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Seminário - Gabriela Mansur

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FACULDADE NOVOS HORIZONTES
Direito
Resenha Critica 
 Teoria Constitucional da Democrácia Participativa
Paulo Bonavides
Grupo II Capitutos IX-XV
Belo Horizonte
2014
Claudiane
Clysia
Delcio
Denise
Diego
Elaine
Elias
Felipe D.
Filipe Jr.
Flaviana de Carvalho Pinto
Francisco
Gabriela
Glaucia
Ian
Resenha Critica:
Teoria Constitucional da Democrácia Participativa
Resenha critica Grupo II do 1º período do curso de Direito da Faculdade Novos Horizontes.
Professora: Gabriela Mansur Soares
Belo Horizonte
2014
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................... 4
2. DISSERTAÇÃO ............................................................................................. 4
3. AVALIAÇÃO ................................................................................................ 12
4. RECOMENDAÇÃO ..................................................................................... 14
APRESENTAÇÃO
Os capítulos que se seguem (IX-XV) têm como objetivo apresentar uma solução a toda problemática exposta do I ao VIII capitulo, e chama atenção sobre a necessidade de uma Nova Hermenêutica Constitucional, ou seja, uma reinterpretação do texto Constitucional brasileiro sobre uma nova ótica, a da inclusão total do povo nos processos decisórios do país, que já estão presentes no texto constitucional, porém vem sendo mal interpretados e conseqüentemente usurpados do povo brasileiro.
Sua obra nasce em momento oportuno no cenário político brasileiro que atravessa uma crise tanto do ponto de vista interno quando do ponto de vista externo. Denuncia uma desnacionalização e submissão da economia nacional com entrega de suas riquezas ao capital estrangeiro, tudo ocorrendo com inobservância dos preceitos constitucionais, que reduz a Constituição ao mero formalismo. O poder executivo utilizando de meios escusos e de maneira irresponsável firma acordos internacionais nos bastidores políticos que estagna a economia e transforma um país livre dotado de soberania em colônia, homens livres em vassalos do capital estrangeiro, tudo isso ocorrendo com auxilio da mídia que deturpa a verdade dos fatos e inanição do poder legislativo.
Para atingir este objetivo segundo o autor necessário é a reinterpretação dos chamados Direitos Fundamentais. Paulo Bonavides fundamenta sua teoria com exposição de obras e autores nacionais e estrangeiros consagrados no universo jurídico e outras ciências de que o Direito se serve que muito se tem contribuído para o avanço da Democracia nos países do chamado Terceiro Mundo.
2. DISSERTAÇÃO
No capitulo IX é decorrido sobre o pensamento de Friedrich Müller e a sua fundamentação da necessidade de uma nova hermenêutica, é debatido nas linhas que se seguem dois trabalhos desse filosofo o primeiro sobre seu artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, edição de 29 de abril de 1986 e o segundo sobre a 3ª edição do livro Reflexões: Política e Direito.
Esse pensador critica todo o campo filosófico do Direito mais pesadamente sobre a metodologia da Teoria do Direito e da Constituição, ao qual ele é um dos juristas alemães que fundamenta a teoria material do Direito afastando assim as correntes formalistas do normativísmo Kelsenano. Depois da segunda guerra mundial ressurge o pensamento jusnaturalismo por causas das atrocidades ocorridas naquela guerra. O normativísmo recuou para a lógica facilitando assim uma nova fundamentação do direito, reconstruindo assim o edifico filosófico do direito sendo uma peça fundamental o livro Teoria Estruturante do Direito. Além disso, Müller sendo autor também da obra Teoria da Constituição ao qual contribui para a renovação da hermenêutica constitucional.
O seu segundo argumento utilizado cujo autor aplica a um caso concreto. Sendo essa aplicação a uma pergunta Desembargador Antônio Fernando Bayama Araújo que em resposta é desmembrado o artigo 102 que na visão do desembargador da um sentindo diferente, podendo dizer gerando uma dupla interpretação, contudo o autor argumenta sobre estas duas hipóteses sendo só uma é idônea visto que a indagação é a substituição de sua vontade pela a do legislador investido de poder legitimo que elaborou a lei, deixando assim claramente lesões aos preceitos constitucionais torcendo a lei e causando desvios hermenêuticos. O autor também decorre sobre a verdadeira interpretação do artigo.
No capitulo XX é aonde o autor trata do livro A Constituição Aberta e os Direitos Fundamentais do professor Siqueira Castro que vem a público em um momento conturbado onde o país não tem uma identidade nacional, social e jurídica para todos os efeitos. Livro esse que traz a preocupação dos autores em dissertar sobre a necessidade de instituir um mandado de garantia social onde a justiça dará cabo aos comportamentos omissos dos governantes e legisladores ordinários em matéria de constituição.
Os neoliberais e a globalização vêm ameaçando os direitos adquiridos, esses conquistados por anos de batalhas ideológicas e jurídicas. Os governantes dissimulam a democracia representativa e agem na forma mais voraz do capitalismo, sequiosos pelo poder traem os ideais nacionais e constitucionais de países do terceiro mundo o qual o Brasil faz parte.
O livro de Siqueira Castro demonstra na teoria jurídica instrumentos contidos na própria Constituição que traz a pública uma crise constitucional que vive o país, fornece também subsídios os quais nos fazem compreender a direção, rumos e os instrumentos necessários para enfrentar a crise constitucional que ocorre em nossa época mais de quatro mil medidas provisórias, abuso esse que remete o Brasil a uma república de decretos-leis abolida desde a queda do Estado Novo de 1937. O Brasil vem demolindo o Estado Social retrocedendo mais de três décadas de constitucionalismo. O autor fala com propriedade, pois com a moral e intelectualidade adquirida em anos de estudos dentro e fora do país é que se construiu um estudo fecundo e sistematizado a cercas dos problemas gerados pela alta de observância aos princípios constitucional claramente expresso nos artigos 1º e 3º da Constituição, que se formulam os fundamentos e objetivos da nossa República Federativa, tais princípios massacrados pelos “Neoliberais” e “Globalizadores”. Em suma sem a justiça social não há Estado de Direito que sobreviva nos países da periferia, portanto aquela é o caminho para uma sociedade mais justa e organizada nos países de Terceiro Mundo.
Os “Neoliberais” e a “Globalização” vem com seus discursos falsos de progresso, mas na verdade é a forma inescrupulosa das grandes economias de idéias liberais subjugar os países menos desenvolvidos e escravizar suas economias, fazendo assim um retrocesso em seus progressos do campo do direito e as retirando de suas condições de nações livres e transformando-as novamente em colônias. Tudo isso acontecendo nos bastidores políticos de governos arbitrários, da inércia do judiciário e da incompetência do legislativo que excluem o povo e fere os preceitos constitucionais.
A obra de Siqueira Castro vem como um escudo dos direitos adquiridos através de anos de lutas, salvaguardas os princípios incorporados na constituição de 1988 e não somente isso, mas demonstrando que o Estado Social não é um conjunto de norma, mas de justiça social e por último o Estado Democrático de Direito é a participação nas tomadas de decisões da população respeitando os preceitos constitucionais que interesses políticos partidários não podem e jamais em hipótese nenhuma sobrepor a soberania do país.
No capitulo seguinte o executor dessa obra a qual estamos descrevendo vem a falar da dignidade da pessoa humana e seus princípios relatando assim que essas merecem atenção especial. Onde ele diz também que a dignidade humana vem mudando ao passar do tempo, cujo sua essência mudou os rumosno espaço, deixando apenas de ser algo conceitual. O autor usa pensadores filosóficos em sua obra esses que convertem o “apenas conceito” em direitos fundamentais onde a idéia é de trazes a concretização deste conceito para o nosso tempo. A constituição é onde está expressamente defino a dignidade da pessoa humana é considerada as normas das normas, uma grande importância jurídica e protege a liberdade humana onde ela tem sido mais agredida, contudo ela é muitas vezes ignorada, “agredida” por abuso de poder como apresentado no capitulo anterior. A constituição de 1988 em seu primeiro artigo inaugural quão grande é sua importância por trazer o principio da dignidade humana e tão importante quanto os principio da soberania, da cidadania, do pluralismo político, do reconhecimento social e axiológico ao trabalho livre e a iniciativa e tantos outros componentes que define a espinha dorsal do nosso sistema constitucional. Contudo introduzir esses princípios, sobretudo o do artigo 1º, inciso III na consciência de quem nos representa ou dos titulares e destinatários da ação do governo é o primeiro passo e o mais difícil de conseguir, onde os nossos representantes açoitam a sociedade, desrespeitam as garantias inúmeras vezes, aquilo acontecer seria um grande passo para os países de terceiro mundo. Coloca o autor também o respeito ao principia da dignidade da pessoa humana no centro das decisões políticas e aplicações hermenêutico sendo esse o caminho para a regeneração nacional em nosso Estado Democrático de Direito.
No capítulo doze o autor expõe um debate sobre ciclos viciosos, interpretação de leis e constituição estadual em harmonia com a constituição federal, o artigo colocado em debate é o art. 270 e a lei n.5238/90 do estado da Paranaíba que visa regular a aposentadoria dos deputados. Existem pessoas que dizem que esse artigo é inconstitucional, pois - é privativo da união regular sobre a previdência social - , porém existe um artigo que também regula, interpreta, e da inconcussa aos artigos 270 e a lei n.5238/90.
No decorrer deste capítulo o autor prova de todas as formas que esse artigo não é inconstitucional, ele prova pela própria constituição através dos artigos 22 inciso XII e a previdência social se regula nos artigos 201 e 202 da seção III Sobre a Seguridade Social no título VIII e também o artigo 149 parágrafo único. O estado ao fazer essa lei, foi acusado o legislador que ele legislou de uma norma geral, porém é previsto na constituição também que se a união não fizer o estado pode fazer e até o dado momento a união não tinha regulado a seguridade social dos deputados, face que a união já a tinha em esfera federal. A também o outro fato, cabe ao estado legislar sobre normas suplementares. 
O Autor apresenta um argumento bem sólido no decorrer dos parágrafos em relação à constitucionalidade do artigo e a lei do estado do Paranaíba. Apresenta também argumentos de juristas renomados e respeitados mundialmente. É bem claro que dar inconstitucionalidade aquele artigo é achar que somente a união pode fazer o que quiser e quando quiser em um Estado Democrático de Direito isso é inadmissível, portanto se a união não quiser que os estado membro da federação não faça seu trabalho que comece então a trabalhar com mais competência.
No quesito a Ciência Política o autor expõe uma visão geral em que a ciência consiste em estudar os sistemas políticos, as organizações dos processos políticos, o estudo da estrutura e suas respectivas mudanças e dos processos de governo, ou qualquer outro sistema equivalente de organização humana que tenta assegurar a justiça, e direitos civis. Contudo essa ciência está em crise de formação, crise essa sem um consenso comum de quando ela se iniciou, para alguns a dois mil anos atrás com a queda da polis grega no paradigma estatal grego do estado pré-moderno, e para outros essa crise é fruto moderno, mas o que mais importa é que ela está muito longe de se chegar ao fim, isso por que a crise acabaria se o estado não tivesse mais o que fazer atingindo a “perfeição”.
Pelo avanço das políticas, as mudanças que ocorrem durante anos, são de se esperar uma crise sem fim, como é de se perceber em tal capítulo, os vários aspectos que regem o estado como um todo, no quesito filosófico, histórico, sociológico e afim, uma constante mudança que ocorrer ao decorrer dos anos, é de se esperar mesmo que aconteça crise nessa ciência que estuda a fundo o “comportamento” e as mudanças estatais, é de se compreender que esta crise relatada pelo autor só teria um fim se, como dito no parágrafo anterior, o Estado atingisse a “perfeição” não tendo assim mais nenhuma alteração a se fazer culminando assim no fim da crise na ciência. Observa-se assim que essa crise decorrente nos séculos chega a um patamar que ainda não existem vencedores e nem perdedores quando a discussão a respeito da Ciência Política é a crise decorrente das mudanças estatais quem vem ocorrendo ao longo dos séculos podendo dizer que a Ciência Política busca a instauração definitiva de um conhecimento provido de inteira cientificidade o que parece estar bem longe de se alcançar. Existe sempre uma dúvida sobre o método usado, o objeto de estudo, a autonomia cientifica da incorporação e rejeição de valores, em fim a Ciência Política tem sempre a frente grande e vários problemas que uma vez resolvidos é certo definir os rumos e a natureza e, sobretudo a destinação da Ciência Política.
Pode-se concluir nesse capitulo que o autor da obra procura descrever os fatores que causam a crise na Ciência Política. E são possíveis meios para resolvê-las baseados em estudos de vários outros pensadores, más, contudo, possivelmente essa crise nunca terá fim pelo fato do Estado sempre sofrer mudanças ao longo do tempo.
Nas paginas seguintes o autor fala da sociologia jurídica onde ele desenvolve um artigo estampado na Argentina em um Estúdio de Sociologia 2, publicado na década de 60 cujo comitê – Associate Board – ele fez parte. Onde dizia que existe um lugar de relevância para buscar luz entre todos os contrastes que temos o direito vigente o direito vivo, entre a velha e a nova hermenêutica, entre o jusprivatismo e o juspublicismo, entre a dogmática das normas e a dos princípios, entre o interesse privado e o interesse publico, entre a legalidade e a legitimidade, entre o código e a constituição. Portanto o comportamento sociológico deve envolver uma recusa de qualquer dei provedor único de Fenômeno, tomada como habilmente Hubert disse, estritamente falando, fora dos laços que o prendem á vida social e fazer essa diferenciação é apenas relativa e não absoluta, pela ordem por conseqüente, para invalidar a afirmação normativa da pureza metodológica na analise dei certo, e subseqüente redução para o que é essencialmente jurídico. Agora o sociólogo não se contenta com a simples declaração do dispositivo legal, mas procura em suas fontes Estúdios entender os determinantes sociais que explicam reconstituição de funcionamento das razões que precedem indagá-lo, como diz Hubert, se o conteúdo ali não tem um modo de existência como uma aspiração das consciências dos grupos de reivindicações individuais na realidade é um confuso e reprimido desejo.
O autor diz que os quando códigos e saídas á direita entra nos fatos, na vida e nos contratos aos se espremer pelo choque de interesses, a adesão par ou causando revolta da consciência coletiva o trabalho dei sociológico em seguida tomas várias linhas e é preciso que os caracterizem nomeadamente os agiotas legais para extrair a realidade social todo o condicionamento factual que explica e esclarece a ordem jurídica. Cita-se também o filosofo prussiano Kant que conceitua a lei e estado sob o governo de um condicionamento ideológico triunfante, abraçou uma idéia nova, uma motivação revolucionaria que aplaudiu em seu desenvolvimento em solo Francês; era uma doutrina cuja neutralidade abrigou o fermento da aptidão mais perfeito por um tempo transportando o advento e declaração de política terceiroestado dei, a burguesia. A guerra santa se move na sociologia contra a teoria pura dei direito, como não poderia deixar de serem, os dois mais fervorosos marxistas da milícia, por que entendiam que o normativísmo de Kelsen serviu de suporte para a construção reacionária do direito e do estado isolando os elementos ou modificando qualquer envolvimento criativo no campo da realidade social. Divergências entre sociólogos e árbitros, á esquerda, conseqüentemente severamente enfraquecida a idéia tão querida por normativísmo descarta qualquer problema jurídico é essencialmente reduzido a aplicação de real para se tornar obrigatória, especialmente como adverte Comil em suas descobertas e formulações de regras legais, capaz de renovar cada vez mais os equilíbrios desses variáveis heterogêneos e as forças instáveis que a vida social esta entrelaçada.
No capitulo XV o autor vem mostrar uma visão interessante de um seleto grupo de juristas da vanguarda, onde a principal preocupação é aprofundar as bases políticas e sociais de sua reflexão jurídica, fazendo amplas indagações no campo constitucional baseado em elementos empíricos de pesquisa. 
A professora da Universidade Federal Fluminense apresenta em seu livro fatos que autentica suas teses e analises políticas fundamentais, já em um livro anterior, Direito Político, a autora já apresentava o status de escritora apresentando fatos e documentos importantes para suas criteriosas sugestões sempre com um fio palpável de terra, o que faz dela um diferencial, pois isso falta a inúmeros cientistas sociais contemporâneos. 
A exposição de sua doutrina e seu enxame critica sobre os resultados da pesquisa empírica realizada na favela da Maré, fazem do livro um presente e solidam introdução de Espaço Público e representação política, ambos de inestimável importância para a compreensão dos problemas constitucionais de nossa época. A de se ressaltar também que no decorrer dessas linhas é bem claro que é possível conviver sem incompatibilidade absoluta, com formas remanescentes de representação, idéia contrária a de muitas pessoas. Em relação ao espaço público o autor afirma que esse poderá ser um dos mais importantes pólos políticos de conscientização participativa da cidadania. Sendo em cada coletividade, no decorrer da história, atônica do poder legítimo sempre recai sobre entes locais que fazem breve a distância entre governantes e governados, de tal sorte que a cidadania se exercita com mais velocidade, dinamismo e vigor em sua esfera de interesses imediatos.
3. AVALIAÇÃO
Como foi dito na introdução dessa resenha, toda a problemática exposta nos capítulos anteriores ao nono, vem sendo debatida nos capítulos seguintes ao qual o autor se importa em mostrar soluções, essas bem plausíveis em seus argumentos. Essa obra tem o intuito de “abri os olhos” da sociedade em países de terceiro mundo. Em minha concepção todos brasileiros deveriam ler essa obra, pois acordaria de um sono profundo, embora essa fosse impressa no Brasil em 2001, apresentando problemas dessa época e anteriores a essa, o país nada mudou mesmo depois de 13 anos. Os protestos realizados na copa das confederações mostram o que Paulo Bonavides de certa forma “profetiza” nesse livro. Indicado para cidadãos que realmente se preocupa com o futuro deste estado soberano. Sendo apenas Paulo Bonavides um repetidor de seus próprios argumentos apresentados no livro retomando sempre o que foi dito, talvez para as pessoas não penderem o foco do que foi dito, mas isso não retira a grandiosidade de sua obra. Em todos os capítulos justamente no XII o autor usa o princípio da isonomia como um dos argumentos para regulamentação da aposentadoria dos deputados do estado do Paranaíba tendo argumentos sólidos e válidos para sua constitucionalidade, contudo usar o princípio da isonomia – tratado nesse capítulo - é uma afronta à população sofrida, pois políticos não precisão ter tratamento diferenciado para ser igualado. Usar esse argumento é usar o princípio a favor de classes que nunca tiveram seus direito retirados, direitos esses de liberdades, de salários dignos, e de respeito das elites e tantos outros direitos usurpados da sociedade ao longo da história. Como diz Maria Christina Barreiros D’Oliveira em sua Breve analise do princípio da isonomia:
O princípio da isonomia ou também chamado de princípio da igualdade é o pilarde sustentação de qualquer Estado Democrático de Direito. O sentimento de igualdade na sociedade moderna pugna pelo tratamento justo que ainda não conseguiram a viabilização e a implementação, de seus direitos mais básicos e fundamentais para que tenham não somente o direito a viver, mas para que também possam tem uma vida digna. Como a aplicação de um princípio depende da interpretação que lhe é conferida,em diversos momentos históricos o princípio da isonomia que tem com fundamento principal a proibição aos privilégios e distinções desproporcionais, acabava se chocando como interesse das classes mais abastadas que o deixavam de lado, ou lhe conferiam uma interpretação destoante da que realmente deveria ser aplicada.Diante disto quase todas as Constituições até mesmo modernamente somente reconhecem o princípio da igualdade sob seu aspecto formal em uma igualdade perante o texto seco e frio da lei, esquecendo que o princípio somente irá adquirir real aplicabilidade quando também lhe for conferida uma igualdade material baseada em instrumentos reais e sólidos de concretização dos direitos conferidos nas normas programáticas insculpidas nos ordenamentos legais.A importância da igualdade material decorre de que somente ela possibilita que todos tenham interesses semelhantes na manutenção do poder público e o considerem igualmente legítimos.
Autor Marcelo Amaral da Silva publicado em 06/2006, site: http://jus.com.br/artigos/4143/digressoes-acerca-do-principio-constitucional-da-igualdade/2.
A interpretação desse princípio deve levar em consideração a existência de desigualdades de um lado, e de outro, as injustiças causadas por tal situação, para, assim, promover-se uma igualização. É dispositivo constitucional que por um lado representa promessa legislativa de busca da igualdade material e, por outro, mostra a necessidade da conscientização de que promover a igualdade é, também, levarem-se em consideração as particularidades que desigualam os indivíduos. Sua razão de existir certamente é a de propiciar condições para que se busque realizar pelo menos certa igualização das condições desiguais. Acreditamos também, que a efetiva igualdade entre os cidadãos não advirá de medidas paliativas, mas sim de mudanças sociais profundas que, ainda que necessitem de um longo prazo para a sua implementação, sejam revestidas de solidez inabalável e representem o ideal do estado democrático de direito, que provê aos cidadãos as mesmas oportunidades.
Usar esse princípio e transformar esse país em um circo maior ainda. Olhando em um ponto de vista; além dos salários exorbitantes dos políticos e regalias a custa da sociedade, e agora dar uma aposentadoria para eles em oitos anos – onde o brasileiro é obrigado há contribuir 35 anos e a mulher 30 – muitas das vezes morre sem a aposentadoria?Fica cada vez mais evidente que ser político nesse país não é ser representante do povo, mas sim de seus interesses pessoais tratados também ao longo do livro, onde a representação política da população virou uma classe trabalhadora, Diga-se de passagem, “mas que classe”, pois com tantas regalias com certeza é o melhor emprego do mundo.
4. RECOMENDAÇÃO
Aos jovens, adolescestes, adultos e idosos devem ler essa espetacular obra de Paulo Bonavides, pois além de dá um norte o autor mostra o caminho que deve ser seguido para realmente transformarmos nosso país em um país onde os princípios da constituição verdadeiramente se materializem. Alguma pessoa que queira sair em uma manifestação para a garantia da justiça social, ou até mesmo nesse ano 2014 onde provavelmente terá manifestação contra a copa por causa da indigestãoda sociedade por falta da garantia de seus direitos fundamentais, deve ler esse livro, livro que dará suporte para um possível debate com algum político. Recomendo esse livro para os políticos de Brasília que deveriam seguir os conselhos de Paulo, pois nesse tipo de governo o país cada dia mais afunda. A revista Veja também deveria publicar uma resenha desse livro assim com certeza estaríamos dando um passo para sair de uma ditadura constitucional, um falso governo do povo, das lambanças de nossos representantes antecessores.

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