurídica a norma estabelecida é estabelecida pela autoridade jurídica, enquanto na causalidade não há intervenção desse tipo. A causalidade e a imputação são análogas em vários sentidos a “lei” jurídica não é como a “lei” natural, mas se liga fatos. A imputação é a conexão entre o ilícito e a consequência do ilícito. O Direito não se aplica ao princípio casual, a sua relação é com a imputação por um ato de vontade da autoridade competente para criar a norma, que estabelece o dever-ser. Na ambiguidade entre causalidade e imputação está o pressuposto de liberdade. A imputação não pode ser igualada com a casualidade pois extrairia a liberdade de quem age. O homem é considerado livre porque se lhe imputa algo, e não o contrário. O homem não é livre apenas por ter nascido, nem se lhe imputa algo porque ele é livre. A liberdade do homem tem origem na norma. A ciência normativa é questionada sob o argumento de que o conceito de dever-ser é uma ilusão ideológica. A ideologia é uma representação não objetiva e contempla um direito ideal, justoe que embora o dever-ser seja fundamental na produção das normas, elas têm caráter positivo e quando uma lei é infringida afirmasse que ele será punido e não que ele deve ser punido. O direito positivo como realidade jurídica tem de se manter isento de ideologias. A ciência tem como conhecimento e intenção imanente desvendar seu objeto, e com isso, porém a ideologia encobre a realidade.

Outros materiais