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Viroses respiratórias

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Vírus de interesse biotecnológico:
• Retrovírus
◦ Muita coisa a ser estudada em biologia molecular e evolução no tratamento
◦ Evolução de métodos diagnóstico e novas drogas
• Herpesvírus
◦ Vacinas (só existe para varicela zoster, que protege apenas do Herpes Zoster)
• Flavivírus
◦ Dengue, febre amarela, hepatite C
• Picornaviridae
◦ Hepatite A
• Influenzavirus
◦ Pandemias recorrentes
• Papilomavirus
◦ Vacinas e associação com câncer
◦ Melhora de vacina, que só protege 4 de 100 genótipos
Taxonomia básica:
• Família, gênero, espécie, cepa.
Viroses respiratórias (com enfoque no Influenzavirus)
A infecção respiratória viral é porta de entrada para infecções bacterianas, por comprometer a imunidade inata.
• Influenzavirus
◦ Existe uma preocupação científica para descobrir novas terapias.
◦ Vírus é isolado anualmente
• Vírus sincicial respiratório
◦ Tropismo por células epiteliais do trato respiratório
◦ De menor importância
◦ Só causa infecção grave em recém-nascidos, associada a letalidade
◦ Não existe vacina
• Parainfluenza
◦ Frequente em crianças, com pouco investimento
• Rinovírus
◦ Vírus do resfriado
◦ Brando, de evolução autolimitada
◦ Mais de 100 sorotipos
• Coronavirus
◦ Menor interesse
◦ Desenvolvimento de vacinas em andamento
• Influenzavirus
◦ Laboratórios sentinelas no mundo inteiro trabalham com influenzavirus
◦ É um vírus pleomórfico (ele não tem forma definida), com espículas de glicoproteínas (H e N).
◦ Por ser envelopado, é sensível a detergente e álcool 70%
◦ Estável a temperaturas baixas. No inverno e grandes aglomerações de pessoas, surgem os surtos
◦ Tem genoma de RNA- fs segmentado
▪ A e B tem 8 segmentos
▪ C tem 7 segmentos
◦ Família: Orthomyxoviridae
◦ Gênero: Influenzavirus
◦ Espécies: A, B e C
▪ A é considerado uma zoonose, circulando em vários animais; B circula apenas em humanos; C circula
em humanos e suínos.
▪ A classificação das espécies é baseada na nucleoproteína (NP), que reveste os ácidos nucleicos, e na 
proteína da matriz, M1 (abaixo do envelope).
• O RNA- é associado a proteínas NP e um complexo de polimerases (com PB1, PB2 e PA).
▪ Envelope composto por fosfolipídeios e glicoproteínas transmembrana
• Hemaglutinina (80%) e Neuraminidase (20%) são as glicoproteínas que determinam a cepa
◦ Hemaglutinina é mais importante pois é ela quem faz a ligação com o receptor celular
◦ Os receptores de ácido siálico das células do trato respiratório superior e inferior
◦ A neuraminidase é responsável pela liberação final do vírus do envelope, brotamento
• M2 permite a passagem de prótons e é responsável pelo desnudamento do vírus
▪ Os segmentos de RNA são recobertos pela proteína NP. Cada segmento tem um complexo de RpRd 
(lembrar que vírus de RNA- sempre proteínas associadas ao genoma, formando uma 
ribonucleoproteína.
▪ NS2 faz a sinalização para transporte do RNA sintetizado do núcleo para o citoplasma da célula.
▪ Influenza C não causa sintomas importantes
▪ O maior interesse é na espécie A. O maior risco de doenças graves e epidemias, surtos e pandemias. 
Apresenta a maior taxa de mutação (recombinação gênica). Toda pandemia de influenza é pela 
espécie A.
• Devido a essa alta taxa de mutação, as cepas de Influenza A são descritas com as letras H 
(hemaglutinina) e N (neuraminidase), que são glicoproteínas presentes no envelope. Ex.: H1N1, 
H5N1.
◦ Um protocolo criado para caracterizar as cepas inclui:
▪ Tipo antigênico: A, B ou C
▪ Hospedeiro de origem: humano fica vazio; outras espécies devem ser especificadas
▪ Origem geográfica (país ou cidade)
▪ Número do laboratório de referência
▪ Ano de isolamento
▪ Tipo de hemaglutinina (16 tipos) e neuraminidase (9 tipos)
• Essas glicoproteínas estão no envelope do vírus. Hemaglutinina é antigênica.
• Várias espécies são acometidas, mas as mais importantes são humanos, suínos e aves.
• Há muitos sorotipos circulantes, e por isso todo ano devem ser feitas vacinas. As vacinas são 
baseadas nas cepas do ano anterior devido a mutações pontuais e rearranjos.
◦ Mutação Drift (desvio antigênico) é uma mutação pontual que ocorre quando a RpRd do 
vírus faz erros de transcrição que podem levar a surtos. A vacina anual é feita de acordo com 
essa mutação.
◦ Mutação Shift leva a surtos e epidemias, mas o mais preocupante são as pandemias que ela 
provoca. Ela acontece no momento do rearranjo dos diferentes segmentos de RNA na 
montagem da partícula viral para saída da célula. Se houver uma coinfecção com duas ou 
mais cepas, elas podem se reorganizar.
▪ O principal animal que faz recombinação é o porco, que não costuma manifestar 
sintomas clínicos. Ele atua como elo entre as cepas que acometem humanos e aves.
▪ Locais de alta população humana e peridomicílio de porcos e aves intensificam a chance
de uma pandemia. Alta possibilidade na China e sudeste asiático.
▪ A infecção pelo Influenza acontece no trato superior, quando a infecção chega ao trato respiratório 
inferior, ocorre uma pneumonia viral, que pode deixar o indivíduo suscetível a uma pneumonia 
bacteriana. Todas essas células apresentam ácido siálico ao qual a hemaglutinina do vírus se liga.
• A penetração do vírus é por endocitose
• No endossomo, a proteína M2 entra em ação para promover o desnudamento do vírus que ocorre 
por fusão de membranas na região perinuclear (o vírus se replica no núcleo)
• O nucleocapsídeo do vírus é helicoidal, com nucleoproteínas enoveladas em cada segmento de 
RNA.
• As RNPs entram no núcleo independentemente. Ocorre a transcrição com a RpRd da RNP
• NS2 e NS1 funcionam como sinais de transporte nuclear dos RNAm para o citoplasma, onde 
ocorre a tradução
• As proteínas NP, NS2 e M1 voltam para o núcleo para que seja feita a montagem da RNP com a 
M1 e NS2 (não estrutural) sirva de transporte das RNPs para o citoplasma.
• Os RNAm de HA (hemaglutinina), NA (neuraminidase) e M2 são transcritos e processados no 
RE e essas proteínas transmembranares passam pelo Golgi, formando vesículas que se fundem à 
membrana plasmática da célula para o brotamento do vírus
◦ Os 8 diferentes segmentos precisam estar juntos para que o vírion seja formado, mas a 
maioria das partículas é defectiva porque a montagem não ocorre de forma ordenada
◦ O farto de a maioria das partículas viriais liberadas ser defectiva é um fator que ajuda ao 
sistema imune reconhecer os antígenos e eliminar o vírus do organismo
◦ Quando há coinfecção por duas cepas diferentes, a possibilidade de recombinação Shift é de 
28 = 256 vírions diferentes
▪ A transmissão do vírus é excelente, por aerossol. O vírus é altamente contagioso e a malha aérea 
facilita a disseminação de viroses respiratórias em todo o mundo e a possibilidade de pandemia.
▪ A maior forma de transmissão é por secreções respiratórias. A maioria das infecções ocorre por mãos 
em contato com fômites (objetos contaminados) e mucosas do nariz, boca e olhos.
▪ Em aves, o vírus é eliminado também pelas fezes. A transmissão a partir de aves pode ser fecal-oral.
▪ O período de incubação (tempo para manifestação dos sintomas) é curto, de 2 a 3 dias.
• Os sintomas levam entre 2 e 4 dias
• Em pessoas com sistema imunológico debilitado, o vírus pode atingir o trato respiratório inferior, 
causando infecção sistêmica grave
• O excesso de muco nas vias superiores reduz a imunidade inata local e vírions e bactérias podem 
descer para os pulmões
◦ Epidemiologia
▪ Todas as faixas etárias são acometidas
• Crianças e idosos são mais suscetíveis
▪ Surtos (locais), epidemias (regionais), pandemias (internacionais)
▪ Mutações pontuais causam surtos ou epidemias
▪ Mutações Shift causam pandemias
▪ Há uma vigilância internacional
▪ O vírus acomete humanos e animais (Influenza A)
▪ Cada país tem sua vacina específica, mas há comunicação mundial em busca de contenção de 
pandemias
▪ Exemplos de pandemias (Lembrarque cepas que coincidem hemaglutinina e neuraminidase não são 
necessariamente iguais):
• 1889, Gripe Russa, H2N2
• 1900, Influenza Hong Kong Antiga, H3N8
• 1918, Gripe Espanhola, H1N1 (mais de 50 milhões de mortos documentados)
• 1957, Gripe na Ásia, H2N2 (1 milhão de mortos)
• 1968, Hong Kong, H3N2
• 2009, México, H1N1 (10 a 18 mil mortes e estimativa de 49 milhões infectados)
▪ Diagnóstico
• Em casos graves, com internamento, é feita amostragem da cepa
• Coleta de nasofaringe e orofaringe
• Biologia molecular 
• Sequenciamento do genoma
• Testes sorológicos
◦ Em pandemias, não há teste sorológico existente
▪ Tratamento sintomático
• Antivirais apenas em pandemias
◦ Oseltamivir (Tamiflu®) (inibidor da neuraminidase, brotamento) para infecções por 
Influenza A e B
◦ Amantadina (inibidor de M2, desnudamento das RNPs)
▪ Prevenção e controle
• Vacina
• Higienização das mãos e limpeza de objetos
• Uso de máscaras
• Tratamento de pacientes graves com antivirais
• Vigilância epidemiológica
▪ Vacina
• Produção por ovos embrionados
• Produção por cultura de células (ainda não chegaram ao Brasil)
• Proteção para 2 cepas de A e 1 cepa de B (do ano anterior)
• Antígenos HA (principal proteína imunogênica), NA e NP
◦ Estimulam anticorpos neutralizantes (produção por plasmócitos derivados de linfócitos B)
• Vacinação é feita 2 ou 3 meses antes do inverno
• Idosos, crianças, profissionais de saúde, gestantes, pacientes imunossuprimidos ou HIV+

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