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Odontologia e Fonoaudiologia 
Dra. Paula Nunes Toledo
paulantoledo@gmail.com
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Documento realizado pelo Comitê de Motricidade Orofacial da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia 
(março de 2003)
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Teoria de Sicher - Domínio Sutural
Teoria de Scott - Domínio cartilaginoso e periostal, na qual o septo nasal é o principal fator de crescimento do maxilar superior.
Teorias de crescimento crânio facial
Na 5a. semana de gestação a base da língua se mostra como uma elevação chamada eminência hipo branquial.
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Teoria de Van Limborgh- dominância dos fatores 
Teoria de Hunter e Enlow- equivalência do crescimento; princípio do “V”.
Dr. Melvin L. Moss descreveu a hipótese das Matrizes Funcionais em 1962.
 Unidade Esquelética X Matriz Funcional						 
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Fatores de crescimento (Rickets)
TECIDO MOLES
MATRIZES FUNCIONAIS
Respiração
Visão
Olfação
Digestão
Fonação
Equilíbrio
TECIDO ÓSSEO
Compensatório
Sinfibroses (suturas)
Sincondroses
Diartroses (atm)
Periósteo
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Fatores Determinantes
Genéticos:
Epigenéticos: fatores hormonais 
Ambientais: 1- Meio – econômico má nutrição 
 2- Sexo
 3- Herança – agenesias,...
 4- Raça – biprotrusão na raça negra 				e Classe III na amarela.
 
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Idades
Velocidade: -normal: harmonia entre idades cronológica e esqueletal 		 -acelerada 		 -retardada
Direção: -horizontal -braquicefálicos.
 -vertical -dolicofaciais
			 -transversal -assimetrias
Quantidade: -normal -harmonia entre crescimento maxilar e mandibular.
 -escassa -micrognatia
			 -excessiva -classe III
 
		 
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LEIS PLANAS DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
CRESCIMENTO SAGITAL TRANVERSAL
O movimento condilar do lado do balanceio produz uma excitação neural que promove o ¹crescimento da hemimandíbula do mesmo lado.
No lado de trabalho a excitação neural provocada pelos contatos das faces oclusais, estimula o desenvolvimento da ²hemiarcada superior deste lado.
Dr. Pedro Planas verificou durante a Mastigação:
¹
²
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CRESCIMENTO VERTICAL
A Máxima intercuspidação dentária será sempre às custas da maior aproximação entre os maxilares. Este é um processo inconsciente comandado pelo cerebelo, e se faz com o mínimo esforço possível e menor gasto de energia. 
MÍNIMA DIMENSÃO VERTICAL
Lateralização para verificar o lado de preferência mastigatória
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O crescimento do côndilo mais aposição óssea no rebordo do ramo provocam aumento no comprimento da mandíbula, verificando intensa atividade no ramo ascendente durante o período de crescimento mandibular. 
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O crescimento da cartilagem condilar contribui para o aumento do ramo da mandíbula em altura.
 O aumento em altura do corpo da mandíbula dá-se associado ao crescimento alveolar (osso).
Os mms elevadores estimulam o crescimento, definem o ângulo e estabelecem a projeção do mento. 
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2ª aula 
Tipologia facial
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Face curta - braquifacial - mordida profunda - crescimento facial horizontal, terço inferior da face reduzido, mordida profunda, ângulo goníaco fechado.
 Características: musculatura forte, lábio superior afinado, e apoiado no inferior, deslize anterior na articulação da fala, fonemas sibilantes.
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Face longa: dólicofacial - mordida aberta - crescimento vertical, terço inferior aumentado, ângulo goníaco aberto, mordida aberta anterior.
Características: musculatura débil, estirada, lábio superior hipofuncionante, , hipertonia mentoniana, língua anteriorizada. Mastigação ineficiente e deglutição adaptada,articulação da fala com enfraquecimento de bilabiais,anteriorização nos alveolares, e interposição de língua nos sibilantes.
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Padrão de crescimento condilar posterior e superior em indivíduos dolicofaciais, com rotação da mandíbula no sentido horário (crescimento alveolar).
O mms elevadores estimulam o crescimento, definem o ângulo e estabelecem a projeção do mento. 
 
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Dentição decídua e permanente
A cronologia da erupção dentária é variável, está relacionada a fatores ambientais entre outros. 
(Medeiros AMC, Medeiros M, Motricidade Orofacial, 2006)
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Dentição decídua - Cronologia 
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Dentição decídua
Permitem a realização da mastigação
Contribuem para a fonação
Propiciam manutenção da dimensão vertical e espaço para os permanentes
Estimulam o crescimento do osso alveolar 
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Dentição permanente
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3ª aula
Classificação das oclusões
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 Angle, 1907, propôs a classificação da oclusão onde a linha de vestibuloclusal do arco mandibular deve coincidir com a linha da fossa central do arco superior, quando os dentes estiverem ocluídos.
Os primeiros molares permanentes superiores são “dentes-chaves”, eles determinam a chave de oclusão, sendo uma classificação estática. 
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Classe I – cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior oclui no sulco mesovestibular do primeiro molar inferior permanente.
Classificação da oclusão
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Classe II - os primeiros molares inferiores estão em posição distal em relação aos superiorescúspide do primeiro molar superior oclui no sulco mesiovestibular do primeiro molar inferior permanente.
 Características:lábios,
 deglutição, hábitos.
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Divisão 1- chave de molar em classe II, com incisivos superiores em labioversão exagerada.
Características: lábio sup. flácido, inferior rígido;arcada sup. atrésica; língua no palato; respirador oral; hábitos. 
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Divisão 2- chave de molar em classe II, incisvos centrais superiores em palatoversão e laterais superiores em inclinação vestibular.
Características: arcada sup. ampla; presença de mordida profunda; musculatura normal. 
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Classe III - os primeiros molares inferiores relacionam-se mesialmente em relação aos superiores, cúspide do primeiro molar superior oclui posteriormente ao sulco mesiovestibular inferior permanente.
 Características: postura, 
lábios, língua, mastigação, 
deglutição, imprecisão articulatória,
 ATM.
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Subdivisão:quando a classe II ou III ocorre apenas em um lado da arcada. 
Macrognatismo 
Micrognatismo 
Neutrooclusão = classe I
Distooclusão = classe II
Mesioclusão = classe III
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Más posições dentárias
Vestibuloversão
Palatoversão - dentes superiores
Linguoversão - dentes inferiores
Mesioversão – mesial à posição normal
Distoversão – distal a posição normal
Giroversão – rotação do dente
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Variações verticais
Mordida profunda/trespasse vertical positivo/sobremordida positiva
Mordida aberta/trespasse vertical negativo/sobremordida negativa
Mordida aberta anterior
Mordida aberta dentovelar – componentes esqueléticos normais
Mordida aberta esquelética
Mordida aberta dentoesquelética
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Variações horizontais
Trespasse horizontal positivo
Trespasse horizontal negativo – mordida cruzada anterior - classe III
Mordida cruzada posterior
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Mordida cruzada posterior
Quando unilateral, a dimensão vertical é diferente em cada um dos lados. O sujeito mastigará mais do lado cruzado, a musculatura estará mais alongada do lado não cruzado e contraída do lado cruzado.
Portanto, ao alongar-se a musculatura, aciona-se o crescimento mandibular deste lado e ao contrair-se aciona-se o crescimento maxilar. 
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Hábitos
Chupeta
Sucção de dedos
Interposição de língua
Hábito de morder
Onicofagia (roer as unhas)
Bruxismo ou briquismo
Interposição labial
Sialorreia
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4 aula
Apresentação de masoclusões
Discussão de casos
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Articulação temporomandibular
5ª aula
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Articulação TemporomandibularArticulação única, diartrose, tendo uma parte de seu movimento em torno de um eixo (gínglimo) e outra de deslizamento (artródia) 
Aspectos Microscópicos (Tecidos)
ATM têm características próprias com movimentos de abertura e fechamento que recebem e dissipam esforços mastigatórios
Mandíbula: osso rígido
Fisiologia: Interação Neuromuscular
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“ A forma adapta-se à função ” ( Villa & Rode, 1995)
Postura vertical - movimentos de rotação e translação do côndilo em relação ao osso temporal.
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Biomecânica da ATM
O côndilo e o disco articular compõem o complexo condilodiscal, é nele que ocorre o movimento de rotação.
O complexo condilodiscal articula-se com a fossa temporal, entre estas estruturas ocorrem os deslizamentos, movimento de translação, quando o complexo deixa a fossa temporal durante a abertura da boca. 
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Nos movimentos de abertura e fechamento da boca, o côndilo e disco articular se deslocam em conjunto.
Os movimentos da ATM se resumem em três grupos: abertura e fechamento da boca; deslizamento para diante e para trás e movimentos mastigatórios. 
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Os movimentos da ATM: abertura e fechamento da boca, deslizamento para diante e para trás em movimentos mastigatórios. 
As informações que levam a este equilíbrio são levadas por fibras sensitivas ao núcleo do nervo trigêmio. A resposta volta pelo nervo mandibular, pela raiz motora e por nervos que agem na musculatura supra e infra-hióidea. 
Biomecânica da ATM
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 Abertura de boca: Relaxamento da musculatura mastigatória
Fechamento de boca: Ação dos músculos levantadores da mandíbula
Deslizamento para diante (protrusão): Ação do mm. pterigóideo lateral
Deslizamento para trás: Relaxamento do mm. pterigóideo lateral e contração das fibras horizontais do mm. Temporal
Movimentos mastigatórios: somatória dos movimentos
Biomecânica da ATM
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DOR 
Receptores de dor = nocioceptores = terminações nervosas livres
Artralgia da ATM emana dos receptores de dor localizados: na periferia e ligamentos do disco articular; ligamento posterior temporal e mandibular e cápsula articular.
Etiologia por trauma e/ou sobrecarga funcional.
A dor espontânea pressupõe estado inflamatório, exacerbada pela palpação e/ou manipulação funcional leva à dor primária (aguda), porém intermitente tem localização difusa.
Quando a dor se mantêm contínua desencadeia dor referida (dor de cabeça) 
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 	 ATM				
A fisiologia depende de:
funções neuromusculares
oclusão 
condições periodontais
A articulação é composta por:
complexo côndilo-disco (rotação)
complexo côndilo-disco e superfície articular do osso temporal ( translação)
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CEFALOMETRIA
Técnica radiológica que tem o propósito de fazer medidas de cabeça, com esta mantida numa posição fixa.
				( Enlow, 1993)
Verificação dos padrões morfológicos e dimensões de desenvolvimento craniano, fazendo uma avaliação estática do tamanho e forma do indivíduo.
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As estruturas orais dos indivíduos devem estar em equilíbrio dinâmico, caso contrário poderão levar à deformações dento-faciais e ao desequilíbrio ou disfunção nas articulações temporomandibulares. Desta forma, quando há alguma alteração da estrutura ou da função muscular, pode ser desencadeada uma incoordenação do sistema mastigatório.
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Utilização do paquímetro
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Produção da fala (Felicio CM, 1999)
A articulação dos sons da fala requer fluxo respiratório apropriado, bom mecanismo do palato mole, língua, lábios, liberdade da mandíbula e um sistema nervoso intacto.
Algumas anomalias orais estão associadas com defeitos da fala, afetam os fonemas fricativos e /r/, /l/, /t/, /d/.
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Sigmatismo lateral
Posição interdental da língua
Fraca estrutura labial
Voz hipernasal: limitação de abertura oral.
Uso de prótese
Implantes 
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Produção da fala
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CEFALOMETRIA
Dra Paula Nunes Toledo
Dra em Cirurgia Plástica - FMUSP
Mestre em Fonoaudiologia – PUC/SP
Especialista em Motricidade Orofacial
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CEFALOMETRIA:-
Técnica Radiológica que tem o propósito de fazer medidas de cabeça, com esta mantida em uma posição fixa. 
 (ENLOW,1993)
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CEFALOMETRIA
É a verificação dos padrões morfológicos e dimensões de desenvolvimento craniano, fazendo uma avaliação estática do tamanho e forma do indivíduo.
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CEFALOMETRIA
RICKETTS (1953) propôs trabalho com traçado e análise cefalométrica, em 1969, com a utilização da informática, lançou seu programa de estudo da cefalometria.
 (Bianchini, 1994) 
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CEFALOMETRIA
As análises cefalométricas objetivam meios da avaliação entre estruturas craniofaciais e dentárias, horizontal e verticalmente no plano sagital.
 (Bianchini, 1994) 
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CEFALOMETRIA
A radiografia lateral inclui a inclinação da base do crânio, a relação da maxila e a mandíbula entre si e com a base craniana e a posição e postura da dentição em relação as estruturas faciais.
 (Bianchini,1994)
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PONTOS CEFALOMÉTRICOS
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Cefalometria Digital
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S
B
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EQUILÍBRIO DINÂMICO
As estruturas orais dos indivíduos devem estar em equilíbrio dinâmico, caso contrário poderão levar a deformações dento-faciais e ao desequilíbrio ou disfunção nas ATMs.
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Alteração das funções Estomatognáticas
Quando há alteração da estrutura ou função muscular, pode ser desencadeada uma incoordenação do sistema mastigatório.
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Associação entre tipos de oclusopatias (numero e porcentagem e a satisfação da mastigação em adolescentes de um colégio de Florianópolis.
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Mar/ 08
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Mar/ 08
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Cefalometria
Análise USP
Mar/ 08
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N-A.Pog = - 13,6 o
Norma = 0o
Perfil ósseo
 côncavo
Cefalometria
Análise USP
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Cefalometria
Análise USP
ANB = - 6,38o
Norma = + 2o
Perfil ósseo
 côncavo
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Cefalometria
Análise USP
SNA = 79,33o
Norma = 82,00o
Retrusão maxilar
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N.Per-A = 4,12 mm
Norma = 0,4± 2,30
Cefalometria
McNamara
Protusão maxilar
discreta
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Cefalometria
Análise USP
SNB = 85,71o
Norma = 80,00o
Protusão
mandibular
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N.Per-Pog = 22,08mm
Norma = -1,80± 4,50
Cefalometria
McNamara
Protusão 
mandibular
acentuada
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Co – A = 90,01 mm
Norma = 91,00± 4,3
Cefalometria
McNamara
Comprimento
maxilar e
mandibular
Co – Gn = 137,92 mm
Norma = 113 - 116
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Cefalometria
Análise USP
(S-N)(Go-Me) = 38,54o
Norma = 32,00o
Crescimento
vertical
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Cefalometria
Análise USP
Crescimento
vertical
S-N.Ocl = 19,55o
Norma = 14,00o
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Cefalometria
Análise USP
Crescimento
vertical
(Go-Gn)Ocl = 16,9o
Norma = 18,00o
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Cefalometria
Análise USP
Crescimento
vertical
FMA = 22,15o
Norma = 25,00o
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Cefalometria
Análise USP
Incisivos
 inferiores
IMPA = 84,11 o
Norma = 87,00o
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Diagnóstico Clínico
 Assimetria de hemiface.
 Terço inferior discretamente mais longo que os demais terços faciais.
 Protusão mandibular
 Perfil côncavo
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Diagnóstico Clínico
Avaliação intra-oral
 Relação linha maxilar e mandibular: com desvio
 Relação canino e molar: Classe III
 Trespasse horizontal anterior
 Alinhamento e nivelamento dos dentes das arcadas superior e inferior.
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Diagnóstico (cefalometria)
 Perfil ósseo côncavo
 Protusão maxilar discreta (McNamara)
 Retrusão maxilar discreta (USP)
 Protusão mandibular acentuada (McNamara e USP)
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Diagnóstico (cefalometria)
 Comprimento maxilar adequado (McNamara)
 Comprimento mandibular aumentado (McNamara)
 Medidas do crescimento vertical aumentadas às custas do 1/3 médio (USP)
 Lingualizaçãodos incisivos inferiores (USP)
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